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Pré-eclâmpsia: saiba mais sobre os riscos

por: Equipe NOG

Durante a gravidez, o corpo feminino passa por mudanças complexas para sustentar e nutrir o futuro bebê. Do momento da concepção até o parto, cada fase é marcada por adaptações físicas e hormonais que são essenciais para o crescimento saudável do feto e para preparar a mulher para o nascimento.

Com a expansão do útero para acomodar o feto em crescimento, há um aumento no tamanho do abdômen, o que pode causar uma mudança no centro de gravidade e, assim, na postura e no equilíbrio. Além disso, as mamas também se transformam para a amamentação, ficam mais sensíveis e aumentam de tamanho.

Internamente, o corpo passa por uma série de ajustes para garantir o fornecimento adequado de nutrientes e oxigênio para o feto em desenvolvimento. O volume sanguíneo, por exemplo, aumenta significativamente, o que pode resultar em alterações na pressão arterial; mais baixa, provoca sintomas como as tonturas e os enjoos matinais nos primeiros meses e, mais alta, pode resultar em pré-eclâmpsia com o avanço da gravidez.

Além das mudanças físicas, muitas mulheres experimentam transtornos emocionais, como ansiedade e depressão, devido às flutuações hormonais e ao estresse associado à expectativa de se tornarem mães.

À medida que a gravidez avança, o corpo continua a adaptar-se. As contrações começam a fortalecer o útero e prepará-lo para o trabalho de parto, enquanto o colo do útero amolece e dilata em preparação para a passagem do bebê. Após o nascimento, se recupera ajustando-se à amamentação e aos novos desafios da maternidade.

Toda gravidez é única e as experiências de cada mulher podem variar. Algumas vezes, podem ocorrer complicações durante o período gestacional, a pré-eclâmpsia é uma delas, por isso, é necessário manter a regularidade das consultas de pré-natal, que acompanham a saúde da mãe e do feto em desenvolvimento.

Acompanhe a leitura do texto até o final para entender o que é pré-eclâmpsia e saber sobre os riscos associados à essa condição. Confira!

Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma condição médica que afeta algumas mulheres com pressão arterial normal durante a gravidez, geralmente após a 20ª semana, porém pode ocorrer mais cedo e, mais raramente, logo após o parto, no puerpério. É caracterizada pela elevação da pressão arterial (hipertensão) e presença de proteína na urina.

Além da hipertensão, os sintomas da pré-eclâmpsia podem incluir inchaço repentino nas mãos, rosto e pés (edema), dores de cabeça intensas, visão turva, náuseas com vômitos persistentes e dor abdominal superior. Ainda que os sintomas possam variar de leves a graves, a pré-eclâmpsia é uma condição séria que requer atenção médica imediata, pois pode representar risco tanto para a mãe quanto para o bebê.

A causa exata da pré-eclâmpsia ainda não é completamente compreendida pela ciência, entretanto, segundo estudos o problema começa na placenta, como consequência do desenvolvimento ou funcionamento inadequado dos vasos desse órgão temporário responsável pela troca de nutrientes entre a mãe e o feto, que acontece pela corrente sanguínea, limitando, dessa forma, a quantidade de sangue que pode fluir.

Alguns fatores são ainda apontados como de risco, entre eles histórico familiar da condição, primeira gravidez, gravidez múltipla, obesidade, idade materna avançada, histórico de hipertensão arterial, de doença renal, diabetes, trombofilia, e doenças autoimunes.

A pré-eclâmpsia é uma condição séria que pode representar riscos tanto para a mãe quanto para o feto durante a gravidez.

Quais são os riscos associados à pré-eclâmpsia ?

Veja, abaixo, os riscos da pré-eclâmpsia para a mãe e seu filho:

Riscos da pré-eclâmpsia para a mãe

  • hipertensão arterial grave: a elevação da pressão arterial pode levar a complicações graves, como danos aos órgãos, incluindo o cérebro, rins e fígado;
  • lesão hepática: em casos graves de pré-eclâmpsia o fígado pode ser afetado, resultando em lesões hepáticas;
  • síndrome HELLP: uma complicação grave da pré-eclâmpsia, a síndrome HELLP envolve problemas com o fígado e contagem baixa de plaquetas sanguíneas;
  • descolamento da placenta: quando ocorre a separação do órgão da camada interna do útero antes do parto, o que pode provocar hemorragia em situações graves, quadro potencialmente perigoso para a mãe e o feto;
  • eclâmpsia: a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia, uma condição que envolve convulsões potencialmente fatais durante a gravidez; podem provocar confusão e desorientação ou colocar a gestante em coma e, em alguns casos, causar acidente vascular cerebral (AVC) ou morte. A eclâmpsia requer atenção médica de emergência.

Risco da pré-eclâmpsia para o futuro bebê

  • restrição do crescimento intrauterino: a pré-eclâmpsia pode interferir no fluxo sanguíneo para a placenta, o que resulta em restrição do crescimento fetal;
  • parto prematuro: em casos graves de pré-eclâmpsia, pode ser necessário induzir o parto prematuramente para evitar complicações graves para a mãe e o bebê;
  • baixo peso ao nascer: a restrição do crescimento intrauterino e o parto prematuro aumentam o risco de o bebê nascer com baixo peso, o que pode levar a complicações de saúde em longo prazo.

O diagnóstico precoce e o monitoramento regular durante a gravidez são essenciais para identificar e gerenciar a pré-eclâmpsia. Isso geralmente envolve exames de pressão arterial e urina durante as consultas do pré-natal, bem como outros testes laboratoriais, se necessário.

O tratamento da pré-eclâmpsia, por sua vez, pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e idade gestacional, porém normalmente inclui repouso, monitoramento rigoroso, medicação para baixar a pressão arterial e, em casos graves, a necessidade de induzir o parto prematuramente para evitar complicações sérias para a mãe e o bebê.

É fundamental, portanto, que as mulheres grávidas mantenham a regularidade das consultas de pré-natal, tenham conhecimento sobre os possíveis sinais e sintomas da pré-eclâmpsia e relatem qualquer preocupação ao seu médico imediatamente.

Com o diagnóstico precoce e cuidados adequados, é possível gerenciar a pré-eclâmpsia de forma eficaz e garantir o melhor resultado possível para mãe e seu bebê.

Toque aqui e saiba mais sobre a pré-eclâmpsia!