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DIU de cobre

por Equipe: NOG

A mulher que deseja evitar a gravidez pode encontrar vários métodos para isso. A escolha deve partir da avaliação de alguns fatores, como eficácia e praticidade do contraceptivo no uso diário. Entre as opções está o dispositivo intrauterino (DIU) de cobre, um método bastante eficiente, reversível e com efeito de longo prazo.

Os DIUs se enquadram na categoria dos LARC — long-acting reversible contraception ou contraceptivos reversíveis de ação prolongada. O de cobre, em específico, pode ser utilizado por até 10 anos sem perder sua eficácia.

Embora seja um método prático, seguro e muito utilizado no mundo todo, em alguns países ainda há um baixo percentual de usuárias de DIU em comparação com outros métodos contraceptivos, como a pílula. Isso se deve, possivelmente, ao desconhecimento de muitas mulheres sobre o mecanismo de ação, a segurança e a eficácia do dispositivo.

Há vários tipos de DIU, os quais apresentam diferenças em relação a composição e funcionamento, divididos, principalmente, em hormonal ou não hormonal. São eles:

  • DIU de cobre;
  • DIU Mirena;
  • DIU Kyleena;
  • DIU com fio de prata.

Em comparação com outros métodos, o DIU tem a vantagem de ser mais cômodo e prático. A pílula contraceptiva oral, por exemplo, necessita de mais atenção em seu uso diário, visto que esquecimentos podem elevar os riscos de gravidez.

DIU de cobre: como funciona

Esse tipo de DIU é feito de polietileno e suas hastes vertical e horizontal são recobertas com cobre. Os íons desse metal têm efeito tóxico nos espermatozoides e óvulos, além de alterar a motilidade das tubas uterinas e acarretar mudanças bioquímicas e morfológicas na parte interna do útero.

Os mecanismos de ação do DIU de cobre não incluem alterações no processo ovulatório. Sendo assim, a mulher ovula normalmente, mas a qualidade do óvulo não é a mesma. Além disso, os espermatozoides não conseguem sobreviver no trato reprodutivo feminino devido ao ambiente hostil, modificado pelos íons do cobre.

Além de afetar os gametas, o efeito do cobre nas células endometriais interrompe a assinatura gênica ligada à receptividade uterina. O endométrio é o tecido que recobre a parede do útero por dentro e necessita estar em condições apropriadas para a nidação ou implantação de um óvulo fecundado. No entanto, com o uso do DIU de cobre, a capacidade receptiva desse tecido é modificada para que não possa acontecer implantação embrionária e gravidez.

Devido a esses mecanismos, a eficácia contraceptiva do DIU de cobre é de 99%. Portanto um método altamente seguro e uma alternativa favorável para mulheres que não desejam engravidar.

 

 

Informações gerais sobre o uso do DIU de cobre

Antes de colocar o DIU, o ginecologista examina a paciente e investiga a presença de anormalidades na anatomia uterina que possam dificultar o posicionamento da peça.

O procedimento de inserção, normalmente, é bem tolerado pelas pacientes, embora algumas mulheres relatem dor ou incômodo durante e após a colocação do dispositivo. Por isso, é fundamental que seja feito somente por um especialista, o qual tem a prática e o conhecimento para evitar possíveis danos.

Após a implantação do DIU, é importante que a mulher visite o ginecologista para uma consulta de revisão. Assim, é possível avaliar se houve infecção e alteração no padrão de sangramento menstrual.

Por não conter hormônio, o DIU de cobre não causa sintomas colaterais, mas um efeito comum é o aumento das cólicas e do fluxo menstrual, embora isso não aconteça com todas as mulheres que colocam o dispositivo.

Alguns dos benefícios do uso desse método contraceptivo são: baixo custo, praticidade no uso diário, proteção contra a gravidez não planejada por até 10 anos e eficácia não reduzida por medicamentos. Além disso, como se trata de uma opção reversível, assim que a mulher decide engravidar, o dispositivo pode ser removido pelo médico e a fertilidade é restaurada.

Apesar dos pontos positivos, o uso do DIU é cercado de concepções estigmatizadas. Muitas mulheres desconsideram essa alternativa de contracepção por acreditarem que o dispositivo: aumenta o risco de infecção pélvica; provoca infertilidade; é um método abortivo; atrapalha a relação sexual; aumenta o risco de câncer de útero; provoca dor no procedimento de inserção; tem efeitos colaterais desagradáveis.

Entretanto, na consulta com o ginecologista, todas essas dúvidas podem ser esclarecidas para que a mulher entenda que os receios são infundados.

Em relação às condições que impedem o uso do DIU de cobre, podemos incluir os casos de: infecção ginecológica ativa, câncer de colo do útero ou de endométrio, inflamação endometrial (endometrite), sangramento uterino anormal sem causa esclarecida e mulheres com alergia ao cobre.

Por fim, quanto às possíveis intercorrências, menciona-se perfuração uterina, inflamação uterina e expulsão do DIU. No entanto, as taxas para essas situações são baixíssimas.

Procure acompanhamento ginecológico e esclareça suas dúvidas!