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Gestação de alto risco: veja os cuidados necessários

por: Equipe NOG

A gravidez é um momento de alegria e expectativas e geralmente ocorre sem nenhuma intercorrência. Porém, para algumas mulheres pode ser motivo de preocupações adicionais devido a condições médicas preexistentes ou problemas que surgem durante o período gestacional.

Quando uma gestação é considerada de alto risco, isso significa que há maior probabilidade de complicações para a mãe, o feto ou ambos durante o período. Essas complicações podem ser motivadas por diferentes fatores, incluindo, por exemplo, condições médicas como diabetes ou hipertensão, histórico de complicações obstétricas anteriores, idade materna avançada, gravidez múltipla, pré-eclâmpsia ou diabetes gestacional.

Mulheres que têm uma gestação de alto risco podem precisar de cuidados pré-natais mais intensivos e monitoramento frequente para identificar e gerenciar qualquer problema que possa surgir durante a gravidez, o que pode incluir consultas mais frequentes, exames de ultrassonografia adicionais, testes laboratoriais e intervenções médicas para prevenir ou tratar possíveis complicações.

Existem várias situações que podem levar a uma gestação de alto risco, cada uma exigindo cuidados específicos para garantir o bem-estar da mãe e do feto. Mostramos, neste texto, as mais comuns e os cuidados necessários. Continue a leitura até o final e confira!

Gestação de alto risco

O termo gestação de alto risco, portanto, é bastante amplo e considera o fato de a gravidez ser um processo bastante complexo, que envolve alterações fisiológicas no organismo feminino da concepção ao parto, necessárias para proporcionar um ambiente adequado ao desenvolvimento do futuro bebê.

Veja, abaixo, as situações mais comuns que podem tornar a gestação considerada de alto risco e os possíveis cuidados adotados em cada uma delas:

Idade materna avançada e gestação de alto risco

Mulheres com mais de 36 anos têm maior probabilidade de desenvolver complicações durante a gravidez, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, pressão arterial elevada ou problemas genéticos no feto, que podem ocorrer quando o embrião é formado por óvulos de mães mais velhas, o que aumenta também as chances de abortamento espontâneo.

  • cuidados necessários: mulheres mais velhas devem receber um acompanhamento pré-natal rigoroso, incluindo exames para rastrear as condições relacionadas à idade. Exames de ultrassom, além de acompanharem o desenvolvimento do feto podem ainda ser ainda recomendados para detectar possíveis anomalias genéticas.

Condições médicas pré-existentes e gestação de alto risco

Mulheres que têm condições médicas crônicas, como diabetes tipos 1 ou 2, hipertensão arterial, obesidade, doenças cardíacas, doenças renais ou distúrbios autoimunes, podem ter uma gestação de alto risco devido ao potencial de complicações relacionadas à saúde.

  • cuidados necessários: a condição médica deve ser cuidadosamente gerenciada antes e durante a gravidez. Isso pode envolver ajustes na medicação, mudanças no estilo de vida e consultas frequentes para monitorar de perto a saúde da mãe e do feto. Nesses casos, sempre que possível é importante iniciar o acompanhamento com o ginecologista-obstetra antes mesmo das tentativas de engravidar, o que é conhecido como consulta preconcepcional.

Gravidez múltipla e gestação de alto risco

Gravidezes múltiplas, como gêmeos ou trigêmeos, têm maior probabilidade de complicações, incluindo parto prematuro, restrição de crescimento fetal, pré-eclâmpsia e problemas relacionados à placenta.

  • cuidados necessários: o monitoramento cuidadoso do crescimento e desenvolvimento dos fetos é essencial, bem como o acompanhamento frequente com um obstetra especializado em gravidez múltipla. O repouso adequado e o gerenciamento de qualquer complicação que surgir são fundamentais para o sucesso gestacional e para garantir a saúde da mãe e seus filhos durante o processo.

Histórico de complicações obstétricas anteriores e gestação de alto risco

Mulheres que tiveram complicações em gestações anteriores, como parto prematuro, abortamento espontâneo recorrente, pré-eclâmpsia grave ou restrição de crescimento fetal, têm maior probabilidade de enfrentar desafios semelhantes em gestações subsequentes.

  • cuidados necessários: um plano de cuidados pré-natais personalizado, baseado no histórico médico da paciente ajuda a prevenir ou gerenciar as complicações conhecidas. Isso pode incluir intervenções precoces, como monitoramento frequente da pressão arterial, ultrassonografias adicionais e terapia com medicamentos para prevenir o parto prematuro.

Gravidez após tratamento de infertilidade e gestação de alto risco

Mulheres que engravidam após tratamentos de infertilidade, como a fertilização in vitro (FIV), têm maior probabilidade de ter uma gestação de alto risco devido a fatores como idade materna avançada e gravidez múltipla.

  • cuidados necessários: nesses casos, um acompanhamento especializado é essencial para monitorar o progresso da gravidez e detectar possíveis problemas precocemente. Consultas frequentes com um médico especializado em medicina reprodutiva podem ajudar a garantir uma gravidez saudável e segura.

Complicações emergentes durante a gravidez e gestação de alto risco

Algumas mulheres podem desenvolver complicações inesperadas durante a gestação, como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, placenta prévia, descolamento prematuro da placenta ou trabalho de parto prematuro.

  • cuidados necessários: o tratamento e o manejo dessas complicações variam de acordo com a gravidade do quadro e a saúde geral da mãe e do feto, no entanto, um acompanhamento médico mais criterioso, com consultas de pré-natal em intervalos menores é fundamental para garantir que problemas sejam identificados e tratados precocemente.

Em todas essas situações, para uma gestação de alto risco ser bem-sucedida é necessário o cuidado pré-natal personalizado e a colaboração entre a mãe e sua equipe de saúde. O acompanhamento regular, o gerenciamento de qualquer condição médica preexistente e a pronta intervenção em caso de complicações são essenciais para garantir o melhor resultado possível para a mãe e seu futuro bebê.

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