A gestação é um período delicado na vida da mulher e que necessita de um preparo adequado para manter a saúde materna e favorecer o desenvolvimento do bebê. Para isso, é preciso contar com atenção médica frequente e passar por vários procedimentos que ajudam a monitorar o bem-estar da mãe e do feto. É nesse contexto que surge a importância do pré-natal.
A fisiologia gestacional desencadeia várias alterações no corpo da mulher, aumentando funções em diferentes sistemas. Com a sobrecarga do estado gravídico, a gestante precisa de cuidados especiais, assim como fica mais suscetível a determinados problemas — por exemplo, o aumento da pressão arterial e o desenvolvimento de diabetes gestacional.
O ginecologista obstetra é o médico responsável por acompanhar a gestante, monitorar sua saúde, fornecer orientações gerais sobre gravidez e estilo de vida, além de solicitar exames. Tudo isso é essencial na prevenção de complicações gestacionais.
Siga em frente com sua leitura e saiba mais sobre a realização do pré-natal!
O pré-natal é o acompanhamento recomendado a todas as mulheres durante a gravidez. É um direito da mulher, endossado pelo Ministério da Saúde e demais órgãos reguladores e associações médicas.
O Ministério da Saúde orienta que sejam realizadas, pelo menos, 6 consultas pré-natais no decorrer da gravidez. Quando identificados fatores para uma gestação de alto risco, o ginecologista responsável pode prever um acompanhamento mais frequente e/ou aliado à avaliação de profissionais de outras especialidades.
Recomenda-se que o pré-natal tenha início logo após a confirmação da gravidez. Nesse primeiro encontro, o obstetra colhe informações sobre a data da última menstruação e estabelece uma data provável para o parto. Além disso, a paciente recebe orientações sobre adoção de hábitos saudáveis e indicação para exames.
Outros procedimentos médicos que podem ser realizados na consulta pré-natal incluem exame ginecológico, aferição da pressão arterial, pesagem da gestante e, quando indicada, a ausculta do batimento cardíaco fetal.
Quanto à periodicidade das consultas, o segundo encontro com o obstetra acontece quando a gestante recebe os resultados dos primeiros exames laboratoriais. A partir disso, o acompanhamento é mensal. Após o sétimo mês gestacional, as consultas podem se tornar quinzenais e, no último mês, semanais.
O pré-natal é importante para cuidar da saúde da mulher, visto que a gravidez impõe muitas alterações fisiológicas, bem como para promover o desenvolvimento saudável do bebê que vai nascer.
Com essa atenção médica frequente, além de tornar a gestação um período mais tranquilo, a incidência de intercorrências obstétricas diminui. Por outro lado, a falta do acompanhamento pré-natal está associada a índices mais altos de abortamento, parto prematuro, mortes perinatais e natimortos.
Ao longo do pré-natal, é possível:
O pré-natal é importante não somente para abordar os fatores físicos, mas também para acolher as dúvidas da gestante em todos os aspectos. O estado emocional, por exemplo, passa por alterações significativas durante a gravidez, tanto pelos níveis aumentados de hormônios, que deixam a mulher mais sensível, quanto pela ansiedade e expectativa em relação à nova vida.
Outro ponto relevante do acompanhamento obstétrico é trabalhar o aspecto educativo. Vale a pena aproveitar os encontros para conversar sobre os tipos de parto, a preparação para o nascimento da criança, os benefícios do aleitamento materno etc.
O ginecologista obstetra solicita exames, avalia os resultados e intervém conforme necessário para melhorar as condições de saúde da gestante. Entre os exames realizados está o ultrassom obstétrico, fundamental para confirmar e datar a gestação e acompanhar o desenvolvimento morfológico do feto e identificar precocemente malformações e até alguns tipos de síndromes. O ultrassom também permite que a mãe veja alguns movimentos de seu bebê.
Entre as principais orientações médicas estão as mudanças no estilo de vida. A nutrição é um dos aspectos que mais necessitam de atenção na gravidez. A mulher não deve “comer por dois”, mas precisa receber nutrientes em quantidade suficiente para suprir os dois organismos. Isso não reflete a quantidade, mas sim a qualidade dos alimentos.
Nem sempre é possível receber níveis adequados de nutrientes somente com uma alimentação balanceada. Sendo assim, o obstetra também avalia o perfil nutricional da paciente e os resultados dos exames laboratoriais e, se necessário, prescreve suplementação vitamínica. O ácido fólico, por exemplo, é comumente recomendado no início da gestação e até no período preconcepcional, para mulheres que procuram o médico antes de engravidar.
Outras recomendações acerca do estilo de vida incluem a prática de atividade física regular, moderada e com baixa impacto. Mulheres tabagistas também são aconselhadas a parar de fumar. Da mesma forma, o consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias químicas não é seguro para a criança e está contraindicado seu uso.
O pré-natal também viabiliza a preparação da gestante para identificar os sinais de parto e saber como proceder nesse momento. Assim, com assistência médica do início ao fim da gestação, os riscos de intercorrências são mínimos. Tanto a mãe quanto o bebê encerram o período gestacional com saúde e segurança.
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