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Parto vaginal: benefícios

Apesar de a gravidez ser um momento especial para as mulheres, normalmente gera bastante ansiedade e alguns fatores costumam ser motivo de preocupação, como o desenvolvimento adequado, sem nenhum tipo de intercorrência e o parto; é bastante comum a dúvida sobre a melhor forma de nascimento.

Durante as consultas de pré-natal, todas as dúvidas são esclarecidas, bem como é feito um acompanhamento criterioso da saúde da mãe e do futuro bebê, o que ajuda a evitar possíveis complicações ou mesmo permite interferências para garantir um desfecho favorável.

O nascimento pode ocorrer de duas maneiras, pelo parto vaginal, que possui diferentes subtipos ou por cesariana, cada um tem seus benefícios. Contudo, só é possível definir o tipo de parto mais adequado para cada gestante a partir do acompanhamento pré-natal. O objetivo, nesse caso, é garantir que a escolha seja a mais benéfica para a mãe e seu filho.

Abordamos, nesse texto, tudo sobre o parto vaginal, destacando os benefícios. Continue a leitura até o final e confira!

Saiba mais sobre o parto vaginal

A vagina compõem o conjunto dos órgãos reprodutores femininos. Sua função é possibilitar a saída do fluxo menstrual, receber o pênis durante a relação sexual e permitir da saída do bebê, que ocorre pelo canal vaginal.

Assim, o parto vaginal é considerado a forma mais natural de nascimento. Também conhecido como parto normal, pode ser realizado com anestesia para aliviar a dor ou sem. Se a opção for por não utilizar anestésicos a dor pode ser controlada por técnicas específicas.

O parto vaginal, além do nascimento de forma tradicional é ainda dividido em subtipos, como por exemplo o de lótus, em que o cordão umbilical não é cortado, separa-se do umbigo naturalmente para o bebê permanecer conectado à placenta até que ocorra a transfusão total de sangue ou o de cócoras, posição que facilita sua expulsão.

Principais etapas do parto vaginal:

  1. rompimento da bolsa amniótica: durante o trabalho de parto, a bolsa amniótica se rompe anunciando o nascimento;
  2. contrações uterinas: as contrações uterinas marcam o início do trabalho de parto. Têm duração de aproximadamente 1 minuto em intervalos que variam de 5 minutos a uma hora e auxiliam o movimento do bebê em direção a abertura do canal vaginal;
  3. dilatação do colo do útero: o colo do útero se dilata para possibilitar a passagem do bebê. A abertura deve ser de aproximadamente 10 cm para que isso aconteça;
  4. corte do cordão umbilical e expulsão da placenta: o cordão umbilical é cortado logo após o nascimento, enquanto a placenta é expelida naturalmente com auxílio das contrações.

A mulher pode escolher entre os tipos de parto vaginal para ter seu filho, se deseja ou não receber anestesia. Porém, o nascimento deve sempre idealmente ocorrer em ambiente hospitalar ou em clínicas especializadas, pois o suporte estrutural e clínico é essencial para garantir a segurança de ambos.

Conheça os principais benefícios do parto vaginal

Diferentes estudos reconhecem os benefícios do parto vaginal para a mãe e seu filho, da recuperação às chances de o bebê desenvolver problemas após o nascimento. Veja abaixo:

  • recuperação mais rápida, com menos dor;
  • menor risco de complicações, como sangramento e infecções;
  • menor risco de o bebê nascer prematuro;
  • menor risco de o bebê desenvolver problemas respiratórios;
  • a amamentação é mais fácil, bem como os cuidados com o bebê podem iniciar mais cedo;
  • as chances de complicações em futuras gestações também são menores.

Além disso, o parto vaginal é considerado mais seguro e, por isso, geralmente é a principal indicação dos obstetras.

No entanto, não é possível prever como o trabalho de parto vai acontecer, isso significa que muitas vezes é feita a opção pela cesariana durante o processo. Em algumas situações pode ser ainda necessária uma intervenção para remoção da placenta ou reparar lesões que podem ocorrer na vagina ou no útero.

Por outro lado, ainda que os benefícios do parto vaginal sejam amplamente reconhecidos por estudos, esse tipo de nascimento pode ser contraindicado em alguns casos. Saiba mais a seguir.

Quando o parto vaginal é contraindicado?

Nem sempre o parto vaginal é a opção mais adequada. Algumas condições podem torná-lo arriscado tanto para a mãe quanto para o bebê e o nascimento por cesariana pode ser necessário para garantir a segurança de ambos. Veja abaixo alguns exemplos:

  • descolamento prematuro da placenta: condição em que a placenta se separa da parede do útero antes do nascimento. Isso pode causar hemorragia e privar o bebê de oxigênio;
  • placenta prévia: quando a placenta cobre total ou parcialmente o colo do útero. O parto vaginal pode provocar hemorragia grave, com risco para a mãe e seu filho;
  • cicatrizes uterinas: de acordo com a extensão e localização aumentam as chances de ruptura uterina durante o parto vaginal;
  • pré-eclâmpsia: condição caracterizada por hipertensão geralmente após a 20ª semana de gestação. Nos quadros graves, pode evoluir para eclâmpsia e o parto vaginal representar risco para mãe e seu bebê;
  • macrossomia fetal: quando o feto pesa 4kg ou mais, dificultando o parto vaginal e aumentando os riscos de complicações;
  • gestação múltipla: a cesariana pode ser a melhor opção para garantir a segurança de todos;
  • sofrimento fetal: quando o bebê não está recebendo oxigênio suficiente. Se a condição não melhorar rapidamente, a cesariana é a forma mais segura para garantir seu bem-estar;
  • apresentação anômala: quando o bebê não está na posição ideal para o parto vaginal;
  • desproporção cefalopélvica (DCP):condição em que a cabeça do bebê ou seu corpo são muito grandes para passar pela pelve da mãe;
  • trabalho de parto prolongado: quando a dilatação do colo do útero é inadequada e não há progressão na descida do bebê; a exaustão materna pode aumentar o risco de complicações.

Portanto, apesar de todos os benefícios do parto vaginal, a definição da melhor forma de nascimento pode ser feita apenas pelo especialista durante o pré-natal.

Siga o link e conheça em detalhes todos os tipos de parto!

Ovulação e período fértil: conheça as diferenças

Os ovários, as tubas uterinas e o útero são os principais órgão reprodutores das mulheres e cada um desempenha um papel fundamental no processo gestacional.

Os ovários, por exemplo, são as gônadas sexuais femininas, órgãos responsáveis pela produção de óvulos e dos hormônios sexuais estrogênio e progesterona. Os óvulos, por sua vez, são as células sexuais ou gametas, que carregam as informações genéticas transmitidas aos filhos.

Todas as mulheres já nascem com uma reserva ovariana, estoque de folículos, estruturas responsáveis por armazenar o óvulo imaturo, utilizados durante a idade fértil nos ciclos menstruais, processo contínuo marcado por alterações fisiológicas que preparam o corpo para uma possível gravidez, que se inicia na puberdade e encerra na menopausa quando há o esgotamento desse estoque.

A ovulação é um uma das principais etapas do ciclo menstrual. Apesar de ser essencial para a gravidez ser um sucesso, é frequentemente confundida com período fértil, intervalo em que há mais chances de isso acontecer.

Para conhecer as diferenças entre ovulação e período fértil é só continuar a leitura até o final. Confira!

O que é ovulação?

Os ovários são duas glândulas em formato de amêndoas, têm aproximadamente 3 cm de comprimento, 1,5 cm de largura e 1 cm de espessura e estão localizados na porção superior da cavidade pélvica, um em cada lado do útero. São ligados a esse órgão pelas tubas uterinas, conjunto que proporciona da geração ao nascimento de uma nova vida.

Os folículos ficam abrigados no córtex ovariano. No nascimento, existem cerca de 2 milhões, quantidade que reduz para mais ou menos 400 mil quando a mulher atinge a puberdade e os ciclos menstruais se iniciam, processo dividido em três fases e coordenado por diferentes hormônios, orientados pelo eixo hipotálamo-hipófise-gônadas (ovários).

A cada ciclo, os ovários liberam um óvulo para ser fecundado pelo espermatozoide, gameta masculino e gerar a primeira célula do embrião, estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano. Esse evento, é clinicamente conhecido como ovulação e ocorre de forma intercalada, ou seja, há uma alternância entre os ovários. Entenda melhor abaixo:

  1. No começo da primeira fase do ciclo, a folicular, o hipotálamo libera o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) estimulando a hipófise a secretar as gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante). O FSH promove o recrutamento e crescimento de vários folículos, enquanto o LH atua no desenvolvimento e amadurecimento do que se destaca entre eles, conhecido como folículo dominante, que produz estrogênio enquanto se desenvolve, hormônio que inicia o preparo do endométrio, camada interna uterina na qual o embrião se implanta, fixando-se para dar início à gestação;
  2. Na segunda fase, a ovulatória, altos níveis de estrogênio estimulam um aumento na concentração de LH, que funciona como um gatilho induzindo o folículo ao amadurecimento final e rompimento para liberação do óvulo durante a ovulação. O óvulo é captado pelas tubas uterinas, órgãos em que a fecundação ou fusão com o espermatozoide acontece;
  3. A última fase é conhecida como lútea, pois as células do folículo rompido se transformam em um glândula endócrina temporária, o corpo lúteo, responsável pela produção de progesterona, hormônio que finaliza o preparo do endométrio e garante a manutenção da gravidez. Se não houver fecundação, o corpo lúteo se degenera levando a um rebaixamento dos níveis hormonais, provocando a descamação do endométrio e a menstruação, que marca o início de um novo ciclo menstrual.

Ainda que a ovulação sinalize o momento de maior fertilidade da mulher, o período fértil compreende um intervalo maior. Veja a seguir.

O que é período fértil?

Período fértil é o termo utilizado para determinar o intervalo do ciclo menstrual em que há mais chances de a mulher engravidar. Considera o tempo de sobrevida do óvulo e do espermatozoide, 24h e 72h respectivamente.

O período fértil pode ser calculado utilizando como referência a provável data da ovulação. Em um ciclo normal, por exemplo, de 28 dias, geralmente acontece na metade, no 14º. Assim, basta anotar a data do primeiro dia da menstruação, diminuir três dias da data estimada para ovulação, tempo de sobrevida dos espermatozoides e acrescentar um, tempo de sobrevida do óvulo.

A ovulação, portanto, é uma etapa necessária para que ocorra a fecundação, evento em que os gametas se fundem gerando a primeira célula do embrião com as informações genéticas dos pais. Denominada zigoto, sofre sucessivas divisões celulares enquanto o embrião é transportado ao útero para se implantar.

O período fértil, por outro lado, aumenta as chances de a fecundação ser bem-sucedida, por isso é importante intensificar a relação sexual nesse intervalo determinado. Além do cálculo, conhecido popularmente como tabelinha, é possível ainda observar alguns sinais do corpo, como o aumento do volume e sensibilidade das mamas e alterações no muco cervical, substância produzida pelo colo do útero, que se torna mais cristalino e elástico, semelhante à clara de ovo, bem como recorrer a testes de ovulação facilmente encontrados em farmácias.

Siga o link e entenda em detalhes tudo sobre ciclo menstrual, ovulação e período fértil!

O que é pré-obesidade? Implicações na gestação

Pré-obesidade, também conhecida como sobrepeso, é uma condição em que a pessoa tem um índice de massa corporal (IMC), padrão internacional utilizado clinicamente para avaliar a composição corpórea, maior do que o considerado normal, porém ainda não atinge os critérios para ser classificada como obesa.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pré-obesidade é definida por um IMC entre 25 kg/m2 e 29,9 kg/m², enquanto a obesidade, considerada um problema de saúde pública mundial, é diagnosticada a partir de 30 kg/m2.

A pré-obesidade é consequência de um desequilíbrio entre a ingestão de calorias e o gasto energético. Diversos fatores contribuem para isso acontecer, incluindo:

  • alimentação inadequada: consumo excessivo de alimentos ricos em calorias, açúcares e gorduras, como fast foods, doces e bebidas açucaradas;
  • sedentarismo: falta de atividade física regular, o que reduz o gasto calórico e favorece o acúmulo de gordura corporal;
  • fatores genéticos: a predisposição genética pode influenciar o metabolismo e a tendência ao ganho de peso;
  • fatores psicológicos: estresse, ansiedade e depressão podem levar ao consumo excessivo de alimentos como forma de conforto emocional;
  • ambiente: estilos de vida que promovem o sedentarismo e o fácil acesso a alimentos pouco saudáveis também contribuem para a pré-obesidade.

Pessoas diagnosticadas com essa condição têm um risco elevado de desenvolver obesidade e outras complicações de saúde associadas, de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 a problemas musculoesqueléticos e distúrbios do sono, por exemplo. Além disso, a condição interfere na fertilidade feminina, bem como é associada a diversas complicações que podem ocorrer durante a gravidez.

Continue a leitura para entender mais sobre a pré-obesidade e conhecer as implicações dessa condição na gestação. Confira!

Pré-obesidade na gestação

Mulheres que entram na gestação em um estado de pré-obesidade enfrentam diferentes desafios, que podem impactar tanto a saúde da mãe quanto a do seu futuro bebê. Isso porque, além das mudanças fisiológicas que ocorrem durante o período gestacional, para suprir as necessidades energéticas de ambos, o consumo de nutrientes é mais alto, levando a um aumento natural do peso e, dessa forma, das chances de o quadro evoluir para obesidade associado a resultados adversos.

Além dos problemas que pode causar durante a gestação e na saúde da mãe e do bebê após o nascimento, a pré-obesidade pode resultar em complicações no puerpério que podem levar à morbidade ou mortalidade materna.

Assim, mulheres diagnosticadas com pré-obesidade que pretendem engravidar devem iniciar o acompanhamento com o ginecologista-obstetra alguns meses antes das tentativas, o que é chamado de consulta preconcepcional.

Conheça as implicações da pré-obesidade na gestação

Os problemas da pré-obesidade na gestação vão de complicações durante o parto ao risco aumentado de o bebê ter defeitos congênitos. Veja a seguir:

  • diabetes gestacional: mulheres com pré-obesidade têm um risco significativamente maior de desenvolver diabetes gestacional, condição caracterizada pelo aumento de glicose no sangue, como consequência da interferência dos hormônios placentários na capacidade de regulação dos níveis. O diabetes gestacional pode levar a complicações como macrossomia, ou seja, bebê com peso elevado ao nascer (acima de 4 kg), parto prematuro e nascimento por cesariana;
  • pré-eclâmpsia: a pré-obesidade aumenta o risco de hipertensão gestacional, elevação da pressão arterial, condição denominada pré-eclâmpsia, potencialmente grave que pode resultar em complicações maternas como danos em órgãos, incluindo o cérebro, rins e fígado, problemas placentários como o descolamento da placenta, que pode provocar hemorragias em quadros mais graves, além de parto prematuro e crescimento fetal inadequado. A pré-eclâmpsia pode ainda evoluir para eclâmpsia, condição fortemente associada à mortalidade materna;
  • complicações no parto: mulheres pré-obesas têm maior probabilidade de necessitar de intervenções obstétricas durante o parto, como indução do trabalho de parto e cesariana. O excesso de peso dificulta o trabalho de parto e aumenta as chances de complicações, incluindo distocia de ombro, quando o ombro do bebê fica preso no momento do nascimento;
  • problemas fetais durante o desenvolvimento intrauterino e de saúde neonatal: bebês nascidos de mães com pré-obesidade têm maior risco de sofrer com condições como hipoglicemia neonatal, icterícia e síndrome do desconforto respiratório. Há ainda um risco aumentado de anomalias durante o desenvolvimento intrauterino, especialmente defeitos do tubo neural, resultando muitas vezes em defeitos congênitos;
  • riscos maternos pós-parto: os impactos do ganho excessivo de peso durante a gestação podem se estender ao puerpério ou pós-parto, como hemorragia ou risco de pré-eclâmpsia e diabetes gestacional tardios;
  • implicações em longo prazo: mulheres que tiveram diabetes gestacional, por exemplo, têm mais chance de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro. Além disso, a retenção de peso pós-parto é mais comum nas pré-obesas, aumentando o risco de obesidade e de complicações na saúde cardiovascular. Já as crianças nascidas de mães com pré-obesidade têm maior probabilidade de desenvolver obesidade e doenças metabólicas na infância e vida adulta.

Assim, gerenciar o ganho de peso durante a gravidez é uma ação necessária para as mulheres com pré-obesidade, o que é feito com a incorporação de uma dieta balanceada e o comparecimento a todas as consultas de pré-natal, quando são monitoradas a saúde materna e a saúde fetal e podem ser detectadas possíveis complicações.

O acompanhamento adequado, portanto, permite evitar praticamente todas as implicações que a pré-obesidade pode ter na gestação. Quer saber mais sobre o assunto? Toque aqui!

Suplementação de vitaminas para gestantes: quais são as mais importantes?

A gestação é um período marcado por intensas transformações, tanto físicas quanto emocionais. Durante os nove meses, o corpo feminino passa por diversas adaptações para sustentar o desenvolvimento de um novo ser humano.

Uma das mais significativas é o aumento da necessidade de nutrientes essenciais. O corpo da mulher precisa fornecer as substâncias para o crescimento e desenvolvimento do feto e para manutenção da sua própria saúde. Por isso, nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais são particularmente importantes durante a gestação.

Embora essas substâncias sejam encontradas nos principais grupos alimentares, as alterações hormonais e fisiológicas que ocorrem durante a gravidez também afetam o metabolismo e a absorção. A progesterona, por exemplo, relaxa os músculos do trato gastrointestinal, o que pode retardar a digestão. Além disso, o aumento do volume sanguíneo e das necessidades nutricionais do feto também aumentam a demanda por energia e nutrientes.

O consumo de nutrientes pelo feto pode, inclusive, levar a deficiências nutricionais da mãe em alguns casos, ainda que ela tenha uma dieta balanceada, resultando em problemas como fadiga, fraqueza e maior susceptibilidade a infecções.

Assim, a suplementação de vitaminas para gestantes é necessária para compensar possíveis deficiências e reforçar a ação dos nutrientes obtidos pelos alimentos. Acompanhe a leitura do texto até o final e saiba quais são as mais importantes. Confira!

Quando começar a suplementação de vitaminas para gestantes?

A alimentação balanceada e a suplementação de vitaminas para gestantes devem idealmente iniciar quando a mulher planeja engravidar, ou seja, antes mesmo das tentativas.

A recomendação é de que entre as ações do planejamento familiar seja priorizada a consulta ao ginecologista-obstetra, conhecida como consulta preconcepcional, que deve acontecer pelo menos três meses antes de iniciarem as tentativas. Ele vai orientar a dieta e a suplementação mais adequada para cada paciente, definidas com base na verificação da saúde feita por exames solicitados na ocasião.

Contudo, se a gestação ocorrer de forma não planejada, a suplementação de vitaminas para gestantes acontece no início do pré-natal, na primeira consulta, geralmente realizada até a 12ª semana gestacional.

A suplementação de vitaminas para gestantes é fundamental para evitar deficiências nutricionais durante a gravidez que possam resultar em complicações, como abortamento espontâneo, problemas placentários, parto prematuro, risco de malformações fetais, baixo peso ao nascer, defeitos congênitos, morte fetal ou neonatal.

Veja quais são as vitaminas mais importantes para gestantes

A suplementação de alguns nutrientes, como ácido fólico, cálcio, ferro, vitamina A, vitamina D e iodo, geralmente é recomendada para todas as gestantes, uma vez que a deficiência pode provocar complicações na gravidez e no desenvolvimento físico e mental do futuro bebê. No entanto, outros podem ser indicados em situações específicas. Veja a seguir.

Suplementação de vitaminas para todas as gestantes

  • ácido fólico: o ácido fólico ou B9 é uma vitamina do complexo B fundamental para a formação do tubo neural do feto, estrutura que origina a medula e o cérebro e que se desenvolve nas primeiras semanas de gestação. A deficiência pode levar a defeitos no tubo neural, quando ocorre o fechamento inadequado, com consequências que vão do déficit de aprendizado do futuro bebê à dificuldade ou impossibilidade de caminhar. A suplementação deve iniciar antes da concepção ou no primeiro mês da gravidez e continuar até o final do primeiro trimestre;
  • vitamina D: ajuda na regulação e manutenção do sistema imunológico materno, evitando que anticorpos reconheçam o embrião como o invasor e provoquem abortamento, bem como é fundamental para facilitar a absorção de cálcio. A suplementação também deve ser feita desde o início da gravidez;
  • ferro: o ferro é necessário para a produção de hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue. Durante a gravidez, a necessidade de ferro é maior devido ao aumento do volume sanguíneo da mãe e ao desenvolvimento do bebê. Esse mineral é essencial para prevenir anemia;
  • iodo: necessário para a produção de hormônios tireoidianos, que atuam no desenvolvimento cerebral do futuro bebê;
  • vitamina A: importante para a visão, sistema imunológico e crescimento celular;
  • cálcio: necessário para o desenvolvimento dos ossos e dentes do bebê e para manter a saúde óssea da mãe.

Suplementação de vitaminas para gestantes em situações específicas

  • vitamina B12: é importante para a formação de glóbulos vermelhos e o desenvolvimento do sistema nervoso do feto. A suplementação é particularmente indicada para mulheres veganas ou nos casos em que a deficiência é apontada por exames;
  • ômega-3: atua no desenvolvimento do cérebro, do sistema nervoso central e na saúde cardíaca do bebê. Indicado às mulheres que não consomem regularmente peixes gordurosos;
  • vitamina C: ajuda na absorção de ferro e manutenção do sistema imunológico, prevenindo condições como pré-eclâmpsia, parto prematuro e danos no sistema cognitivo. A suplementação considera possíveis deficiências apontadas por exames;
  • magnésio: contribui para a formação dos tecidos e ossos do bebê e ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue. A suplementação é igualmente necessária nos casos de deficiência;
  • vitamina K: necessária para o desenvolvimento saudável dos ossos e formação de proteínas no fígado, além de desempenhar um papel na coagulação sanguínea, por isso, é especialmente indicada para as mulheres com propensão para formação de trombos, deve ser suplementada durante a gravidez e após o parto, no puerpério, quando há maior risco de hemorragia. A suplementação deve ser feita ainda se houver deficiência;
  • vitamina E: ajuda a prevenir retardo no crescimento fetal, pré-eclâmpsia e evita que o futuro bebê tenha problemas respiratórios e condições como asma. A suplementação é igualmente indicada quando os exames apontam deficiência.

No entanto, apesar de a suplementação de vitaminas para gestantes ser essencial durante a gestação e no puerpério ou pós-parto, prevenindo complicações para a mãe e feto, ela deve ser sempre feita com a orientação do médico-obstetra, uma vez que o excesso de algumas pode ter efeitos adversos, como acontece com a vitamina A, que pode causar malformações congênitas.

Quer saber mais sobre a suplementação de vitaminas para gestantes? Siga o link!

Desafios da amamentação: saiba o que pode acontecer durante esse período especial

A amamentação é um dos períodos mais importantes da maternidade, com diferentes benefícios para a mãe e seu bebê.

É um processo natural e prazeroso, fundamental para o desenvolvimento saudável do recém-nascido, proporcionando nutrição adequada, proteção contra doenças e fortalecimento do vínculo entre mãe e filho. Entre os benefícios da amamentação, pode-se citar:

  • nutrição adequada: o leite materno é considerado o alimento mais completo e balanceado para os bebês, fornecendo todos os nutrientes essenciais necessários para seu crescimento e desenvolvimento nos primeiros meses de vida;
  • proteção contra doenças: o leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger o bebê contra diversas doenças, incluindo infecções respiratórias, gastrointestinais e alergias;
  • desenvolvimento cognitivo: estudos sugerem que bebês amamentados têm um melhor desenvolvimento cognitivo em comparação com os alimentados com fórmulas;
  • fortalece os laços afetivos entre a mãe e seu bebê: a amamentação promove um vínculo único; a proximidade física proporciona conforto e segurança ao bebê, o que contribui para seu desenvolvimento emocional saudável;
  • benefícios para a mãe: entre os benefícios maternos associados à amamentação estão a redução do risco de câncer de mama, ovários e osteoporose, aceleração da perda de peso após o parto, liberação de hormônios importantes para o útero retornar ao tamanho pré-gravídico e o efeito contraceptivo.

Os órgãos mundiais de saúde recomendam iniciar a amamentação logo após o nascimento, idealmente dentro da primeira hora de vida do bebê, quando o reflexo de sucção é mais forte e o colostro, primeiro leite produzido, mais rico em nutrientes e anticorpos.

Também dever ser exclusiva até os seis meses de idade, isso significa que o bebê precisa receber apenas leite materno. Depois desse período, pode ser complementada com a introdução gradual de alimentos ou suplementos, embora seja importante manter o leite materno até um ano.

No entanto, ainda que todos esses benefícios estejam associados à amamentação existem muitos desafios, desde dor até infecções.

Continue a leitura do texto para conhecer os desafios da amamentação e saiba o que pode acontecer durante esse período especial. Confira!

 

Quais são os principais desafios da amamentação?

As orientações sobre a amamentação iniciam último trimestre da gravidez, durante o pré-natal e continuam logo após o nascimento do bebê, quando o ginecologista-obstetra ou sua equipe orientam sobre o posicionamento adequado para uma boa sucção, o que ajuda a prevenir problemas como fissuras nos mamilos e ingurgitamento mamário.

Contudo, durante o processo podem surgir de desconfortos menores a problemas mais graves, por isso, é importante que as mães estejam conscientes dos desafios e, assim, saibam gerenciá-los de forma eficaz.

Abaixo, elencamos os principais desafios da amamentação e as possíveis soluções apontadas pelos especialistas:

  • dor nos mamilos: é comum que os seios e mamilos fiquem doloridos durante os primeiros dias de amamentação, especialmente quando a mãe está se adaptando à sucção do bebê. Isso pode levar a fissuras nos mamilos e desconforto ao amamentar. Para solucionar o problema é importante garantir que o ele esteja bem posicionado e consiga sugar o leite corretamente. Compressas geladas ajudam a aliviar o desconforto, porém se a dor persistir por mais de uma semana e os mamilos estiverem machucados intervenções podem ser necessárias;
  • ingurgitamento mamário: o ingurgitamento mamário ou leite empedrado ocorre quando as glândulas mamárias ficam cheias, levando a seios inchados, doloridos e sensíveis, o que pode ser solucionado com o aumento da frequência entre as mamadas e uso a técnica de compressão mamária durante a amamentação, movimento de apertar levemente as mamas para induzir a saída de leite e aumentar o fluxo. A aplicação de compressas mornas antes pode ajudar a aliviar o desconforto;
  • ductos de leite obstruídos: a obstrução dos ductos causa dor e sensibilidade em uma área específica do seio, resultando em um caroço ou nódulo palpável. Entre as soluções sugeridas estão a de amamentar com mais frequência no seio afetado, massagear suavemente a área durante a amamentação, aplicar compressas mornas antes do processo e manter-se hidratada para ajudar na desobstrução do ducto;
  • mastite: a mastite é uma infecção bacteriana das glândulas mamárias que pode causar dor, vermelhidão, inchaço e febre. Nesse caso, o ginecologista deve ser consultado com urgência. Geralmente, o tratamento é feito por antibióticos com orientações específicas sobre como continuar a amamentar;
  • falta de leite: algumas mulheres podem enfrentar dificuldades para produzir leite suficiente para satisfazer as necessidades do bebê. O aumento da frequência entre as mamadas também pode incentivar a produção de leite, bem como uma nutrição e hidratação adequadas, além do uso de técnicas específicas;
  • confusão de bicos: bebês podem ter dificuldade para pegar o seio após serem apresentados a chupetas ou mamadeiras, levando ao que é chamado de confusão de bicos. Nesse caso, é importante evitar o uso;
  • intolerância alimentar: alguns bebês podem ter intolerância ou alergia alimentares transmitidas pelo leite materno, causando desconforto gastrointestinal. É importante identificar e eliminar possíveis alérgenos da dieta da mãe, como laticínios, soja ou glúten, com a orientação do médico ou de um nutricionista e monitorar os sintomas do bebê para determinar quais alimentos podem ter causado os problemas;
  • estresse e ansiedade: o estresse e a ansiedade podem interferir na produção de leite e na capacidade da mãe de amamentar com sucesso. Criar um ambiente adequado para amamentar, recorrer a técnicas de relaxamento e à meditação, além do apoio das parcerias e familiares pode ajudar a resolver o problema.

Ao enfrentar esses desafios, é importante lembrar que existem recursos e suporte disponíveis para ajudar durante a jornada de amamentação, incluindo auxilio médio e de profissionais especializados. Com o apoio adequado e o uso de técnicas específicas eles podem ser superados, permitindo que a mãe e o bebê usufruam dos diversos benefícios proporcionados por esse momento tão especial!

Para saber mais sobre a amamentação e sua importância toque aqui!

Assistência ao parto e puerpério: o que é?

O parto é um dos momentos mais significativos e emocionantes na vida das mulheres. Após nove meses de expectativas, a chegada do bebê se configura como o apogeu de todo esse processo.

No entanto, apesar dessa sensação única o momento do parto pode ser marcado por experiências dolorosas, incluindo as contrações intensas. Além disso, podem ocorrer complicações em alguns casos que necessitam de intervenções médicas, como o uso do fórceps obstétrico, instrumento que facilita a passagem do bebê pelo canal vaginal, indicado quando há sofrimento fetal ou exaustão extrema da mãe, por exemplo.

Após o nascimento do bebê, a mulher entra no período pós-parto, também conhecido como puerpério. Esse é um período crítico de recuperação marcado por diferentes desafios, da recuperação do corpo e mudanças hormonais que afetam o humor e o bem-estar emocional à adaptação da maternidade.

De acordo com os órgãos de saúde mundiais, a assistência no puerpério é tão importante quanto as consultas do pré-natal, necessárias para acompanhar a saúde materna e fetal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive orienta que o acompanhamento da mulher pelo ginecologista-obstetra deve ser feito desde o início e por pelo menos seis meses após o nascimento para evitar e reduzir qualquer tipo de complicação para mãe e seu bebê.

Continue a leitura até o final e saiba em detalhes o que é assistência ao parto e puerpério. Confira!

Da concepção ao puerpério

Da concepção ao puerpério, o corpo feminino passa por diversas alterações anatômicas e fisiológicas para proporcionar o desenvolvimento saudável do futuro bebê, preparar-se para o parto e se recuperar após o nascimento. Essas mudanças são parte natural do processo gestacional e são influenciadas por hormônios, aumento do volume sanguíneo e adaptações de órgãos e sistemas orgânicos. Veja alguns exemplos:

Mudanças que ocorrem no corpo feminino durante a gravidez

  • aumento do peso: à medida que feto se desenvolve, o útero se expande para acomodá-lo. Isso leva naturalmente ao aumento do tamanho abdômen e do peso corporal, com o ganho de peso geralmente ocorrendo ao longo dos meses de gestação, provocado não somente pela presença do feto, porém também pela retenção de líquidos, aumento do volume sanguíneo e das reservas de gordura;
  • mudanças nos seios: as mamas também aumentam de tamanho e tornam-se mais sensíveis motivadas pela elevação dos níveis hormonais, preparando-se para a produção de leite materno. As aréolas podem escurecer e as veias mamárias se tornarem mais evidentes;
  • alterações hormonais: durante a gravidez, os níveis de hormônios aumentam significativamente para apoiar o desenvolvimento do feto e preparar o corpo para o parto e a lactação. Essas alterações hormonais podem afetar o humor, a pele, com o surgimento de hiperpigmentação, estrias e acne, o cabelo, que pode se tornar mais espesso, bem como outros sistemas corporais;
  • aumento do volume sanguíneo: o volume sanguíneo também aumenta para fornecer os nutrientes e oxigênio necessários ao feto em desenvolvimento. Isso pode levar à elevação da frequência cardíaca e da pressão arterial.

Mudanças que ocorrem no corpo feminino durante o puerpério

  • recuperação do parto: após o parto, o útero começa a se contrair e voltar ao seu tamanho original, processo conhecido como involução uterina. O que pode causar cólicas uterinas e sangramento pós-parto nos primeiros dias após o nascimento;
  • alterações nos seios: depois do nascimento do bebê, os seios começam a produzir leite para alimentá-lo. Assim, alterações na textura e sensibilidade são comuns, bem como o aumento do tamanho;
  • alterações no peso: durante o puerpério, a mulher geralmente experimenta uma perda de peso gradual à medida que seu corpo elimina o excesso de líquidos retidos durante a gravidez. No entanto, algumas vezes pode acontecer o contrário; o peso aumenta como consequência de mais retenção de líquidos, da amamentação e de outros fatores;
  • recuperação muscular e articular: a recuperação muscular e articular pode levar várias semanas e durante esse período a mulher experimentar dor, desconforto e fraqueza muscular;
  • mudanças emocionais: além das mudanças físicas, o puerpério também pode ser um período emocionalmente desafiador para muitas mulheres à medida que elas se ajustam às necessidades da maternidade, lidam com flutuações hormonais e enfrentam preocupações sobre cuidados com o bebê e seu próprio bem-estar.

Todas essas mudanças físicas e emocionais tornam a assistência ao parto e puerpério fundamental para garantir a saúde da mãe e seu bebê, da mesma forma que evita e soluciona possíveis complicações durante o período.

Geralmente, o trabalho de parto, parto e puerpério ocorrem sem nenhuma intercorrência. Problemas graves costumam ser raros e a maioria pode ser prevista e tratada com eficiência. No entanto, às vezes complicações associadas à mãe ou ao feto podem surgir de forma inesperada e só é possível solucioná-las com a assistência adequada.

Entenda o que é o que é assistência ao parto e puerpério e sua importância

Assistência ao parto e puerpério se refere aos cuidados médicos, emocionais e práticos fornecidos às mulheres durante o trabalho de parto, parto e período pós-parto. Essa assistência é essencial para garantir uma experiência segura, saudável e positiva para a mãe e seu bebê, além de promover uma transição suave para a maternidade.

Cada mulher e cada parto são únicos, por isso a assistência ao parto e puerpério é personalizada para atender às necessidades individuais.

Conheça abaixo a importância da assistência ao parto e puerpério:

  • segurança materna e neonatal: a assistência ao parto e puerpério é essencial para segurança e bem-estar tanto da mãe quanto do bebê. Os médicos e sua equipe monitoram ambos durante o trabalho de parto, intervindo quando necessário para prevenir ou solucionar complicações, garantir um parto seguro e evitar qualquer problema que possa ocorrer após o nascimento, como infecções ou outras mais raras e graves;
  • apoio emocional e psicológico: o trabalho de parto, parto e puerpério podem ser momentos emocionalmente intensos para a mulher. A assistência ao parto e puerpério prevê apoio emocional e psicológico para ajudá-la com o estresse, ansiedade ou depressão que podem surgir durante esse período. Isso pode incluir técnicas de relaxamento, orientação e encaminhamento para profissionais especializados;
  • orientação e apoio na amamentação: durante o puerpério oferece orientação sobre técnicas de amamentação, ajudando a superar desafios comuns e estabelecer uma relação mais próxima das mães com seus bebês;
  • contracepção no puerpério: a mulher também é orientada sobre o melhor método contraceptivo no puerpério, quando está ou não amamentando;
  • orientações nutricionais: uma dieta balanceada, com os nutrientes necessários desde o pré-natal, além de assegurar a nutrição adequada para o feto ajuda no trabalho de parto, que pode durar por muitas horas e é essencial para produção de leite materno;
  • orientações de atividades físicas: os benefícios de atividades físicas durante a gravidez são bem conhecidos. Ajudam na diminuição do risco de diabetes gestacional e a controlar a pressão arterial, evitando condições como a pré-eclâmpsia. Já durante o trabalho de parto, auxiliam na diminuição das dores de contrações e, no puerpério, no controle do peso corporal, alívio do estresse e de transtornos emocionais, bem como melhoram o ciclo de sono.

A assistência ao parto e puerpério, portanto, é bastante abrangente e além de garantir a saúde da mãe e seu filho pode tornar todo o processo mais fácil. Siga o link e conheça mais sobre o assunto!

Placenta prévia: quais são os riscos?

Durante a fecundação, óvulo e espermatozoide se fundem gerando a primeira célula do embrião, estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano, que inicia o desenvolvimento ainda nas tubas uterinas, órgãos em que esse evento acontece, quando ocorrem sucessivas divisões celulares enquanto ele é transportado ao útero.

O embrião chega ao útero aproximadamente no quinto dia de desenvolvimento. Nessa fase, é chamado blastocisto e já possui centenas de células diferenciadas e divididas por função, possibilitando a implantação no endométrio, camada interna na qual se fixa para dar início à gravidez.

O grupo celular interno, embrioblasto, vai formar o embrião propriamente dito e seus sistemas, enquanto o externo, trofoblasto, forma a placenta e os anexos embrionários. A placenta, portanto, é um órgão temporário formado durante a gravidez para possibilitar a troca de nutrientes e oxigênio com a mãe realizada pela corrente sanguínea.

Assim, é altamente vascularizada e geralmente fica posicionada na parte superior do útero, fixada no endométrio até o nascimento do bebê quando é naturalmente expulsa. Complicações associadas à placenta estão entre as que podem ocorrer durante o período gestacional, incluindo a placenta prévia, que pode ser perigosa tanto para a mãe quanto para seu bebê.

Abordamos os riscos da placenta prévia neste texto, que explica ainda quando ela é detectada e quais as possíveis condutas terapêuticas adotadas pelo ginecologista-obstetra responsável pelo pré-natal da gestante. Confira!

Placenta Prévia

A placenta está totalmente formada por volta da 20ª semana, porém continua a se desenvolver durante toda a gravidez, bem como se move à medida que o útero aumenta de tamanho para acomodar o feto em crescimento até ficar posicionada na parte superior, deixando o colo do útero liberado para permitir a passagem do bebê.

Placenta prévia é uma condição caracterizada pelo posicionamento inadequado da placenta, que se fixa na parte inferior do útero, cobrindo parcialmente ou totalmente a abertura do colo uterino. É classificada em três tipos diferentes de acordo com esse posicionamento, critério que interfere na gravidade:

  • placenta prévia marginal: nesse tipo, a placenta está próxima ao colo do útero e não cobre a abertura;
  • placenta prévia parcial: nesse tipo, a placenta cobre parcialmente a abertura do colo do útero;
  • placenta prévia total: nesse tipo, que sugere maior gravidade, cobre totalmente a abertura do colo do útero.

A causa exata da placenta prévia ainda não é compreendida pela ciência, no entanto, segundo estudos alguns fatores podem aumentar as chances de a condição ocorrer, incluindo:

  • placenta prévia em uma gravidez anterior;
  • anormalidades anatômicas do útero, congênitas ou provocadas por doenças como miomas;
  • aderências consequentes de intervenções uterinas, incluindo dilatação e curetagem (D&C), cirurgias como a remoção de miomas (miomectomia) ou cesariana e abortamentos;
  • gravidez em idade avançada, acima dos 36 anos;
  • gravidez múltipla;
  • hábitos de vida, como alcoolismo, tabagismo e uso excessivo de drogas recreativas.

Estudos também sugerem que a placenta prévia ocorre em cerca de 1 a cada 800 partos, e até 2% das gestantes apresentam o problema durante o segundo trimestre, que costuma se resolver naturalmente antes do nascimento em mais de 90% dos casos, principalmente quando acontece nos primeiros meses de gravidez.

No entanto, apesar desse alto percentual, a placenta prévia pode causar complicações para a mãe e o feto. Pode ser detectada nos exames de ultrassonografia realizados durante o pré-natal ou quando o sangramento, um dos principais riscos, leva o médico a suspeitar da condição.

Conheça os riscos da placenta prévia

Os principais riscos associados à placenta prévia são sangramento e parto prematuro, embora mais raramente possa resultar em mortalidade fetal e/ou materna nos quadros de maior gravidade.

O sangramento afeta a oxigenação e o fornecimento de nutrientes para o feto. Costuma ser indolor, não acompanhado por cólicas típicas de contrações geralmente com a coloração vermelho vivo e pode iniciar subitamente a qualquer momento após a 20ª semana de gravidez, embora seja mais comum nas últimas semanas.

O sangramento pode se tornar abundante, exponde ao risco a vida da mãe e do feto. A chance de hemorragia é maior quando a placenta prévia é total, quadro que é considerado mais grave; pode provocar contrações resultando na prematuridade do parto e a mulher precisar de transfusão sanguínea.

A placenta prévia pode causar ainda problemas para o feto, como:

  • o feto pode se apresentar em uma posição anômala;
  • o feto pode não crescer o suficiente, o que é clinicamente conhecido como restrição do crescimento intrauterino;
  • pode haver ruptura prematura das membranas, vazamento do líquido amniótico que envolve o feto em qualquer momento antes do trabalho de parto;
  • os vasos sanguíneos que conectam o cordão umbilical à placenta podem bloquear a saída do feto.

Mesmo que esses riscos estejam associados à placenta prévia, a condição pode ser gerenciada na maioria dos casos. O sangramento, por exemplo, é controlado de diferentes formas e a mulher deve idealmente manter repouso total e evitar atividades que possam causar contrações, incluindo, nesse caso, as relações sexuais.

Se o sangramento não puder ser controlado, por outro lado, é feita a cesariana de emergência. Normalmente, essa também é abordagem indicada para o nascimento de bebês de mães com placenta prévia que excederam o peso, idealmente após a 36ª semana, exceto nas situações em que ocorrem vários episódios de sangramento ou ele é persistente quando o nascimento é antecipado de acordo com o quadro de cada paciente.

Na maioria das vezes, as consultas de pré-natal e a realização de exames típicos do período têm uma periodicidade menor. Isso permite um acompanhamento mais criterioso do problema e do crescimento do feto, mesmo nos casos de mulheres assintomáticas ou se os exames de imagem sinalizarem um retorno à posição original.

A placenta prévia, portanto, é uma condição que deve ser frequentemente observada. Siga o link e saiba mais sobre o assunto!

Gestação de alto risco: veja os cuidados necessários

A gravidez é um momento de alegria e expectativas e geralmente ocorre sem nenhuma intercorrência. Porém, para algumas mulheres pode ser motivo de preocupações adicionais devido a condições médicas preexistentes ou problemas que surgem durante o período gestacional.

Quando uma gestação é considerada de alto risco, isso significa que há maior probabilidade de complicações para a mãe, o feto ou ambos durante o período. Essas complicações podem ser motivadas por diferentes fatores, incluindo, por exemplo, condições médicas como diabetes ou hipertensão, histórico de complicações obstétricas anteriores, idade materna avançada, gravidez múltipla, pré-eclâmpsia ou diabetes gestacional.

Mulheres que têm uma gestação de alto risco podem precisar de cuidados pré-natais mais intensivos e monitoramento frequente para identificar e gerenciar qualquer problema que possa surgir durante a gravidez, o que pode incluir consultas mais frequentes, exames de ultrassonografia adicionais, testes laboratoriais e intervenções médicas para prevenir ou tratar possíveis complicações.

Existem várias situações que podem levar a uma gestação de alto risco, cada uma exigindo cuidados específicos para garantir o bem-estar da mãe e do feto. Mostramos, neste texto, as mais comuns e os cuidados necessários. Continue a leitura até o final e confira!

Gestação de alto risco

O termo gestação de alto risco, portanto, é bastante amplo e considera o fato de a gravidez ser um processo bastante complexo, que envolve alterações fisiológicas no organismo feminino da concepção ao parto, necessárias para proporcionar um ambiente adequado ao desenvolvimento do futuro bebê.

Veja, abaixo, as situações mais comuns que podem tornar a gestação considerada de alto risco e os possíveis cuidados adotados em cada uma delas:

Idade materna avançada e gestação de alto risco

Mulheres com mais de 36 anos têm maior probabilidade de desenvolver complicações durante a gravidez, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, pressão arterial elevada ou problemas genéticos no feto, que podem ocorrer quando o embrião é formado por óvulos de mães mais velhas, o que aumenta também as chances de abortamento espontâneo.

  • cuidados necessários: mulheres mais velhas devem receber um acompanhamento pré-natal rigoroso, incluindo exames para rastrear as condições relacionadas à idade. Exames de ultrassom, além de acompanharem o desenvolvimento do feto podem ainda ser ainda recomendados para detectar possíveis anomalias genéticas.

Condições médicas pré-existentes e gestação de alto risco

Mulheres que têm condições médicas crônicas, como diabetes tipos 1 ou 2, hipertensão arterial, obesidade, doenças cardíacas, doenças renais ou distúrbios autoimunes, podem ter uma gestação de alto risco devido ao potencial de complicações relacionadas à saúde.

  • cuidados necessários: a condição médica deve ser cuidadosamente gerenciada antes e durante a gravidez. Isso pode envolver ajustes na medicação, mudanças no estilo de vida e consultas frequentes para monitorar de perto a saúde da mãe e do feto. Nesses casos, sempre que possível é importante iniciar o acompanhamento com o ginecologista-obstetra antes mesmo das tentativas de engravidar, o que é conhecido como consulta preconcepcional.

Gravidez múltipla e gestação de alto risco

Gravidezes múltiplas, como gêmeos ou trigêmeos, têm maior probabilidade de complicações, incluindo parto prematuro, restrição de crescimento fetal, pré-eclâmpsia e problemas relacionados à placenta.

  • cuidados necessários: o monitoramento cuidadoso do crescimento e desenvolvimento dos fetos é essencial, bem como o acompanhamento frequente com um obstetra especializado em gravidez múltipla. O repouso adequado e o gerenciamento de qualquer complicação que surgir são fundamentais para o sucesso gestacional e para garantir a saúde da mãe e seus filhos durante o processo.

Histórico de complicações obstétricas anteriores e gestação de alto risco

Mulheres que tiveram complicações em gestações anteriores, como parto prematuro, abortamento espontâneo recorrente, pré-eclâmpsia grave ou restrição de crescimento fetal, têm maior probabilidade de enfrentar desafios semelhantes em gestações subsequentes.

  • cuidados necessários: um plano de cuidados pré-natais personalizado, baseado no histórico médico da paciente ajuda a prevenir ou gerenciar as complicações conhecidas. Isso pode incluir intervenções precoces, como monitoramento frequente da pressão arterial, ultrassonografias adicionais e terapia com medicamentos para prevenir o parto prematuro.

Gravidez após tratamento de infertilidade e gestação de alto risco

Mulheres que engravidam após tratamentos de infertilidade, como a fertilização in vitro (FIV), têm maior probabilidade de ter uma gestação de alto risco devido a fatores como idade materna avançada e gravidez múltipla.

  • cuidados necessários: nesses casos, um acompanhamento especializado é essencial para monitorar o progresso da gravidez e detectar possíveis problemas precocemente. Consultas frequentes com um médico especializado em medicina reprodutiva podem ajudar a garantir uma gravidez saudável e segura.

Complicações emergentes durante a gravidez e gestação de alto risco

Algumas mulheres podem desenvolver complicações inesperadas durante a gestação, como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, placenta prévia, descolamento prematuro da placenta ou trabalho de parto prematuro.

  • cuidados necessários: o tratamento e o manejo dessas complicações variam de acordo com a gravidade do quadro e a saúde geral da mãe e do feto, no entanto, um acompanhamento médico mais criterioso, com consultas de pré-natal em intervalos menores é fundamental para garantir que problemas sejam identificados e tratados precocemente.

Em todas essas situações, para uma gestação de alto risco ser bem-sucedida é necessário o cuidado pré-natal personalizado e a colaboração entre a mãe e sua equipe de saúde. O acompanhamento regular, o gerenciamento de qualquer condição médica preexistente e a pronta intervenção em caso de complicações são essenciais para garantir o melhor resultado possível para a mãe e seu futuro bebê.

Siga o link e entenda mais sobre gestação de alto risco!

Diabetes gestacional: causas e cuidados

Um processo complexo, a gravidez depende do sucesso de várias etapas, do funcionamento adequado dos órgãos reprodutores femininos e masculinos, bem como de outros elementos, incluindo a saúde dos gametas e o equilíbrio hormonal.

Os gametas, óvulos e espermatozoides, são as células que carregam as informações genéticas de mulheres e homens. São produzidos nas gônadas sexuais, ovários e testículos. A cada ciclo menstrual, um óvulo é liberado pelos ovários e captado pelas tubas uterinas, órgão em que aguarda o encontro com o gameta masculino.

Quando os homens ejaculam, milhares de espermatozoides são liberados no organismo feminino e vajam até o óvulo pela extremidade uterina das tubas. No entanto, apenas os mais capacitados chegam à ampola, porção tubária em que a fecundação acontece e somente um o penetra, formando a primeira célula do embrião, que inicia seu desenvolvimento enquanto é transportado ao útero.

A gravidez começa quando o embrião se implanta no endométrio, camada interna uterina que o nutre e abriga até a placenta ser formada. A partir da nona semana até o momento do nascimento passa a ser denominado feto.

É no organismo feminino, portanto, que ocorrem as principais etapas da gravidez e o corpo passa por diferentes alterações para adequar-se ao crescimento e desenvolvimento do futuro bebê.

Por isso, é necessário o acompanhamento adequado de todo o processo gestacional, o que é feito durante as consultas do pré-natal, quando são avaliadas a saúde materna e fetal, o que ajuda a prevenir e/ou diagnosticar precocemente possíveis complicações que possam ocorrer no período, entre elas o diabetes gestacional.

Acompanhe o texto até o final para entender o que é o diabetes gestacional, as causas e cuidados associados à essa condição, que pode afetar de 2% a 4% de todas as gestantes. Confira!

Diabetes gestacional, saiba o que é e quais as possíveis causas

Diabetes gestacional é uma condição metabólica exclusiva da gravidez. Tem como característica o aumento de glicose no sangue, resultando em complicações para a saúde da mãe e do bebê.

A placenta, além de fornecer nutrientes e oxigênio ao feto em desenvolvimento, também produz hormônios que podem interferir na ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas responsável por regular os níveis de glicose no sangue.

Durante a gravidez, naturalmente ocorre uma elevação dos níveis de insulina, cuja ação é minimizada pelos hormônios placentários, levando a uma produção maior pelo pâncreas materno.

Porém, muitas vezes o aumento na produção não é suficiente e, como resultado, algumas mulheres desenvolvem resistência à insulina, o que significa que o corpo não consegue usar de forma eficaz esse hormônio, isso leva a um aumento dos níveis de glicose no sangue, resultando em diabetes gestacional.

Embora as causas exatas do diabetes gestacional não sejam totalmente compreendidas, existem alguns fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolver a condição, como pré-obesidade ou obesidade antes da gravidez, sedentarismo, histórico familiar de diabetes, idade avançada, diabetes gestacional em uma gravidez anterior ou bebês nascidos com peso superior a 4 kg e doenças como a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Consequências do diabetes gestacional e cuidados necessários

A exposição do bebê a quantidades maiores de glicose pode resultar em macrossomia fetal, recém-nascido com peso igual ou superior a 4 kg independentemente da idade gestacional e, assim, em partos mais difíceis. Veja abaixo outras consequências do diabetes gestacional para a saúde do bebê e da mãe:

Consequências do diabetes gestacional para a saúde do bebê

  • nascimento prematuro: níveis elevados de glicose também aumentam as chances de parto prematuro;
  • dificuldades respiratórias graves: bebês prematuros de mães com diabetes gestacional podem desenvolver a síndrome do desconforto respiratório (SDR), uma das principais causas de dificuldade respiratória logo após o nascimento, relacionada à falta de surfactante, substância produzida pelas células pulmonares durante a gestação que ajuda a abrir as vias respiratórias permitindo que o ar entre;
  • obesidade e diabetes tipo 2: bebês de mães com diabetes gestacional têm mais chances de desenvolver obesidade e diabetes tipo 2 durante a vida;
  • hipoglicemia: a hipoglicemia, condição contrária ao diabetes, pode ocorrer em bebês de mães com diabetes gestacional e pode causar convulsões em quadros mais graves;
  • bebês natimortos: o diabetes gestacional não tratado pode resultar na morte do bebê antes ou logo após o nascimento.

Consequências do diabetes gestacional para a saúde materna

  • pré-eclâmpsia: o diabetes gestacional aumenta o risco de pressão alta e, dessa forma, de pré-eclâmpsia, uma complicação da gravidez potencialmente perigosa para a mãe e o feto;
  • cesariana: em mulheres com diabetes gestacional o nascimento ocorre por cesariana na maioria dos casos, uma vez que o peso elevado do bebê pode provocar lesões no canal de parto dificultando a passagem;
  • diabetes no futuro: mulheres que tiveram diabetes gestacional, têm mais chances de o problema se repetir em outra gravidez e/ou de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

Cuidados necessários quando o diagnóstico é de diabetes gestacional

Ainda que qualquer complicação da gravidez seja motivo de preocupação, manter a regularidade das consultas de pré-natal é fundamental para evitar ou controlar o diabetes gestacional. Por outro lado, se houver o diagnóstico da condição apenas o ginecologista-obstetra responsável pelo acompanhamento pode indicar o tratamento mais adequado em cada caso.

Entre as possíveis medidas adotadas, pode-se citar:

  • dieta balanceada: manter uma dieta balanceada durante a gravidez é essencial independentemente do risco de diabetes gestacional;
  • prática de exercícios físicos: mulheres com sobrepeso devem iniciar a prática de exercícios físicos antes mesmo das tentativas de engravidar. Durante a gestação é igualmente importante manter as atividades físicas, porém elas devem ter menor impacto. Aeróbicos, yoga e alongamentos estão entre as opções;
  • monitoramento periódico do crescimento do bebê: os exames de ultrassonografia realizados durante o pré-natal permitem monitorar o crescimento do bebê, o que ajuda a definir as condutas necessárias quando há diagnóstico de diabetes gestacional, bem como permite a prevenção ou tratamento de outras condições que podem surgir durante o desenvolvimento intrauterino;
  • ainda que o diabetes gestacional geralmente seja assintomático, observar alguns sintomas, como sede e micção frequente, pode ajudar a identificar o problema precocemente;
  • administração de medicamentos: com a medicação adequada, prescrita pelo ginecologista-obstetra responsável pelo pré-natal é possível controlar os níveis de glicose e minimizar as chances de ocorrerem possíveis complicações.

Agora que você já sabe quais as causas e cuidados necessários quando há diagnóstico de diabetes gestacional durante a gravidez, siga o link e conheça mais sobre essa condição!

Pré-eclâmpsia: saiba mais sobre os riscos

Durante a gravidez, o corpo feminino passa por mudanças complexas para sustentar e nutrir o futuro bebê. Do momento da concepção até o parto, cada fase é marcada por adaptações físicas e hormonais que são essenciais para o crescimento saudável do feto e para preparar a mulher para o nascimento.

Com a expansão do útero para acomodar o feto em crescimento, há um aumento no tamanho do abdômen, o que pode causar uma mudança no centro de gravidade e, assim, na postura e no equilíbrio. Além disso, as mamas também se transformam para a amamentação, ficam mais sensíveis e aumentam de tamanho.

Internamente, o corpo passa por uma série de ajustes para garantir o fornecimento adequado de nutrientes e oxigênio para o feto em desenvolvimento. O volume sanguíneo, por exemplo, aumenta significativamente, o que pode resultar em alterações na pressão arterial; mais baixa, provoca sintomas como as tonturas e os enjoos matinais nos primeiros meses e, mais alta, pode resultar em pré-eclâmpsia com o avanço da gravidez.

Além das mudanças físicas, muitas mulheres experimentam transtornos emocionais, como ansiedade e depressão, devido às flutuações hormonais e ao estresse associado à expectativa de se tornarem mães.

À medida que a gravidez avança, o corpo continua a adaptar-se. As contrações começam a fortalecer o útero e prepará-lo para o trabalho de parto, enquanto o colo do útero amolece e dilata em preparação para a passagem do bebê. Após o nascimento, se recupera ajustando-se à amamentação e aos novos desafios da maternidade.

Toda gravidez é única e as experiências de cada mulher podem variar. Algumas vezes, podem ocorrer complicações durante o período gestacional, a pré-eclâmpsia é uma delas, por isso, é necessário manter a regularidade das consultas de pré-natal, que acompanham a saúde da mãe e do feto em desenvolvimento.

Acompanhe a leitura do texto até o final para entender o que é pré-eclâmpsia e saber sobre os riscos associados à essa condição. Confira!

Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma condição médica que afeta algumas mulheres com pressão arterial normal durante a gravidez, geralmente após a 20ª semana, porém pode ocorrer mais cedo e, mais raramente, logo após o parto, no puerpério. É caracterizada pela elevação da pressão arterial (hipertensão) e presença de proteína na urina.

Além da hipertensão, os sintomas da pré-eclâmpsia podem incluir inchaço repentino nas mãos, rosto e pés (edema), dores de cabeça intensas, visão turva, náuseas com vômitos persistentes e dor abdominal superior. Ainda que os sintomas possam variar de leves a graves, a pré-eclâmpsia é uma condição séria que requer atenção médica imediata, pois pode representar risco tanto para a mãe quanto para o bebê.

A causa exata da pré-eclâmpsia ainda não é completamente compreendida pela ciência, entretanto, segundo estudos o problema começa na placenta, como consequência do desenvolvimento ou funcionamento inadequado dos vasos desse órgão temporário responsável pela troca de nutrientes entre a mãe e o feto, que acontece pela corrente sanguínea, limitando, dessa forma, a quantidade de sangue que pode fluir.

Alguns fatores são ainda apontados como de risco, entre eles histórico familiar da condição, primeira gravidez, gravidez múltipla, obesidade, idade materna avançada, histórico de hipertensão arterial, de doença renal, diabetes, trombofilia, e doenças autoimunes.

A pré-eclâmpsia é uma condição séria que pode representar riscos tanto para a mãe quanto para o feto durante a gravidez.

Quais são os riscos associados à pré-eclâmpsia ?

Veja, abaixo, os riscos da pré-eclâmpsia para a mãe e seu filho:

Riscos da pré-eclâmpsia para a mãe

  • hipertensão arterial grave: a elevação da pressão arterial pode levar a complicações graves, como danos aos órgãos, incluindo o cérebro, rins e fígado;
  • lesão hepática: em casos graves de pré-eclâmpsia o fígado pode ser afetado, resultando em lesões hepáticas;
  • síndrome HELLP: uma complicação grave da pré-eclâmpsia, a síndrome HELLP envolve problemas com o fígado e contagem baixa de plaquetas sanguíneas;
  • descolamento da placenta: quando ocorre a separação do órgão da camada interna do útero antes do parto, o que pode provocar hemorragia em situações graves, quadro potencialmente perigoso para a mãe e o feto;
  • eclâmpsia: a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia, uma condição que envolve convulsões potencialmente fatais durante a gravidez; podem provocar confusão e desorientação ou colocar a gestante em coma e, em alguns casos, causar acidente vascular cerebral (AVC) ou morte. A eclâmpsia requer atenção médica de emergência.

Risco da pré-eclâmpsia para o futuro bebê

  • restrição do crescimento intrauterino: a pré-eclâmpsia pode interferir no fluxo sanguíneo para a placenta, o que resulta em restrição do crescimento fetal;
  • parto prematuro: em casos graves de pré-eclâmpsia, pode ser necessário induzir o parto prematuramente para evitar complicações graves para a mãe e o bebê;
  • baixo peso ao nascer: a restrição do crescimento intrauterino e o parto prematuro aumentam o risco de o bebê nascer com baixo peso, o que pode levar a complicações de saúde em longo prazo.

O diagnóstico precoce e o monitoramento regular durante a gravidez são essenciais para identificar e gerenciar a pré-eclâmpsia. Isso geralmente envolve exames de pressão arterial e urina durante as consultas do pré-natal, bem como outros testes laboratoriais, se necessário.

O tratamento da pré-eclâmpsia, por sua vez, pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e idade gestacional, porém normalmente inclui repouso, monitoramento rigoroso, medicação para baixar a pressão arterial e, em casos graves, a necessidade de induzir o parto prematuramente para evitar complicações sérias para a mãe e o bebê.

É fundamental, portanto, que as mulheres grávidas mantenham a regularidade das consultas de pré-natal, tenham conhecimento sobre os possíveis sinais e sintomas da pré-eclâmpsia e relatem qualquer preocupação ao seu médico imediatamente.

Com o diagnóstico precoce e cuidados adequados, é possível gerenciar a pré-eclâmpsia de forma eficaz e garantir o melhor resultado possível para mãe e seu bebê.

Toque aqui e saiba mais sobre a pré-eclâmpsia!