O útero é considerado o principal órgão reprodutor feminino, uma vez que sua função é abrigar, nutrir e proteger o embrião-feto em desenvolvimento até o nascimento.
Durante os ciclos menstruais, o embrião formado na fecundação, evento em que óvulo e espermatozoide se fundem gerando sua primeira célula, é transportado ao útero para se implantar na camada interna e dar início à gravidez.
Denominada endométrio, essa camada é um tecido epitelial altamente vascularizado, característica que vai proporcionar a troca de nutrientes e oxigênio com a mãe até a placenta ser formada e assumir essa função.
A placenta é um órgão vascular temporário, formado para estabelecer essa comunicação com mãe e seu futuro bebê, facilitar sua nutrição, oxigenação e eliminação de dióxido de carbono, processo apoiado pelas artérias e veias uterinas.
Entre as possíveis complicações que podem ocorrer durante a gravidez várias estão associadas a problemas placentários, incluindo a pré-eclâmpsia, condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial e presença de proteína na urina, que geralmente começa na 20ª semana.
A pré-eclâmpsia pode acontecer independentemente de a mulher sofrer com hipertensão antes de engravidar, ou seja, nas que têm pressão arterial normal, e, é uma condição potencialmente perigosa para a mãe e seu filho.
Para conhecer as causas da pré-eclâmpsia acompanhe a leitura do texto até o final e saiba ainda como essa condição é identificada, controlada e quais são os possíveis riscos do controle inadequado. Confira!
Embora a causa exata da pré-eclâmpsia ainda não tenha sido definida pela ciência, diferentes estudos registrados na literatura médica observaram que o problema começa na placenta, como resultado do desenvolvimento ou funcionamento inadequado dos vasos sanguíneos placentários.
Nas mulheres com pré-eclâmpsia esses vasos são mais estreitos, o que limita o fluxo de sangue e, dessa forma, a nutrição e oxigenação do feto. A vasoconstrição leva consequentemente ao aumento da pressão arterial.
O desenvolvimento anormal, por sua vez, pode ser causado por danos nos vasos sanguíneos, pela insuficiência de fluxo sanguíneo para o útero ou mesmo por fatores genéticos e imunológicos.
Ainda que a causa exata da pré-eclâmpsia não seja conhecida, estudos sugerem diferentes fatores de risco, incluindo:
O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito durante as consultas do pré-natal, fundamentais para acompanhar a saúde materna e fetal durante o período gestacional, estabelecido com base nos níveis elevados da pressão arterial, no histórico clínico, nos resultados de exames laboratoriais de sangue e de urina e nos sintomas da paciente.
Entre os sintomas que podem indicar a condição estão o inchaço excessivo principalmente do rosto e mãos, a diminuição da produção de urina, dores de cabeça severas que não aliviam com analgésicos comuns, dor na parte superior do abdômen, geralmente sob as costelas do lado direito, distúrbios visuais, como visão embaçada, sensibilidade à luz ou perda temporária da visão e falta de ar.
A pré-eclâmpsia é considerada a principal causa de morte materna e tem uma prevalência que varia entre 6% e 9% das gestações, porém, com o acompanhamento adequado pode ser controlada. A falta de controle, por outro lado, pode resultar em complicações mais graves.
A pré-eclâmpsia provoca diferentes riscos para mãe e seu filho, como por exemplo:
O comparecimento regular às consultas de pré-natal, portanto, é a única forma de prevenir e controlar a pré-eclâmpsia e evitar sua evolução para eclâmpsia.
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