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O que é parto natural?

A forma como um bebê nasce é uma decisão que envolve aspectos físicos, emocionais e, principalmente, o respeito ao protagonismo da mulher. Ao longo dos anos, diversos tipos de parto surgiram com o avanço da medicina e da tecnologia — como a cesariana e o parto com analgesia —, mas uma modalidade segue despertando curiosidade por seu vínculo com a natureza e com o próprio corpo feminino: o parto natural.

Neste texto, vamos explicar de forma didática o que é o parto natural, quais são suas diferenças em relação a outros tipos de parto e quando ele pode ser indicado.

Se você está em busca de uma gestação e parto seguros, com acompanhamento médico baseado em evidências e respeito às suas escolhas, convidamos você a ler o texto.

Parto natural

O parto natural é uma modalidade de parto vaginal em que a mulher dá à luz sem o uso de intervenções médicas rotineiras, como medicamentos para indução, analgesia e manobras invasivas. Ele acontece de forma fisiológica, respeitando o tempo do corpo e do bebê, com o mínimo de interferência possível.

É importante esclarecer que o parto natural não significa ausência de assistência médica. Muito pelo contrário: ele deve ocorrer com acompanhamento obstétrico qualificado, garantindo que tudo esteja correndo bem com a mãe e com o bebê em cada fase do trabalho de parto. O que o diferencia é a valorização do protagonismo feminino e da sabedoria do corpo, priorizando a autonomia da mulher em um ambiente seguro e acolhedor.

Cada gestação é única e o parto precisa ser planejado com cuidado, sempre com base no desejo da mulher, na sua história clínica e no bem-estar da gestante e do bebê. Nosso compromisso é oferecer uma obstetrícia centrada na paciente.

Diferença entre parto natural, parto normal e cesariana

Muitas pessoas confundem os termos, e é compreensível. Vamos às definições:

  • Parto normal: é o parto vaginal em que o bebê nasce pela via natural, mas pode contar com intervenções como a indução com ocitocina, rompimento artificial da bolsa e anestesia. Ele é amplamente realizado no Brasil e costuma ser associado à ideia de recuperação mais rápida em comparação à cesariana;
  • Parto natural: também é vaginal, mas acontece sem intervenções médicas de rotina. O trabalho de parto evolui espontaneamente, e a mulher conta com métodos não farmacológicos para alívio da dor, como banhos quentes, exercícios com bola, massagens e apoio contínuo da equipe médica;
  • Cesárea: é uma cirurgia abdominal indicada em condições específicas, como sofrimento fetal, placenta prévia, entre outras. No Brasil, a cesariana se tornou muito comum, mas o ideal é que seja realizada apenas com indicação médica, já que os riscos são maiores pelo fato de se tratar de uma cirurgia.

Por que muitas mulheres escolhem o parto natural?

A escolha pelo parto natural pode ser motivada por diversos fatores. Algumas mulheres desejam vivenciar o nascimento de seus filhos com total consciência, confiando na fisiologia do corpo. Outras buscam evitar os efeitos colaterais da analgesia e de medicamentos. Há ainda quem valorize a recuperação mais rápida e o menor risco de complicações a longo prazo.

Além disso, o parto natural pode fortalecer a experiência emocional do nascimento. Em um ambiente tranquilo, com liberdade de movimentos e apoio emocional, muitas mulheres relatam se sentir empoderadas, conectadas com seus bebês e respeitadas em suas escolhas. Esse tipo de parto é um convite ao protagonismo e à escuta do próprio corpo.

No entanto, é compreensível quando uma mulher opta pelo parto normal ou pela cesariana. Há muitos fatores que precisam ser considerados nessa escolha.

Analgesia no parto: posso querer um parto natural e mudar de ideia?

Sim, e isso é completamente legítimo. Embora o parto natural seja, por definição, sem analgesia, isso não significa que a mulher não possa mudar de ideia durante o processo. A dor do parto é real e intensa, e a forma como cada mulher lida com ela é única. Por isso, muitas começam com o desejo de um parto natural, mas optam pela analgesia no decorrer do trabalho de parto.

Essa escolha não invalida a experiência. Pelo contrário: ela reforça o direito da mulher de tomar decisões ao longo do processo, de acordo com o que sente e precisa naquele momento. O parto é um evento dinâmico e individual, em que o conforto da mulher deve ser prioridade.

O plano de parto pode ser flexível para respeitar as vontades da mulher e se adaptas às suas necessidades — inclusive com a possibilidade de analgesia, caso deseje.

Quando o parto natural se transforma em cesariana?

Embora o objetivo do parto natural seja a condução fisiológica do nascimento, há situações em que é necessário intervir para preservar a saúde da mãe e do bebê. Quando ocorrem complicações, o parto pode ser convertido em uma cesariana de forma segura.

Algumas das situações que podem levar a essa indicação incluem:

  • Trabalho de parto muito prolongado, sem a evolução adequada;
  • Sinais de sofrimento fetal, como alterações nos batimentos cardíacos do bebê;
  • Desproporção cefalopélvica, quando o bebê não consegue passar pela pelve da mãe;
  • Prolapso de cordão umbilical ou descolamento prematuro de placenta.

Essas decisões são tomadas com base em avaliações clínicas e, sempre que possível, discutidas com a gestante. O mais importante é garantir um parto seguro, mesmo quando ele não segue o plano original.

O que considerar antes de escolher o parto natural?

A decisão por um parto natural deve ser embasada em informação de qualidade, orientação médica e escuta sensível. Por isso, é importante considerar:

  • Suas condições de saúde e da gestação: algumas situações clínicas podem exigir outro tipo de parto;
  • Sua preparação emocional: cursos, leituras e rodas de gestantes podem ajudar;
  • A escolha de uma equipe obstétrica com experiência e afinidade com o parto natural;
  • O ambiente do parto: hospitais com protocolos humanizados, centros de parto normal ou até parto domiciliar (em casos muito bem selecionados).

Conclusão

O parto natural é uma escolha baseada no respeito ao tempo do corpo, à fisiologia do nascimento e à autonomia da mulher. Ele não é uma regra nem uma obrigação, mas sim uma possibilidade — que pode ser segura e transformadora quando feita com o suporte adequado.

Na Clínica NOG, acolhemos suas escolhas com respeito e profissionalismo. Se você deseja conhecer mais sobre os tipos de parto e entender qual se encaixa melhor no seu momento, convidamos você a continuar a leitura em nosso artigo completo sobre tipos de parto.

O que é placenta e qual é sua função na gestação?

A gestação é, sem dúvida, uma das fases mais transformadoras da vida de uma mulher. Desde o momento da fecundação, o corpo passa por uma verdadeira revolução fisiológica para que o bebê se desenvolva de forma saudável, por isso o pré-natal é fundamental.

Alterações hormonais, cardiovasculares, respiratórias e até emocionais fazem parte desse processo — e por trás de muitas dessas mudanças está uma estrutura tão poderosa quanto pouco compreendida: a placenta.

Você já parou para pensar em como o bebê se alimenta dentro do útero? Ou como ele recebe oxigênio e elimina resíduos, antes de respirar ou se alimentar por conta própria? A resposta para essas perguntas é justamente a placenta.

Neste texto, vamos explicar o que é essa estrutura essencial, como ela se forma, suas funções durante a gestação e quais os problemas mais comuns que podem afetá-la. Vamos juntos?

Do positivo no teste ao início da formação da placenta

Logo após a fecundação — quando o espermatozoide encontra o óvulo —, tem início uma série de divisões celulares rápidas que dão origem ao embrião. Poucos dias depois, ele chega ao útero e se implanta na parede uterina. A partir desse momento, começa a formação de uma estrutura temporária, mas absolutamente vital: a placenta.

É importante saber que a placenta não está presente desde o início da gestação. Ela começa a se formar logo após a nidação (implantação do embrião) e seu desenvolvimento ocorre principalmente durante o primeiro trimestre.

No início, quem assume a nutrição do embrião é o saco vitelino, uma estrutura embrionária transitória. Mas, a partir da 8ª semana, a placenta já começa a assumir progressivamente esse papel, tornando-se totalmente funcional por volta da 12ª semana de gestação.

O que é placenta?

A placenta é um órgão temporário que se desenvolve exclusivamente durante a gestação. Ela se fixa na parede interna do útero e se conecta ao bebê por meio do cordão umbilical. É formada por tecidos da mãe e do feto, o que a torna um elo direto entre os dois — e, ao mesmo tempo, uma barreira seletiva.

Seu aspecto lembra o de um disco achatado, com consistência esponjosa, medindo cerca de 20 cm de diâmetro ao final da gravidez. O peso da placenta pode variar, mas gira em torno de 500 g a 600 g.

Essa estrutura, embora temporária, é absolutamente essencial para a manutenção da gestação. Sem ela, o feto não poderia sobreviver e se desenvolver no útero.

Como a placenta se desenvolve

O desenvolvimento da placenta é um processo complexo e altamente regulado. Após a nidação, células do embrião chamadas trofoblastos penetram no endométrio (camada interna do útero) e passam a formar vilosidades coriônicas — estruturas microscópicas em forma de dedo que aumentam a área de contato entre o sangue materno e o fetal.

Ao longo das semanas, essas vilosidades se multiplicam e se especializam, dando origem a uma rede de vasos sanguíneos que vai sustentar o intercâmbio entre mãe e bebê. Esse sistema é essencial para garantir que o oxigênio, nutrientes e hormônios passem da mãe para o feto e que os resíduos metabólicos façam o caminho inverso.

A placenta atinge sua maturidade estrutural por volta da 34ª semana, mas continua ativa até o final da gestação.

Quais são as funções da placenta?

A placenta realiza muitas funções essenciais para a gestação. Veja as principais:

1. Troca de nutrientes e gases

É a placenta que permite que o oxigênio e os nutrientes cheguem ao bebê. Ao mesmo tempo, ela garante a eliminação de gás carbônico e resíduos produzidos pelo metabolismo fetal.

2. Produção hormonal

A placenta atua como uma glândula endócrina temporária. Ela produz hormônios fundamentais para a manutenção da gestação, como o hCG (human chorionic gonadotropin), a progesterona, o estrogênio e o lactogênio placentário humano. Esses hormônios ajudam a preparar o corpo da mãe para o desenvolvimento fetal e, mais tarde, para a amamentação.

3. Proteção imunológica

Embora seja um órgão de contato entre mãe e feto, a placenta atua como uma barreira imunológica. Ela protege o bebê contra muitos agentes infecciosos, embora não todos. Além disso, evita que o sistema imunológico da mãe ataque o feto, que carrega material genético do pai.

4. Eliminação de resíduos

Assim como os pulmões e os rins fazem fora do útero, a placenta ajuda na eliminação de substâncias de que o bebê não precisa mais. Esses resíduos são devolvidos ao sangue materno para serem processados.

Problemas que podem afetar a placenta

Embora a placenta seja uma estrutura extremamente eficiente, ela não está imune a problemas que podem comprometer sua função e colocar em risco a saúde da mãe e do bebê. Entre os principais estão:

Placenta prévia

A placenta prévia ocorre quando ela se implanta na parte inferior do útero, cobrindo total ou parcialmente o colo do útero. Essa condição pode causar sangramentos durante a gestação e dificultar o parto normal. Nesses casos, geralmente é indicada uma cesariana.

Descolamento prematuro da placenta

É uma situação grave em que a placenta se desprende da parede uterina antes do nascimento do bebê. Pode causar dor abdominal intensa, sangramento e sofrimento fetal. O atendimento médico imediato é essencial.

Insuficiência placentária

Acontece quando a placenta não consegue desempenhar adequadamente suas funções, principalmente no fornecimento de oxigênio e nutrientes. Pode levar a restrição de crescimento fetal, parto prematuro ou até óbito intrauterino, se não tratada a tempo.

A relação entre placenta e pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma das complicações mais temidas da gestação, caracterizada por pressão alta e alterações nos rins e no fígado. Estudos mostram que ela tem forte relação com o desenvolvimento anormal da placenta. Quando as artérias uterinas não se adaptam adequadamente para nutrir a placenta, o fornecimento de sangue pode se tornar insuficiente, desencadeando a condição.

Por isso, o acompanhamento pré-natal é fundamental. Avaliações periódicas da pressão arterial, dos níveis de proteína na urina e do crescimento fetal são estratégias importantes para prevenir ou controlar a pré-eclâmpsia.

Conclusão: a importância de conhecer a placenta

Mesmo sendo um órgão temporário, a placenta é essencial para o sucesso da gestação. Se você está gestando, deseja engravidar ou acompanha alguém nesse momento, saiba que o cuidado com a placenta começa bem cedo — e passa, principalmente, pelo acompanhamento pré-natal.

Quer entender melhor esse processo? Recomendamos a leitura do nosso artigo sobre pré-natal, em que explicamos cada etapa e como garantir mais segurança durante toda a gestação.

Gestação gemelar: o que é e quais são os cuidados essenciais?

A gestação é um período de grandes transformações e expectativas para a família, mas especialmente para a mulher. Quando a gravidez é de mais de um bebê, os desafios e os cuidados devem ser redobrados para garantir a saúde materna e fetal.

O pré-natal adequado é essencial para acompanhar a evolução da gestação de um ou mais bebês e minimizar possíveis complicações.

Neste texto, exploramos o que é a gestação gemelar, suas particularidades e os cuidados necessários para uma gravidez saudável.

O que é uma gestação gemelar?

A gestação gemelar é a gravidez de dois bebês ao mesmo tempo. Esse fenômeno pode acontecer de duas formas:

Gêmeos monozigóticos (idênticos): originam-se de um único óvulo fertilizado que se divide em dois embriões, portanto compartilham o mesmo material genético e, geralmente, apresentam características físicas muito semelhantes;
Gêmeos dizigóticos (fraternos): são gerados a partir da fertilização de dois óvulos distintos por dois espermatozoides diferentes, portanto geralmente têmaparências diferentes.

Além desses tipos, existem variações importantes, como o compartilhamento ou não da placenta e do saco gestacional, fatores que influenciam diretamente o acompanhamento pré-natal e os riscos da gestação.

Por que a gestação gemelar é diferente da gestação única?

Uma gravidez de gêmeos apresenta diferenças significativas em relação a uma gestação única. As principais distinções incluem:

Mudanças fisiológicas mais intensas: o corpo da mulher passa por adaptações hormonais e metabólicas mais acentuadas para sustentar dois fetos;
Risco aumentado de complicações: algumas complicações são mais comuns em gravidez gemelar, como diabetes gestacional, anemia, pré-eclâmpsia,parto prematuro e depressão pós-parto, tornando-a uma gestação de alto risco;
Maior demanda nutricional: a alimentação deve ser balanceada para atender às necessidades de crescimento de ambos os bebês;
Monitoramento mais rigoroso: o pré-natal deve ser acompanhado de perto por um médico para evitar complicações e garantir o bem-estar tanto da mãe quanto dos bebês.

Esses fatores tornam o acompanhamento ainda mais essencial e personalizado para cada gestação.

Cuidados especiais e sua importância

Os cuidados durante uma gestação gemelar precisam ser ainda mais rigorosos para minimizar riscos e garantir uma gravidez segura. Alguns dos principais cuidados incluem:

Maior frequência das consultas pré-natais: o médicopode solicitar exames com mais regularidade para monitorar o crescimento dos bebês e a saúde da mãe;
Nutrição adequada: a ingestão calórica deve ser aumentada de forma equilibrada;
Hidratação: beber bastante água ajuda a evitar complicações como a constipação e infecções urinárias, comuns na gravidez;
Descanso e controle do estresse: como a sobrecarga física é maior, a gestante deve respeitar os limites do seu corpo e evitar atividades extenuantes.

Com esses cuidados, é possível reduzir os riscos associados à gestação gemelar e proporcionar um desenvolvimento saudável para os bebês.

Gestações de trigêmeos ou mais

Além da gestação gemelar, há também casos de gestação múltipla de três ou mais bebês. Essas gestações são ainda mais raras e exigem acompanhamento médico rigoroso, pois o risco de complicações aumenta significativamente. Algumas características incluem:

Maior incidência de parto prematuro: a maioria das gestações de trigêmeos ou mais não atinge as 37 semanas de gestação;
Necessidade de monitoramento fetal contínuo: para garantir que todos os fetos estejam crescendo adequadamente, o monitoramento precisa ser frequente;
Risco aumentado de complicações maternas: algumas complicações também são mais comuns nessas gestações, como pré-eclâmpsia e restrição de crescimento fetal.

O cuidado especializado nesses casos é imprescindível para garantir a melhor evolução possível para a mãe e os bebês.

Tempo de gestação de gêmeos

O tempo médio de uma gestação gemelar é menor do que o de uma gravidez única. Enquanto uma gestação única dura 39 semanas, podendo atingir até 40, gestações gemelares geralmente chegam até:

35 semanas para gêmeos;
31 semanas para trigêmeos ou mais.

O parto pode ser antecipado devido ao risco aumentado de complicações, e por isso o acompanhamento médico é essencial para determinar o momento ideal do nascimento.

Particularidades no parto de gestações gemelares

O tipo de parto em uma gestação gemelar depende de diversos fatores, como a posição dos bebês, a saúde da mãe e a presença de complicações. Poucas pessoas sabem, mas há três formas possíveis de parto em gestações gemelares:

Parto normal: pode ser realizado quando ambos os bebês estão em posição cefálica (de cabeça para baixo) e não há contraindicações médicas;
Cesariana: indicada em casos de posições desfavoráveis dos fetos, complicações maternas ou fetais, ou em gestações múltiplas mais complexas;
Parto combinado: em algumas situações, o primeiro bebê pode nascer por via vaginal e o segundo porcesariana.

A decisão sobre o tipo de parto deve ser feita com base em avaliação médica detalhada para garantir a segurança da mãe e dos bebês.

Conclusão

A gestação gemelar exige mais atenção e cuidados do que uma gravidez única, mas, com o acompanhamento médico adequado, é possível vivenciar esse período com tranquilidade. O pré-natal frequente, os cuidados com a alimentação e o monitoramento constante são fundamentais para garantir a saúde da mãe e dos bebês.

Se você está esperando gêmeos ou deseja saber mais sobre os cuidados durante a gestação, leia também nosso artigo sobre pré-natal e saiba como garantir uma gravidez saudável e segura!

O que é colo do útero? Qual é a relação com a incompetência istmocervical durante a gestação?

A gestação é um período da vida da mulher que requer cuidados especiais. Muitas delas só compreendem tudo pelo que uma mulher passa durante a gestação quando engravidam e começam o pré-natal. São muitos os exames, são muitas as avaliações, tudo com o objetivo de minimizar problemas tanto para a futura mãe como para o bebê.

Por isso, o ideal é começar um acompanhamento antes de engravidar, em uma consulta preconcepcional. Há alguns cuidados que podem tornar a gestação mais tranquila e segura.

O sistema reprodutor feminino é composto de diversasestruturas e órgãos, cada um desempenhando funções essenciais na fertilidade, gestação e parto. Entre essas estruturas, o colo do útero, que é a porção do útero que o conecta com a vagina, exerce um papel fundamental, tanto durante a gravidez como ao longo da vida da mulher de forma geral.

Ele atua como uma barreira protetora e reguladora do ambiente uterino, impedindo o avanço de infecções e auxiliando na retenção do embrião e do feto ao longo da gestação. No entanto, algumas condições podem comprometer sua função, como é o caso da incompetência istmocervical, uma afecção que pode levar a complicações durante a gravidez.

O que é o colo do útero e qual sua função?

O colo do útero é a parte inferior e estreita do útero que se conecta à vagina. Ele tem uma pequena abertura, o orifício cervical, que permite a passagem do muco cervical, do sangue menstrual e, em casos de gravidez a termo, do bebê durante o parto.

Fora da gestação, o colo do útero desempenha diversas funções essenciais:

Atua como uma barreira protetora, prevenindo infecções ao impedir a entrada de microrganismos no útero;
Produz muco cervical, que muda de consistência ao longo do ciclo menstrual, facilitando ou dificultando a passagem dos espermatozoides (tendo, portanto, papel importante na fertilidade) – durante o período fértil, o muco torna-se mais fluido, favorecendo a fecundação;
Durante a menstruação, permite a eliminação do endométrio que descamou.

Função do colo do útero durante a gravidez

Com a gestação, o colo do útero passa por transformações importantes para garantir o desenvolvimento adequado do bebê. A principal mudança ocorre na consistência e no fechamento do colo, que se torna mais espesso e resistente, impedindo a expulsão prematura do feto. Além disso, o muco cervical forma o tampão mucoso, uma barreira que protege o ambiente intrauterino contra infecções.

Próximo ao trabalho de parto, o colo do útero passa por um processo de amadurecimento, tornando-se mais curto, fino e dilatado, permitindo a passagem do bebê pelo canal de parto.

O que é a incompetência istmocervical?

A incompetência istmocervical é uma condição caracterizada pela incapacidade do colo do útero de permanecer fechado e sustentar a gestação. Esse problema pode levar ao encurtamento do colo e à dilatação precoce, aumentando o risco de abortamento tardio e parto prematuro, especialmente no segundo trimestre.

As principais causas da incompetência istmocervical incluem:

Fatores congênitos, como alterações no tecido conjuntivo do colo;
Traumas cirúrgicos, como procedimentos ginecológicos invasivos e lacerações cervicais em partos anteriores;
Infecções uterinas recorrentes;
História de abortos espontâneos tardios ou partos prematuros sem contrações.

Como é feita a avaliação ao longo da gestação?

O acompanhamento do colo do útero durante o pré-natal é essencial para detectar alterações precoces que possam indicar riscos para a gestação. Aultrassonografia transvaginal permite medir o colo do útero e identificar sinais de dilatação prematura. Se houver um afinamento do colo do útero fora do período esperado, a gestação pode acabar em aborto.

Além disso, o histórico obstétrico da paciente é um fator determinante para avaliar a necessidade de medidas preventivas.

Alternativas para casos de incompetência istmocervical

Quando diagnosticada, a incompetência istmocervical pode ser manejada com algumas alternativas, sempre com prescrição e supervisão médica. Entre elas estão:

Cerclagem cervical: procedimento cirúrgico que consiste na sutura do colo do útero para mantê-lo fechado até o final da gestação;
Progesterona vaginal: utilizada para fortalecer a estrutura do colo e reduzir o risco de parto prematuro;
Repouso e acompanhamento médico: em alguns casos, a recomendação de repouso e monitoramento contínuo pode ser suficiente para evitar complicações.

Cada gestação é única. O médico é o único profissional que tem condições para avaliar cada caso e propor a melhor conduta. Qualquer tipo de atitude por parte da mulher pode colocar a gestação em risco, portanto sempre procure um médico quando notar alguma alteração.

Conclusão

O colo do útero desempenha um papel fundamental no sistema reprodutor feminino e, durante a gestação, é essencial para a manutenção do bebê no útero até o momento do parto. No entanto, condições como a incompetência istmocervical podem comprometer essa função, podendo exigir acompanhamento diferenciado e medidas preventivas adequadas.

Se você deseja saber mais sobre a importância do pré-natal e exames essenciais para a saúde da gestante e do bebê, leia nosso artigo sobre pré-natal.

O que é ácido fólico? Por que se fala tanto sobre ele durante a gestação?

O ácido fólico é um dos nutrientes mais abordadosquando o assunto é gravidez. E não é à toa: essa vitamina do complexo B desempenha um papel essencial na prevenção de malformações no tubo neural do bebê e na promoção de uma gestação saudável. Por isso, é comum que os médicos recomendem a suplementação de ácido fólico até mesmo antes da concepção.

O pré-natal é fundamental para acompanhar os níveis de ácido fólico e de outros nutrientes importantes para o desenvolvimento saudável da gestação, como o ferro. Começar o pré-natal cedo evita uma série de complicações tanto na gestante como no bebê e aumenta as chances de a gestação transcorrer sem intercorrências.

Mas você sabe exatamente o que é esse nutriente e por que ele é tão importante durante a gestação? Neste texto, vamos explicar os benefícios do ácido fólico, a sua função no desenvolvimento fetal e outros nutrientes essenciais para a gestação.

O que é ácido fólico?

O ácido fólico é uma vitamina do complexo B, também conhecida como vitamina B9. Essa substância está presente naturalmente em alguns alimentos na forma de folato, mas também pode ser encontrada como suplemento sintético. O corpo humano não produz folato, sendo necessário obtê-lo por meio da alimentação ou suplementação.

Durante a gestação, o organismo da mulher tem um aumento significativo na necessidade dessa vitamina, pois ela é essencial para a formação do tubo neural do bebê, que dará origem ao cérebro e à medula espinhal, por isso é importante suplementá-lo até antes da concepção.

Por que o ácido fólico é tão falado durante a gestação?

O ácido fólico é tão abordado durante a gestação por sua importância no desenvolvimento do bebê. Por isso, ele é prescrito antes e durante a gestação.

A principal razão pela qual o ácido fólico é amplamente prescrito antes e durante a gestação é a sua relação com a prevenção de defeitos do tubo neural, como anencefalia e espinha bífida. Asuplementação adequada dessa vitamina pode reduzir significativamente o risco dessas condições congênitas.

Além disso, o ácido fólico contribui para a formação dos glóbulos vermelhos, prevenindo anemias na mãe e favorecendo um desenvolvimento fetal saudável.

Por esses motivos, a suplementação de ácido fólicocostuma ser indicada antes mesmo da gravidez, geralmente iniciada cerca de um a três meses antes da concepção. Isso ocorre porque o desenvolvimento do tubo neural começa nas primeiras semanas de gestação, muitas vezes antes de a mulher descobrir que está grávida.

Qual é a função do ácido fólico durante a gestação?

O ácido fólico tem diversas funções fundamentais para a gestação e para o desenvolvimento do bebê. Algumas das principais incluem:

Formação do tubo neural: o tubo neural dá origem ao sistema nervoso central do feto. A deficiência de ácido fólico pode levar a defeitos graves nessa estrutura;
Prevenção da anemia: o folato é essencial para a produção de hemoglobina e a prevenção da anemia, que é comum durante a gestação;
Formação da placenta: a placenta é responsável por fornecer oxigênio e nutrientes ao feto, e sua formação adequada também depende da presença de folato;
Redução do risco de complicações: o consumo adequado de ácido fólico pode reduzir o risco de parto prematuro, baixo peso ao nascer e pré-eclâmpsia.

A suplementação de ácido fólico sempre deve ser feita?

Sim. A suplementação de ácido fólico é recomendada para todas as mulheres que desejam engravidar e para aquelas que já estão gestantes. Muitas vezes, a necessidade de folato é maior do que a quantidade obtida apenas pela alimentação.

A dose recomendada varia de acordo com o histórico da paciente. Só um médico pode fazer essa avaliação e prescrever corretamente a dose diária de ácido fólico. Para mulheres com histórico de defeitos do tubo neural em gestações anteriores, a dose pode ser maior, conforme orientação médica.

Outros nutrientes essenciais durante a gestação

Além do ácido fólico, outros nutrientes desempenham papel crucial na gestação. Dentre os principais, destacam-se:

Ferro: necessário para prevenir a anemia gestacional e garantir o transporte adequado de oxigênio para o bebê;
Vitamina D: contribui para a absorção do cálcio e para o desenvolvimento esquelético do bebê;
Ômega-3: auxilia no desenvolvimento cerebral e ocular do feto;
Zinco: a deficiência desse mineral pode aumentar o risco de abortamento e nascimento prematuro, prejudicar o crescimento fetal e provocar pré-eclâmpsia.

A suplementação vitamínica deve sempre ser acompanhada por um médico, garantindo que todas as necessidades nutricionais sejam atendidas de maneira adequada.

Conclusão

O ácido fólico é um nutriente fundamental para a gestação, especialmente para a formação do tubo neural do bebê e a prevenção de malformações congênitas. Por isso, sua suplementação é recomendada antes mesmo da concepção.

Se você deseja saber mais sobre suplementação vitamínica para gestantes, leia nosso artigo completo neste link.

O que é eclâmpsia?

Muito se fala sobre a pré-eclâmpsia, condição bastante grave que gera bastante receio nas mulheres que estão passando pela gestação. No entanto, fala-se menos sobre o que é a eclâmpsia em si.

A gestante e o bebê passam por diversas transformações durante a gravidez, e algumas condições podem trazer riscos para ambos. Uma dessas condições é a eclâmpsia, um quadro grave que pode ser fatal se não for diagnosticado e tratado rapidamente. Embora a eclâmpsia seja muito menos comum do que a pré-eclâmpsia, é essencial compreendê-la para reconhecer os sinais e buscar atendimento médico imediato.

Saiba mais sobre a eclâmpsia neste texto e sobre a importância do pré-natal, acompanhamento que pode evitar uma série de problemas durante a gestação, tanto para a mamãe como para o bebê.

O que é pré-eclâmpsia e qual sua relação com a eclâmpsia?

A pré-eclâmpsia é uma complicação da gravidez caracterizada pelo aumento da pressão arterial e pela presença de proteína na urina (proteinúria). Essa condição pode afetar diversos órgãos e, se não for tratada adequadamente, pode evoluir para a eclâmpsia, forma mais grave.

A pré-eclâmpsia pode causar complicações graves, como insuficiência hepática e renal, coagulação intravascular disseminada (CID) e descolamento prematuro da placenta. Quando evolui para eclâmpsia, a paciente pode apresentar convulsões e até entrar em coma, colocando em risco sua vida e a do bebê.

O que é eclâmpsia?

A eclâmpsia é uma complicação hipertensiva grave da gravidez, caracterizada por convulsões tônico-clônicasem gestantes diagnosticadas com pré-eclâmpsia. Essas convulsões não são relacionadas a condições neurológicas preexistentes, como epilepsia, e podem ocorrer já a partir da 20ª semana, mas é mais comum no terceiro trimestre da gestação, durante o parto ou no pós-parto imediato.

Acredita-se que a eclâmpsia ocorra devido a uma disfunção endotelial, que leva a alterações na pressão arterial, aumento da permeabilidade vascular e lesão do sistema nervoso central. Essas alterações podem resultar em edema cerebral e crises convulsivas, tornando a condição uma emergência obstétrica.

Sinais e sintomas da eclâmpsia

Os principais sintomas da eclâmpsia incluem:

Convulsões tônico-clônicas;
Perda de consciência;
Cefaleia intensa;
Visão turva ou perda temporária da visão;
Dor abdominal intensa, principalmente no quadrante superior direito;
Coma.

A presença de qualquer um desses sintomas em uma gestante com pré-eclâmpsia exige atendimento médico imediato.

Fatores de risco da eclâmpsia

Algumas mulheres apresentam maior risco de desenvolver eclâmpsia. Os principais fatores de risco incluem:

Histórico de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia em gestações anteriores;
Hipertensão crônica;
Doença renal crônica;
Gravidez gemelar;
Histórico familiar de pré-eclâmpsia.

Mulheres que apresentam esses fatores devem ser acompanhadas de perto durante o pré-natal para minimizar os riscos da eclâmpsia.

A urgência do tratamento

A eclâmpsia é considerada uma emergência obstétrica. O tratamento imediato é fundamental para estabilizar a pressão arterial e, em muitos casos, o parto é feito para proteger a mãe e o bebê. O parto pode ser induzido ou realizado por cesariana, dependendo da gravidade do quadro.

Além do tratamento hospitalar, é fundamental que a paciente receba acompanhamento após o parto para evitar complicações tardias. O risco de recorrência em futuras gestações também deve ser avaliado pelo médico.

Consequências da eclâmpsia para a gestante

As complicações para a mãe podem incluir:

Edema cerebral;
Hemorragia cerebral;
Insuficiência renal;
Insuficiência hepática;
Descolamento prematuro da placenta;
Morte materna.

Mulheres que tiveram eclâmpsia também têm maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares no futuro.

Consequências da eclâmpsia para o bebê

A eclâmpsia também pode afetar a saúde do bebê, aumentando os riscos de:

Parto prematuro;
Baixo peso ao nascer;
Sofrimento fetal;
Morte intrauterina.

Importância da detecção precoce e monitoramento

O diagnóstico precoce da eclâmpsia pode salvar vidas. O monitoramento regular da pressão arterial e exames laboratoriais durante o pré-natal permitem identificar precocemente a pré-eclâmpsia e adotar medidas para evitar sua progressão.

Além do acompanhamento clínico, algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar a reduzir os riscos, como:

Manter uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes essenciais;
Controlar o ganho de peso durante a gestação;
Praticar atividades físicas adequadas à gravidez;
Evitar o consumo de álcool e o tabagismo;
Seguir corretamente as orientações médicas.

A importância do pré-natal na prevenção da eclâmpsia

O acompanhamento pré-natal é fundamental para identificar fatores de risco e prevenir complicações como a eclâmpsia. Durante as consultas, o médicomonitora a pressão arterial, avalia a presença de proteína na urina e investiga sinais da pré-eclâmpsia. A adesão ao pré-natal adequado reduz consideravelmente os riscos para a mãe e o bebê.

Outros exames e avaliações são essenciais para acompanhar a saúde da gestante e do bebê, como a cardiotocografia e o ultrassom obstétrico. Esses procedimentos ajudam na detecção precoce de alterações e na tomada de decisões médicas adequadas.

A saúde materna é prioridade, e o pré-natal de qualidade é essencial para garantir uma gravidez segura. Se você está gestante ou planeja engravidar, procure acompanhamento especializado. Nossa clínica está à disposição para cuidar de você e do seu bebê com atenção e segurança.

Se você deseja saber mais sobre a pré-eclâmpsia, sua prevenção e os cuidados necessários durante a gestação, confira este artigo.

O que é cardiotocografia?

A gestação é um período que demanda atenção constante à saúde da mãe e do bebê. Para garantir o bem-estar de ambos, diversos exames são realizados ao longo do pré-natal, auxiliando no acompanhamento do desenvolvimento fetal e na prevenção de complicações.

Entre esses exames, a cardiotocografia se destaca como um método essencial para avaliar a vitalidade fetal, fornecendo informações importantes sobre a frequência cardíaca fetal (FCF), os movimentos fetais e as contrações uterinas.

Mas como esse exame funciona? Quando ele é indicado? Este texto vai abordar essas questões e explicar a relevância da cardiotocografia no acompanhamento da gestação.

O que é cardiotocografia?

A cardiotocografia é um exame que avalia a vitalidade fetal por meio da monitorização da frequência cardíaca do feto, movimentos fetais e da atividade contrátil do útero de forma simultânea. Esse exame permite identificar padrões de batimentos cardíacos do bebê, avaliando sua resposta às contrações e ao ambiente intrauterino.

Existem dois tipos de cardiotocografia:

Cardiotocografia basal ou anteparto: realizada durante o pré-natal, sem que haja contrações uterinas ativas, sendo um exame de rastreio para avaliar a vitalidade fetal em situações normais ou em gestações de risco. Esse exame é fundamental para monitorar bebês cujas mães apresentam condições como hipertensão ou diabetes gestacional, garantindo que seu desenvolvimento ocorra de maneira saudável;
Cardiotocografia intraparto: feita durante o trabalho de parto para monitorar a reação do bebê às contrações e identificar possíveis sinais de sofrimento fetal. O exame permite que a equipe médica tome decisões em tempo real para evitar complicações, como a necessidade de uma cesárea de urgência.

Um trabalho de parto longo, por exemplo, não necessariamente causa sofrimento no bebê. O que monitora se o bebê continua bem é a cardiotocografia, que pode ser feita a qualquer momento durante o trabalho de parto.

Algumas características do exame que tornam sua solicitação muito comum: facilidade de realização, custo baixo e nenhum desconforto para a paciente.

A importância do pré-natal

O pré-natal é um conjunto de consultas e exames fundamentais para a saúde da mãe e do bebê. Esse acompanhamento permite a detecção precoce de possíveis complicações e garante que a gestação ocorra de maneira segura.

A cardiotocografia é uma das avaliações que podem ser solicitadas ao longo da gestação, especialmente em casos de gestação de risco ou quando há suspeita de alterações na vitalidade fetal. Esse exame auxilia no planejamento do parto e na redução de riscos associados ao desenvolvimento fetal inadequado.

Além disso, o pré-natal oferece orientações sobre hábitos saudáveis, nutrição adequada e vacinação da gestante, aspectos essenciais para a saúde do bebê.

Quando a cardiotocografia é feita?

A cardiotocografia pode ser indicada em diferentes momentos da gestação, especialmente em situações de risco, como:

Diabetes gestacional;
Hipertensão arterial na gestação;
Alterações no crescimento fetal;
Redução dos movimentos fetais;
Gestação prolongada (acima de 40 semanas);
Suspeita de sofrimento fetal.

Além dessas condições, o exame também pode ser solicitado rotineiramente em algumas gestações para monitorar o bem-estar do bebê. A frequência de realização do exame varia de acordo com as condições da gestante e do bebê, garantindo um acompanhamento detalhado da saúde fetal.

Como é feita a cardiotocografia?

O exame é indolor, não invasivo e pode ser realizado no consultório médico ou na maternidade. A gestante permanece deitada ou sentada confortavelmente, e dois sensores são posicionados sobre seu abdome:

Um sensor avalia a frequência cardíaca do feto;
O outro sensor registra as contrações uterinas.

O exame dura cerca de 20 a 40 minutos, e os dados são registrados em um monitor, permitindo que o profissional avalie a saúde fetal. Em alguns casos, a gestante pode ser estimulada a movimentar-se ou ingerir alimentos para observar mudanças no padrão de batimentos do bebê.

Caso o exame indique alguma alteração, exames complementares, como ultrassonografia com doppler, podem ser solicitados para avaliar mais detalhadamente o bem-estar fetal.

Benefícios da cardiotocografia

A cardiotocografia é um exame de grande importância na avaliação da vitalidade fetal, trazendo diversos benefícios, tais como:

Monitoramento em tempo real do bem-estar fetal;
Identificação precoce de sofrimento fetal;
Auxílio na tomada de decisões médicas em casos de gestação de risco;
Contribui para um parto mais seguro, reduzindo riscos de complicações neonatais;
Possibilita um acompanhamento detalhado para gestantes com doenças preexistentes, permitindo uma melhor gestão da gestação.

Esse exame desempenha um papel crucial na segurança do bebê, prevenindo complicações que poderiam comprometer sua saúde ao longo da gestação e no parto.

Conclusão

A cardiotocografia é um exame essencial para garantir a segurança do bebê durante a gestação e o parto. Seu papel no acompanhamento do pré-natal é fundamental, principalmente em gestações de risco ou quando há suspeita de sofrimento fetal. Ao fornecer informações valiosas sobre a saúde do bebê, a cardiotocografia contribui para um pré-natal mais seguro e eficaz.

Se você deseja mais informações sobre os exames realizados no pré-natal, leia nosso artigo completo aqui. Compartilhe este conteúdo para que mais gestantes tenham acesso a informações confiáveis sobre a saúde do bebê e da mãe!

Ferro durante a gestação: importância e o que fazer em caso de deficiência

Poucas pessoas sabem quanto o ferro é fundamental para o desenvolvimento humano de forma geral e ainda mais durante o período intrauterino até os dois primeiros anos de vida, por isso, hoje, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a suplementação de ferro para crianças até os dois anos de vida.

O ferro também é fundamental durante a gestação, tanto para a gestante como para o bebê. A gestante precisa de uma nutrição equilibrada para garantir sua saúde e o desenvolvimento adequado do bebê. Entre os nutrientes essenciais, o ferro desempenha um papel fundamental na formação sanguínea e na prevenção de complicações maternas e fetais.

Mas por que a demanda desse mineral é tão alta durante esse período? O que fazer em caso de deficiência? Vamos explorar esses assuntos a seguir!

A importância do ferro para o organismo (e desenvolvimento) humano

O ferro é um mineral essencial para diversas funções vitais do corpo humano. Ele está diretamente envolvido na produção de hemoglobina, a proteína presente nos glóbulos vermelhos responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos. Além disso, o ferro participa de reações enzimáticas, do funcionamento adequado do sistema imunológico e da produção de energia celular.

Os principais alimentos fontes de ferro incluem carnes vermelhas, aves, peixes, vegetais verde-escuros, leguminosas como feijão e lentilha e cereais fortificados. No entanto, a absorção do ferro varia de acordo com a sua origem. 

O ferro heme, presente em alimentos de origem animal, é mais facilmente absorvido pelo organismo (o excesso deve ser evitado porque também pode prejudicar o organismo), enquanto o ferro não heme, encontrado em vegetais, possui uma taxa de absorção menor. A vitamina C pode aumentar a absorção do ferro não heme, enquanto o cálcio (também dificulta a absorção do ferro heme) e alguns compostos presentes em chás e cafés podem dificultá-la.

A deficiência de ferro pode causar anemia ferropriva, caracterizada por fadiga, fraqueza, palidez, tontura e dificuldades de concentração. Para a gestante, a deficiência desse nutriente pode trazer complicações tanto para ela quanto para o bebê.

Por que o ferro é essencial durante a gestação?

Durante a gravidez, a necessidade de ferro aumenta significativamente. Isso ocorre porque o volume sanguíneo materno aumenta em até 50%, exigindo uma maior produção de hemoglobina para garantir o suprimento adequado de oxigênio ao feto e à placenta. Além disso, o ferro é essencial para a formação das células vermelhas do bebê, prevenindo complicações como baixo peso ao nascer e parto prematuro.

Os estoques de ferro do bebê, adquiridos durante a gestação, também são fundamentais para os primeiros meses de vida. A deficiência de ferro em bebês pode afetar o desenvolvimento neurológico e a função cognitiva, sendo um fator determinante para o crescimento infantil até os 2 anos de idade.

Outros fatores também aumentam o risco de deficiência de ferro na gestação, como gestação múltipla, intervalo curto entre gestações e dietas pobres em ferro. Mulheres que têm distúrbios de absorção, como doença celíaca, também podem precisar de um acompanhamento nutricional mais rigoroso.

A suplementação de ferro durante a gestação

Diante do aumento da demanda de ferro, muitas gestantes necessitam de suplementação para evitar a deficiência. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a suplementação de ferro para todas as gestantes, com a dose sendo ajustada de acordo com as necessidades individuais.

Contudo, nem todas as mulheres apresentam os mesmos níveis de ferro e, por isso, a suplementação deve ser acompanhada pelo médico. O pré-natal é essencial para monitorar os níveis do mineral e definir a melhor conduta para cada caso. Além disso, uma alimentação rica em ferro pode ajudar a manter os níveis adequados.

Os suplementos podem causar efeitos colaterais, como constipação e náuseas, por isso a escolha do tipo e da dosagem do suplemento deve ser feita de forma personalizada.

O que fazer em caso de deficiência de ferro durante a gestação?

Mesmo com a suplementação, algumas gestantes ainda podem apresentar deficiência de ferro. Nesses casos, pode-se solicitar exames para avaliar os níveis de ferritina e hemoglobina, ajustando a suplementação ou recomendando outras abordagens, como alterações na dieta. Outra possibilidade é alterar a via de suplementação. Pode ser necessária a aplicação intravenosa.

A deficiência de ferro durante a gestação pode levar a complicações, como aumento do risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer. Por isso, o acompanhamento pré-natal é essencial para garantir que a gestante receba os cuidados necessários para evitar problemas futuros.

Conclusão

O ferro durante a gestação é um nutriente essencial para a saúde materna e o desenvolvimento adequado do bebê. A suplementação, quando indicada, deve ser feita sob orientação médica, e o pré-natal é fundamental para garantir que a gestante receba a quantidade adequada do mineral.

Se você quer saber mais sobre a suplementação vitamínica na gravidez, leia também este texto: suplementação vitamínica para gestantes.

O que é líquido amniótico?

A gestação é um período único na vida da mulher, repleto de descobertas e transformações. Durante esse processo, o corpo se adapta para garantir o desenvolvimento e a segurança do bebê. Entre as muitas mudanças que ocorrem, uma das mais importantes é a formação da bolsa amniótica e do líquido amniótico, que criam o ambiente ideal para o crescimento fetal.

O líquido amniótico desempenha um papel fundamental desde o início da gestação, protegendo o feto e promovendo seu desenvolvimento. Mas você sabe como ele é formado e por que é tão essencial? 

Neste texto, vamos explicar em detalhes o que é líquido amniótico, suas funções, como é avaliado e o que pode indicar problemas. Leia até o final para entender como o pré-natal pode ajudar a monitorar sua saúde e a do seu bebê.

O início da gestação: formação do líquido amniótico

Quando o óvulo e o espermatozoide se unem, processo chamado de fecundação, formam uma estrutura chamada de zigoto, primeira fase do desenvolvimento do embrião. Os núcleos desses gametas então se fundem dentro do zigoto e começam a se dividir (cada divisão é chamada de clivagem), dando início ao desenvolvimento embrionário propriamente dito.

Cerca de cinco dias depois da fecundação, o embrião atinge o estágio de blastocisto e chega ao útero, que é revestido internamente pelo endométrio. É no endométrio que o embrião se implanta para iniciar a gravidez. O processo de implantação dura alguns dias, quando a placenta começa a se formar.

Algumas células da placenta se transformam no âmnio (membrana que envolve o embrião), o qual forma a bolsa amniótica. Essa bolsa é preenchida pelo líquido amniótico, no qual o bebê se desenvolve.

Inicialmente, esse líquido é composto principalmente por água, mas, ao longo da gestação, ele passa a conter elementos importantes, como sais minerais, hormônios e células do próprio bebê.

O líquido amniótico é produzido em parte pelas membranas amnióticas e, posteriormente, pelo próprio feto. Isso ocorre por meio da urina fetal e de outros mecanismos, como a troca de líquidos com o sangue materno. Por volta da 12ª semana de gestação, o líquido amniótico atinge um volume que permite ao bebê se movimentar confortavelmente dentro do útero, contribuindo para seu crescimento e desenvolvimento.

Funções do líquido amniótico

O líquido amniótico desempenha várias funções essenciais para a gestação e para a saúde do bebê:

  1. Proteção contra impactos: ele age como uma almofada que amortece movimentos e protege o bebê de traumas externos;
  2. Manutenção da temperatura: ajuda a manter o ambiente uterino em uma temperatura estável, essencial para o desenvolvimento do feto;
  3. Facilitação do crescimento: permite que o bebê se mova livremente, o que é crucial para o desenvolvimento muscular e esquelético;
  4. Prevenção de aderências: impede que as membranas amnióticas grudem no feto, o que poderia causar complicações;
  5. Troca de substâncias: contribui para a absorção e eliminação de substâncias, como nutrientes e hormônios, essenciais para o desenvolvimento fetal.

Além dessas funções, o líquido amniótico também auxilia na formação dos sistemas respiratório e digestório do bebê, que começa a engolir pequenas quantidades do líquido a partir do segundo trimestre. Esse processo é importante para o fortalecimento desses órgãos e para o aprendizado de funções vitais, como a respiração.

O que acontece com o líquido amniótico durante a gestação?

O volume e a composição do líquido amniótico mudam ao longo da gestação. No início, ele é mais fluido e consiste principalmente de água. Com o tempo, passa a incluir elementos produzidos pelo feto, como urina e células epiteliais descamadas. Durante o segundo trimestre, o volume do líquido chega ao seu pico, alcançando cerca de 1000 ml.

Por volta da 34ª semana, o volume começa a diminuir gradualmente. O monitoramento desse volume é essencial, pois tanto o excesso (polidrâmnio) quanto a falta (oligodrâmnio) de líquido podem indicar complicações e requerem atenção especializada.

Exames para avaliar o líquido amniótico

O acompanhamento do líquido amniótico é feito por meio de exames de imagem, como o ultrassom obstétrico. Esse exame permite medir o índice de líquido amniótico (ILA), que é usado para avaliar se o volume está dentro dos parâmetros normais. Outras análises, como a amniocentese, podem ser realizadas em situações específicas, como suspeitas de infecções ou anomalias genéticas.

O ultrassom é um exame indolor e seguro, sendo realizado rotineiramente durante o pré-natal. Caso o médico detecte anormalidades no volume do líquido amniótico, ele pode solicitar exames complementares ou propor intervenções para garantir o bem-estar do bebê.

Diagnósticos relacionados ao líquido amniótico

  • Oligodrâmnio: ocorre quando há uma quantidade insuficiente de líquido amniótico, o que pode estar associado a problemas como restrição do crescimento fetal, rompimento prematuro das membranas ou insuficiência placentária;
  • Polidrâmnio: é caracterizado pelo excesso de líquido amniótico, que pode ser causado por condições como diabetes gestacional, malformações fetais ou infecções;
  • Líquido meconial: em algumas situações, o líquido amniótico pode apresentar traços de mecônio (as primeiras fezes do bebê). Isso pode indicar sofrimento fetal e requer acompanhamento imediato.

Esses diagnósticos são feitos com base nos resultados dos exames pré-natais e demandam acompanhamento rigoroso.

A importância do pré-natal no monitoramento do líquido amniótico

O acompanhamento pré-natal é fundamental para avaliar a saúde materna e fetal, incluindo o volume e a qualidade do líquido amniótico. Consultas regulares permitem que o obstetra identifique precocemente alterações e tome as medidas necessárias para garantir uma gestação segura.

O líquido amniótico desempenha um papel crucial na gestação, protegendo e promovendo o desenvolvimento do bebê. Entender sua importância e monitorá-lo adequadamente durante o pré-natal é essencial para uma gestação tranquila. Caso você esteja planejando engravidar ou já esteja grávida, não deixe de contar com uma equipe médica de confiança.

Na Clínica NOG, oferecemos um acompanhamento pré-natal completo, com uma equipe dedicada e recursos avançados para monitorar cada etapa da gestação. Você também pode conferir informações sobre nossos serviços de ultrassonografia obstétrica e consultas de pré-natal.

Se você quer saber mais sobre os cuidados essenciais antes de engravidar, convidamos você a ler nosso artigo sobre cuidados antes de engravidar.

Placenta prévia: sinais e sintomas

A primeira célula do embrião é formada quando ocorre a fecundação, etapa da gravidez em que o óvulo é fecundado pelo espermatozoide. Este organismo unicelular, denominado zigoto, carrega as informações genéticas de ambos os pais e passa por diversas divisões celulares enquanto migra das tubas uterinas até o útero. 

Entre o quinto e o sétimo dia após a fecundação, o blastocisto, estágio mais avançado do embrião, se implanta no endométrio, camada interna uterina iniciando o processo de nidificação. 

No blastocisto, as células já estão formadas e divididas por função. O embrioblasto, grupo celular interno vai formar o embrião propriamente dito, enquanto o trofoblasto, grupo celular externo forma a placenta e outros anexos embrionários. 

A placenta é um órgão temporário exclusivo da gravidez. Desenvolvida a partir de tecidos fetais e maternos, atua como interface funcional entre a mãe e o feto. Suas funções são fundamentais: nutrição, troca de oxigênio, eliminação de resíduos metabólicos, produção hormonal e imunológica. Localizada normalmente no fundo ou na parede lateral do útero, garante o ambiente adequado para o desenvolvimento fetal.

No entanto, em algumas gestações se estabelece em uma posição anormal, cobrindo parcial ou totalmente a abertura interna do colo uterino. Essa condição, conhecida como placenta prévia, é uma complicação obstétrica que pode resultar em riscos significativos para a saúde da mãe e seu futuro bebê. 

Acompanhe a leitura do texto até o final, saiba tudo sobre a placenta prévia e os possíveis sinais e sintomas associados ao problema. Confira!

Conheça os principais riscos da placenta prévia

Ao sobrepor parcialmente ou totalmente o colo do útero, saída natural para o parto vaginal, a placenta prévia pode exigir que o parto ocorra por cesariana, bem como provocar outros riscos. A gravidade da condição, varia de acordo com a classificação, que considera o grau de cobertura da abertura cervical interna:

  • placenta prévia total: a placenta cobre completamente o orifício interno do colo uterino, impossibilitando o parto vaginal;
  • placenta prévia parcial: a placenta cobre apenas uma parte da abertura cervical interna;
  • placenta prévia marginal: a borda da placenta alcança o orifício cervical, mas não o cobre;
  • placenta prévia baixa: a placenta se implanta na parte inferior do útero, porém não atinge o orifício cervical.

Entre os principais riscos associados à placenta prévia estão hemorragia e restrição do crescimento intrauterino (RCIU), quando o feto não atinge o tamanho ideal. Veja a seguir:

  • hemorragia materna: a localização da placenta próxima ao colo do útero pode resultar em perda excessiva de sangue, especialmente no terceiro trimestre;
  • parto prematuro: a necessidade de intervenção precoce como consequência de sangramentos graves pode levar ao nascimento prematuro;
  • restrição de crescimento intrauterino (RCIU): a implantação inadequada da placenta pode comprometer o fornecimento de nutrientes e oxigênio ao feto;
  • acretismo placentário: em casos graves, a placenta pode se fixar profundamente na parede uterina, dificultando sua remoção após o parto.

Observar os possíveis sinais e sintomas característicos dessa condição ajuda bastante a identificá-la, permitindo que o diagnóstico seja feito precocemente. 

Sinais e sintomas da placenta prévia

O principal sintoma da placenta prévia é o sangramento vaginal indolor, que ocorre geralmente no segundo ou terceiro trimestre da gravidez, no início a condição geralmente não causa sintomas.

O sangue tem a coloração vermelho-vivo e, ao contrário de outras condições placentárias, como o descolamento prematuro da placenta, que pode causar dor abdominal intensa, o sangramento associado à placenta prévia é frequentemente assintomático. Além disso, pode cessar espontaneamente e retornar em maior intensidade com o avanço da gestação.

Outros sinais clínicos incluem:

  • altura uterina elevada: a presença de uma placenta na região inferior do útero pode resultar em crescimento uterino desproporcional para idade gestacional;
  • apresentação fetal: a implantação anormal da placenta pode interferir na posição do feto, resultando em apresentações pélvicas ou transversais.

A ausência de sintomas em estágios iniciais torna o diagnóstico precoce altamente dependente de exames de imagem, o que reforça a importância do acompanhamento pré-natal.

Diagnóstico da placenta prévia

O diagnóstico da placenta prévia, em boa parte das vezes acontece durante os exames de rotina do pré-natal no segundo trimestre, geralmente na 20ª semana de gravidez, especialmente quando não há sangramento ou outro sintoma sugestivo dessa condição. 

Para diagnosticar a placenta prévia podem ser realizados diferentes exames de imagem:

  • ultrassonografia abdominal: é o exame inicial de escolha para avaliar a localização placentária. Embora seja menos preciso, é útil para uma triagem preliminar;
  • ultrassonografia transvaginal: considerada o método padrão-ouro, fornece uma visualização mais detalhada da abertura cervical interna e da borda placentária;
  • ressonância magnética (RM): geralmente solicitada em casos mais complexos, como suspeita de acretismo placentário associado, a ressonância magnética pode oferecer informações adicionais sobre a invasão placentária e sua relação com as estruturas uterinas.

É importante observar, que o diagnóstico de placenta prévia no início da gravidez pode ser transitório. Em muitos casos, uma placenta que inicialmente se encontra em posição baixa migra para uma localização superior, resolvendo espontaneamente o problema.

A placenta prévia, portanto, é uma complicação obstétrica séria que exige um acompanhamento pré-natal específico e um manejo especializado. Reconhecer os sinais e sintomas, como o sangramento vaginal indolor no segundo ou terceiro trimestre e comparecimento regular às consultas de pré-natal são ações necessárias para garantir a saúde da mãe e seu futuro bebê.

Para saber mais sobre placenta prévia é só seguir o link!