O DIU Mirena (levonorgestrel) é uma opção interessante para mulheres que buscam um método anticoncepcional seguro, efetivo e de efeito duradouro. Os dispositivos intrauterinos, em seus diferentes tipos, são todos do grupo dos LARC — Long-acting reversible contraceptives ou, em português, contraceptivos reversíveis de ação prolongada.
Diferentemente das pílulas, que exigem a ingestão diária, o DIU tem alta eficácia e pode evitar a gravidez por mais de 5 anos. Além disso, são métodos reversíveis, pois a mulher tem liberdade para removê-los quando decidir engravidar, ao contrário da laqueadura, por exemplo, que promove a esterilização definitiva.
Apesar de suas vantagens e da alta procura, o DIU Mirena (levonorgestrel) ainda não é o contraceptivo mais utilizado. As pílulas, que se popularizaram na segunda metade do século passado e modificaram as escolhas da mulher em relação ao planejamento familiar e ao seu papel no mercado de trabalho, ainda são a opção mais procurada para a anticoncepção.
O DIU de levonorgestrel (Mirena) é apresentado como uma das alternativas quando a mulher busca uma indicação segura e eficaz para não engravidar.
Existem vários tipos de contraceptivos: hormonais, de barreira, cirúrgicos e até comportamentais. O DIU de levonorgestrel (Mirena) se enquadra nos métodos de contracepção hormonal, assim como as pílulas, soluções injetáveis, adesivo intradérmico e anel vaginal.
Há outros tipos de dispositivos intrauterinos, mas nem todos com ação hormonal. O mais conhecido é o DIU de cobre. Além dele, estão disponíveis atualmente o DIU Kyleena e o DIU com Fio de Prata.
Entre os métodos de barreira, também muito conhecidos, estão os preservativos sexuais (camisinha masculina e feminina) e o diafragma.
As opções de esterilização cirúrgica são a laqueadura ou ligadura das trompas para as mulheres e a vasectomia para os homens. Antes de realizar esses procedimentos, o casal normalmente passa por consultas com orientação multidisciplinar para o planejamento familiar.
Por fim, alguns métodos comportamentais também são utilizados pelos casais com o intuito de evitar a gravidez não planejada, são eles o coito interrompido (ejacular fora) e o cálculo do período fértil, popularmente chamado de tabelinha. Contudo, essas práticas podem falhar.
O DIU de levonorgestrel (Mirena), além de ser utilizado para prevenir a gravidez, é benéfico para mulheres com doenças ginecológicas estrogênio-dependentes, como endometriose, adenomiose e miomas pequenos que não distorcem a anatomia uterina. Com sua ação hormonal, esse dispositivo ajuda a controlar a ação estrogênica e, por consequência, reduzir dor uterina e sangramento excessivo.
DIU de levonorgestrel (Mirena) é o nome comercial do sistema intrauterino de levonorgestrel (SIU-LNG), que, inserido no útero, libera substâncias com ação progestagênica. A progesterona endógena, isto é, produzida naturalmente no organismo da mulher, tem funções relacionadas ao preparo do útero e à manutenção da gravidez.
No ciclo menstrual, hormônios secretados pela hipófise e pelos ovários se alternam para promover as funções ovarianas e uterinas. Os hormônios hipofisários, FSH e LH, são responsáveis por estimular o processo que leva à ovulação. A progesterona e o estrogênio, produzidos nos ovários, agem deixando o útero preparado para receber um embrião.
Como libera levonorgestrel, que é um tipo de progesterona sintética, o DIU altera a ação endógena dos hormônios ovarianos, desencadeando os seguintes mecanismos de ação:
No acompanhamento ginecológico que antecede a colocação do DIU, alguns exames podem ser necessários para confirmar que a paciente não tenha infecções ativas ou alterações anatômicas cervicais. Nesses casos, o tratamento prévio precisa ser realizado.
A implantação do DIU deve ser feita somente em consultório ginecológico. Normalmente, o procedimento não é doloroso, mas pode causar um incômodo tolerável.
Como se trata de um tipo de medicamento, algumas mulheres relatam efeitos colaterais do uso de hormônios, sendo mais comuns durante o primeiro ano de uso, incluindo: redução ou ausência do fluxo menstrual, escapes de sangramento intermenstrual, sensibilidade mamária e oscilações de humor.
Em casos de infecções ativas no trato genital inferior, tumores, suspeita de gravidez, malformações que dificultam a implantação do dispositivo e contraindicação para o uso de hormônios, o DIU de levonorgestrel (Mirena) não é recomendado. Portanto, a avaliação ginecológica detalhada é necessária para definir a melhor opção de contracepção.
Procure acompanhamento médico e receba a orientação adequada!