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Placenta prévia: quais são os riscos?

Durante a fecundação, óvulo e espermatozoide se fundem gerando a primeira célula do embrião, estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano, que inicia o desenvolvimento ainda nas tubas uterinas, órgãos em que esse evento acontece, quando ocorrem sucessivas divisões celulares enquanto ele é transportado ao útero.

O embrião chega ao útero aproximadamente no quinto dia de desenvolvimento. Nessa fase, é chamado blastocisto e já possui centenas de células diferenciadas e divididas por função, possibilitando a implantação no endométrio, camada interna na qual se fixa para dar início à gravidez.

O grupo celular interno, embrioblasto, vai formar o embrião propriamente dito e seus sistemas, enquanto o externo, trofoblasto, forma a placenta e os anexos embrionários. A placenta, portanto, é um órgão temporário formado durante a gravidez para possibilitar a troca de nutrientes e oxigênio com a mãe realizada pela corrente sanguínea.

Assim, é altamente vascularizada e geralmente fica posicionada na parte superior do útero, fixada no endométrio até o nascimento do bebê quando é naturalmente expulsa. Complicações associadas à placenta estão entre as que podem ocorrer durante o período gestacional, incluindo a placenta prévia, que pode ser perigosa tanto para a mãe quanto para seu bebê.

Abordamos os riscos da placenta prévia neste texto, que explica ainda quando ela é detectada e quais as possíveis condutas terapêuticas adotadas pelo ginecologista-obstetra responsável pelo pré-natal da gestante. Confira!

Placenta Prévia

A placenta está totalmente formada por volta da 20ª semana, porém continua a se desenvolver durante toda a gravidez, bem como se move à medida que o útero aumenta de tamanho para acomodar o feto em crescimento até ficar posicionada na parte superior, deixando o colo do útero liberado para permitir a passagem do bebê.

Placenta prévia é uma condição caracterizada pelo posicionamento inadequado da placenta, que se fixa na parte inferior do útero, cobrindo parcialmente ou totalmente a abertura do colo uterino. É classificada em três tipos diferentes de acordo com esse posicionamento, critério que interfere na gravidade:

  • placenta prévia marginal: nesse tipo, a placenta está próxima ao colo do útero e não cobre a abertura;
  • placenta prévia parcial: nesse tipo, a placenta cobre parcialmente a abertura do colo do útero;
  • placenta prévia total: nesse tipo, que sugere maior gravidade, cobre totalmente a abertura do colo do útero.

A causa exata da placenta prévia ainda não é compreendida pela ciência, no entanto, segundo estudos alguns fatores podem aumentar as chances de a condição ocorrer, incluindo:

  • placenta prévia em uma gravidez anterior;
  • anormalidades anatômicas do útero, congênitas ou provocadas por doenças como miomas;
  • aderências consequentes de intervenções uterinas, incluindo dilatação e curetagem (D&C), cirurgias como a remoção de miomas (miomectomia) ou cesariana e abortamentos;
  • gravidez em idade avançada, acima dos 36 anos;
  • gravidez múltipla;
  • hábitos de vida, como alcoolismo, tabagismo e uso excessivo de drogas recreativas.

Estudos também sugerem que a placenta prévia ocorre em cerca de 1 a cada 800 partos, e até 2% das gestantes apresentam o problema durante o segundo trimestre, que costuma se resolver naturalmente antes do nascimento em mais de 90% dos casos, principalmente quando acontece nos primeiros meses de gravidez.

No entanto, apesar desse alto percentual, a placenta prévia pode causar complicações para a mãe e o feto. Pode ser detectada nos exames de ultrassonografia realizados durante o pré-natal ou quando o sangramento, um dos principais riscos, leva o médico a suspeitar da condição.

Conheça os riscos da placenta prévia

Os principais riscos associados à placenta prévia são sangramento e parto prematuro, embora mais raramente possa resultar em mortalidade fetal e/ou materna nos quadros de maior gravidade.

O sangramento afeta a oxigenação e o fornecimento de nutrientes para o feto. Costuma ser indolor, não acompanhado por cólicas típicas de contrações geralmente com a coloração vermelho vivo e pode iniciar subitamente a qualquer momento após a 20ª semana de gravidez, embora seja mais comum nas últimas semanas.

O sangramento pode se tornar abundante, exponde ao risco a vida da mãe e do feto. A chance de hemorragia é maior quando a placenta prévia é total, quadro que é considerado mais grave; pode provocar contrações resultando na prematuridade do parto e a mulher precisar de transfusão sanguínea.

A placenta prévia pode causar ainda problemas para o feto, como:

  • o feto pode se apresentar em uma posição anômala;
  • o feto pode não crescer o suficiente, o que é clinicamente conhecido como restrição do crescimento intrauterino;
  • pode haver ruptura prematura das membranas, vazamento do líquido amniótico que envolve o feto em qualquer momento antes do trabalho de parto;
  • os vasos sanguíneos que conectam o cordão umbilical à placenta podem bloquear a saída do feto.

Mesmo que esses riscos estejam associados à placenta prévia, a condição pode ser gerenciada na maioria dos casos. O sangramento, por exemplo, é controlado de diferentes formas e a mulher deve idealmente manter repouso total e evitar atividades que possam causar contrações, incluindo, nesse caso, as relações sexuais.

Se o sangramento não puder ser controlado, por outro lado, é feita a cesariana de emergência. Normalmente, essa também é abordagem indicada para o nascimento de bebês de mães com placenta prévia que excederam o peso, idealmente após a 36ª semana, exceto nas situações em que ocorrem vários episódios de sangramento ou ele é persistente quando o nascimento é antecipado de acordo com o quadro de cada paciente.

Na maioria das vezes, as consultas de pré-natal e a realização de exames típicos do período têm uma periodicidade menor. Isso permite um acompanhamento mais criterioso do problema e do crescimento do feto, mesmo nos casos de mulheres assintomáticas ou se os exames de imagem sinalizarem um retorno à posição original.

A placenta prévia, portanto, é uma condição que deve ser frequentemente observada. Siga o link e saiba mais sobre o assunto!

Gestação de alto risco: veja os cuidados necessários

A gravidez é um momento de alegria e expectativas e geralmente ocorre sem nenhuma intercorrência. Porém, para algumas mulheres pode ser motivo de preocupações adicionais devido a condições médicas preexistentes ou problemas que surgem durante o período gestacional.

Quando uma gestação é considerada de alto risco, isso significa que há maior probabilidade de complicações para a mãe, o feto ou ambos durante o período. Essas complicações podem ser motivadas por diferentes fatores, incluindo, por exemplo, condições médicas como diabetes ou hipertensão, histórico de complicações obstétricas anteriores, idade materna avançada, gravidez múltipla, pré-eclâmpsia ou diabetes gestacional.

Mulheres que têm uma gestação de alto risco podem precisar de cuidados pré-natais mais intensivos e monitoramento frequente para identificar e gerenciar qualquer problema que possa surgir durante a gravidez, o que pode incluir consultas mais frequentes, exames de ultrassonografia adicionais, testes laboratoriais e intervenções médicas para prevenir ou tratar possíveis complicações.

Existem várias situações que podem levar a uma gestação de alto risco, cada uma exigindo cuidados específicos para garantir o bem-estar da mãe e do feto. Mostramos, neste texto, as mais comuns e os cuidados necessários. Continue a leitura até o final e confira!

Gestação de alto risco

O termo gestação de alto risco, portanto, é bastante amplo e considera o fato de a gravidez ser um processo bastante complexo, que envolve alterações fisiológicas no organismo feminino da concepção ao parto, necessárias para proporcionar um ambiente adequado ao desenvolvimento do futuro bebê.

Veja, abaixo, as situações mais comuns que podem tornar a gestação considerada de alto risco e os possíveis cuidados adotados em cada uma delas:

Idade materna avançada e gestação de alto risco

Mulheres com mais de 36 anos têm maior probabilidade de desenvolver complicações durante a gravidez, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, pressão arterial elevada ou problemas genéticos no feto, que podem ocorrer quando o embrião é formado por óvulos de mães mais velhas, o que aumenta também as chances de abortamento espontâneo.

  • cuidados necessários: mulheres mais velhas devem receber um acompanhamento pré-natal rigoroso, incluindo exames para rastrear as condições relacionadas à idade. Exames de ultrassom, além de acompanharem o desenvolvimento do feto podem ainda ser ainda recomendados para detectar possíveis anomalias genéticas.

Condições médicas pré-existentes e gestação de alto risco

Mulheres que têm condições médicas crônicas, como diabetes tipos 1 ou 2, hipertensão arterial, obesidade, doenças cardíacas, doenças renais ou distúrbios autoimunes, podem ter uma gestação de alto risco devido ao potencial de complicações relacionadas à saúde.

  • cuidados necessários: a condição médica deve ser cuidadosamente gerenciada antes e durante a gravidez. Isso pode envolver ajustes na medicação, mudanças no estilo de vida e consultas frequentes para monitorar de perto a saúde da mãe e do feto. Nesses casos, sempre que possível é importante iniciar o acompanhamento com o ginecologista-obstetra antes mesmo das tentativas de engravidar, o que é conhecido como consulta preconcepcional.

Gravidez múltipla e gestação de alto risco

Gravidezes múltiplas, como gêmeos ou trigêmeos, têm maior probabilidade de complicações, incluindo parto prematuro, restrição de crescimento fetal, pré-eclâmpsia e problemas relacionados à placenta.

  • cuidados necessários: o monitoramento cuidadoso do crescimento e desenvolvimento dos fetos é essencial, bem como o acompanhamento frequente com um obstetra especializado em gravidez múltipla. O repouso adequado e o gerenciamento de qualquer complicação que surgir são fundamentais para o sucesso gestacional e para garantir a saúde da mãe e seus filhos durante o processo.

Histórico de complicações obstétricas anteriores e gestação de alto risco

Mulheres que tiveram complicações em gestações anteriores, como parto prematuro, abortamento espontâneo recorrente, pré-eclâmpsia grave ou restrição de crescimento fetal, têm maior probabilidade de enfrentar desafios semelhantes em gestações subsequentes.

  • cuidados necessários: um plano de cuidados pré-natais personalizado, baseado no histórico médico da paciente ajuda a prevenir ou gerenciar as complicações conhecidas. Isso pode incluir intervenções precoces, como monitoramento frequente da pressão arterial, ultrassonografias adicionais e terapia com medicamentos para prevenir o parto prematuro.

Gravidez após tratamento de infertilidade e gestação de alto risco

Mulheres que engravidam após tratamentos de infertilidade, como a fertilização in vitro (FIV), têm maior probabilidade de ter uma gestação de alto risco devido a fatores como idade materna avançada e gravidez múltipla.

  • cuidados necessários: nesses casos, um acompanhamento especializado é essencial para monitorar o progresso da gravidez e detectar possíveis problemas precocemente. Consultas frequentes com um médico especializado em medicina reprodutiva podem ajudar a garantir uma gravidez saudável e segura.

Complicações emergentes durante a gravidez e gestação de alto risco

Algumas mulheres podem desenvolver complicações inesperadas durante a gestação, como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, placenta prévia, descolamento prematuro da placenta ou trabalho de parto prematuro.

  • cuidados necessários: o tratamento e o manejo dessas complicações variam de acordo com a gravidade do quadro e a saúde geral da mãe e do feto, no entanto, um acompanhamento médico mais criterioso, com consultas de pré-natal em intervalos menores é fundamental para garantir que problemas sejam identificados e tratados precocemente.

Em todas essas situações, para uma gestação de alto risco ser bem-sucedida é necessário o cuidado pré-natal personalizado e a colaboração entre a mãe e sua equipe de saúde. O acompanhamento regular, o gerenciamento de qualquer condição médica preexistente e a pronta intervenção em caso de complicações são essenciais para garantir o melhor resultado possível para a mãe e seu futuro bebê.

Siga o link e entenda mais sobre gestação de alto risco!

Diabetes gestacional: causas e cuidados

Um processo complexo, a gravidez depende do sucesso de várias etapas, do funcionamento adequado dos órgãos reprodutores femininos e masculinos, bem como de outros elementos, incluindo a saúde dos gametas e o equilíbrio hormonal.

Os gametas, óvulos e espermatozoides, são as células que carregam as informações genéticas de mulheres e homens. São produzidos nas gônadas sexuais, ovários e testículos. A cada ciclo menstrual, um óvulo é liberado pelos ovários e captado pelas tubas uterinas, órgão em que aguarda o encontro com o gameta masculino.

Quando os homens ejaculam, milhares de espermatozoides são liberados no organismo feminino e vajam até o óvulo pela extremidade uterina das tubas. No entanto, apenas os mais capacitados chegam à ampola, porção tubária em que a fecundação acontece e somente um o penetra, formando a primeira célula do embrião, que inicia seu desenvolvimento enquanto é transportado ao útero.

A gravidez começa quando o embrião se implanta no endométrio, camada interna uterina que o nutre e abriga até a placenta ser formada. A partir da nona semana até o momento do nascimento passa a ser denominado feto.

É no organismo feminino, portanto, que ocorrem as principais etapas da gravidez e o corpo passa por diferentes alterações para adequar-se ao crescimento e desenvolvimento do futuro bebê.

Por isso, é necessário o acompanhamento adequado de todo o processo gestacional, o que é feito durante as consultas do pré-natal, quando são avaliadas a saúde materna e fetal, o que ajuda a prevenir e/ou diagnosticar precocemente possíveis complicações que possam ocorrer no período, entre elas o diabetes gestacional.

Acompanhe o texto até o final para entender o que é o diabetes gestacional, as causas e cuidados associados à essa condição, que pode afetar de 2% a 4% de todas as gestantes. Confira!

Diabetes gestacional, saiba o que é e quais as possíveis causas

Diabetes gestacional é uma condição metabólica exclusiva da gravidez. Tem como característica o aumento de glicose no sangue, resultando em complicações para a saúde da mãe e do bebê.

A placenta, além de fornecer nutrientes e oxigênio ao feto em desenvolvimento, também produz hormônios que podem interferir na ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas responsável por regular os níveis de glicose no sangue.

Durante a gravidez, naturalmente ocorre uma elevação dos níveis de insulina, cuja ação é minimizada pelos hormônios placentários, levando a uma produção maior pelo pâncreas materno.

Porém, muitas vezes o aumento na produção não é suficiente e, como resultado, algumas mulheres desenvolvem resistência à insulina, o que significa que o corpo não consegue usar de forma eficaz esse hormônio, isso leva a um aumento dos níveis de glicose no sangue, resultando em diabetes gestacional.

Embora as causas exatas do diabetes gestacional não sejam totalmente compreendidas, existem alguns fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolver a condição, como pré-obesidade ou obesidade antes da gravidez, sedentarismo, histórico familiar de diabetes, idade avançada, diabetes gestacional em uma gravidez anterior ou bebês nascidos com peso superior a 4 kg e doenças como a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Consequências do diabetes gestacional e cuidados necessários

A exposição do bebê a quantidades maiores de glicose pode resultar em macrossomia fetal, recém-nascido com peso igual ou superior a 4 kg independentemente da idade gestacional e, assim, em partos mais difíceis. Veja abaixo outras consequências do diabetes gestacional para a saúde do bebê e da mãe:

Consequências do diabetes gestacional para a saúde do bebê

  • nascimento prematuro: níveis elevados de glicose também aumentam as chances de parto prematuro;
  • dificuldades respiratórias graves: bebês prematuros de mães com diabetes gestacional podem desenvolver a síndrome do desconforto respiratório (SDR), uma das principais causas de dificuldade respiratória logo após o nascimento, relacionada à falta de surfactante, substância produzida pelas células pulmonares durante a gestação que ajuda a abrir as vias respiratórias permitindo que o ar entre;
  • obesidade e diabetes tipo 2: bebês de mães com diabetes gestacional têm mais chances de desenvolver obesidade e diabetes tipo 2 durante a vida;
  • hipoglicemia: a hipoglicemia, condição contrária ao diabetes, pode ocorrer em bebês de mães com diabetes gestacional e pode causar convulsões em quadros mais graves;
  • bebês natimortos: o diabetes gestacional não tratado pode resultar na morte do bebê antes ou logo após o nascimento.

Consequências do diabetes gestacional para a saúde materna

  • pré-eclâmpsia: o diabetes gestacional aumenta o risco de pressão alta e, dessa forma, de pré-eclâmpsia, uma complicação da gravidez potencialmente perigosa para a mãe e o feto;
  • cesariana: em mulheres com diabetes gestacional o nascimento ocorre por cesariana na maioria dos casos, uma vez que o peso elevado do bebê pode provocar lesões no canal de parto dificultando a passagem;
  • diabetes no futuro: mulheres que tiveram diabetes gestacional, têm mais chances de o problema se repetir em outra gravidez e/ou de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

Cuidados necessários quando o diagnóstico é de diabetes gestacional

Ainda que qualquer complicação da gravidez seja motivo de preocupação, manter a regularidade das consultas de pré-natal é fundamental para evitar ou controlar o diabetes gestacional. Por outro lado, se houver o diagnóstico da condição apenas o ginecologista-obstetra responsável pelo acompanhamento pode indicar o tratamento mais adequado em cada caso.

Entre as possíveis medidas adotadas, pode-se citar:

  • dieta balanceada: manter uma dieta balanceada durante a gravidez é essencial independentemente do risco de diabetes gestacional;
  • prática de exercícios físicos: mulheres com sobrepeso devem iniciar a prática de exercícios físicos antes mesmo das tentativas de engravidar. Durante a gestação é igualmente importante manter as atividades físicas, porém elas devem ter menor impacto. Aeróbicos, yoga e alongamentos estão entre as opções;
  • monitoramento periódico do crescimento do bebê: os exames de ultrassonografia realizados durante o pré-natal permitem monitorar o crescimento do bebê, o que ajuda a definir as condutas necessárias quando há diagnóstico de diabetes gestacional, bem como permite a prevenção ou tratamento de outras condições que podem surgir durante o desenvolvimento intrauterino;
  • ainda que o diabetes gestacional geralmente seja assintomático, observar alguns sintomas, como sede e micção frequente, pode ajudar a identificar o problema precocemente;
  • administração de medicamentos: com a medicação adequada, prescrita pelo ginecologista-obstetra responsável pelo pré-natal é possível controlar os níveis de glicose e minimizar as chances de ocorrerem possíveis complicações.

Agora que você já sabe quais as causas e cuidados necessários quando há diagnóstico de diabetes gestacional durante a gravidez, siga o link e conheça mais sobre essa condição!

Pré-eclâmpsia: saiba mais sobre os riscos

Durante a gravidez, o corpo feminino passa por mudanças complexas para sustentar e nutrir o futuro bebê. Do momento da concepção até o parto, cada fase é marcada por adaptações físicas e hormonais que são essenciais para o crescimento saudável do feto e para preparar a mulher para o nascimento.

Com a expansão do útero para acomodar o feto em crescimento, há um aumento no tamanho do abdômen, o que pode causar uma mudança no centro de gravidade e, assim, na postura e no equilíbrio. Além disso, as mamas também se transformam para a amamentação, ficam mais sensíveis e aumentam de tamanho.

Internamente, o corpo passa por uma série de ajustes para garantir o fornecimento adequado de nutrientes e oxigênio para o feto em desenvolvimento. O volume sanguíneo, por exemplo, aumenta significativamente, o que pode resultar em alterações na pressão arterial; mais baixa, provoca sintomas como as tonturas e os enjoos matinais nos primeiros meses e, mais alta, pode resultar em pré-eclâmpsia com o avanço da gravidez.

Além das mudanças físicas, muitas mulheres experimentam transtornos emocionais, como ansiedade e depressão, devido às flutuações hormonais e ao estresse associado à expectativa de se tornarem mães.

À medida que a gravidez avança, o corpo continua a adaptar-se. As contrações começam a fortalecer o útero e prepará-lo para o trabalho de parto, enquanto o colo do útero amolece e dilata em preparação para a passagem do bebê. Após o nascimento, se recupera ajustando-se à amamentação e aos novos desafios da maternidade.

Toda gravidez é única e as experiências de cada mulher podem variar. Algumas vezes, podem ocorrer complicações durante o período gestacional, a pré-eclâmpsia é uma delas, por isso, é necessário manter a regularidade das consultas de pré-natal, que acompanham a saúde da mãe e do feto em desenvolvimento.

Acompanhe a leitura do texto até o final para entender o que é pré-eclâmpsia e saber sobre os riscos associados à essa condição. Confira!

Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma condição médica que afeta algumas mulheres com pressão arterial normal durante a gravidez, geralmente após a 20ª semana, porém pode ocorrer mais cedo e, mais raramente, logo após o parto, no puerpério. É caracterizada pela elevação da pressão arterial (hipertensão) e presença de proteína na urina.

Além da hipertensão, os sintomas da pré-eclâmpsia podem incluir inchaço repentino nas mãos, rosto e pés (edema), dores de cabeça intensas, visão turva, náuseas com vômitos persistentes e dor abdominal superior. Ainda que os sintomas possam variar de leves a graves, a pré-eclâmpsia é uma condição séria que requer atenção médica imediata, pois pode representar risco tanto para a mãe quanto para o bebê.

A causa exata da pré-eclâmpsia ainda não é completamente compreendida pela ciência, entretanto, segundo estudos o problema começa na placenta, como consequência do desenvolvimento ou funcionamento inadequado dos vasos desse órgão temporário responsável pela troca de nutrientes entre a mãe e o feto, que acontece pela corrente sanguínea, limitando, dessa forma, a quantidade de sangue que pode fluir.

Alguns fatores são ainda apontados como de risco, entre eles histórico familiar da condição, primeira gravidez, gravidez múltipla, obesidade, idade materna avançada, histórico de hipertensão arterial, de doença renal, diabetes, trombofilia, e doenças autoimunes.

A pré-eclâmpsia é uma condição séria que pode representar riscos tanto para a mãe quanto para o feto durante a gravidez.

Quais são os riscos associados à pré-eclâmpsia ?

Veja, abaixo, os riscos da pré-eclâmpsia para a mãe e seu filho:

Riscos da pré-eclâmpsia para a mãe

  • hipertensão arterial grave: a elevação da pressão arterial pode levar a complicações graves, como danos aos órgãos, incluindo o cérebro, rins e fígado;
  • lesão hepática: em casos graves de pré-eclâmpsia o fígado pode ser afetado, resultando em lesões hepáticas;
  • síndrome HELLP: uma complicação grave da pré-eclâmpsia, a síndrome HELLP envolve problemas com o fígado e contagem baixa de plaquetas sanguíneas;
  • descolamento da placenta: quando ocorre a separação do órgão da camada interna do útero antes do parto, o que pode provocar hemorragia em situações graves, quadro potencialmente perigoso para a mãe e o feto;
  • eclâmpsia: a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia, uma condição que envolve convulsões potencialmente fatais durante a gravidez; podem provocar confusão e desorientação ou colocar a gestante em coma e, em alguns casos, causar acidente vascular cerebral (AVC) ou morte. A eclâmpsia requer atenção médica de emergência.

Risco da pré-eclâmpsia para o futuro bebê

  • restrição do crescimento intrauterino: a pré-eclâmpsia pode interferir no fluxo sanguíneo para a placenta, o que resulta em restrição do crescimento fetal;
  • parto prematuro: em casos graves de pré-eclâmpsia, pode ser necessário induzir o parto prematuramente para evitar complicações graves para a mãe e o bebê;
  • baixo peso ao nascer: a restrição do crescimento intrauterino e o parto prematuro aumentam o risco de o bebê nascer com baixo peso, o que pode levar a complicações de saúde em longo prazo.

O diagnóstico precoce e o monitoramento regular durante a gravidez são essenciais para identificar e gerenciar a pré-eclâmpsia. Isso geralmente envolve exames de pressão arterial e urina durante as consultas do pré-natal, bem como outros testes laboratoriais, se necessário.

O tratamento da pré-eclâmpsia, por sua vez, pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e idade gestacional, porém normalmente inclui repouso, monitoramento rigoroso, medicação para baixar a pressão arterial e, em casos graves, a necessidade de induzir o parto prematuramente para evitar complicações sérias para a mãe e o bebê.

É fundamental, portanto, que as mulheres grávidas mantenham a regularidade das consultas de pré-natal, tenham conhecimento sobre os possíveis sinais e sintomas da pré-eclâmpsia e relatem qualquer preocupação ao seu médico imediatamente.

Com o diagnóstico precoce e cuidados adequados, é possível gerenciar a pré-eclâmpsia de forma eficaz e garantir o melhor resultado possível para mãe e seu bebê.

Toque aqui e saiba mais sobre a pré-eclâmpsia!

Pré-natal: importância para a mulher, para o bebê e para a família

Ter uma gravidez saudável é a melhor maneira de garantir a saúde do futuro bebê, dos primeiros anos de vida à idade adulta. Os cuidados devem, inclusive, sempre que possível iniciar antes da concepção. Nesse caso, são conhecidos como cuidados preconcepcionais, enquanto o pré-natal se refere à atenção e orientações que a gestante recebe desde o início da gravidez.

As consultas do pré-natal são necessárias para acompanhar a saúde materna e fetal. Podem ajudar a prevenir complicações da mesma forma que orientam as mulheres sobre medidas importantes para proteger seu bebê e ter uma gravidez com tranquilidade e bem-estar.

No entanto, o pré-natal não é apenas uma série de consultas médicas; é uma estratégia abrangente, que aborda os aspectos físicos e psicossociais da gravidez. A saúde psicológica durante o período gestacional é fundamental para os bons resultados do parto, evitando, por exemplo, nascimentos prematuros ou mesmo outros problemas de maior gravidade.

Da mesma forma que há uma expectativa da família para a chegada de um novo membro, o envolvimento familiar durante a gravidez, especialmente dos companheiros, é determinante para o equilíbrio emocional da gestante.

Continue a leitura até o final e conheça tudo sobre o assunto. Confira!

Importância do pré-natal para a mulher e o futuro bebê

O pré-natal pode ser definido como um plano de saúde personalizado e adaptado às necessidades específicas de cada gestante. Abrange dos check-ups regulares, exames e orientação sobre escolhas de estilo de vida ao apoio emocional. Essa integração permite criar um ambiente adequado para o desenvolvimento intrauterino.

Os aspectos da assistência pré-natal são, portanto, multifacetados. A jornada normalmente começa com uma consulta inicial, em que o médico-obstetra reúne informações sobre a saúde e histórico clínico da mãe, incluindo gestações anteriores, histórico familiar dos pais, orientação nutricional, suplementação vitamínica, prática de exercícios físicos e imunização, bem como solicita exames para determinar o tempo de gravidez.

Nas consultas seguintes, além de verificar a saúde materna, são realizados exames de ultrassonografia específicos a cada trimestre para acompanhar desenvolvimento fetal.

O pré-natal segue um procedimento estruturado que engloba diversos elementos para garantir um apoio integral à mãe e ao feto em crescimento. Veja abaixo:

  • gerenciamento da saúde materna: o monitoramento da saúde materna engloba ações como a medida da pressão arterial e do peso, controle de condições médicas crônicas, de medicamentos, exames de rotina e acompanhamento emocional para salvaguardar a saúde da mulher durante todo o período gestacional;
  • detecção precoce de complicações: os exames regulares permitem identificar e solucionar e potenciais complicações desde o início, minimizando os riscos para a mãe e para o feto;
  • desenvolvimento fetal: os cuidados adequados do pré-natal garantem que o feto em desenvolvimento receba os nutrientes necessários e suporte para um crescimento ideal. Isso inclui o acompanhamento nutricional da mãe, administração de suplementos essenciais e realização de ultrassonografias regulares;
  • redução de riscos: o acompanhamento frequente da gravidez ajuda a identificar fatores de risco que podem contribuir para o parto prematuro e problemas maternos como a pré-eclâmpsia ou o diabetes gestacional, permitindo intervenções para reduzir as chances, bem como a identificação precoce de doenças fetais, que, em muitos casos, podem ser tratadas ainda durante o desenvolvimento intrauterino;
  • preparação para o trabalho de parto e nascimento do bebê: a orientação para os futuros pais durante os cuidados do pré-natal possibilita desenvolver as competências necessárias para um trabalho de parto mais tranquilo, o que inclui das técnicas de gestão da dor à escolha do tipo de parto e cuidados pós-parto, no puerpério, fase em que ainda existem riscos associados à saúde materna, além de orientações sobre o processo de amamentação.

Manter a frequência das consultas do pré-natal de acordo com a determinação do médico-obstetra, pode, portanto, evitar o desenvolvimento de condições potencialmente perigosas para a mãe ou feto, e, consequentemente, diminuir os percentuais de morbidade e mortalidade materno-fetal.

Importância do pré-natal para a família

As recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para uma experiência positiva na gravidez incluem normalmente o envolvimento do pai, medidas de apoio social e a participação da família, o que abrange aconselhamento, apoio, assistência durante o pré-natal, na preparação para o parto e no puerpério ou pós-parto.

O envolvimento dos parceiros durante a gravidez reduz as taxas de parto prematuro e de mortalidade infantil, por exemplo. Além disso, as futuras mães têm mais chances de receber cuidados médicos adequados e de abandonar hábitos como o tabagismo, prejudicial para o desenvolvimento fetal e saúde do futuro bebê.

Os pais ou parceiros também podem ajudar nas aulas de parto; com técnicas de respiração e posicionamento durante o trabalho de parto, na amamentação, nos cuidados noturnos do bebê, na escolha do pediatra e acompanhamento às consultas pediátricas.

Enquanto espera a chegada do bebê, por sua vez, a participação da família envolve desde o apoio emocional durante a gravidez, ajuda na escolha do enxoval e criação de um espaço adequado para recebê-lo à percepção de sinais de depressão pós-parto da mãe.

As alterações hormonais somadas aos ajustes necessários à chegada do bebê, como adaptação à nova rotina e os distúrbios do sono, contribuem para despertar um sentimento de melancolia, clinicamente conhecido como baby blues.

Ainda que o baby blues seja comum após o parto, com períodos de tristeza e crises de choro, é fundamental a atenção quando os sintomas se intensificam e duram mais de  30 dias. A depressão pós-parto também é um transtorno comum depois do nascimento do bebê, principalmente se houver histórico pessoal ou familiar.

Assim, tanto o pai quanto o conjunto familiar, o que inclui parentes maternos e paternos, têm um papel essencial na gravidez e pós-parto para garantir a saúde e bem-estar da mãe e do bebê.

Siga o link para conhecer mais sobre o pré-natal e problemas materno-fetais que podem ser evitados quando a gravidez é adequadamente acompanhada!

Como acontece o ciclo menstrual? Por que é importante saber?

Durante o desenvolvimento intrauterino, são formados os principais órgãos reprodutores das mulheres: ovários, tubas uterinas e útero, bem como os folículos ovarianos, estruturas que contêm o óvulo imaturo, gameta ou célula sexual com as informações genéticas transmitidas aos filhos.

Assim, as mulheres já nascem com um estoque de folículos presentes nos ovários, cuja denominação clínica é reserva ovariana. Na puberdade, quando acontece a primeira menstruação esse estoque de folículos passa a ser utilizado, ou seja, tornam-se aptas a engravidar.

Os folículos são usados no ciclo menstrual e a menstruação marca o início e fim desse processo. Continue a leitura até o final para saber o que é ciclo menstrual e conhecer sua importância. Confira!

O que é ciclo menstrual e como ele acontece?

Ciclo menstrual ou reprodutivo é o processo em que diferentes alterações fisiológicas preparam o corpo feminino para uma possível gravidez. Ocorre continuamente entre a puberdade e a menopausa, quando a última menstruação anuncia o fim do estoque de folículos, ou seja, a mulher já não pode mais engravidar.

Dividido em três fases, começa no primeiro dia da menstruação e se encerra no anterior à próxima. É coordenado por diferentes hormônios orientados pelo eixo hipotálamo-hipófise-ovários (HHO), que estabelece um tipo de comunicação estimulando a secreção e/ou diminuição da liberação de determinado hormônio, mantendo, assim, os níveis sempre em equilíbrio.

Veja abaixo o que acontece em cada uma:

1ª fase do ciclo menstrual

A primeira fase do ciclo menstrual é chamada folicular. Logo no início, o hipotálamo, região localizada no centro do sistema nervoso, secreta o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) motivando a liberação pela hipófise, glândula localizada na base do cérebro, das gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante).

FSH e LH viajam pela corrente sanguínea até os ovários. O FSH promove o recrutamento e crescimento de vários folículos, enquanto o LH induz o folículo dominante, que se destaca entre eles, ao amadurecimento, estimulando, ao mesmo tempo, as células da teca, que compõem a parte externa, a produzir testosterona convertida pelo FSH em estrogênio, hormônio que inicia o espessamento do endométrio, camada interna uterina.

2ª fase do ciclo menstrual

A segunda fase é conhecida como ovulatória, quando o folículo dominante atinge o auge do amadurecimento. Os níveis elevados de estrogênio levam ao aumento da concentração de LH, que funciona como um gatilho induzindo-o ao rompimento para liberação do seu óvulo, também maduro na ovulação.

O óvulo é captado pelas tubas uterinas, órgãos em que a fecundação acontece e tem sobrevida de 24h, período em que pode ser fecundado pelo espermatozoide para originar a primeira célula do embrião.

3ª fase do ciclo menstrual

Na terceira e última fase, a lútea, as células resquiciais do folículo rompido se transformam em uma glândula temporária, o corpo-lúteo, cuja função é secretar progesterona, hormônio que finaliza o preparo endometrial estratificando o processo iniciado pelo estrogênio, tornando o endométrio receptivo para receber o embrião formado na fecundação, que inicia o desenvolvimento ainda nas tubas uterinas enquanto é transportado ao útero.

O embrião chega ao útero aproximadamente no quinto dia de desenvolvimento e se fixa ao endométrio para dar início a gravidez. Na oitava semana passa a ser denominado feto, nomenclatura que recebe até o nascimento.

É durante o ciclo menstrual, portanto, que ocorrem as principais etapas da gravidez e o funcionamento correto de cada uma é essencial para o sucesso.

Por que é importante saber sobre o ciclo menstrual?

Além de determinar a idade fértil das mulheres, o ciclo menstrual pode sinalizar diferentes aspectos, por isso é fundamental conhecer o seu funcionamento.

Observar, por exemplo, a fase de ovulação, período de maior fertilidade, pode aumentar as chances de engravidar ou mesmo impedir uma gravidez indesejada. O período fértil considera o tempo de sobrevida do óvulo, 24h, e dos espermatozoides, que podem sobreviver por até 72 horas no organismo feminino. Assim, está localizado entre os três dias que antecedem a ovulação e o seguinte.

O ciclo menstrual regular geralmente tem a duração de 28 dias com variações de 21 ou 32 dias, porém sempre no mesmo intervalo. A fase ovulatória fica situada na metade. E, além do cálculo que pode ser feito subtraindo 3 dias e adicionado 1 à data provável da liberação do óvulo, o corpo também apresenta alguns sinais, como o inchaço e aumento da sensibilidade das mamas ou variações do muco cervical, que se torna mais elástico com a aparência semelhante à da clara de ovo.

No entanto, saber sobre o ciclo menstrual é importante também para avaliar a fertilidade. Irregularidades menstruais, como ciclos mais longos do que o normal, aumento, diminuição ou ausência de menstruação podem sinalizar condições que interferem na capacidade reprodutiva das mulheres, comuns durante a idade reprodutiva, indicando quadros de infertilidade. Por isso, é fundamental manter a regularidade das consultas ginecológicas.

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DIU Mirena e DIU Kyleena: os inúmeros benefícios desse método contraceptivo

A única forma de prevenir uma gravidez indesejada é o uso de métodos contraceptivos. Alguns, entretanto, têm um grande percentual de falha, enquanto outros se destacam por sua alta eficácia, quase 100%. O DIU, dispositivo intrauterino, é um dos principais representantes dessa categoria, uma vez que outros benefícios somam-se à essa qualidade.

Embora o DIU já esteja disponível há muitas décadas, sua utilização era limitada por diferentes fatores, o que incluía, nesse caso, as chances de falha, bem como as de ocorrerem infecções, além de ser pouco acessível.

Todos esses fatores foram corrigidos com o tempo e hoje o DIU é considerado é o método de controle de natalidade mais popular no mundo. Entre os tipos disponíveis estão o de cobre, o com fio de prata e o hormonal, que costuma, nesse caso, ser o mais indicado pelos especialistas.

O DIU Mirena e o DIU Kyleena são dispositivos intrauterinos hormonais, ou seja, liberam hormônios para impedir a gravidez. Continue a leitura até o final para conhecer os inúmeros benefícios desse método contraceptivo. Confira!

DIU Mirena e DIU Kyleena

O DIU Mirena e o DIU Kyleena liberam diariamente pequenas doses de levonorgestrel, hormônio sintético semelhante à progesterona, um dos principais hormônios femininos cuja ação durante os ciclos menstruais é essencial para o sucesso e manutenção da gravidez.

Ambos atuam de forma semelhante na prevenção da gravidez. Inibem o espessamento do endométrio, tecido de revestimento interno do útero no qual o embrião formado na fecundação se implanta, processo que marca o início da gestação; provocam o espessamento do muco cervical impedindo, assim, a passagem dos espermatozoides e diminuem a motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação e são responsáveis pelo transporte dos gametas, óvulos e espermatozoides para esse evento acontecer.

Dessa forma, não há fecundação, quando o óvulo e o espermatozoides se fundem gerando a célula primordial do embrião, ou ele não se implanta.

Apesar de atuarem de maneira semelhante, o DIU Mirena e o DIU Kyleena têm alguns diferenciais, mesmo que também tenham em comum benefícios importantes: são de longa duração, reversíveis, a eficácia é de 99% e podem ser usados por mulheres que estão amamentando.

Isso significa que depois da colocação a mulher não precisa mais se preocupar, pois as chances de engravidar são inexpressivas e quando houver o desejo de ter filhos eles podem ser removidos sem nenhum prejuízo para a fertilidade.

Veja abaixo os outros benefícios de cada um:

DIU Mirena

  • tempo de duração: o DIU Mirena dura entre 6 anos e 7 anos. Depois desse intervalo, se ainda não houver o desejo de ter filhos, deve ser substituído. O DIU Kyleena, por sua vez, tem uma duração menor, de 5 anos;
  • suspensão da menstruação: a maioria das mulheres que usam o DIU Mirena experimentam a suspensão da menstruação. Por isso, geralmente é o mais indicado às que têm sintomas mais severos durante o período menstrual, incluindo cólicas intensas e TPM, tensão pré-menstrual, condição caracterizada por alterações de humor, depressão e fadiga extrema;
  • alivia sintomas de endometriose: por promover a suspensão da menstruação, o DIU Mirena proporciona o alívio de sintomas da endometriose como a dor pélvica crônica, o mais marcante dessa doença.

DIU Kyleena

  • tamanho: ainda que ambos tenham o formato de T com um braço de cada lado e um fio na parte inferior que desce até o colo do útero e a vagina, o DIU Kyleena tem dimensões menores, 30 mm de comprimento, 28 mm de largura e 1,9 mm de espessura, o que facilita a colocação, enquanto o DIU Mirena tem 32 mm de comprimento, 32 mm de largura e 1,55 mm de espessura;
  • quantidade e liberação de levonorgestrel: o DIU Kyleena libera aproximadamente 9 mcg de levonorgestrel por dia e o DIU Mirena cerca de 15 mcg. Mesmo que a quantidade não interfira na eficácia, pode ajudar em situações como a amamentação.

Entre os possíveis efeitos colaterais provocados pelo DIU Mirena e o DIU Kaleena o mais comum é o sangramento que acontece fora do período menstrual, no entanto ele dura pouco tempo, no máximo 6 meses. Atualmente, praticamente já não há risco de infecção, bem como outros associados ao uso do DIU hormonal, como a formação de cistos ovarianos e gravidez ectópica, quando o embrião se implanta em uma das tubas uterinas em vez do útero.

Por esses benefícios, o DIU Mirena e o DIU Kyleena se tornaram uma das principais opções das mulheres que pretendem adiar os planos de maternidade, inclusive quando comparados a outros métodos hormonais como as pílulas anticoncepcionais, que apesar da popularidade devem ser tomadas diariamente para prevenir a gravidez.

No entanto, a escolha do método contraceptivo mais adequado para cada paciente, incluindo a opção entre o DIU Mirena e o DIU Kyleena, deve ser feita com auxílio de um especialista, pois considera diferentes fatores, entre eles a ocorrência de possíveis doenças que impeçam o uso de hormônios.

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Cuidados preconcepcionais: saiba como se preparar para a gravidez

É comum que os cuidados preconcepcionais sejam confundidos com o pré-natal, consultas realizadas em todos os trimestres da gravidez para acompanhar o desenvolvimento da gestação, a saúde da mãe e do seu futuro bebê.

Embora ambos tenham como objetivo evitar possíveis complicações durante o período gestacional, são diferentes. Os cuidados preconcepcionais são aqueles realizados antes mesmo das tentativas para engravidar.

Planejar a família é um passo bastante importante e envolve diferentes aspectos, da saúde geral e reprodutiva aos fatores ambientais e psicossociais.

Riscos modificáveis, por exemplo, incluindo o tabagismo e o consumo excessivo de álcool durante o período preconcepção, têm impacto na saúde reprodutiva das mulheres e dos homens e na qualidade dos gametas ou células reprodutivas, espermatozoides e óvulos que carregam as informações genéticas dos pais transmitidas às futuras gerações.

Nos últimos anos, tem havido um reconhecimento crescente da importância dos cuidados preconcepcionais na prevenção de doenças neonatais e do nascimento, que têm uma carga global bastante significativa, afetando aproximadamente 2,4 milhões de bebês anualmente.

Além disso, entre as possíveis complicações que podem acontecer durante a gravidez estão os distúrbios relacionados ao feto; muitos podem ser prevenidos com os cuidados preconcepcionais adequados.

Ainda que todas as pessoas que pretendem engravidar devam ter atenção aos cuidados preconcepcionais, eles são particularmente necessários para as mulheres, uma vez que é no organismo feminino que ocorrem as principais etapas da gravidez. Principalmente as já diagnosticadas com algumas condições, como obesidade, hipertensão, diabetes e outras crónicas, as que tiveram problemas em gestações anteriores ou planejam ter o primeiro filho.

Continue a leitura até o final e saiba tudo sobre o assunto. Confira!

Cuidados preconcepcionais

Os cuidados preconcepcionais ou anteriores à concepção são definidos como um conjunto de intervenções destinadas a identificar e modificar riscos biomédicos, comportamentais e sociais em mulheres em idade reprodutiva.

O objetivo é melhorar os resultados da gravidez e a saúde em geral por meio da prevenção de doenças e da gestão dos fatores de risco que afetam o binômio materno-fetal.

O estado de saúde de ambos os pais no momento da concepção pode influenciar significativamente o desenvolvimento e a saúde do feto. Os cuidados preconcepcionais permitem criar um ambiente favorável para a concepção, implantação e desenvolvimento embrionário.

Vários processos fisiológicos são essenciais para o desenvolvimento de um embrião durante o período preconcepção, eventos que ocorrem antes de a mulher saber que está grávida podem ter um impacto significativo no crescimento fetal e no resultado da gravidez, incluindo estágios importantes de formação de órgãos e crescimento que ocorrem no início, muitas vezes antes mesmo de a mulher perceber que está grávida.

Os cuidados preconcepcionais contribuem para mitigar riscos e promover o desenvolvimento saudável desde os estágios iniciais.

Conheça os principais cuidados preconcepcionais:

  • intervenções nutricionais e suplementação: as intervenções nutricionais e a suplementação têm um papel fundamental nos cuidados preconcepcionais. A nutrição adequada antes da concepção, incluindo a suplementação de ácido fólico, reduz as chances de malformações fetais, especialmente os defeitos abertos do tubo neural, importante para o desenvolvimento do sistema nervoso central do bebê, e outras deficiências congênitas. Uma dieta balanceada, rica em nutrientes essenciais, como ferro e cálcio, é necessária para apoiar a saúde materna e fetal;
  • mudanças no estilo de vida e de comportamento: parar de fumar, reduzir o consumo de álcool e evitar o uso de drogas recreativas estão entre as ações que podem diminuir significativamente o risco de resultados adversos na gravidez. A prática regular de exercícios físicos é igualmente importante; manter um peso saudável também ajuda a reduzir o risco de complicações durante o período gestacional;
  • rastreio e gestão de condições médicas pré-existentes: identificar e controlar condições como diabetes, hipertensão e distúrbios da tireoide antes da concepção pode minimizar os riscos para a mãe e para o feto, o que envolve, inclusive, a otimização dos regimes de medicação;
  • rastreio genético: o rastreio genético permite identificar distúrbios que podem ser transmitidos aos filhos, permitindo escolhas reprodutivas;
  • imunizações e prevenção de doenças infecciosas: é importante estar em dia com as vacinas recomendadas, como rubéola e hepatite B, que protegem contra infecções que podem representar riscos durante a gravidez. A prevenção e manejo de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) é igualmente necessária, pois além de proteger a saúde materna e fetal evitam interferências na capacidade reprodutiva;
  • apoio psicossocial e saúde mental: o apoio psicossocial e a abordagem da saúde mental também são aspectos essenciais nos cuidados preconcepcionais reduzindo o risco de resultados adversos na gravidez. O apoio e encaminhamentos apropriados podem ajudar a controlar o estresse, a ansiedade ou a depressão, contribuindo de forma mais ampla para uma melhor saúde reprodutiva geral. Os transtornos de humor e de ansiedade são prevalentes entre pessoas em idade reprodutiva e há uma alta incidência de novas doenças psiquiátricas ou de recaída de uma pré-existente durante a gravidez. O controle durante o período preconcepção pode ajudar a prevenir resultados adversos no intraparto ou pós-parto.

Os cuidados preconcepcionais ajudam, portanto, a evitar efeitos adversos na gravidez, como a pré-eclâmpsia, que pode evoluir para eclâmpsia, condição potencialmente perigosa para a mulher ou o diabetes gestacional, reduzem as chances de ocorrer abortamento espontâneo, nascimento prematuro e bebês nascidos mortos, de problemas intrauterinos, neonatais ou congênitos e, consequentemente, os percentuais de morbidade e mortalidade materno-fetal.

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Amamentação: veja como se preparar para esse momento tão especial

Além da aumentar a conexão entre a mãe e seu bebê, os efeitos da amamentação sobre a saúde já são bem conhecidos. O leite materno é exclusivamente adequado às necessidades nutricionais do recém-nascido; é uma substância viva com propriedades imunológicas e anti-inflamatórias que protegem contra diversas condições.

Fornece toda a energia e nutrientes que o bebê necessita durante os primeiros meses de vida e continua a suprir boa parte das necessidades nutricionais durante a segunda metade do primeiro ano e até um terço do segundo.

As crianças amamentadas têm melhor desempenho cognitivo, pois o leite materno pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento e maturação do cérebro e do sistema nervoso central, têm menos probabilidade de sobrepeso ou obesidade e são menos propensas ao desenvolvimento de condições como o diabetes. As mulheres que amamentam também têm um risco reduzido de câncer de mama e de ovário.

Durante a amamentação, anticorpos e outros fatores de proteção são transmitidos da mãe para o bebê fortalecendo o sistema imunológico. Isso ajuda a diminuir as chances de contrair muitas infecções, incluindo:

A amamentação pode proteger ainda os bebês contra alergias e asma, além da síndrome da morte súbita infantil (SMSL).

Apesar de todos esses benefícios serem amplamente reconhecidos a amamentação não é uma tarefa fácil, principalmente quando é o primeiro filho. Além disso, ainda existem muitas dúvidas e mitos em torno da prática, da posição adequada e tempo necessário à quantidade e qualidade do leite, interferências de aspectos como o tamanho dos seios ou alterações estéticas e, particularmente, sobre a amamentação causar dor.

Continue a leitura até o final, saiba mais sobre a amamentação e veja como se preparar apara esse momento tão especial. Confira!

Amamentação

Os órgãos de saúde orientam a amamentação durante pelo menos os seis meses iniciais de vida do bebê e, idealmente, até um ano, com acréscimo de suplementos depois do primeiro semestre.

A produção do primeiro leite, chamado colostro, ocorre logo após o nascimento. Ele é mais espesso, amarelado e em menor quantidade, contudo possui os nutrientes necessários para o bebê e é essencial para reforçar o sistema imunológico, bem como prepara seu organismo para digestão do leite materno.

Quase todas as mães produzem a quantidade certa de leite para os seus bebês, com qualidade, independentemente do tamanho dos seios ou mamilos. A produção é determinada pela forma como ele segura o seio, suga o leite, pela frequência da amamentação e aumenta à medida que ele amamenta, por isso é importante que esse seja seu único alimento durante o primeiro semestre, uma vez que qualquer suplementação pode reduzir a quantidade.

Além disso, amamentar não causa flacidez nos seios. Geralmente isso acontece como consequência das flutuações hormonais e de peso durante a gravidez; o envelhecimento e a genética também influenciam.

Por outro lado, embora a amamentação não deva ser dolorosa é comum que os seios e mamilos fiquem doloridos e sensíveis por alguns dias enquanto o corpo se ajusta. A amamentação exige prática e os primeiros dias podem ser um desafio, porém é um dos momentos mais importantes para reforçar o laço afetivo entre mãe e filho. Veja a seguir como se preparar para esse momento tão especial.

Como se preparar para amamentação?

Normalmente, o ginecologista-obstetra responsável pelo pré-natal orienta sobre a amamentação no último trimestre da gravidez. Logo após o nascimento o contato pele com pele também é estimulado. Conhecido como cuidado mãe-canguru, vai ajudar a estabelecer a amamentação e é igualmente necessário para criar um vínculo de segurança com o bebê, facilitando o processo no futuro.

Por outro lado, ainda que o reflexo de procurar o seio materno ocorra instintivamente desde o nascimento, muitas mães precisam de orientação e/ou ajuda para posicioná-lo corretamente. A maneira correta garante que ele receba leite suficiente e o processo de amamentação não provoque dores.

Para o bebê conseguir sugar o leite materno, seus lábios devem estar posicionados ao redor do mamilo; no momento em que ele o leva à boca, trava para amamentar. Isso é conhecido como técnica da ‘trava’ e todo o mamilo, bem como a maior parte da aréola, pele ao redor dele devem ficar dentro da boca.

O posicionamento inadequado, por sua vez, é considerado um dos problemas mais comuns da amamentação, assim, sempre que possível é importante contar com essa orientação antes de iniciar o processo.

Também é importante adaptar um ambiente tranquilo em casa para amamentar. Optar pelo uso de móveis como a poltrona, que oferecem maior conforto e permitem manter as costas retas pode ajudar bastante, uma vez que nas primeiras semanas a recomendação é de que o processo ocorra de oito a doze vezes a cada 24 h, o que pode ser cansativo.

A melhor posição para amamentar, entretanto, é a que não exige nenhum tipo de esforço, ou seja, a mais confortável para a mãe e bebê. Entre as possibilidades, a mais comum é apoiar a lateral da cabeça do bebê na dobra do cotovelo e posicionar sua barriga contra o corpo, o que pode ser feito inclusive deitada para alimentação noturna.

Relaxar durante a amamentação é fundamental para o bebê se alimentar com calma e para continuidade da produção de leite. Normalmente, cada mamada dura entre 10 e 20 minutos por mama.

Muitas mães sentem desconforto nos primeiros dias de amamentação, os mamilos podem ficar sensíveis e doloridos. Contudo, intervenções podem ser necessárias se a dor persistir por mais de uma semana e os mamilos estiverem machucados.

Na maioria das vezes a dor é consequência do posicionamento inadequado do bebê, outras causas incluem mamilos curtos, planos ou invertidos, disfunções orais do bebê como sucção não nutritiva prolongada, uso de bombas de extração de leite, interrupção da sucção, uso de cremes, óleos ou protetores que causam reações alérgicas e exposição a ambientes úmidos.

Se a dor for mais intensa e os machucados demorarem a cicatrizar existem técnicas que podem auxiliar. A laserterapia, por exemplo, tem ações anti-inflamatórias, analgésicas e cicatrizantes, que auxiliam no tratamento de traumas mamilares sem comprometer a amamentação ou a qualidade do leite.

Outros problemas também podem surgir durante o processo, como o ingurgitamento mamário, popularmente conhecido como leite empedrado, inflamação da mama ou mastite aguda puerperal e ductos de leite entupidos, que ocorrem quando os seios não são completamente esvaziados de maneira regular.

Nesses casos, é importante consultar o ginecologista-obstetra para definir a melhor conduta de tratamento sem prejudicar a alimentação ou saúde do bebê.

Com os cuidados adequados, além de a amamentação ser um processo prazeroso e um momento especial, queima calorias, contribuindo para perder mais rapidamente o peso extra adquirido durante a gravidez, libera hormônios importantes para o útero retornar ao tamanho pré-gravídico, ajuda a reduzir o sangramento uterino após o nascimento, o risco de câncer de mama, ovários ou de osteoporose e ainda tem um efeito anticoncepcional.

Quanto a parar de amamentar, essa é uma decisão pessoal e varia de acordo com os costumes e escolhas individuais. No entanto, o tempo mínimo recomendado pelos especialistas deve, preferencialmente, ser sempre considerado.

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Suplementação de vitaminas durante a gestação: veja a importância

Durante a gestação, o corpo feminino passa por diferentes alterações fisiológicas e a mulher precisa de mais energia para suprir suas necessidades e do feto em desenvolvimento, que aumentam à medida que ele se desenvolve.

O feto se alimenta pela troca de nutrientes com a mãe, que ocorre pela corrente sanguínea. Assim, uma dieta equilibrada no período gestacional é essencial para garantir uma gravidez saudável para mãe e seu futuro bebê. Isso significa que ela deve conter os nutrientes necessários, incluindo as vitaminas, substâncias orgânicas que auxiliam no metabolismo celular.

Ainda que muitas vezes uma alimentação balanceada possa garantir esses nutrientes, a suplementação de vitaminas durante a gestação pode compensar possíveis deficiências ou mesmo reforçar a ação daquelas obtidas em menor quantidade pelos alimentos. Algumas são, inclusive, essenciais e prescritas para todas as gestantes, como é o caso do ácido-fólico.

Durante o pré-natal, o ginecologista-obstetra orienta sobre a dieta adequada e suplementação das vitaminas necessárias para cada paciente a partir dos resultado dos exames inicialmente realizados.

O acompanhamento da gestante é feito nas consultas pré-natal, o que inclui a observação nutricional, medida da pressão arterial e peso, bem como a realização de exames que avaliam a saúde materna e do feto em desenvolvimento. Manter a regularidade, portanto, é fundamental para evitar possíveis complicações, que nem sempre podem ser previstas.

Deficiências nutricionais durante o período gestacional, por exemplo, aumentam o risco de malformações fetais, abortamento, parto prematuro, baixo peso ao nascer e defeitos congênitos, bem como o bebê pode desenvolver doenças crônicas no futuro.

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Conheça os nutrientes mais importantes durante a gestação

É recomendado às mulheres que planejam engravidar iniciar o acompanhamento com o ginecologista-obstetra pelo menos três meses antes da concepção, o que é conhecido como consulta preconcepcional.

Além da confirmação da saúde reprodutiva, é comum que no período preconcepção os médicos orientem a ingestão de uma quantidade maior de vitaminas, o que é feito principalmente a partir da introdução de alguns alimentos na dieta alimentar e por suplementação quando exames já indicam deficiências. Se a gestação não foi planejada, por outro lado, a suplementação de vitaminas acontece logo no início.

O ácido fólico, por exemplo, deve idealmente ser administrado antes da concepção ou desde o primeiro mês da gravidez até o final do primeiro trimestre. É uma vitamina do complexo B, necessária para a formação de algumas proteínas estruturais e hemoglobina, que ajuda a prevenir malformações fetais, especialmente os defeitos abertos do tubo neural, importante para o desenvolvimento do sistema nervoso central do bebê, como a mielomeningocele.

O tubo neural começa a se formar no primeiro mês, por isso o quanto antes o ácido-fólico é administrado maior é a prevenção. Essa substância contribui ainda para prevenir outras condições, incluindo doenças cardíacas e anemia materna, bem como diminui o risco de pré-eclâmpsia e auxilia na formação da placenta e desenvolvimento do DNA.

A vitamina D também faz parte das que se tornaram essenciais na suplementação de vitaminas durante a gestação e deve ser administrada desde o início. Isso porque, ajuda a regular o sistema imunológico, evitando, dessa forma, que anticorpos reconheçam o embrião como o invasor levando ao abortamento; bem como facilita a absorção de cálcio e fosfato, elementos essenciais para o desenvolvimento ósseo e dentição do bebê.

Outros nutrientes necessários para garantir que o período gestacional seja saudável e que podem fazer parte da suplementação de vitaminas durante a gestação incluem:

  • vitamina C: ajuda a prevenir pré-eclâmpsia, parto prematuro e danos no sistema cognitivo;
  • vitamina E: ajuda a prevenir pré-eclâmpsia, retardo no crescimento fetal e condições como asma;
  • vitamina K: necessária para o desenvolvimento saudável dos ossos e formação de proteínas no fígado, bem como desempenha um papel na coagulação sanguínea, por isso, além de administrada durante o período gestacional se houver deficiência é fundamental logo após o parto, quando há maior risco de hemorragia puerperal;
  • ferro: necessário para suportar o aumento do volume sanguíneo e reduzir o risco de anemia;
  • zinco: ajuda a diminuir o risco de abortamento, retardo no crescimento fetal, nascimento prematuro, pré-eclâmpsia e danos imunológicos;
  • ômega 3: ajuda no desenvolvimento do cérebro, do sistema nervoso central e na saúde cardíaca do bebê.

Assim, quando feita adequadamente a suplementação de vitaminas durante a gestação pode evitar diferentes complicações que comprometem a saúde materno-fetal.

A pré-eclâmpsia, por exemplo, condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial, pode evoluir para eclâmpsia, uma das principais causas de morbidade e mortalidade materna.

Já a mielomeningocele, nome dado à falha no fechamento do tubo neural, estrutura que origina a medula e o cérebro no embrião, resulta na exposição da medula, raízes nervosas e meninges do bebê, com consequências como déficit de aprendizado, dificuldade ou impossibilidade de caminhar e incontinência urinária.

No entanto, é importante reforçar que a suplementação de vitaminas durante a gestação deve sempre ser feita com a orientação do ginecologista-obstetra. Enquanto níveis adequados ajudam a evitar diversos problemas o excesso pode, ao contrário, prejudicar bastante a saúde da mãe e do seu bebê.

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