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Puerpério após parto normal e cesariana: há diferenças?

Durante a gravidez, ocorrem diferentes alterações anatômicas e fisiológicas no corpo das mulheres para garantir o desenvolvimento saudável do futuro bebê. O puerpério, termo que designa o período após o nascimento, também é de grandes transformações, marcado pela recuperação física e emocional após o nascimento do bebê. 

Puerpério é o termo usado para definir o período pós-parto, que se inicia logo depois do nascimento do bebê e expulsão da placenta até a completa recuperação fisiológica dos diversos sistemas orgânicos. 

Tanto o parto normal quanto a cesariana apresentam especificidades no puerpério, especialmente no que diz respeito à recuperação. No entanto, uma opção não é necessariamente superior à outra; a escolha deve ser baseada em critérios médicos e nas necessidades da mãe e do bebê. 

Embora a recuperação do parto normal e da cesariana seja diferente em diversos aspectos, ambos os tipos de parto têm o mesmo objetivo, proporcionar o nascimento saudável do bebê e a segurança da mãe. Além disso, independentemente do tipo de parto cada mulher vivencia o puerpério de maneira única, com seus próprios desafios e adaptações.

Continue a leitura do texto até o final e conheça mais sobre o puerpério após parto normal e cesariana e saiba se há diferenças. Confira!

Puerpério

O puerpério, conhecido popularmente como resguardo ou quarentena, se estende até que o corpo da mulher volte às suas condições pré-gestacionais. Dura em média de seis a oito semanas e envolve uma série de processos fisiológicos, hormonais e emocionais. 

Entre os principais, estão a involução do útero, que retorna ao tamanho normal, mudanças nos seios, que começam a produzir leite para alimentar o bebê e emocionais, consequentes do novo papel de mãe e das mudanças hormonais.

Independentemente da via de parto, o puerpério é um período de grandes alterações hormonais. A queda brusca dos hormônios da gravidez, como o estrogênio e a progesterona, pode levar a oscilações de humor e, em alguns casos, à depressão pós-parto. 

A adaptação ao novo papel de mãe, associada às demandas físicas e emocionais da amamentação e dos cuidados com o recém-nascido, pode gerar ansiedade e cansaço. Por isso, o apoio emocional durante o puerpério é tão importante quanto os cuidados físicos.

Durante o puerpério, também é comum que a mulher enfrente desafios como a dor no local do parto, o sangramento vaginal (lóquios), alterações de peso como perda gradual ou aumento, motivados respectivamente pela eliminação ou retenção de líquidos, dor, desconforto e fraqueza muscular até a recuperação da musculatura.

Essas alterações são comuns a maioria das mulheres, as diferenças que podem ocorrer no puerpério se o bebê nascer por parto normal ou cesariana são:

  • parto normal: o parto normal geralmente envolve uma recuperação física mais rápida. Isso porque, não há uma grande incisão cirúrgica, como acontece na cesariana. A mulher pode levantar-se e se movimentar com maior facilidade logo após o nascimento, o que favorece a circulação sanguínea e reduz o risco de complicações como trombose. No entanto, o parto normal pode exigir cuidados específicos com o períneo, especialmente se houver laceração ou episiotomia, o que pode causar dor e desconforto nos primeiros dias. O sangramento vaginal (lóquios) tende a ser mais inicialmente intenso, porém costuma diminuir mais rapidamente;
  • cesariana: já a recuperação da cesariana, por ser uma cirurgia abdominal, costuma ser mais lenta e dolorosa. A mulher precisa de mais tempo para se levantar e andar e a dor na área da incisão pode ser significativa nas primeiras semanas. Além disso, existe maior risco de infecções e complicações relacionadas à cicatrização. O sangramento vaginal é semelhante ao do parto normal, embora o retorno ao estado pré-gestacional do útero possa demorar um pouco mais. A mulher que passa por uma cesariana também pode ter desafios adicionais na amamentação devido à dificuldade de encontrar posições confortáveis para segurar o bebê nos primeiros dias.

Embora a maioria das mulheres tenham um puerpério tranquilo, algumas podem enfrentar problemas de saúde que exigem atenção. Dessa forma, é importante que sejam acompanhadas pelo especialista durante todo o período. Além de evitar possíveis complicações e garantir a saúde da mãe e do seu bebê, a mulher recebe orientações sobre a dieta mais adequada em cada caso, exercícios, amamentação e retomada das atividades diárias e sexual, por exemplo. 

Não existe uma via de parto adequada para todas as mulheres. O parto normal e a cesariana têm indicações específicas e o que é ideal para uma pode não ser para outra. 

O mais importante é que o parto seja realizado de forma segura e as necessidades individuais de mãe e bebê sejam respeitadas. Por outro lado, ao entendermos as particularidades de cada tipo de puerpério é possível vivenciar o momento com plenitude e segurança, independentemente da forma como seu bebê nasceu.

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Contracepção no pós-parto: por que é importante?

O pós-parto é um período de transição importante na vida das mulheres. Também conhecido como puerpério, inicia imediatamente após o nascimento do bebê e se estende por cerca de seis a oito semanas.

Durante esse intervalo, o corpo passa por diversas mudanças físicas e emocionais enquanto se recupera do parto e se adapta à maternidade. É um período que exige cuidados especiais, tanto para a mãe quanto para o recém-nascido, para garantir uma recuperação saudável e um início positivo da nova fase de vida.

Além das mudanças físicas, como a involução do útero que retorna ao tamanho original e, hormonais, marcadas pela queda drástica de hormônios como estrogênio e progesterona, o que pode afetar o humor e a disposição, as mulheres podem experimentar o que é conhecido como baby blues, uma condição caracterizada por sentimentos de tristeza, ansiedade e irritabilidade que geralmente surgem nos primeiros dias após o parto e podem durar algumas semanas.

A adaptação à nova rotina, as demandas constantes do recém-nascido e a falta de sono contribuem ainda para a exaustão física e emocional. Por isso, são necessários uma série de cuidados específicos para garantir a saúde e o bem-estar da mulher e seu bebê. Entre eles está a contracepção no pós-parto, fundamental para a saúde materna.

Continue a leitura até o final, saiba tudo sobre a contracepção no pós-parto e por que é importante. Confira!

Contracepção

A contracepção, também conhecida como controle de natalidade, é o termo utilizado em referência ao conjunto dos métodos que visam evitar, de modo reversível e temporário, a fecundação de um óvulo por um espermatozoide, ou, quando há fecundação, a implantação do embrião formado.

Esses métodos variam de intervenções comportamentais e dispositivos físicos a medicamentos hormonais, que previnem uma gravidez indesejada. Assim, a contracepção desempenha um papel fundamental na saúde reprodutiva, no planejamento familiar e na igualdade de gênero, com benefícios significativos para indivíduos e sociedades.

Possibilitou, por exemplo, maior liberdade reprodutiva às mulheres, permitindo que escolhessem quando e quantos filhos ter e, dessa forma, maior investimento em educação e carreiras, bem como alguns métodos, como os preservativos de barreira, as camisinhas masculinas ou femininas, são a única forma de prevenir a contaminação por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), que podem causar inúmeros prejuízos para a saúde geral e reprodutiva.

Os benefícios se estendem também ao período pós-parto. A contracepção no pós-parto, entretanto, tem algumas particularidades, incluindo a amamentação enquanto método contraceptivo, o uso dos não hormonais ou hormonais específicos. Entenda melhor a seguir.

Contracepção no pós-parto

Atualmente, uma diversidade de métodos contraceptivos está disponível, entre eles a pílula anticoncepcional, o mais popular, os dispositivos intrauterinos (DIUs), que podem ser hormonais e não hormonais, como o DIU de cobre ou o DIU com fio de prata, implantes, injeções, adesivos, anéis vaginais e os preservativos de barreira.

Contudo, eles se diferem na forma de funcionamento e formulação. A pílula, por exemplo, um anticoncepcional oral hormonal, pode ser combinada com estrogênio e progesterona ou só de progesterona (minipílulas) e deve ser tomada diariamente, enquanto o DIU e os implantes são métodos reversíveis de longa duração, ou seja, agem durante determinado período e depois devem ser substituídos.

Os implantes, métodos hormonais, tem duração de três anos; o DIU hormonal, de 5 a 6 anos de acordo com o tipo; o DIU de cobre dura até 10 anos e o DIU com fio de prata por cerca de 5 anos e podem ser removidos a qualquer momento sem nenhum prejuízo à fertilidade.

A contracepção no pós-parto, por outro lado, deve ser feita apenas por métodos não hormonais ou pelos que utilizam apenas progestagênios em sua composição, que não comprometem a amamentação.

Entre as opções estão a lactação, conhecido como amenorreia lactacional (LAM) e geralmente a primeira indicação dos especialistas, implantes e DIUs hormonais, que liberam diariamente pequenas doses de progesterona, DIU de cobre, que libera diariamente pequenas doses desse elemento, tóxico para os espermatozoides e o DIU com fio de prata, uma versão do de cobre com a prata acrescentada às hastes, que estabiliza o cobre quando os dois se misturam.

A definição do mais adequado em cada caso é feita pelo especialista, que continua o acompanhamento da mulher após o nascimento do bebê e vai considerar diferentes fatores, incluindo a possibilidade de utilizar hormônios, o desejo de ter mais filhos e o tempo determinado para isso.

Embora todos sejam métodos de alta eficácia na prevenção da gravidez, o LAM, por exemplo, depende de fatores como a intensidade e frequência da amamentação, da adição ou não de alimentos complementares à dieta do bebê e da ocorrência de menstruação.

Entenda por que a concepção no pós-parto é importante

O período pós-parto se encerra quando a mulher tem a primeira menstruação, que marca o reinicio dos ciclos menstruais e sugere a possibilidade de engravidar, o que geralmente acontece entre seis e oito semanas após o nascimento do bebê, embora possa variar.

Porém, segundo estudos, o intervalo entre as gestações deve ser de pelo menos dezoito meses, tempo necessário para o restabelecimento total do organismo; uma nova gravidez em um intervalo menor aumenta as chances de complicações.

A contracepção no pós-parto pode evitar resultados adversos, como por exemplo ruptura prematura de membranas (bolsa amniótica), baixo peso ao nascer, parto prematuro, bebês pequenos para a idade gestacional, morte neonatal, que ocorre nos primeiros 7 dias de vida, bem como complicações de saúde materna, como desnutrição, exaustão física, pré-eclâmpsia e aumento do risco de mortalidade.

Os benefícios da contracepção no pós-parto, portanto, vão além da prevenção de uma gravidez indesejada, contudo, é importante reforçar, que em ambos os casos deve ser feita com a orientação do especialista.

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Assistência ao parto e puerpério: o que é?

O parto é um dos momentos mais significativos e emocionantes na vida das mulheres. Após nove meses de expectativas, a chegada do bebê se configura como o apogeu de todo esse processo.

No entanto, apesar dessa sensação única o momento do parto pode ser marcado por experiências dolorosas, incluindo as contrações intensas. Além disso, podem ocorrer complicações em alguns casos que necessitam de intervenções médicas, como o uso do fórceps obstétrico, instrumento que facilita a passagem do bebê pelo canal vaginal, indicado quando há sofrimento fetal ou exaustão extrema da mãe, por exemplo.

Após o nascimento do bebê, a mulher entra no período pós-parto, também conhecido como puerpério. Esse é um período crítico de recuperação marcado por diferentes desafios, da recuperação do corpo e mudanças hormonais que afetam o humor e o bem-estar emocional à adaptação da maternidade.

De acordo com os órgãos de saúde mundiais, a assistência no puerpério é tão importante quanto as consultas do pré-natal, necessárias para acompanhar a saúde materna e fetal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive orienta que o acompanhamento da mulher pelo ginecologista-obstetra deve ser feito desde o início e por pelo menos seis meses após o nascimento para evitar e reduzir qualquer tipo de complicação para mãe e seu bebê.

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Da concepção ao puerpério

Da concepção ao puerpério, o corpo feminino passa por diversas alterações anatômicas e fisiológicas para proporcionar o desenvolvimento saudável do futuro bebê, preparar-se para o parto e se recuperar após o nascimento. Essas mudanças são parte natural do processo gestacional e são influenciadas por hormônios, aumento do volume sanguíneo e adaptações de órgãos e sistemas orgânicos. Veja alguns exemplos:

Mudanças que ocorrem no corpo feminino durante a gravidez

  • aumento do peso: à medida que feto se desenvolve, o útero se expande para acomodá-lo. Isso leva naturalmente ao aumento do tamanho abdômen e do peso corporal, com o ganho de peso geralmente ocorrendo ao longo dos meses de gestação, provocado não somente pela presença do feto, porém também pela retenção de líquidos, aumento do volume sanguíneo e das reservas de gordura;
  • mudanças nos seios: as mamas também aumentam de tamanho e tornam-se mais sensíveis motivadas pela elevação dos níveis hormonais, preparando-se para a produção de leite materno. As aréolas podem escurecer e as veias mamárias se tornarem mais evidentes;
  • alterações hormonais: durante a gravidez, os níveis de hormônios aumentam significativamente para apoiar o desenvolvimento do feto e preparar o corpo para o parto e a lactação. Essas alterações hormonais podem afetar o humor, a pele, com o surgimento de hiperpigmentação, estrias e acne, o cabelo, que pode se tornar mais espesso, bem como outros sistemas corporais;
  • aumento do volume sanguíneo: o volume sanguíneo também aumenta para fornecer os nutrientes e oxigênio necessários ao feto em desenvolvimento. Isso pode levar à elevação da frequência cardíaca e da pressão arterial.

Mudanças que ocorrem no corpo feminino durante o puerpério

  • recuperação do parto: após o parto, o útero começa a se contrair e voltar ao seu tamanho original, processo conhecido como involução uterina. O que pode causar cólicas uterinas e sangramento pós-parto nos primeiros dias após o nascimento;
  • alterações nos seios: depois do nascimento do bebê, os seios começam a produzir leite para alimentá-lo. Assim, alterações na textura e sensibilidade são comuns, bem como o aumento do tamanho;
  • alterações no peso: durante o puerpério, a mulher geralmente experimenta uma perda de peso gradual à medida que seu corpo elimina o excesso de líquidos retidos durante a gravidez. No entanto, algumas vezes pode acontecer o contrário; o peso aumenta como consequência de mais retenção de líquidos, da amamentação e de outros fatores;
  • recuperação muscular e articular: a recuperação muscular e articular pode levar várias semanas e durante esse período a mulher experimentar dor, desconforto e fraqueza muscular;
  • mudanças emocionais: além das mudanças físicas, o puerpério também pode ser um período emocionalmente desafiador para muitas mulheres à medida que elas se ajustam às necessidades da maternidade, lidam com flutuações hormonais e enfrentam preocupações sobre cuidados com o bebê e seu próprio bem-estar.

Todas essas mudanças físicas e emocionais tornam a assistência ao parto e puerpério fundamental para garantir a saúde da mãe e seu bebê, da mesma forma que evita e soluciona possíveis complicações durante o período.

Geralmente, o trabalho de parto, parto e puerpério ocorrem sem nenhuma intercorrência. Problemas graves costumam ser raros e a maioria pode ser prevista e tratada com eficiência. No entanto, às vezes complicações associadas à mãe ou ao feto podem surgir de forma inesperada e só é possível solucioná-las com a assistência adequada.

Entenda o que é o que é assistência ao parto e puerpério e sua importância

Assistência ao parto e puerpério se refere aos cuidados médicos, emocionais e práticos fornecidos às mulheres durante o trabalho de parto, parto e período pós-parto. Essa assistência é essencial para garantir uma experiência segura, saudável e positiva para a mãe e seu bebê, além de promover uma transição suave para a maternidade.

Cada mulher e cada parto são únicos, por isso a assistência ao parto e puerpério é personalizada para atender às necessidades individuais.

Conheça abaixo a importância da assistência ao parto e puerpério:

  • segurança materna e neonatal: a assistência ao parto e puerpério é essencial para segurança e bem-estar tanto da mãe quanto do bebê. Os médicos e sua equipe monitoram ambos durante o trabalho de parto, intervindo quando necessário para prevenir ou solucionar complicações, garantir um parto seguro e evitar qualquer problema que possa ocorrer após o nascimento, como infecções ou outras mais raras e graves;
  • apoio emocional e psicológico: o trabalho de parto, parto e puerpério podem ser momentos emocionalmente intensos para a mulher. A assistência ao parto e puerpério prevê apoio emocional e psicológico para ajudá-la com o estresse, ansiedade ou depressão que podem surgir durante esse período. Isso pode incluir técnicas de relaxamento, orientação e encaminhamento para profissionais especializados;
  • orientação e apoio na amamentação: durante o puerpério oferece orientação sobre técnicas de amamentação, ajudando a superar desafios comuns e estabelecer uma relação mais próxima das mães com seus bebês;
  • contracepção no puerpério: a mulher também é orientada sobre o melhor método contraceptivo no puerpério, quando está ou não amamentando;
  • orientações nutricionais: uma dieta balanceada, com os nutrientes necessários desde o pré-natal, além de assegurar a nutrição adequada para o feto ajuda no trabalho de parto, que pode durar por muitas horas e é essencial para produção de leite materno;
  • orientações de atividades físicas: os benefícios de atividades físicas durante a gravidez são bem conhecidos. Ajudam na diminuição do risco de diabetes gestacional e a controlar a pressão arterial, evitando condições como a pré-eclâmpsia. Já durante o trabalho de parto, auxiliam na diminuição das dores de contrações e, no puerpério, no controle do peso corporal, alívio do estresse e de transtornos emocionais, bem como melhoram o ciclo de sono.

A assistência ao parto e puerpério, portanto, é bastante abrangente e além de garantir a saúde da mãe e seu filho pode tornar todo o processo mais fácil. Siga o link e conheça mais sobre o assunto!

Como é feita a contracepção no pós-parto? Quais são as possibilidades?

O uso de métodos contraceptivos não é indicado apenas para o controle da natalidade e planejamento familiar, ou seja, evitar uma gravidez indesejada em determinado momento; também é essencial para impedir as que ocorrem em intervalos curtos, que representam riscos para a mãe e seu futuro bebê.

O intervalo entre gestações, tempo desde o nascimento ou interrupção até a concepção da próxima, é identificado como um fator de risco potencialmente modificável relacionado a resultados perinatais adversos.

Segundo estudos, as mortes perinatais, por exemplo, diminuíram em todo o mundo com a contracepção no pós-parto. São definidas como mortes fetais que ocorrem após 28 semanas de gestação (natimortos) e mortes entre nascidos vivos nos primeiros 7 dias de vida (mortes neonatais precoces).

Além disso, o intervalo entre as gestações pode interferir em resultados como ruptura prematura de membranas (bolsa amniótica), pré-eclâmpsia, baixo peso ao nascer, parto prematuro e bebês pequenos para a idade gestacional.

Assim, a contracepção no pós-parto é fundamental, porém deve ser feita com a orientação do especialista, uma vez que nem todo método contraceptivo é adequado durante esse período. Alguns podem causar efeitos na qualidade e quantidade do leite materno, o que os torna contraindicados na fase de lactação.

Por isso, manter a regularidade das consultas ao ginecologista-obstetra após o nascimento do bebê é tão importante quanto o pré-natal. Além de evitar complicações que podem ocorrer, o método contraceptivo prescrito deve ser eficaz e seguro para a mãe e seu bebê. Isso significa não interferir na lactação ou alterar o sistema hemostático, pois entre os prováveis riscos está ainda o de hemorragia pós-parto, que é bastante alto.

Acompanhe o texto até o final para entender como é feita a contracepção no pós-parto e quais as possibilidades. Confira!

Pós-parto ou puerpério

Pós-parto ou puerpério é o intervalo que inicia mediatamente após o nascimento e expulsão da placenta até a completa recuperação fisiológica dos diversos sistemas orgânicos, quando as alterações maternas relacionadas à gestação retornam ao estado não gravídico.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para evitar e reduzir qualquer tipo de complicação materna e neonatal no período o acompanhamento da mulher pelo ginecologista-obstetra deve ser feitor desde o início e por pelo menos seis meses após o nascimento.

O puerpério dura geralmente cerca de seis semanas, embora isso possa variar, e, se encerra quando a mulher tem a primeira menstruação marcando a retomada dos ciclos menstruais. No entanto, estudos sugerem que para uma nova gravidez ocorrer com segurança a espera deve ser de pelo menos dezoito meses, intervalo mínimo necessário ao restabelecimento total do organismo. Intervalos menores entre as gestações aumentam as chances de complicações.

Mulheres que estão amamentando, por outro lado, têm menor risco de engravidar durante esse intervalo. Além dos benefícios para o feto, a lactação nas que não menstruaram é um método de contracepção no pós-parto bastante eficaz e costuma ser a primeira indicação dos especialistas.

Conhecido como amenorreia lactacional (LAM), se baseia no fato de que a própria lactação tem um efeito anticoncepcional. Entenda:

  • diferentes hormônios participam do ciclo menstrual, orientados pelo eixo hipotálamo-hipófise-ovários (HHO). Logo no início, na primeira fase, o hipotálamo secreta o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), estimulando a hipófise a liberar as gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), que viajam pela corrente sanguínea até os ovários. O FSH promove o recrutamento de vários folículos ovarianos, que contêm o óvulo imaturo, enquanto o LH atua no desenvolvimento, amadurecimento e ruptura do que se destaca entre eles e vai liberar seu óvulo na ovulação para ser fecundado pelo espermatozoide;
  • os níveis elevados de prolactina que ocorrem com a amamentação inibem a secreção do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) pelo hipotálamo, interferindo, dessa forma, na liberação das gonadotrofinas pela hipófise. Assim, a ovulação não acontece.

Contudo, a eficácia do LAM depende da intensidade e frequência da amamentação e da adição ou não de alimentos complementares à dieta do bebê; há mais proteção quando a amamentação é a forma exclusiva de alimentação nos primeiros 6 meses pós-parto, com adição de suplementação alimentar de no máximo 5% a 10% do total das mamadas.

Os percentuais de proteção, nesse caso, se comparam aos de outros métodos contraceptivos como a pílula, cerca de 99%. Após 6 meses, entretanto, ou com a retomada da menstruação as chances de ovulação e o risco de gravidez são maiores, o que torna o LAM um método de contracepção transicional e mais adequado para mulheres que planejam amamentar totalmente por pelo menos 6 meses.

Quando a amamentação é interrompida os níveis de prolactina diminuem e a menstruação geralmente acontece entre 14 dias e 30 dias depois. Nos casos em que a usuária de LAM menstrua antes de seis meses ou se decidir complementar a amamentação, normalmente é sugerido também o uso de outro método de contracepção no pós-parto.

Métodos não hormonais, como os de barreira, as camisinhas femininas ou masculinas e o dispositivo intrauterino de cobre (DIU), bem como os hormonais que utilizam apenas progestagênios em sua composição, que não comprometem a amamentação, estão entre as opções.

Mulheres que não pretendem amamentar, por outro lado, podem recorrer a anticoncepcionais hormonais combinados, como as pílulas com estrogênio e progesterona, mais frequentemente utilizadas.

As opções de contracepção no pós-parto devem idealmente ser avaliadas junto ao ginecologista-obstetra ainda durante o último trimestre da gravidez. Quando isso não acontece, na primeira consulta após o nascimento do bebê.

Siga o link, saiba mais sobre a contracepção no pós-parto e quais métodos contraceptivos podem ser utilizados!

Qual é a importância do ginecologista no puerpério?

A gravidez é marcada por diferentes transformações fisiológicas no corpo feminino, necessárias para proporcionar o desenvolvimento saudável do futuro bebê e preparar-se para o parto. As consultas de pré-natal são fundamentais durante todo o período, pois permitem definir ou detectar precocemente diferentes condições que podem afetar a mãe ou o feto em crescimento, evitando e/ou minimizando possíveis riscos para ambos.

É durante o pré-natal que o ginecologista-obstetra monitora a saúde materno-fetal, realiza exames e garante que a gestação está dentro dos parâmetros normais. Esses cuidados, entretanto, não se resumem apenas aos três trimestres da gravidez. Na ocasião, deve ser ainda idealmente elaborado um plano de cuidados para o puerpério, período após o nascimento do bebê, quando as alterações fisiológicas e anatômicas maternas retornam ao estado não grávido.

Porém, embora a maioria das mulheres grávidas ou em tentativa de engravidar saibam sobre a importância do pré-natal, boa parte desconhece a do ginecologista no puerpério, que pode apresentar desafios consideráveis ​​para as mulheres.

Continue a leitura ado texto até o final e entenda qual é a importância do ginecologista no puerpério. Confira!

Importância do ginecologista no puerpério

O puerpério se inicia após a expulsão da placenta e dura até a completa recuperação fisiológica dos sistemas orgânicos. É dividido em três fases, puerpério imediato, que ocorre nas primeiras 24 horas depois da expulsão da placenta, remoto, até 7 dias depois e tardio, nas 6 semanas posteriores ou mais.

As semanas após o nascimento são essenciais para recuperação materna e para seu bebê e vão determinar a saúde de ambos no futuro. Por isso, os principais órgãos de saúde mundiais sugerem que os cuidados no puerpério devem ocorrer durante todo o período e não se resumirem a uma única consulta, independentemente do tempo de duração, de acordo com as necessidades individuais de cada mulher.

O puerpério imediato ocorre mais frequentemente em ambiente hospitalar, uma vez que a maioria das mulheres permanece internada por pelo menos 24h, quando estão se recuperando do parto e começando a cuidar do recém-nascido.

Nesse período, o ginecologista-obstetra vai monitorar possíveis perdas de sangue, sinais de infecção, pressão arterial, contração do útero e capacidade de urinar. O objetivo é garantir a estabilidade da mãe e orientá-la nos cuidados com o bebê.

Há também atenção à compatibilidade Rh, imunização materna e amamentação. A incompatibilidade Rh ocorre quando uma mulher grávida tem sangue Rh negativo e o feto Rh positivo. Pode resultar na destruição dos glóbulos vermelhos fetais, algumas vezes causando anemia grave.

Para prevenir problemas no feto, os médicos administram injeções de anticorpos Rh em mulheres com sangue Rh negativo por volta da 28ª semana de gravidez, após qualquer episódio de sangramento significativo e no puerpério, evitando, assim, a produção de anticorpos pela mãe, que oferecem risco para gestações subsequentes.

A visita ao consultório do ginecologista durante o puerpério, por sua vez, deve ocorrer nas primeiras 3 semanas após o parto. Essa avaliação é seguida de cuidados contínuos conforme necessário, concluindo com uma consulta pós-parto mais abrangente, até no máximo 12 semanas depois do nascimento, com uma avaliação completa do bem-estar físico, social e psicológico, incluindo os seguintes aspectos:

  • humor e bem-estar emocional;
  • cuidados com os seios;
  • alimentação materna e infantil;
  • sexualidade;
  • contracepção;
  • sono e fadiga;
  • recuperação física desde o nascimento;
  • gestão de doenças crónicas;
  • prática de exercícios e manutenção da saúde.

Mulheres com condições médicas crônicas, por outro lado, como hipertensão, obesidade, diabetes, distúrbios da tireoide, doenças renais, transtornos de humor, bem como as que tiveram complicações durante a gravidez, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, geralmente têm um cronograma de consultas especialmente adequado, com um acompanhamento mais criterioso.

Algumas alterações físicas e sintomas são comuns no puerpério, porém normalmente são leves e temporários. Problemas graves de saúde são mais raros, embora possam ocorrer.

Complicações que podem surgir no puerpério

Veja abaixo as complicações mais comuns após o parto:

Sangramento excessivo ou hemorragia pós-parto

É comum que a mulher perca cerca de meio litro de sangue durante e após o parto vaginal e duas vezes mais após o nascimento por cesariana. A perda é considerada excessiva quando mais de 2 litros são perdidos e/ou a mulher apresenta sintomas como pressão arterial baixa, frequência cardíaca acelerada, tontura, desmaio, fadiga e fraqueza. Geralmente, ocorre logo após o parto, porém o período de risco é de até 30 dias.

A causa mais frequente de hemorragia no puerpério é a ausência de contração uterina, ainda que outras situações relacionadas ao parto possam igualmente resultar no problema.

Infecções uterinas

Após o parto, as bactérias naturalmente presentes na vagina podem ascender ao útero e causar endometrite, inflamação do endométrio, camada de revestimento interno; miometrite, do miométrio, camada intermediária muscular e parametrite, quando afeta as áreas ao redor do órgão. Na maioria das vezes essas infecções são consequência do trabalho de parto prolongado.

Se não forem adequadamente tratadas, podem causar danos à fertilidade no futuro.

Infecções da bexiga e dos rins

Ocasionalmente, também pode ocorrer a infecção/inflamação da bexiga no puerpério, condição denominada cistite e as bactérias se espalharem resultando em uma infecção renal, pielonefrite. O risco de cistite é maior nos casos em que um cateter é inserido na bexiga para aliviar o acúmulo de urina durante e após o parto.

Infecção mamária

A infecção mamária ou mastite geralmente acontece nas primeiras 6 semanas e quase sempre em mulheres que estão amamentando. Se o bebê não estiver posicionado corretamente durante a amamentação podem ocorrer rachaduras facilitando a entrada das bactérias presentes na pele nos dutos de leite, causando o problema. O tratamento inadequado pode levar à formação de abscessos no local .

Problemas com a amamentação

Entre os problemas mais frequentes causados pela amamentação no puerpério estão o ingurgitamento mamário, mamilos doloridos, ductos de leite obstruídos.

O ingurgitamento mamário surge em decorrência da retenção e acúmulo de leite. Esse leite acumulado torna-se mais viscoso que o normal, por isso é chamado popularmente de leite empedrado. Essa situação frequentemente é acompanhada de dor.

Os mamilos doloridos, por sua vez, são consequência do posicionamento inadequado do bebê durante a amamentação, que contrai o lábio para sugar, irritando-os. Já a obstrução dos ductos ocorre quando o leite não é completamente drenado regularmente causando nódulos na região. A amamentação contínua é a melhor maneira de solucionar o problema.

Depressão

A tristeza (baby blues) é comum no puerpério. As mulheres também podem sentir-se irritadas, mal-humoradas ou ansiosas, podem ter dificuldades de concentração ou problemas no ciclo de sono. Esses sintomas geralmente desaparecem entre 7 e 10 dias. No entanto, se persistirem por mais de 2 semanas, interferirem nos cuidados com o bebê ou nas atividades diárias o quadro pode ser de depressão pós-parto ou outro distúrbio de saúde mental e deve ser adequadamente tratado.

Além dessas complicações, outras, mais raras, também podem surgir, incluindo:

Útero invertido

O útero vira do lado avesso de modo a se projetar pelo colo uterino e para dentro ou através a vagina. Isso pode acontecer se a placenta estiver firmemente conectada e for necessária muita força para removê-la.

A inversão do útero é uma emergência médica que deve ser tratada rapidamente. Os médicos costumam recolocar o útero na sua posição normal manualmente, porém em alguns casos a cirurgia pode ser necessária.

Embolia por líquido amniótico

Apesar de a embolia por líquido amniótico (ELA) ser rara, pode ser fatal. É caracterizada pela entrada de componentes do líquido amniótico (LA) na circulação materna, o que causa uma reação grave resultando em parada respiratória ou cardíaca.

Para evitar possíveis complicações no puerpério e garantir a saúde da mãe e seu bebê, portanto, é essencial consultar um ginecologista após o nascimento e manter a regularidade das consultas sugeridas por ele.

Siga o link e se informe mais sobre o puerpério!

O que é puerpério e quais são suas particularidades?

Puerpério é o termo usado para definir o período pós-parto. Também conhecido como período pós-natal ou quarta fase do trabalho de parto refere-se ao intervalo imediatamente após o nascimento, iniciando depois da expulsão da placenta até a completa recuperação fisiológica dos diversos sistemas orgânicos.

Chamado ainda popularmente de resguardo ou quarentena, pode-se dizer que é o momento de readaptação depois do parto, quando o corpo feminino passa por várias mudanças físicas à medida que volta ao estado anterior à gravidez, além de variáveis psicológicas e sociais.

As semanas do puerpério são bastante críticas, pois podem apresentar desafios consideráveis ​​para as mulheres, incluindo falta de sono, fadiga, dor, dificuldades na amamentação, estresse, surgimento ou exacerbação de distúrbios emocionais como depressão, baixa libido e incontinência urinária. Assim, a atenção ao período é que vai garantir a saúde e o bem-estar da mãe e seu bebê em longo prazo.

Normalmente, dura cerca de seis semanas, porém isso pode variar. Se encerra quando a mulher tem sua primeira menstruação, marcando a retomada dos ciclos menstruais. É dividido em três fases distintas e contínuas: puerpério imediato, que ocorre nas primeiras 24 horas depois da expulsão da placenta e dura até 10 dias; puerpério tardio, que ocorre do 10º ao 45º dia; e puerpério remoto, a partir do 45º dia após o parto. É no chamado puerpério imediato, entretanto, primeira fase, que podem surgir as principais complicações.

Esse texto aborda sobre o puerpério e as particularidades do período. Continue a leitura até o final e confira!

Fases do puerpério

Depois da gravidez, a atenção tende a ser voltada para o bebê. As enormes mudanças físicas e emocionais necessárias para retornar ao estado não gravídico são muitas vezes subestimadas.

O puerpério imediato, por exemplo, é um momento de mudanças rápidas com potencial para complicações muitas vezes graves, como hemorragia pós-parto, inversão uterina e embolia por líquido amniótico.

Embora as primeiras horas após o nascimento sejam geralmente passadas na sala de trabalho de parto com intensa supervisão, as demandas de espaço muitas vezes exigem uma transferência prematura para a unidades de cuidados menos intensivos, aumentando as chances de problemas ocorrerem.

A segunda fase, por sua vez, é um período subagudo. Nela, o corpo passa por grandes mudanças em termos de hemodinâmica, recuperação geniturinária, metabolismo e emocional. As mudanças são menos rápidas do que na fase aguda e a mulher geralmente consegue identificar possíveis alterações, que variam do desconforto perineal à depressão pós-parto grave.

A terceira fase é o pós-parto remoto e, segundo estudos, pode durar até 6 meses. As mudanças durante esta fase são extremamente graduais e os problemas são raros. Esse é o momento de restauração do tônus ​​​​muscular e do tecido conjuntivo ao estado pré-gravidez. Embora a mudança seja sutil durante essa fase, o corpo da mulher não está totalmente restaurado à fisiologia pré-gravidez até cerca de 6 meses após o parto.

Veja abaixo as mudanças que acontecem no corpo feminino durante o puerpério:

Útero

O útero grávido, não incluindo o bebê, placenta ou fluidos, pesa aproximadamente 1000 g. Nas 6 semanas depois do nascimento retrocede para um peso entre 50g e 100 g. A maior parte da redução ocorre nas primeiras 2 semanas, nas seguintes retorna lentamente ao estado anterior, ainda que o tamanho permaneça maior do que antes.

O endométrio, por sua vez, camada na qual o embrião se implanta para dar início à gestação, regenera-se rapidamente. No sétimo dia as glândulas endometriais já estão evidentes em exames de imagem e, aproximadamente no 16º esse tecido já está restaurado em todo o útero, exceto no local da placenta, cujos fragmentos são eliminados por um corrimento vaginal sanguinolento denominado lóquios.

Imediatamente após o parto, uma grande quantidade de sangue vermelho flui do útero até ocorrer a fase de contração. Depois disso, diminui rapidamente. O corrimento vermelho muda progressivamente para vermelho acastanhado com consistência mais aquosa e continua a diminuir em quantidade e cor. O tempo de duração dos lóquios varia; embora seja em média cerca de 5 semanas, 15% das mulheres continuam a apresentá-los por 6 semanas ou mais após o parto.

Frequentemente as mulheres apresentam um aumento no volume entre o 7º e 14º dias, secundário à descamação da escara no local da placenta. Esse é considerado o momento clássico para ocorrerem hemorragias pós-parto tardias.

Colo do útero

O colo do útero ou cérvix também começa a retroceder rapidamente para um estado de não gravidez, mas nunca retorna ao de nulípara, antes de ter tido filhos.

Vagina

A vagina também regride, mas não retorna completamente. O ressecamento vaginal é normal, independentemente do tipo de parto, o que pode causar desconforto. No entanto, a lubrificação natural também normaliza, por isso, a recomendação costuma ser aguardar aproximadamente 40 dias para retomar a atividade sexual.

Períneo

Embora o períneo – região localizada entre a vagina e o ânus – seja geralmente esticado, traumatizado e às vezes rasgado ou cortado durante o processo de trabalho de parto, a maior parte do tônus ​​muscular é recuperada em 6 semanas, com mais melhorias nos meses seguintes.

O tônus ​​muscular, no entanto, pode ou não voltar ao normal dependendo da extensão da lesão muscular, nervosa e dos tecidos conjuntivos. Entre as possíveis complicações estão incontinência urinária de esforço, incontinência de flatos ou fezes, prolapso uterino ou descida do útero em direção à vagina, cistocele ou bexiga caída e retocele, condição em que uma úlcera se forma entre o reto e a vagina.

Ovários

A retomada da função normal dos é altamente variável e muito influenciada pela amamentação do bebê. A mulher que amamenta tem um período de amenorreia e anovulação, ausência de menstruação e ovulação respectivamente, mais longo. Já a que não amamenta pode ovular cerca de 27 dias após o parto. A maioria das mulheres menstrua por volta da 12ª semana, embora o tempo médio varie entre 7 e 9 semanas.

Seios

As mudanças nas mamas que preparam o corpo para a amamentação ocorrem durante a gravidez. A lactogênese, desenvolvimento da capacidade de secretar leite acontece já na 16ª semana. No puerpério, o colostro é o líquido inicialmente liberado nos 4 primeiros dias.

Rico em proteínas e anticorpos, fortalece o sistema imunológico do recém-nascido. Durante os primeiros 7 dias o leite amadurece e contém todos os nutrientes necessários no período neonatal e continua a mudar durante a amamentação para atender às novas necessidades nutricionais do bebê.

Parede abdominal

A parede abdominal permanece mal tonificada por muitas semanas. O retorno ao estado pré-gravidez depende muito de exercícios praticados pela mulher.

É importante que a mulher seja acompanhada pelo especialista durante todo esse processo. Não apenas para evitar possíveis complicações associadas ao puerpério, o acompanhamento envolve ainda orientações sobre alimentação adequada, exercícios, amamentação ou mesmo a retomada das atividades diárias e sexual.

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