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O que é DIU?

Os contraceptivos, métodos que evitam uma gravidez indesejada, são essenciais para o planejamento familiar e saúde reprodutiva. Ao longo das décadas, vários foram desenvolvidos para atender às diversas necessidades das sociedades atuais. Entre eles, o dispositivo intrauterino (DIU) tem se destacado como um dos mais importantes devido à sua eficácia, segurança e conveniência.

O DIU surgiu na década de 1960, mesma época que a pílula anticoncepcional, que, na ocasião, se tornou símbolo dos movimentos feministas por representar a liberdade sexual das mulheres. Nas décadas seguintes evoluiu e problemas como infecções provocadas pelo uso foram corridos, sendo, atualmente, o método contraceptivo preferencial no mundo todo por características como a longa duração e a reversibilidade, além dos altos percentuais de eficácia.

No entanto, apesar de todos os seu benefícios, o DIU não impede a contaminação por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), por isso é importante usar preservativos de barreira como proteção adicional, as camisinhas masculinas ou femininas.

Acompanhe a leitura do texto até o final, saiba em detalhes o que é DIU, como esse método contraceptivo funciona na prevenção da gravidez e os diferentes tipos disponíveis atualmente. Confira!

Dispositivo intrauterino (DIU)

O DIU é um dispositivo inserido no útero em formato de T com hastes laterais e um fio na parte inferior para facilitar a remoção. De alta eficácia na prevenção da gravidez, quase 100%, é um método contraceptivo reversível de longa duração; depois de inserido dura entre 5 e 10 anos, de acordo com o tipo e pode ser removido a qualquer momento que a mulher desejar engravidar sem nenhum tipo de prejuízo para fertilidade.

Atua impedindo a fecundação, fusão entre óvulo e espermatozoide para gerar a célula primordial do embrião e sua implantação no endométrio, camada interna uterina na qual ele se fixa para dar início à gravidez. Entre os tipos de DIU disponíveis atualmente estão o hormonal, o Mirena e o Kyleena são os mais indicados pelos especialistas, o de cobre e o com fio de prata, uma importante opção para as mulheres que não podem utilizar hormônios. Entenda melhor a seguir:

Tipos de DIU

  • DIU hormonal: O DIU hormonal libera diariamente pequenas doses de um hormônio semelhante à progesterona, que atua no preparo final do endométrio iniciado pelo estrogênio durante o ciclo menstrual, inibindo o espessamento necessário para o embrião se implantar. Torna, ainda, o muco cervical mais espesso, substância produzida pelo colo uterino, impedindo, assim, a passagem dos espermatozoides e reduz a motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação e respondem pelo transporte de óvulos e espermatozoides para esse evento acontecer. Dessa forma, a fecundação não acontece. O Mirena e o Kyleena têm a mesma ação, porém se diferem no tempo de duração e na dosagem hormonal liberada, a do Mirena é um pouco maior;
  • DIU de cobre: O DIU de cobre libera diariamente pequenas quantidades desse elemento. Presente nas hastes, é extremamente tóxico para os espermatozoides, comprometendo a sobrevida dos gametas masculinos no organismo das mulheres, bem como sua capacidade de movimento (motilidade) e, consequentemente, a fecundação. Também interfere no espessamento do endométrio e na motilidade das tubas uterinas. A duração desse tipo de DIU é maior, aproximadamente 10 anos;
  • DIU com fio de prata: esse tipo de DIU tem as hastes revestidas por cobre e prata, que estabiliza o cobre quando os dois elementos se misturam. Liberados diariamente em pequenas doses, interferem igualmente na sobrevida e motilidades dos espermatozoides e no preparo adequado do endométrio. Porém, apesar de a ação ser semelhante, o tempo de duração é menor, 5 anos.

Uma vez inserido, o DIU necessita de pouca ou nenhuma manutenção, o controle é feito anualmente durante as consultas de rotina por exames de ultrassonografia transvaginal. Além de aliviar a preocupação diária com a contracepção, como acontece com a pílula anticoncepcional, não interfere na relação sexual e as chances de falhas são praticamente inexpressíveis, inferiores a 1%.

A colocação do DIU, por sua vez, bem como a escolha do tipo mais adequado para cada paciente devem ser feitas apenas pelo ginecologista e é precedida pela realização de diferentes exames para confirmar a saúde. O uso, por exemplo, é contraindicado em algumas situações, incluindo suspeita de gravidez, de cânceres de mama ou útero ou a presença de inflamações pélvicas ativas que podem ser consequência de ISTs comuns, como clamídia ou gonorreia.

O procedimento, entretanto, é bastante simples, realizado em clínicas ou consultórios médicos. Na maioria dos casos a mulher sente apenas um desconforto durante e após a colocação, porém podem ocorrer alguns efeitos colaterais temporários, especialmente nos primeiros meses, incluindo cólicas, sangramento uterino irregular ou flutuações hormonais no caso do DIU hormonal.

Agora que você já sabe o que é DIU e conhece os diferentes tipos disponíveis, toque aqui e entenda mais sobre o DIU Mirena, um dos mais recomendados pelos especialistas!

Quais são os melhores contraceptivos?

O principal benefício dos métodos contraceptivos já é bastante conhecido pela maioria das mulheres em idade reprodutiva. Como o nome sugere, evitam a concepção, uma gravidez muitas vezes não desejada em determinado momento. Assim, permitem o planejamento familiar, ou seja, a definição de quando ter filhos e quantos ter.

Embora a pílula se destaque em popularidade entre os contraceptivos desde a década de 1960, quando se tornou símbolo dos movimentos feministas por representar a expressão de liberdade sexual das mulheres, hoje, uma diversidade de métodos está disponível, entre eles o DIU (dispositivo intrauterino), que também se tornou conhecido na mesma ocasião, ainda que em menor proporção.

Essa diversidade leva naturalmente à pergunta sobre quais os melhores contraceptivos no momento de fazer a escolha, porém não existe uma resposta estabelecida. Isso significa que essa qualidade varia de acordo com as características e desejo de cada mulher, bem como considera critérios como a adaptação.

Por exemplo, alguns métodos contraceptivos são formulados com hormônios, contraindicados em algumas situações, enquanto outros têm um tempo de duração maior e dispensam a necessidade de uso diário como acontece com a pílula.

No entanto, critérios como a eficácia podem ser evidenciados. Entre os contraceptivos disponíveis atualmente alguns registram chances de falhas praticamente inexpressivas, de no máximo 0,1%.

Este texto aborda tudo sobre os contraceptivos, da atuação à eficácia proporcionada por cada um deles, critério que permite classificá-los quando o objetivo for a procura pelos melhores. Continue a leitura até o final e confira!

Conheça os melhores contraceptivos

As principais etapas da gravidez acontecem durante o ciclo menstrual, processo que ocorre continuamente entre a puberdade e a menopausa, idade fértil, quando diferentes alterações fisiológicas preparam o corpo feminino para gerar uma nova vida.

Veja a seguir quais são os melhores contraceptivos e o funcionamento de cada um.

Pílula anticoncepcional

A pílula anticoncepcional está entre os métodos contraceptivos que utilizam hormônios para prevenir a gravidez. Os comprimidos são formulados com estrogênio e progesterona sintéticos semelhantes aos naturais que atuam durante o ciclo menstrual no espessamento do endométrio, camada interna uterina na qual o embrião se implanta para dar início à gravidez.

As pílulas podem ser combinadas com estrogênio e progesterona ou só de progesterona, conhecidas como minipílulas.

Ambas impedem o espessamento do endométrio e promovem alterações no muco cervical, substância produzida pelo colo uterino, inibindo a entrada e o deslocamento dos espermatozoides pelo sistema reprodutor feminino. Contudo, as combinadas evitam ainda que a ovulação aconteça, evento em que os ovários liberam o óvulo para ser fecundado pelo espermatozoide e, assim, a fecundação, quando os gametas se fundem para gerar a primeira célula do embrião.

A eficácia da pílula é de 99,9%, ou seja, as chances de ocorrerem falhas são de 0,1%. No entanto, o uso é diário e as minipílulas devem ser tomadas sempre no mesmo horário para garantir a eficácia.

Dispositivos intrauterinos (DIUs)

Os DIUs são dispositivos inseridos no útero e são os métodos contraceptivos reversíveis de maior duração; duram 5 anos e podem ser removidos a qualquer momento.

Existem diferentes tipos de DIU: os hormonais, o de cobre e o com fio de prata. Dentre os hormonais, dois se destacam: o Mirena e o Kyleena.

Ambos liberam diariamente pequenas doses de progesterona, impedindo o espessamento do endométrio e provendo alterações no muco cervical. No entanto, eles se diferenciam na dosagem hormonal. Enquanto o Kyleena tem 19,5 mg de levonorgestrel, com média de liberação diária de 9 mcg, o Mirena tem 52 mg e média de liberação diária de 15 mcg.

Já o DIU de cobre é um dispositivo intrauterino revestido de cobre, elemento tóxico para os espermatozoides liberado diariamente em pequenas quantidades. O cobre interfere no preparo endometrial e impede a sobrevida dos espermatozoides no organismo feminino ou sua capacidade de movimento (motilidade). Dessa forma, a fecundação não acontece.

DIU com fio de prata, por sua vez, é uma versão do de cobre com a prata acrescentada às hastes, que estabiliza o cobre quando os dois se misturam, diminuindo a possibilidade de fragmentação. Sua atuação e eficácia é semelhante ao formulado só com cobre.

Todos os tipos de DIU têm uma eficácia, como a pílula, de quase 100%. O DIU de cobre e o DIU com fio de prata, entretanto, são uma alternativa importante para as mulheres que não podem utilizar hormônios.

Outros contraceptivos hormonais

Outros contraceptivos também utilizam hormônios em sua composição e têm uma eficácia que varia de 93% a 99,9%:

  • Implante subdérmico: é chamado implante o dispositivo inserido sob a pele do braço. Atua liberando diariamente pequenas doses de progesterona. Tem duração de 3 anos e eficácia de 99,9%;
  • injeção de progesterona: a injeção de progesterona é aplicada a cada três meses e a eficácia é de 96%;
  • anel contraceptivo vaginal: libera progesterona e estrogênio e é inserido dentro da vagina. Pode ser utilizado por três semanas e deve ser substituído logo após a menstruação. A eficácia é de 93%;
  • adesivo: libera progesterona e estrogênio, sendo colocado na parte inferior do abdômen, nádegas ou parte superior do corpo, e deve ser substituído semanalmente e também tem eficácia de 93%.

Embora esses métodos contraceptivos sejam classificados como os melhores considerando o critério eficácia, é sempre importante utilizar preservativos de barreira em todas as relações sexuais.

Apesar de serem métodos de baixa eficácia quando usados isoladamente, com percentuais de falha de até 20%, são a única forma de prevenir a contaminação por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como clamídia e gonorreia.

Por outro lado, a escolha do contraceptivo mais adequado para cada mulher deve ser sempre feita com a orientação de um ginecologista, que considera critérios com a saúde geral, o tempo de interrupção da fertilidade e a adaptação.

Siga o link e conheça em detalhes tudo sobre os métodos contraceptivos!

Ginecologia na infância: saiba mais sobre o assunto

Ginecologia é a área da medicina dedicada ao estudo e tratamento das condições relacionadas aos órgãos reprodutores femininos, incluindo útero, ovários, tubas uterinas e vagina, além dos seios, bem como abrange questões relacionadas à saúde sexual. Desempenha, portanto, um papel importante na prevenção de doenças e tratamento de condições que podem afetar as mulheres em diferentes fases da vida.

Veja abaixo alguns destaques que evidenciam a importância da ginecologia:

  • saúde reprodutiva: a ginecologia proporciona cuidados pré-natais durante a gravidez, acompanhamento no parto e pós-parto, bem como a orientação sobre planejamento familiar, contracepção e saúde sexual;
  • detecção e tratamento precoce de várias doenças: por meio de exames de rotina, como o pélvico, o Papanicolau, a colposcopia, a ultrassonografia e a mamografia, os ginecologistas podem detectar precocemente diferentes condições, de doenças que afetam os órgãos reprodutores, incluindo miomas uterinos, endometriose, pólipos endometriais e síndrome dos ovários policísticos (SOP), por exemplo a cânceres e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que se tornaram novamente disseminadas nas sociedades contemporâneas;
  • suporte emocional: a ginecologia proporciona não apenas cuidados médicos, mas também suporte emocional e psicológico às pacientes, especialmente durante momentos de mudanças hormonais, como a puberdade ou menopausa, na gravidez ou em situações desafiadoras, entre elas problemas de fertilidade e tratamento de condições crônicas.

A ginecologia na infância é igualmente importante, embora seu papel nessa fase da vida ainda seja pouco conhecido. Para saber mais sobre o assunto é só continuar a leitura do texto até o final. Confira!

Fronteiras entre a pediatria e ginecologia

A pediatria é uma especialidade médica que tem como foco a saúde infantil, do nascimento à adolescência.

Os pediatras, são médicos especializados em cuidar de crianças, realizando exames de rotina, diagnósticos e tratamentos de condições pediátricas comuns, como infecções respiratórias, problemas de crescimento e desenvolvimento ou alergias, bem como outras de maior gravidade, como as cardiológicas e cânceres infantis.

Assim, a pediatria abrange uma ampla variedade de subespecialidades, incluindo, por exemplo, neonatologia, cardiologia, oncologia e ginecologia na infância.

Dessa forma, ainda que as fronteiras entre essas duas áreas da medicina pareçam ser claramente estabelecidas há uma sobreposição de cuidados de acordo com necessidades específicas. Essa relação interdisciplinar ajuda a entender melhor a importância da ginecologia na infância.

Entenda a importância da ginecologia na infância

A ginecologia na infância pode causar estranhamento em um primeiro momento, uma vez que tradicionalmente os cuidados ginecológicos são associados à adolescência e idade adulta. No entanto, diferentes motivos justificam o atendimento às meninas, educação sexual, detecção precoce de anormalidades ginecológicas, prevenção e orientação sobre abuso sexual estão entre eles. Veja abaixo alguns exemplos:

  • educação sexual: é fundamental o conhecimento das meninas sobre sua saúde e anatomia desde cedo. A ginecologia na infância pode fornecer informações apropriadas para a idade, sobre higiene íntima, mudanças físicas durante a puberdade, ciclo menstrual, a importância dos cuidados com o corpo e questões relacionadas à saúde reprodutiva e sexual, incluindo prevenção de gravidez precoce, de ISTs, contracepção adequada e comportamento sexual saudável;
  • detecção precoce de anomalias genitais congênitas: algumas malformações congênitas dos órgãos genitais podem ser detectadas logo após o nascimento ou na infância, nas consultas pediátricas de rotina ou ginecologia na infância. São causadas por concentrações anormais de hormônios sexuais durante o desenvolvimento fetal, anormalidades cromossômicas, fatores ambientais e hereditários. Entre os exemplos estão a imperfuração himenal, anomalia em que o orifício vaginal é totalmente ocluído; ambiguidade genital, condição na qual os órgãos genitais não são claramente femininos nem masculinos; anomalias de duplicação como órgãos genitais extras e de fusão como órgãos genitais unidos, além de aderências labiais;
  • tratamento de condições pediátricas específicas: algumas condições ginecológicas pediátricas, como infecções do trato urinário, distúrbios menstruais precoces, vulvovaginites e alterações hormonais podem exigir intervenção médica especializada. A ginecologia na infância proporciona do tratamento adequado a recomendações sobre como gerenciá-las;
  • prevenção e orientação sobre abuso sexual: a ginecologia na infância desempenha um papel fundamental na identificação e prevenção do abuso sexual infantil. Os médicos realizam exames ginecológicos cuidadosos em meninas que são vítimas de abuso para identificar sinais de trauma físico ou emocional, fornecem apoio à essas crianças e asseguram que sejam encaminhadas aos órgãos especializados.

Portanto, a ginecologia na infância desempenha um papel essencial na promoção da saúde e bem-estar das meninas, proporcionando educação sexual, detecção precoce de condições médicas, prevenção de abuso sexual, tratamento de condições específicas, bem como suporte emocional e psicológico.

É essencial que as mulheres tenham acesso a cuidados ginecológicos adequados na infância para garantir um desenvolvimento saudável e uma transição mais branda para adolescência e fase adulta. Estudos sugerem, que a primeira consulta ao ginecologista infantil deve ocorrer entre 8 anos e 9 anos de idade, exceto em casos que necessitem de intervenções anteriores, como os de abuso sexual.

Quer conhecer mais sobre a ginecologia na infância e adolescência? Siga o link e entenda esse assunto em detalhes!

DIU de cobre e DIU com fio de prata: conheça esses métodos contraceptivos

O DIU, dispositivo Intrauterino é um método contraceptivo de longa duração e reversível, que tem sido utilizado por mulheres no mundo todo como uma forma eficaz de prevenir a gravidez.

Existem registros do DIU desde a antiguidade, embora fosse um método ainda bastante rudimentar que causava diferentes complicações e infecções graves, uma vez que ainda não existia um conhecimento aprimorado sobre a biologia reprodutiva.

Para se ter uma ideia, a primeira documentação do DIU é de 1909, quando o médico alemão Richard Richter publicou um estudo sobre a inserção de um anel feito de tripa do bicho-da-seda no útero, com duas extremidades que se projetavam do orifício cervical permitindo sua verificação e remoção.

Durante décadas seguintes vários tipos de DIU foram registrados na literatura médica, com o uso de diferentes materiais e em uma diversidade de formatos. Entre os problemas relatados associados às infecções pélvicas estavam as caudas, o que levou à realização de testes sem esse componente. No entanto, isso tornava mais difícil a remoção.

Por outro lado, as altas chances de falha e menor acessibilidade também limitavam sua utilização. Todos esses fatores, entretanto, foram corrigidos com o tempo e atualmente o DIU se destaca entre os métodos contraceptivos reversíveis de longa duração (LARCs) mais populares, prevenindo quase em 100% a ocorrência de gestação, ou seja, as chances de falhas são mínimas, de no máximo 1%.

Os DIUs atuais têm um formato de T, com uma haste de cada lado e um fio ou cauda na parte inferior, que desce até o colo do útero e vagina facilitando sua remoção. Estão disponíveis os tipos de DIU hormonal, que liberam diariamente, em pequenas doses, um hormônio semelhante à progesterona, um dos principais hormônios femininos, o DIU de cobre e o DIU com fio de prata, uma alternativa importante para mulheres que não podem utilizar hormônio.

Continue a leitura até o final e conheça tudo sobre o DIU de cobre e o DIU com fio de prata, do funcionamento na prevenção da gravidez ao tempo de duração. Confira!

DIU de cobre

O DIU de cobre é feito em polietileno, um tipo de resina de consistência flexível e suas hastes são revestidas com cobre. Assim como outros tipos de DIU não interfere na relação sexual e é um método contraceptivo reversível, isso significa que no momento que a mulher desejar engravidar pode ser removido sem nenhum prejuízo para fertilidade.

Porém, entre os dispositivos intrauterinos disponíveis o DIU de cobre é o que dura por mais tempo, até 10 anos. Depois disso, caso a mulher ainda não pretenda ter filhos deve ser substituído.

Entenda, abaixo, qual a ação proporcionada pelo DIU de cobre na prevenção da gravidez:

  • torna o ambiente uterino tóxico para os espermatozoides: o cobre é liberado diariamente em pequenas quantidades. Esse elemento é tóxico para os espermatozoides, impedindo a sobrevida dos gametas masculinos ou sua motilidade, ou seja, capacidade de movimento no organismo feminino. Assim, a fecundação não acontece, quando o espermatozoide penetra o óvulo, gameta feminino, para formar a primeira célula do embrião, estágio inicial de desenvolvimento do futuro bebê;
  • diminui a motilidade das tubas uterinas, órgãos em que a fecundação acontece responsáveis pelo transporte dos gametas e do embrião formado ao útero para se implantar. Comprometendo, nesse caso, a fecundação e a implantação;
  • interfere no preparo adequado do endométrio, camada interna uterina na qual o embrião se implanta para dar início à gestação, que se torna mais espesso e vascularizado durante os ciclos menstruais, características que permitem a fixação do embrião e sua nutrição até a placenta estar estabelecida;
  • altera a qualidade dos óvulos: apesar de não afetar a ovulação, evento em que os ovários liberam um óvulo para ser fecundado pelo espermatozoide, o DIU de cobre compromete a qualidade do óvulo liberado. Embriões formados com óvulos de má qualidade não conseguem se implantar, resultando em falhas e abortamento.

DIU com fio de prata

DIU com fio de prata é uma versão do DIU de cobre. Contudo, é composto pelos dois metais, que são liberados diariamente em pequenas quantidades. A prata está presente nas hastes e promove a estabilização do cobre quando os dois metais se misturam, evitando, dessa forma, chances de fragmentação.

A ação do DIU com fio de prata na prevenção da gravidez é semelhante à do DIU de cobre; torna o ambiente uterino tóxico impedindo a sobrevida e motilidade dos espermatozoides; compromete a motilidade tubária, o preparo endometrial e afeta a qualidade dos óvulos. A duração, entretanto, é menor, de aproximadamente 5 anos, após esse tempo deve ser substituído.

O DIU de cobre e o DIU com fio de prata também são uma importante opção de contracepção no pós-parto, especialmente durante a amamentação, pois não interferem na qualidade do leite materno.

A colocação, por sua vez, deve sempre ser feita pelo ginecologista depois de a mulher ser submetida a diferentes exames para confirmação da saúde ginecológica e avaliação do melhor método contraceptivo em cada caso.

Geralmente, acontece em ambiente laboratorial, como clínicas e consultórios médicos e não é necessário o uso de anestesias. Pode ser colocado em qualquer fase do ciclo menstrual.

Toque aqui e saiba tudo sobre o DIU de cobre!

Como acontece o ciclo menstrual? Por que é importante saber?

Durante o desenvolvimento intrauterino, são formados os principais órgãos reprodutores das mulheres: ovários, tubas uterinas e útero, bem como os folículos ovarianos, estruturas que contêm o óvulo imaturo, gameta ou célula sexual com as informações genéticas transmitidas aos filhos.

Assim, as mulheres já nascem com um estoque de folículos presentes nos ovários, cuja denominação clínica é reserva ovariana. Na puberdade, quando acontece a primeira menstruação esse estoque de folículos passa a ser utilizado, ou seja, tornam-se aptas a engravidar.

Os folículos são usados no ciclo menstrual e a menstruação marca o início e fim desse processo. Continue a leitura até o final para saber o que é ciclo menstrual e conhecer sua importância. Confira!

O que é ciclo menstrual e como ele acontece?

Ciclo menstrual ou reprodutivo é o processo em que diferentes alterações fisiológicas preparam o corpo feminino para uma possível gravidez. Ocorre continuamente entre a puberdade e a menopausa, quando a última menstruação anuncia o fim do estoque de folículos, ou seja, a mulher já não pode mais engravidar.

Dividido em três fases, começa no primeiro dia da menstruação e se encerra no anterior à próxima. É coordenado por diferentes hormônios orientados pelo eixo hipotálamo-hipófise-ovários (HHO), que estabelece um tipo de comunicação estimulando a secreção e/ou diminuição da liberação de determinado hormônio, mantendo, assim, os níveis sempre em equilíbrio.

Veja abaixo o que acontece em cada uma:

1ª fase do ciclo menstrual

A primeira fase do ciclo menstrual é chamada folicular. Logo no início, o hipotálamo, região localizada no centro do sistema nervoso, secreta o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) motivando a liberação pela hipófise, glândula localizada na base do cérebro, das gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante).

FSH e LH viajam pela corrente sanguínea até os ovários. O FSH promove o recrutamento e crescimento de vários folículos, enquanto o LH induz o folículo dominante, que se destaca entre eles, ao amadurecimento, estimulando, ao mesmo tempo, as células da teca, que compõem a parte externa, a produzir testosterona convertida pelo FSH em estrogênio, hormônio que inicia o espessamento do endométrio, camada interna uterina.

2ª fase do ciclo menstrual

A segunda fase é conhecida como ovulatória, quando o folículo dominante atinge o auge do amadurecimento. Os níveis elevados de estrogênio levam ao aumento da concentração de LH, que funciona como um gatilho induzindo-o ao rompimento para liberação do seu óvulo, também maduro na ovulação.

O óvulo é captado pelas tubas uterinas, órgãos em que a fecundação acontece e tem sobrevida de 24h, período em que pode ser fecundado pelo espermatozoide para originar a primeira célula do embrião.

3ª fase do ciclo menstrual

Na terceira e última fase, a lútea, as células resquiciais do folículo rompido se transformam em uma glândula temporária, o corpo-lúteo, cuja função é secretar progesterona, hormônio que finaliza o preparo endometrial estratificando o processo iniciado pelo estrogênio, tornando o endométrio receptivo para receber o embrião formado na fecundação, que inicia o desenvolvimento ainda nas tubas uterinas enquanto é transportado ao útero.

O embrião chega ao útero aproximadamente no quinto dia de desenvolvimento e se fixa ao endométrio para dar início a gravidez. Na oitava semana passa a ser denominado feto, nomenclatura que recebe até o nascimento.

É durante o ciclo menstrual, portanto, que ocorrem as principais etapas da gravidez e o funcionamento correto de cada uma é essencial para o sucesso.

Por que é importante saber sobre o ciclo menstrual?

Além de determinar a idade fértil das mulheres, o ciclo menstrual pode sinalizar diferentes aspectos, por isso é fundamental conhecer o seu funcionamento.

Observar, por exemplo, a fase de ovulação, período de maior fertilidade, pode aumentar as chances de engravidar ou mesmo impedir uma gravidez indesejada. O período fértil considera o tempo de sobrevida do óvulo, 24h, e dos espermatozoides, que podem sobreviver por até 72 horas no organismo feminino. Assim, está localizado entre os três dias que antecedem a ovulação e o seguinte.

O ciclo menstrual regular geralmente tem a duração de 28 dias com variações de 21 ou 32 dias, porém sempre no mesmo intervalo. A fase ovulatória fica situada na metade. E, além do cálculo que pode ser feito subtraindo 3 dias e adicionado 1 à data provável da liberação do óvulo, o corpo também apresenta alguns sinais, como o inchaço e aumento da sensibilidade das mamas ou variações do muco cervical, que se torna mais elástico com a aparência semelhante à da clara de ovo.

No entanto, saber sobre o ciclo menstrual é importante também para avaliar a fertilidade. Irregularidades menstruais, como ciclos mais longos do que o normal, aumento, diminuição ou ausência de menstruação podem sinalizar condições que interferem na capacidade reprodutiva das mulheres, comuns durante a idade reprodutiva, indicando quadros de infertilidade. Por isso, é fundamental manter a regularidade das consultas ginecológicas.

Toque aqui e conheça mais sobre o ciclo menstrual, ovulação e período fértil!

DIU Mirena e DIU Kyleena: os inúmeros benefícios desse método contraceptivo

A única forma de prevenir uma gravidez indesejada é o uso de métodos contraceptivos. Alguns, entretanto, têm um grande percentual de falha, enquanto outros se destacam por sua alta eficácia, quase 100%. O DIU, dispositivo intrauterino, é um dos principais representantes dessa categoria, uma vez que outros benefícios somam-se à essa qualidade.

Embora o DIU já esteja disponível há muitas décadas, sua utilização era limitada por diferentes fatores, o que incluía, nesse caso, as chances de falha, bem como as de ocorrerem infecções, além de ser pouco acessível.

Todos esses fatores foram corrigidos com o tempo e hoje o DIU é considerado é o método de controle de natalidade mais popular no mundo. Entre os tipos disponíveis estão o de cobre, o com fio de prata e o hormonal, que costuma, nesse caso, ser o mais indicado pelos especialistas.

O DIU Mirena e o DIU Kyleena são dispositivos intrauterinos hormonais, ou seja, liberam hormônios para impedir a gravidez. Continue a leitura até o final para conhecer os inúmeros benefícios desse método contraceptivo. Confira!

DIU Mirena e DIU Kyleena

O DIU Mirena e o DIU Kyleena liberam diariamente pequenas doses de levonorgestrel, hormônio sintético semelhante à progesterona, um dos principais hormônios femininos cuja ação durante os ciclos menstruais é essencial para o sucesso e manutenção da gravidez.

Ambos atuam de forma semelhante na prevenção da gravidez. Inibem o espessamento do endométrio, tecido de revestimento interno do útero no qual o embrião formado na fecundação se implanta, processo que marca o início da gestação; provocam o espessamento do muco cervical impedindo, assim, a passagem dos espermatozoides e diminuem a motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação e são responsáveis pelo transporte dos gametas, óvulos e espermatozoides para esse evento acontecer.

Dessa forma, não há fecundação, quando o óvulo e o espermatozoides se fundem gerando a célula primordial do embrião, ou ele não se implanta.

Apesar de atuarem de maneira semelhante, o DIU Mirena e o DIU Kyleena têm alguns diferenciais, mesmo que também tenham em comum benefícios importantes: são de longa duração, reversíveis, a eficácia é de 99% e podem ser usados por mulheres que estão amamentando.

Isso significa que depois da colocação a mulher não precisa mais se preocupar, pois as chances de engravidar são inexpressivas e quando houver o desejo de ter filhos eles podem ser removidos sem nenhum prejuízo para a fertilidade.

Veja abaixo os outros benefícios de cada um:

DIU Mirena

  • tempo de duração: o DIU Mirena dura entre 6 anos e 7 anos. Depois desse intervalo, se ainda não houver o desejo de ter filhos, deve ser substituído. O DIU Kyleena, por sua vez, tem uma duração menor, de 5 anos;
  • suspensão da menstruação: a maioria das mulheres que usam o DIU Mirena experimentam a suspensão da menstruação. Por isso, geralmente é o mais indicado às que têm sintomas mais severos durante o período menstrual, incluindo cólicas intensas e TPM, tensão pré-menstrual, condição caracterizada por alterações de humor, depressão e fadiga extrema;
  • alivia sintomas de endometriose: por promover a suspensão da menstruação, o DIU Mirena proporciona o alívio de sintomas da endometriose como a dor pélvica crônica, o mais marcante dessa doença.

DIU Kyleena

  • tamanho: ainda que ambos tenham o formato de T com um braço de cada lado e um fio na parte inferior que desce até o colo do útero e a vagina, o DIU Kyleena tem dimensões menores, 30 mm de comprimento, 28 mm de largura e 1,9 mm de espessura, o que facilita a colocação, enquanto o DIU Mirena tem 32 mm de comprimento, 32 mm de largura e 1,55 mm de espessura;
  • quantidade e liberação de levonorgestrel: o DIU Kyleena libera aproximadamente 9 mcg de levonorgestrel por dia e o DIU Mirena cerca de 15 mcg. Mesmo que a quantidade não interfira na eficácia, pode ajudar em situações como a amamentação.

Entre os possíveis efeitos colaterais provocados pelo DIU Mirena e o DIU Kaleena o mais comum é o sangramento que acontece fora do período menstrual, no entanto ele dura pouco tempo, no máximo 6 meses. Atualmente, praticamente já não há risco de infecção, bem como outros associados ao uso do DIU hormonal, como a formação de cistos ovarianos e gravidez ectópica, quando o embrião se implanta em uma das tubas uterinas em vez do útero.

Por esses benefícios, o DIU Mirena e o DIU Kyleena se tornaram uma das principais opções das mulheres que pretendem adiar os planos de maternidade, inclusive quando comparados a outros métodos hormonais como as pílulas anticoncepcionais, que apesar da popularidade devem ser tomadas diariamente para prevenir a gravidez.

No entanto, a escolha do método contraceptivo mais adequado para cada paciente, incluindo a opção entre o DIU Mirena e o DIU Kyleena, deve ser feita com auxílio de um especialista, pois considera diferentes fatores, entre eles a ocorrência de possíveis doenças que impeçam o uso de hormônios.

Siga o link e conheça tudo sobre o DIU Mirena!

Como escolher o melhor anticoncepcional para você?

O anticoncepcional, conhecido ainda como contraceptivo, é um método que têm como objetivo evitar uma gravidez indesejada, o que geralmente acontece a partir da inibição de duas etapas importantes do ciclo menstrual:

  • fecundação, encontro entre os gametas, óvulo e espermatozoide para gerar a primeira célula do embrião, estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano;
  • implantação embrionária, processo em que o embrião se implanta na camada interna do útero, o endométrio, para dar início a gravidez.

A pílula anticoncepcional é o mais popular e utilizado no mundo todo. É considerada um dos avanços socialmente mais significativos da medicina nas últimas décadas por ter possibilitado o planejamento da gravidez, característica que a tornou um dos principais símbolos dos movimentos feministas na década de 1960, uma vez que representava uma evolução na liberdade reprodutiva das mulheres.

Atualmente, entretanto, os percentuais de eficácia são bem mais expressivos, quase 100%, assim como uma diversidade de métodos anticoncepcionais está disponível; dos hormonais ou não hormonais aos reversíveis de longa duração ou permanentes e os usados como contracepção de emergência.

Além da pílula anticoncepcional, a lista inclui os dispositivos intrauterinos (DIUs), implantes, adesivos, injetáveis, anéis vaginais, preservativos e a esterilização masculina ou feminina. Apesar de toda essa diversidade, entretanto, é necessário considerar diferentes fatores antes de escolher o anticoncepcional mais adequado.

Mostramos, neste texto, como escolher o melhor anticoncepcional para você. Continue a leitura até o final e confira!

Entenda como é feita a prescrição do melhor anticoncepcional para a paciente

Entre os fatores considerados para escolher o melhor anticoncepcional para a paciente estão o tempo de interrupção da fertilidade, ou seja, quando ela planeja engravidar; questões de saúde que podem impedir o uso de determinadas substâncias, como os hormônios, bem como segurança, eficácia, disponibilidade, acessibilidade e aceitabilidade.

Em certos lugares, por exemplo, apenas alguns tipos estão disponíveis, são mais acessíveis ou distribuídos gratuitamente pelos órgãos de saúde. A aceitabilidade, por outro lado, está relacionada a questões como a opção religiosa, pessoal, do parceiro ou dos familiares.

Antes de fazer a escolha, o ginecologista pode solicitar ainda diferentes exames para verificar a saúde os órgãos reprodutores. Os resultados diagnósticos também interferem na definição do tipo mais adequado.

Conheça, abaixo, os principais métodos anticoncepcionais disponíveis atualmente e as características de cada um:

Anticoncepcional de barreira

O anticoncepcional de barreira, como o nome sugere, tem como objetivo impedir a entrada dos espermatozoides na vagina, que posteriormente nadam até as tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação.

Além disso, são a única forma de impedir a contaminação por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) como a clamídia e gonorreia, que se tornaram novamente disseminadas nas sociedades contemporâneas, tendo seu uso, portanto, recomendado em todas as relações sexuais. Os mais conhecidos são os preservativos masculino e feminino, as famosas camisinhas.

No entanto, são os que apresentam menor eficácia, com percentuais de falha que variam de 13% a 27% de acordo com o tipo, o que sugere que seu uso deve sempre ser associado a outro anticoncepcional.

As mulheres podem contar ainda com o diafragma e com a esponja contraceptiva, embora esse último represente o percentual mais alto de falhas, 27%.

Anticoncepcional hormonal

O anticoncepcional hormonal utiliza os hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona para prevenir a gravidez, isoladamente ou combinados. A pílula anticoncepcional, que lidera o ranking, por exemplo, tem a versão combinada ou só com progesterona.

Os percentuais de falhas desses métodos, por sua vez, são bastante baixos, variam de 0, 1%, como no caso das pílulas, a 7%.

Os outros incluem:

  • implante: um dispositivo inserido sob a pele do braço, que libera durante três anos, diariamente, progesterona no organismo. Os percentuais de falha também são de 0,1%;
  • injeção de progesterona: é aplicada nas nádegas ou no braço a cada três meses. Os percentuais de falhas são de 4%;
  • adesivo: é usado na parte inferior do abdômen, nádegas ou parte superior do corpo e libera progesterona e estrogênio. Deve ser substituído semanalmente e tem até 7% de chances de falhar;
  • anel contraceptivo vaginal: inserido dentro da vagina, libera progesterona e estrogênio. Pode ser usado por três semanas e deve ser substituído logo após a menstruação. Os percentuais de falha são de 7%.

Anticoncepcional reversível de ação prolongada

Os métodos reversíveis de ação prolongada são os dispositivos intrauterinos (DIUs), que por essa qualidade também são amplamente utilizados no mundo todo.

Existem dois tipos de DIU, o hormonal e o de cobre, que são inseridos no útero. O DIU hormonal libera diariamente progesterona, tem duração de até 6 anos e pode ser removido a qualquer momento que a mulher desejar engravidar. Os percentuais de falha variam entre 0,1% e 0,4%.

O DIU de cobre, por sua vez, é revestido por esse elemento, tóxico para os espermatozoides liberado diariamente em pequenas quantidades, impedindo sua sobrevida ou motilidade, capacidade de movimento no organismo feminino. Pode durar aproximadamente 10 anos, com percentuais de falha de 0,8%.

Anticoncepcional de emergência

Esse tipo de anticoncepcional deve ser usado apenas em situações emergenciais, ou seja, não é um método regular de controle de natalidade. O uso é recomendado quando outros métodos falham, como o rompimento dos preservativos, ou em situações que o sexo é praticado à força, sem proteção.

Dois métodos podem ser usados com esse objetivo, a pílula do dia seguinte e o DIU de cobre, que pode ser inserido até cinco dias após a relação sexual desprotegida.

Quando não há mais o desejo de ter filhos, mulheres e homens podem recorrer ainda à contracepção permanente, a esterilização. O procedimento feminino é denominado laqueadura e, o masculino, vasectomia.

Já as mulheres que estão amamentando podem contar com o método anticoncepcional de amenorreia lactacional (LAM) durante os seis meses posteriores ao nascimento, que utiliza a amamentação exclusiva para prevenir nova gravidez.

Nas situações em que não há a possibilidade de utilizar nenhum anticoncepcional, por outro, o método baseado na consciência da fertilidade pode ser aplicado, como a observação de sinais manifestados pelo corpo durante o período fértil, ou sua identificação por cálculos específicos. Porém, os percentuais de falhas são altos, de até 23%, por isso, não é aconselhada a prática sexual durante esse intervalo.

Existem, portanto, diferentes formas de se evitar uma gravidez indesejada e apenas o ginecologista pode orientar sobre o anticoncepcional mais adequado para cada mulher.

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DIU Mirena e DIU Kyleena: diferenças

O dispositivo intrauterino (DIU) é o método de controle de natalidade reversível mais popular no mundo, com milhões de usuárias. Além da sua eficácia para prevenir a gravidez, pode ser removido a qualquer momento se houver o desejo de ter filhos. 

O método tornou-se mais conhecido na década de 1960, embora o primeiro artigo publicado sobre a inserção de DIUs seja de 1909, pelo médico alemão Richard Richter. O dispositivo que ele inseriu naquela época ainda era bastante rudimentar, um anel feito de tripa de bicho-da-seda com duas extremidades que se projetavam do orifício cervical, permitindo sua verificação e remoção. 

Durante sua evolução o DIU passou por diferentes desafios, incluindo os percentuais de eficácia e a contenção de inflamações. A partir da década de 1960 tornou-se mais seguro e diferentes tipos foram desenvolvidos. Atualmente, dois são utilizados, o de cobre e o hormonal. 

Entre os DIUs hormonais que estão disponíveis o DIU Mirena, desenvolvido em 2001 e o DIU Kyleena, mais recente, de 2016, se destacam por sua eficácia de quase 100%, porém existem algumas diferenças entre eles e, por isso, a dúvida sobre qual escolher ainda é bastante frequente entre as mulheres.

Continue a leitura até o final para saber quais as diferenças entre o DIU Mirena e o DIU Kyleena e as vantagens de cada um. Confira! 

Mirena X Kyleena

O DIU hormonal libera diariamente, em pequenas doses, um hormônio semelhante à progesterona, um dos principais hormônios femininos, o levonorgestrel, prevenindo a gravidez e promovendo a diminuição ou suspensão da menstruação, o que pode ser particularmente importante para as mulheres com períodos dolorosos ou intensos.

O DIU hormonal atua da seguinte forma: 

  • provoca o espessamento do muco cervical, substância produzida pelo colo uterino que protege os órgãos reprodutores contra ascensão de microrganismos presentes na vagina, impedindo, dessa forma, a passagem dos espermatozoides;
  • inibe o espessamento do endométrio, camada interna uterina, que durante os ciclos menstruais torna-se mais espesso e vascularizado para receber um possível embrião formado na fecundação. Nessa camada ele se implanta para dar início à gravidez;
  • diminui a motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação, fusão entre óvulo e espermatozoide que vai gerar a primeira célula do embrião, e respondem pelo transporte dos gametas para esse processo acontecer, bem como pelo do embrião formado ao útero para se implantar. 

Esse mecanismo de ação é semelhante no DIU Mirena e no DIU Kyleena, embora eles se diferenciem em outros pontos. Veja abaixo:

  • tamanho: o DIU Mirena é maior, tem 32mm de comprimento, 32mm de largura e 1,55 mm de espessura. Já as dimensões do DIU Kyleena são 30mm de comprimento, 28mm de largura e 1,9mm de espessura. O tamanho menor facilita a colocação;
  • quantidade e liberação de levonorgestrel: o DIU Mirena tem 52mg de levonorgestrel e libera diariamente cerca de 15mcg (microgramas); o DIU Kyleena, por sua vez, tem 19,5mg e libera aproximadamente 9mcg por dia. A quantidade, entretanto, não interfere na eficácia;
  • suspensão da menstruação: segundo estudos, apenas 1 a cada 100 mulheres que usam o DIU Kaleena podem ter a menstruação suspensa após um ano, enquanto esse feito pode ser percebido por 2 entre 10 mulheres que usam o DIU Mirena, por isso, geralmente é o mais indicado às com períodos menstruais mais intensos e cólicas severas, além de aliviar também a dor pélvica característica da endometriose. 

Tanto o DIU Mirena como o DIU Kyleena têm duração de 5 anos. Depois desse tempo, devem ser substituídos.

Como é possível perceber, existem muitas semelhanças entre o DIU Kyleena e o DIU Mirena, sendo as principais diferenças entre os dois o tamanho, a quantidade de hormônio liberada e o impacto em períodos intensos. Os dois podem prevenir em até 99% uma gravidez indesejada. 

É possível que alguns efeitos colaterais também ocorram nos dois casos. O mais comum é o sangramento de escape ou spotting, um leve sangramento que acontece fora do período menstrual, que pode durar entre 3 meses e 6 meses. Também podem induzir a formação de cistos ovarianos, embora isso ocorra mais raramente.

Hoje, o risco de infecção é bastante baixo, praticamente inexistente, bem como as chances de gravidez ectópica, quando o embrião se implanta em uma das tubas uterinas em vez do útero. 

A colocação é feita pelo colo do útero e o procedimento dura entre 10 e 20 minutos. Ambos têm um formato de T, com um braço de cada lado e um fio na parte inferior que desce até o colo do útero e a vagina.

Ainda que o DIU Mirena e o DIU Kyleena tenham diversas vantagens, como a longa duração e o fato de serem um método de controle de natalidade reversível, é importante procurar um especialista para avaliar o método contraceptivo mais adequado. Os DIUs hormonais, por exemplo, são contraindicados em algumas situações, bem como existem outras opções anticoncepcionais. 

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Como calcular meu período fértil para aumentar as chances de engravidar?

O ciclo menstrual ou reprodutivo das mulheres inicia na puberdade, com a primeira menstruação, e se encerra na menopausa, com a última. É um processo em que ocorrem diferentes alterações fisiológicas preparando o corpo da mulher para uma possível gestação.

Dividido em três fases, ocorre continuamente regulado por diferentes hormônios, quando são utilizados os folículos armazenados nos ovários desde o nascimento, estruturas que contêm o óvulo imaturo.

Durante o ciclo menstrual o endométrio, mucosa que reveste o útero internamente, também é preparado para receber um possível embrião formado na fecundação, o que é motivado pelos hormônios estrogênio e progesterona, tornando-o mais espesso e vascularizado, características que permitem que ele se implante, fixando-se para dar início à gestação, bem como a troca de nutrientes com a mãe até a placenta estar estabelecida.

Se não houver fecundação, por outro lado, o endométrio descama originando a menstruação, que marca o começo que um novo ciclo.

Na maioria das mulheres, esse processo acontece em 28 dias, com pequenas variações de mais ou menos dias, porém sempre no mesmo intervalo, o que é clinicamente denominado como ciclo menstrual regular. Já nos ciclos considerados irregulares essa variação ocorre em intervalos diferentes.

Tanto nos ciclos regulares quanto nos irregulares, há um período em que as chances de engravidar são mais altas. Conhecido como período fértil, é possível identificá-lo nas duas situações. No primeiro caso, o cálculo pode ser feito de forma bastante precisa, enquanto no segundo é necessário observar alguns sinais.

Continue a leitura até o final e saiba como calcular o período fértil para aumentar as chances de engravidar, ação fundamental para as tentantes! Confira!

Ovulação e período fértil

Na primeira fase do ciclo menstrual, a folicular, vários folículos são recrutados e crescem pela ação do FSH (hormônio folículo-estimulante); um deles se destaca, folículo dominante, desenvolve e amadurece estimulado pelo LH (hormônio luteinizante). Enquanto se desenvolve, secreta estrogênio, hormônio que inicia o preparo do endométrio.

No momento em que o folículo dominante atinge o auge do desenvolvimento, um pico de LH o induz ao amadurecimento final e rompimento. Isso acontece na segunda fase do ciclo, a ovulatória, quando libera seu óvulo, também maduro, na ovulação.

Após liberar o óvulo, as células do folículo dominante transformam-se em uma glândula endócrina temporária na última fase do ciclo menstrual, a lútea. Chamada corpo-lúteo, sua principal função é secretar progesterona, hormônio que finaliza o preparo endometrial.

Nos ciclos em que não há fecundação o corpo-lúteo se degenera, levando ao rebaixamento dos níveis hormonais, o que provoca a descamação do endométrio e, assim, a menstruação.

Ovulação

Quando ocorre a ovulação, o óvulo liberado é captado pela tubas uterinas, órgãos responsáveis pela fecundação que fazem a ligação entre os ovários e o útero, e, aguarda por 24h o encontro com o espermatozoide.

Os espermatozoides, por sua vez, viajam pela extremidade uterina das tubas. Milhares são lançados no organismo feminino durante a ejaculação, entretanto apenas um deles alcança o óvulo para fecundá-lo, evento em que o penetra gerando a primeira célula do embrião.

Período fértil

Ainda que o tempo de sobrevida do óvulo, 24h, possa sinalizar o momento de maior fertilidade da mulher, o período fértil considera também o tempo que os espermatozoides podem permanecer vivos no organismo feminino, aproximadamente 72h.

Para calcular o período fértil, além do tempo de sobrevida dos gametas é preciso anotar a data do primeiro dia da menstruação, o que permite estimar a data provável da ovulação; em ciclos regulares de 28 dias geralmente acontece no 14º, na metade.

Se o primeiro dia da menstruação for o dia 7, por exemplo, a ovulação provavelmente vai ocorrer no dia 21. Como o espermatozoide sobrevive por 72h e o óvulo por 24h, devem ser subtraídos 3 dias e adicionado 1. O período fértil, nesse caso, está localizado entre os dias 18 e 22 do mês correspondente.

Ciclos irregulares

São considerados ciclos irregulares, aqueles que ocorrem fora dos intervalos considerados regulares por mais de seis meses consecutivos, podem ser mais curtos ou mais longos. Essa variação compromete o cálculo preciso do período fértil, assim, é necessário considerar outros elementos para identificá-lo. Veja abaixo:

  • sinais do corpo: quando a ovulação se aproxima, o muco cervical, substância produzida pelo como uterino para proteger os órgãos reprodutores contra ascensão de microrganismos naturalmente presentes na vagina, torna-se mais elástico, com uma aparência semelhante à da clara de ovo. Sensibilidade e inchaço das mamas, aumento da libido, bem como alterações de humor podem igualmente ser percebidos. Quando o óvulo se rompe, podem ocorrer ainda cólicas mais leves;
  • temperatura corporal basal: a temperatura do corpo geralmente diminui imediatamente antes da ovulação e aumenta logo após.

É possível recorrer ainda aos testes de ovulação encontrados em farmácias. Eles indicam os níveis de LH, ou seja, altos níveis sugerem que o folículo está próximo ao rompimento.

Essas alternativas também devem ser utilizadas por mulheres com ciclos regulares, o que ajuda a tornar ainda mais precisa a identificação do período fértil, permitindo que a relação sexual seja intensificada nessa ocasião, aumentando, dessa forma, as chances de engravidar.

Mulheres que pretendem engravidar, por outro lado, devem ficar atentas à importância da consulta pré-concepcional, feita ao ginecologista-obstetra pelo menos três meses antes de iniciar as tentativas e necessária para garantir uma gravidez saudável para a mãe e seu futuro bebê.

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DIUs: conheça todos os tipos, as diferenças e os benefícios

Seguro, eficaz e de longa duração, o DIU (dispositivo intrauterino) se destaca entre as opções de métodos contraceptivos disponíveis atualmente quando a intenção é adiar os planos de formar uma família.

Como o nome sugere, é um dispositivo inserido no útero que libera substâncias tornando o ambiente hostil para os espermatozoides, impedindo a fecundação, etapa da gravidez em que a primeira célula do embrião é formada pela fusão dos gametas (óvulo e espermatozoide), ou a implantação do embrião, etapa na qual se fixa ao endométrio, camada interna uterina para dar início à gestação.

A ação proporcionada pelo DIU previne em quase 100% a ocorrência de gestação. Além disso, não interfere na relação sexual, é um método reversível, ou seja, no momento que houver o desejo de ter filhos pode ser removido sem nenhum tipo de risco para a fertilidade. O tempo de duração pode ser de até 10 anos, de acordo com o tipo, no entanto, é facilmente substituído.

O procedimento para colocação do DIU é realizado por um ginecologista em ambiente laboratorial, como clínicas ou consultórios médicos. Na maioria das vezes, não é necessário o uso de anestesias, bem como pode ser colocado em qualquer fase do ciclo menstrual, inclusive durante a menstruação, quando o colo uterino está mais dilatado, o que facilita o processo.

O controle, por sua vez, é feito anualmente por ultrassonografia transvaginal, como parte das consultas de rotina. Continue a leitura até o final para conhecer em detalhes todos os tipos de DIU, funcionamento, tempo de duração e ação proporcionada por cada um. Confira!

Tipos de DIU

Hoje, quatro tipos de DIU são mais indicados pelos especialistas: DIU Mirena, DIU Kyleena, DIU de cobre e DIU com fio de prata. Veja abaixo as principais características de cada um:

DIU Mirena

O DIU Mirena libera diariamente, em pequenas doses, um hormônio semelhante à progesterona, provocando o espessamento do muco cervical, substância produzida pelo colo uterino que protege os órgãos reprodutores contra ascensão de microrganismos presentes na vagina, impedindo, dessa forma, a passagem dos espermatozoides.

Também inibe o espessamento do endométrio, que, estimulado pelo estrogênio e progesterona, principais hormônios femininos, se torna mais espesso e vascularizado durante os ciclos menstruais, características que proporcionam o ambiente adequado para receber um possível embrião formado na fecundação.

Estimula, ainda, a redução da motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação e respondem pelo transporte dos gametas para esse evento acontecer.

O DIU Mirena tem duração de até seis anos; após esse período deve ser substituído. Por outro lado, seu uso não é indicado para mulheres com inflamações pélvicas ativas, se houver suspeita de gravidez, de cânceres de mama ou útero e contraindicação para utilização de hormônios.

DIU Kyleena

O DIU Kyleena, assim como o Mirena, tem com mecanismo de ação a liberação de pequenas doses diárias de progesterona, atuando, portanto, de forma semelhante. No entanto, eles se diferenciam na dosagem: o DIU Kyleena libera aproximadamente 9 microgramas (mcg) e o Mirena cerca de 15 mcg. Apesar dessa diferença, não há nenhuma interferência na ação contraceptiva.

O DIU Kyleena geralmente tem uma duração menor, de 5 anos, depois deve ser substituído.

DIU de cobre

Esse tipo de DIU é revestido com cobre, elemento tóxico para os espermatozoides liberado diariamente em pequenas quantidades, que impede sua sobrevida ou a motilidade, capacidade de movimento no organismo feminino, e, assim, a fecundação.

O DIU de cobre interfere igualmente no preparo endometrial e na motilidade tubária. O tempo de duração, entretanto, é maior, aproximadamente 10 anos, bem como é uma alternativa importante quando há contraindicação ao uso de hormônios.

DIU com fio de prata

DIU com fio de prata é uma versão do DIU de cobre composto pelos dois metais, liberados em pequenas quantidades diariamente; a prata foi acrescentada às hastes e atua estabilizando o cobre quando se misturam, reduzindo as chances de fragmentação.

O ambiente uterino torna-se igualmente tóxico para os espermatozoides, bem como o preparo adequado do endométrio é comprometido. Embora a ação e eficácia do DIU com fio de prata seja semelhante ao de cobre, sua durabilidade é menor, aproximadamente 5 anos.

Porém, como o DIU de cobre é uma alternativa nos casos em que o uso de hormônios é contraindicado.

Normalmente, antes de colocar qualquer tipo de DIU a paciente é submetida a diferentes exames para verificar a possibilidade de condições que podem impedir ou dificultar o processo, incluindo o rastreio para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que resultam em inflamações nos órgãos reprodutores e a presença de pólipos endometriais ou miomas uterinos, doenças femininas comuns que podem causar distorções anatômicas no útero dificultando o posicionamento adequado.

A eficácia do DIU é comprovada por diferentes estudos, contudo a indicação do método contraceptivo deve sempre ser feita por um especialista, que considera diferentes fatores para determinar a melhor opção. Para as mulheres que pretendem engravidar durante um intervalo menor do que 5 anos, por exemplo, podem ser sugeridas outras alternativas.

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