NOG | WhatsApp

Cardiotocografia: quando e como é realizada?

Durante o acompanhamento do pré-natal, diversos exames são solicitados para garantir a saúde da gestante e do bebê. A cada consulta, buscamos entender como a gestação está evoluindo e, principalmente, se o bebê está se desenvolvendo da forma esperada. Dentro desse contexto, um dos exames que pode ser solicitado, especialmente perto do final da gravidez, é a cardiotocografia.

Se você está na fase final da gestação ou quer saber mais sobre os exames que ajudam a garantir a segurança do parto, este texto vai responder as suas perguntas. Vamos explicar o que é a cardiotocografia, quando ela costuma ser solicitada, como é feita e qual é sua importância.

O que é cardiotocografia?

A cardiotocografia é um exame não invasivo, indolor e seguro utilizado para avaliar o bem-estar do feto, especialmente nas últimas semanas da gestação ou durante o trabalho de parto. O objetivo do exame é monitorar dois parâmetros principais: os batimentos cardíacos do bebê e as contrações uterinas da gestante.

Ele permite identificar se o feto está recebendo oxigênio adequadamente e se existe algum sinal de sofrimento fetal. Em outras palavras, é uma ferramenta que auxilia na tomada de decisões clínicas mais seguras, como o momento ideal para o parto ou a necessidade de outras intervenções.

O nome “cardiotocografia” vem da junção de “cardio” (relacionado ao coração), “toco” (relacionado ao útero) e “grafia” (registro). Como o próprio nome sugere, trata-se do registro simultâneo da atividade cardíaca fetal e das contrações uterinas.

Quando a cardiotocografia é solicitada?

A cardiotocografia não é um exame solicitado rotineiramente para todas as gestantes desde o início do pré-natal. Ela costuma ser indicada a partir do terceiro trimestre, especialmente nas seguintes situações:

  • Gestação prolongada (além de 40 semanas);
  • Alterações no líquido amniótico (oligodrâmnio ou polidrâmnio);
  • Diabetes gestacional ou preexistente;
  • Hipertensão arterial na gestação;
  • Redução da movimentação fetal percebida pela gestante;
  • Crescimento fetal restrito ou dúvidas quanto ao desenvolvimento fetal;
  • Gestação de alto risco, independentemente da causa;
  • Durante o trabalho de parto, para acompanhar a vitalidade do bebê.

A decisão sobre quando solicitar a cardiotocografia é sempre individualizada, feita pelo médico com base na evolução do pré-natal e nos achados clínicos de cada consulta.

Como a cardiotocografia é realizada?

A realização da cardiotocografia é bastante simples. A gestante é posicionada de forma confortável, geralmente deitada de lado ou semissentada. Em seguida, dois sensores são colocados sobre o abdômen dela:

  • Sensor de batimentos cardíacos fetais – capta a frequência cardíaca do bebê em tempo real;
  • Sensor de contrações uterinas – registra a intensidade e a duração das contrações.

Esses sensores são presos com cintas elásticas, e os dados captados são transmitidos para um monitor que registra os traçados gráficos em papel ou em tela. O exame dura, em média, 20 a 40 minutos.

Durante o procedimento, o profissional pode solicitar que a gestante informe quando sentir o bebê se mexer. Isso permite relacionar os movimentos fetais com alterações na frequência cardíaca, um dado importante para a análise do bem-estar fetal.

Qual é a importância da cardiotocografia no pré-natal?

A principal função da cardiotocografia é avaliar se o bebê está recebendo oxigenação adequada e se seu sistema nervoso autônomo está respondendo de maneira apropriada aos estímulos. Com base nas alterações nos batimentos cardíacos e na resposta a movimentos e contrações, é possível identificar sinais de sofrimento fetal, mesmo antes que eles se manifestem de forma mais grave.

Esse exame se torna ainda mais importante em casos de gestação de risco, em que há maior possibilidade de complicações placentárias, insuficiência de oxigenação ou alterações no crescimento do bebê.

Possíveis resultados da cardiotocografia

A interpretação dos resultados da cardiotocografia é feita por um médico, considerando o padrão de variação da frequência cardíaca fetal, a presença ou ausência de acelerações e desacelerações, bem como o número e a intensidade das contrações uterinas.

De forma simplificada, os traçados podem ser classificados em três tipos:

  • Traçado reativo (normal): indica que o bebê está bem, com boa oxigenação e sem sinais de sofrimento;
  • Traçado não reativo: sugere que o bebê pode estar em sofrimento ou em repouso profundo. Nesses casos, o exame pode ser repetido ou complementado com outros testes, como o perfil biofísico fetal;
  • Traçado suspeito ou patológico: requer investigação imediata e, muitas vezes, decisões rápidas para proteger a vida do bebê.

Vale reforçar que um traçado alterado nem sempre significa algo grave, mas exige atenção e conduta médica individualizada. Por isso, a cardiotocografia deve sempre ser interpretada no contexto clínico da gestante.

Quando a cardiotocografia pode ser repetida?

A repetição da cardiotocografia depende do motivo que levou à sua solicitação inicial. Em situações de acompanhamento de gestantes de alto risco, o exame pode ser repetido semanalmente, ou até mais de uma vez por semana, conforme a evolução do quadro clínico.

Durante o trabalho de parto, a monitorização pode ser contínua, permitindo acompanhar em tempo real a resposta do bebê às contrações uterinas e ao esforço do nascimento.

Conclusão: a cardiotocografia como aliada na reta final da gestação

A cardiotocografia é um exame de grande valor no final da gravidez, oferecendo informações preciosas sobre o bem-estar fetal. Sua realização no momento certo, com interpretação adequada, permite que o obstetra tome decisões com segurança e agilidade, protegendo a saúde da mãe e do bebê.

Se você está em acompanhamento pré-natal ou já se aproxima do final da gestação, converse com seu médico sobre a possibilidade de realizar a cardiotocografia. Estar bem informada é o primeiro passo para uma gestação segura e tranquila.

Quer saber mais sobre o cuidado que oferecemos durante o pré-natal? Leia o conteúdo sobre pré-natal que preparamos para você.

A importância da ultrassonografia durante o pré-natal

A ultrassonografia é um dos exames mais importantes realizados durante o pré-natal. Ela permite acompanhar o desenvolvimento do bebê e identificar determinadas complicações na gestante, garantindo um acompanhamento mais seguro e eficaz da gestação.

A ultrassonografia é amplamente utilizada em diversas áreas da medicina, mas seu papel na obstetrícia é fundamental, pois possibilita a avaliação detalhada da saúde materno-fetal ao longo de toda a gestação.

Quer saber mais sobre a importância da ultrassonografia no contexto do pré-natal? As informações a seguir são interessantes para quem está grávida ou planejando engravidar.

O que é ultrassonografia?

A ultrassonografia é um exame de imagem que utiliza ondas sonoras de alta frequência para formar imagens dos órgãos internos do corpo. Diferentemente dos raios-X, não utiliza radiação ionizante, tornando-se um exame seguro para a gestante e o bebê. Existem dois tipos principais de ultrassonografia utilizados na obstetrícia:

  • Ultrassonografia transvaginal: realizada no início da gestação para avaliar a implantação do embrião e identificar a presença do batimento cardíaco fetal;
  • Ultrassonografia abdominal: utilizada ao longo da gestação para avaliar o desenvolvimento fetal e a placenta.

Embora ambas sejam importantes, neste texto daremos maior ênfase à ultrassonografia abdominal, que é amplamente utilizada em todas as fases do pré-natal.

Quando a ultrassonografia é solicitada durante o pré-natal?

A ultrassonografia é solicitada em diferentes momentos do pré-natal para monitorar a evolução da gravidez e garantir o bem-estar do bebê. A frequência dos exames pode variar conforme a necessidade da gestante e a recomendação médica.

Em gestações de baixo risco, normalmente são realizadas pelo menos três ultrassonografias ao longo da gravidez. No entanto, em casos específicos, como suspeita de complicações, idade materna avançada ou histórico de doenças genéticas, o acompanhamento pode ser mais frequente.

Os principais momentos em que o exame é realizado incluem:

  • Primeiro trimestre: para confirmar a gravidez, determinar o tempo gestacional, verificar a presença de batimentos cardíacos fetais e identificar possíveis anomalias iniciais. Também é fundamental para diagnosticar a presença de gestação ectópica ou mola hidatiforme. Além disso, é possível avaliar o risco de síndrome de Down e outras anormalidades cromossômicas por meio da translucência nucal;
  • Segundo trimestre: para avaliar o crescimento fetal, a morfologia do bebê e o volume de líquido amniótico. Neste período, é possível identificar malformações estruturais, como espinha bífida, anencefalia e alterações cardíacas congênitas. Além disso, é um momento essencial para a avaliação detalhada do desenvolvimento dos órgãos internos do bebê;
  • Terceiro trimestre: para monitorar a posição do feto, a placenta, a quantidade de líquido amniótico e avaliar o bem-estar fetal, prevenindo complicações no parto. O exame Doppler pode ser utilizado para avaliar o fluxo sanguíneo na placenta e no cordão umbilical, identificando possíveis restrições de crescimento intrauterino.

Em casos específicos, como gestações de risco, diabetes gestacional, hipertensão arterial ou histórico de partos prematuros, a ultrassonografia pode ser solicitada com maior frequência para acompanhar de perto a evolução da gestação.

O que é o ultrassom morfológico?

O ultrassom morfológico é um exame detalhado que permite avaliar a estrutura anatômica do bebê e identificar malformações congênitas. Ele é realizado em três momentos específicos:

1. Ultrassom morfológico do primeiro trimestre

Realizado entre a 11ª e 14ª semanas de gestação, esse exame tem como objetivo:

  • Medir a translucência nucal, que pode indicar riscos de síndromes genéticas;
  • Avaliar a presença do osso nasal;
  • Identificar a localização do saco gestacional e a formação inicial dos órgãos do feto;
  • Detectar possíveis alterações cromossômicas associadas a síndromes genéticas.

2. Ultrassom morfológico do segundo trimestre

Feito entre a 20ª e 24ª semanas, permite:

  • Analisar a formação dos órgãos internos do bebê;
  • Avaliar o desenvolvimento do coração fetal;
  • Observar eventuais alterações estruturais no bebê;
  • Examinar a coluna vertebral, membros e crânio para detectar malformações estruturais.

3. Ultrassom morfológico do terceiro trimestre

Realizado após a 32ª semana, esse exame tem como principais funções:

  • Verificar o crescimento fetal;
  • Avaliar a maturidade da placenta;
  • Identificar a quantidade de líquido amniótico;
  • Analisar a posição fetal para planejar a via de parto.

O que a ultrassonografia pode diagnosticar?

A ultrassonografia é essencial para identificar diversos aspectos importantes da gestação, como:

  • Desenvolvimento adequado do bebê;
  • Localização da placenta e riscos de placenta prévia;
  • Alterações congênitas, como anencefalia, fenda palatina, cardiopatias e defeitos na parede abdominal;
  • Presença de gestações múltiplas;
  • Índices de líquido amniótico, fundamentais para avaliar a saúde fetal;
  • Restrição de crescimento intrauterino (RCIU);
  • Riscos de parto prematuro;
  • Identificação de sinais de sofrimento fetal, permitindo intervenções precoces;
  • Avaliação do fluxo sanguíneo do cordão umbilical, prevenindo complicações no parto.

Conclusão

A ultrassonografia é um exame fundamental durante o pré-natal, permitindo uma avaliação detalhada da saúde da gestante e do bebê. Com ela, é possível identificar precocemente complicações e garantir um acompanhamento adequado da gravidez. A realização periódica do exame contribui para um parto mais seguro e para a promoção da saúde materno-fetal.

Para saber mais sobre o acompanhamento pré-natal e outros exames importantes, leia nosso artigo completo sobre pré-natal.

Pré-natal: exames do 2º trimestre

Uma grande curiosidade é: quais exames vou precisar fazer em cada um dos trimestres da gestação? Saber isso é importante.

A gestação é um momento de grandes transformações no corpo da mulher e exige acompanhamento cuidadoso para garantir o bem-estar da mãe e do bebê. O pré-natal é essencial para monitorar a saúde materno-fetal e prevenir possíveis complicações.

Ele deve ser iniciado assim que a gravidez for confirmada, sendo dividido em três trimestres, cada um com exames específicos. O 2º trimestre é marcado por exames fundamentais para avaliar o desenvolvimento fetal e identificar condições que possam afetar a gestação.

Neste texto, vamos abordar os principais exames realizados durante esse período, sua importância e como eles auxiliam na condução da gravidez.

A importância dos exames do 2º trimestre no pré-natal

Os exames do 2º trimestre são solicitados para acompanhar a evolução do feto e monitorar a saúde materna. Eles permitem detectar alterações que possam indicar riscos para a gestação, como doenças infecciosas, diabetes gestacional e alterações no desenvolvimento fetal. Com base nos resultados, o obstetra pode indicar condutas específicas para garantir uma gestação segura.

O acompanhamento regular do pré-natal também contribui para a detecção precoce de anemias, infecções urinárias e outras condições que podem afetar tanto a mãe quanto o bebê. Além disso, permite um melhor planejamento do parto, oferecendo suporte para que a gestante tenha uma experiência mais tranquila e segura.

Outro ponto fundamental é que o 2º trimestre é um período em que muitas gestantes começam a sentir os movimentos do bebê, um marco importante no vínculo materno-fetal. Esse período também pode trazer novas dúvidas e preocupações, e o acompanhamento médico contínuo ajuda a esclarecer questões e oferecer orientações adequadas.

Principais exames do 2º trimestre

1. Ultrassonografia morfológica do 2º trimestre

Esse exame é um dos mais esperados pelas gestantes, pois permite uma avaliação detalhada da anatomia fetal.

Objetivo: identificar malformações congênitas, avaliar o crescimento do bebê e verificar o volume de líquido amniótico;
Como é feito: realizado por ultrassonografia, analisa estruturas como coração, coluna, rins e cérebro;
O que pode diagnosticar: anomalias estruturais, como defeitos no tubo neural e cardiopatias congênitas.

A ultrassonografia morfológica é essencial para avaliar se o bebê está se desenvolvendo conforme o esperadoe para fazer a medicação do colo do útero, análise fundamental para avaliar o risco de parto prematuro por incompetência istmocervical. Caso sejam identificadas alterações, o médico pode solicitar exames adicionais ou encaminhar a gestante para acompanhamento com especialistas.

Esse exame também pode oferecer pistas sobre a vitalidade fetal, auxiliando na detecção precoce de alterações que podem requerer monitoramento mais rigoroso ao longo da gestação.

2. Teste de tolerância à glicose (TOTG)

Objetivo: diagnosticar diabetes gestacional, condição que pode afetar o crescimento do bebê e aumentar riscos no parto;
Como é feito: a gestante ingere uma solução de glicose e tem o nível de açúcar no sangue medido em intervalos específicos;
O que pode diagnosticar: diabetes gestacional.

O diabetes gestacional pode levar a complicações como aumento excessivo do peso do bebê, necessidade de cesárea e maior risco de hipoglicemia neonatal. Por isso, a detecção precoce é fundamental para um controle adequado da glicemia durante a gestação.

Além disso, em casos em que o exame indica intolerância à glicose, o médico pode recomendar mudanças na alimentação e no estilo de vida da gestante, evitando complicações futuras.

3. Hemograma completo

Objetivo: identificar anemias e alterações na imunidade da gestante;
Como é feito: exame de sangue que avalia os componentes do sangue, como hemoglobina, leucócitos e plaquetas;
O que pode diagnosticar: anemia ferropriva, infecções e outras alterações hematológicas.

A anemia gestacional é comum devido ao aumento da demanda de ferro durante a gravidez. Caso os níveis de hemoglobina estejam baixos, o médico pode recomendar suplementação para evitar complicações.

A deficiência de ferro pode causar cansaço excessivo e aumentar o risco de parto prematuro. Por isso, a correção da anemia no pré-natal é fundamental para garantir uma gravidez saudável.

4. Sorologias para doenças infecciosas

Objetivo: verificar a presença de infecções que possam afetar a gestação;
Como é feito: exame de sangue que detecta doenças como toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e hepatites;
O que pode diagnosticar: infecções que podem causar complicações para o feto.

Algumas infecções podem ser transmitidas da mãe para o bebê e causar problemas no desenvolvimento fetal. A detecção precoce permite o manejo adequado dessas condições.

5. Tipagem sanguínea e teste de Coombsindireto

Objetivo: verificar a compatibilidade sanguínea entre mãe e bebê;
Como é feito: exame de sangue que identifica o tipo sanguíneo e a presença de anticorpos contra o fator Rh;
O que pode diagnosticar: risco de doença hemolítica perinatal.

Caso a gestante seja Rh negativo e o bebê tenha sangue Rh positivo, pode haver incompatibilidade sanguínea, levando a complicações como anemia fetal e icterícia neonatal.

6. Exame de urina (EAS e urocultura)

Objetivo: identificar infecções urinárias frequentes na gestação;
Como é feito: análise de uma amostra de urina para detectar bactérias e alterações no trato urinário;
O que pode diagnosticar: infecções do trato urinário, que podem levar a complicações como parto prematuro.

Infecções urinárias assintomáticas podem evoluir para complicações graves, como pielonefrite, se não forem tratadas adequadamente. O exame de urina é fundamental para a prevenção desses problemas.

Acompanhamento médico e condutas com base nos resultados dos exames

A interpretação dos exames do 2º trimestre deve ser realizada pelo médico, que poderá indicar exames complementares ou ajustes no cuidado pré-natal.

Vale lembrar que a realização dos exames do pré-natal faz parte do cuidado integral da gestação, sendo essencial para garantir a saúde da mãe e do bebê. O seguimento adequado ajuda a reduzir riscos de complicações durante o parto e contribui para o nascimento de bebês saudáveis.

Para saber mais sobre a importância do pré-natal, acesse este artigo sobre o tema.

O que é ácido fólico? Por que se fala tanto sobre ele durante a gestação?

O ácido fólico é um dos nutrientes mais abordadosquando o assunto é gravidez. E não é à toa: essa vitamina do complexo B desempenha um papel essencial na prevenção de malformações no tubo neural do bebê e na promoção de uma gestação saudável. Por isso, é comum que os médicos recomendem a suplementação de ácido fólico até mesmo antes da concepção.

O pré-natal é fundamental para acompanhar os níveis de ácido fólico e de outros nutrientes importantes para o desenvolvimento saudável da gestação, como o ferro. Começar o pré-natal cedo evita uma série de complicações tanto na gestante como no bebê e aumenta as chances de a gestação transcorrer sem intercorrências.

Mas você sabe exatamente o que é esse nutriente e por que ele é tão importante durante a gestação? Neste texto, vamos explicar os benefícios do ácido fólico, a sua função no desenvolvimento fetal e outros nutrientes essenciais para a gestação.

O que é ácido fólico?

O ácido fólico é uma vitamina do complexo B, também conhecida como vitamina B9. Essa substância está presente naturalmente em alguns alimentos na forma de folato, mas também pode ser encontrada como suplemento sintético. O corpo humano não produz folato, sendo necessário obtê-lo por meio da alimentação ou suplementação.

Durante a gestação, o organismo da mulher tem um aumento significativo na necessidade dessa vitamina, pois ela é essencial para a formação do tubo neural do bebê, que dará origem ao cérebro e à medula espinhal, por isso é importante suplementá-lo até antes da concepção.

Por que o ácido fólico é tão falado durante a gestação?

O ácido fólico é tão abordado durante a gestação por sua importância no desenvolvimento do bebê. Por isso, ele é prescrito antes e durante a gestação.

A principal razão pela qual o ácido fólico é amplamente prescrito antes e durante a gestação é a sua relação com a prevenção de defeitos do tubo neural, como anencefalia e espinha bífida. Asuplementação adequada dessa vitamina pode reduzir significativamente o risco dessas condições congênitas.

Além disso, o ácido fólico contribui para a formação dos glóbulos vermelhos, prevenindo anemias na mãe e favorecendo um desenvolvimento fetal saudável.

Por esses motivos, a suplementação de ácido fólicocostuma ser indicada antes mesmo da gravidez, geralmente iniciada cerca de um a três meses antes da concepção. Isso ocorre porque o desenvolvimento do tubo neural começa nas primeiras semanas de gestação, muitas vezes antes de a mulher descobrir que está grávida.

Qual é a função do ácido fólico durante a gestação?

O ácido fólico tem diversas funções fundamentais para a gestação e para o desenvolvimento do bebê. Algumas das principais incluem:

Formação do tubo neural: o tubo neural dá origem ao sistema nervoso central do feto. A deficiência de ácido fólico pode levar a defeitos graves nessa estrutura;
Prevenção da anemia: o folato é essencial para a produção de hemoglobina e a prevenção da anemia, que é comum durante a gestação;
Formação da placenta: a placenta é responsável por fornecer oxigênio e nutrientes ao feto, e sua formação adequada também depende da presença de folato;
Redução do risco de complicações: o consumo adequado de ácido fólico pode reduzir o risco de parto prematuro, baixo peso ao nascer e pré-eclâmpsia.

A suplementação de ácido fólico sempre deve ser feita?

Sim. A suplementação de ácido fólico é recomendada para todas as mulheres que desejam engravidar e para aquelas que já estão gestantes. Muitas vezes, a necessidade de folato é maior do que a quantidade obtida apenas pela alimentação.

A dose recomendada varia de acordo com o histórico da paciente. Só um médico pode fazer essa avaliação e prescrever corretamente a dose diária de ácido fólico. Para mulheres com histórico de defeitos do tubo neural em gestações anteriores, a dose pode ser maior, conforme orientação médica.

Outros nutrientes essenciais durante a gestação

Além do ácido fólico, outros nutrientes desempenham papel crucial na gestação. Dentre os principais, destacam-se:

Ferro: necessário para prevenir a anemia gestacional e garantir o transporte adequado de oxigênio para o bebê;
Vitamina D: contribui para a absorção do cálcio e para o desenvolvimento esquelético do bebê;
Ômega-3: auxilia no desenvolvimento cerebral e ocular do feto;
Zinco: a deficiência desse mineral pode aumentar o risco de abortamento e nascimento prematuro, prejudicar o crescimento fetal e provocar pré-eclâmpsia.

A suplementação vitamínica deve sempre ser acompanhada por um médico, garantindo que todas as necessidades nutricionais sejam atendidas de maneira adequada.

Conclusão

O ácido fólico é um nutriente fundamental para a gestação, especialmente para a formação do tubo neural do bebê e a prevenção de malformações congênitas. Por isso, sua suplementação é recomendada antes mesmo da concepção.

Se você deseja saber mais sobre suplementação vitamínica para gestantes, leia nosso artigo completo neste link.

Pré-natal: exames de 1º trimestre

O pré-natal é um dos momentos mais importantes para a mulher e é fundamental para a saúde do bebê (e da futura mãe). Esse acompanhamento médico permite identificar e prevenir condições que poderiam comprometer a saúde materno-fetal, promovendo uma gestação mais tranquila e segura.

Dividido em três trimestres, o pré-natal tem objetivos bem definidos em cada um deles, com exames específicos que auxiliam na monitorização da gestante e do feto. Aqui, abordaremos os exames mais comuns do primeiro trimestre, explicando sua importância e o que eles podem diagnosticar. Esclareça todas as suas dúvidas.

A importância do pré-natal e a divisão por trimestres

O acompanhamento pré-natal não é apenas uma recomendação, mas uma necessidade para garantir que todas as condições da gestante e do bebê sejam adequadamente avaliadas ao longo de toda a gestação. Ele é dividido em três trimestres, cada um com suas especificidades:

  • Primeiro trimestre: refere-se às primeiras 12 semanas e é o período em que o embrião se forma e começa seu desenvolvimento como feto. Exames nessa etapa são voltados para a confirmação da gravidez, avaliação inicial da saúde materna e identificação de possíveis fatores de risco;
  • Segundo trimestre: entre a 13ª e a 24ª semana, o feto apresenta crescimento acelerado, e novos exames são realizados para avaliar seu desenvolvimento;
  • Terceiro trimestre: da 25ª semana até o parto, o foco é no acompanhamento final do crescimento fetal e na preparação para o nascimento.

Ao longo desses três períodos, exames laboratoriais e de imagem são fundamentais. No primeiro trimestre, os exames iniciais fornecem um panorama geral da saúde da mãe e do bebê.

Exames do primeiro trimestre: quais são e por que são solicitados?

Alguns casais planejam a gravidez, outros não. Embora nem sempre seja possível, o ideal é planejá-la e começar toda a experiência com uma consulta preconcepcional, que pode esclarecer uma série de dúvidas e preparar a mulher (o casal) para a gestação. 

O pré-natal em si começa na primeira consulta após a confirmação da gravidez e tem o objetivo de apresentar para o casal tudo que vai acontecer dali em diante, até o nascimento e depois, no puerpério e por toda a vida. Aqui vamos abordar em mais detalhes o primeiro trimestre.

Durante o primeiro trimestre, a gestante fará uma série de exames laboratoriais e de imagem. Esses testes têm o objetivo de identificar possíveis condições que possam interferir no andamento da gravidez, assim como na saúde do bebê e da mãe. Entre os mais comuns estão:

1. Hemograma completo

O hemograma completo avalia os componentes do sangue da gestante. Ele detecta anemias, infecções e alterações no sistema imunológico, ajudando o médico a planejar cuidados específicos.

2. Tipagem sanguínea e Fator Rh

A tipagem sanguínea é essencial para identificar o grupo sanguíneo e o fator Rh da mãe. Se a gestante for Rh negativo e o bebê for Rh positivo, pode haver incompatibilidade que exige acompanhamento próximo e medidas preventivas.

3. Glicemia de jejum

Esse exame verifica os níveis de glicose no sangue, ajudando no diagnóstico precoce de diabetes gestacional, condição que pode afetar o desenvolvimento do bebê e aumentar os riscos obstétricos.

4. Sorologias para infecções

Sorologias para doenças infecciosas como HIV, sífilis, hepatite B e C e toxoplasmose são importantes para proteger a mãe e o feto. Identificar essas infecções cedo permite tratar ou controlar a doença, minimizando seus efeitos na gravidez.

5. Exame de urina (EAS e urocultura)

A infecção urinária é comum durante a gravidez e, quando não tratada, pode levar a complicações, como abortamento espontâneo, trabalho de parto prematuro, infecção do cordão umbilical, entre outras. O exame de urina identifica a presença de infecções ou outros problemas, como proteinúria.

6. Ultrassonografia obstétrica inicial

A ultrassonografia realizada entre a 6ª e a 8ª semana confirma a presença do embrião no útero, avalia o número de sacos gestacionais e determina a idade gestacional com maior precisão.

7. Translucência nucal

Esse exame de imagem, realizado entre a 11ª e a 13ª semanas, portanto no final do 1º trimestre, avalia a quantidade de líquido na região da nuca do feto. É um exame de rastreamento de alterações cromossômicas. Dependendo dos resultados, pode-se suspeitar de síndrome de Down e de outros problemas cromossômicos.

Diagnósticos possíveis no primeiro trimestre

Os exames do primeiro trimestre permitem identificar várias condições, como:

  • Anemias: baixos níveis de hemoglobina podem ser tratados com suplementação e ajustes na dieta;
  • Infecções: doenças infecciosas diagnosticadas precocemente têm melhor prognóstico;
  • Condições genéticas: alterações identificadas na translucência nucal podem levar a exames complementares, como o teste de DNA fetal ou amniocentese.

A identificação precoce dessas condições possibilita um planejamento mais eficaz e individualizado, aumentando as chances de uma gestão saudável.

A importância da orientação médica

A orientação médica durante o pré-natal é essencial para que as gestantes compreendam a relevância dos exames e sigam todas as recomendações. Cada resultado é avaliado individualmente, considerando o histórico médico da mãe e suas condições atuais.

Um aspecto crucial é que a interpretação dos exames e as orientações dadas pelo médico devem ser claras e didáticas. Isso garante que a gestante se sinta acolhida e bem informada.

Cuide do seu pré-natal na nossa clínica

Aqui na Clínica NOG, nossa missão é oferecer um acompanhamento completo e individualizado, priorizando a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê. Desde os exames do primeiro trimestre até o acompanhamento final, estamos ao seu lado em cada etapa dessa jornada.

Não deixe de conferir também nosso artigo sobre suplementação vitamínica para gestantes, que faz parte do cuidado que precisamos ter durante o pré-natal.

O que é pré-natal e quando começar?

O planejamento da gravidez é um passo importante para garantir a saúde e o bem-estar tanto da mãe quanto do futuro bebê. Esse processo envolve mais do que apenas a decisão de ter filhos, inclui diferentes preparações e cuidados que podem começar antes mesmo das tentativas de engravidar.

Um acompanhamento preconcepcional adequado ajuda a identificar e corrigir possíveis problemas de saúde criando condições mais favoráveis para a concepção e proporcionando uma gravidez saudável.

Após a confirmação da gravidez, feita geralmente pelo exame de sangue beta hCG e por ultrassonografia transvaginal, os cuidados continuam com as consultas do pré-natal, que acompanham a saúde materna e fetal durante todo o processo gestacional.

Pré-natal se refere a atenção e orientações que a gestante recebe na gravidez e deve começar no momento que a mulher suspeita estar grávida. É fundamental na prevenção de possíveis complicações que podem surgir e para orientar as mães sobre medidas importantes que vão garantir sua saúde, a proteção ou o desenvolvimento adequado do seu filho.

Abordamos, neste texto, da consulta preconcepcional ao pré-natal, destacando sua importância e o que acontece durante as consultas. Acompanhe a leitura até o final e confira!

Consulta preconcepcional

Consulta preconcepcional é o termo usado em referência à visita ao ginecologista-obstetra como parte do planejamento familiar, ou seja, antes das tentativas para engravidar, pelo menos nos três meses anteriores.

É importante para verificar a saúde geral e reprodutiva. Veja abaixo, de forma resumida, o que acontece na consulta preconcepcional:

  • o médico analisa o histórico clínico pessoal e familiar, o uso de medicamentos, situações de risco pessoal ou profissional e solicita exames para detectar doenças que comprometem o desenvolvimento da gravidez ou podem ser transmitidas aos filhos, como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e os distúrbios genéticos;
  • a mulher recebe orientações sobre controle do ciclo menstrual, ovulação e período fértil, o que facilita a concepção, dieta mais adequada em cada caso, suplementação de vitaminas e exercícios que podem ajudar a preparar para gravidez e período pós-parto ou puerpério.

A consulta preconcepcional, além de avaliar a possibilidade de riscos permite realizar intervenções médicas antes de engravidar para minimizar resultados obstétricos desfavoráveis, maternos e fetais.

Assim, sempre que possível, idealmente todas as mulheres que pretendem engravidar devem realizá-la. No entanto, é especialmente importante para aquelas que planejam ter o primeiro filho, para as que têm sobrepeso ou pré-obesidade, tiveram problemas em gestações anteriores ou são portadoras de condições crónicas, como hipertensão e diabetes.

Pré-natal

Na primeira consulta do pré-natal, quando a mulher não fez o acompanhamento preconcepcional, além da avaliação do histórico clínico pessoal e familiar da paciente e orientações sobre dieta alimentar, suplementação de vitaminas ou exercícios físicos, são realizados os exames que determinam se é única ou múltipla, a idade gestacional e o desenvolvimento inicial do embrião.

A saúde materna também começa a ser monitorada com a medida da pressão arterial e do peso, controle de condições médicas crônicas, de medicamentos e vacinação, necessária para a imunização da mãe e do bebê e única proteção que age simultaneamente em ambos até os seis meses de vida da criança.

Na ocasião, são realizados ainda exames importantes, entre eles o hemograma completo para detectar anemia ou outras condições; tipagem sanguínea e fator Rh para prevenir incompatibilidades entre a mãe e seu futuro bebê, glicemia de jejum, que analisa os níveis de glicose no sangue para avaliar o risco de diabetes gestacional e/ou prevenir o problema e exame de urina, que detecta infecções urinárias ou outras anomalias.

Nas consultas seguintes, além de verificar a saúde materna com a medida da pressão arterial e do peso, são repetidos alguns exames e realizadas ultrassonografias específicas a cada trimestre para acompanhar desenvolvimento fetal:

Exames realizados no segundo trimestre da gravidez

  • teste de tolerância à glicose: realizado entre a 24ª e 28ª semanas para detectar diabetes gestacional;
  • hemograma completo: repetição do hemograma para monitorar anemia e outros parâmetros sanguíneos;
  • ultrassonografia morfológica: realizada entre a 18ª e 22ª semanas para avaliar detalhadamente a anatomia fetal e detectar possíveis malformações;
  • triagem pré-natal para anomalias cromossômicas: pode incluir testes como o de translucência nucal (feito no final do primeiro trimestre) e de DNA fetal no sangue materno.

Exames realizados no terceiro trimestre da gravidez

  • hemograma completo: repetição do hemograma completo e solicitação de outros exames de sangue se for necessário;
  • testes hepáticos: avaliação da função hepática e renal, se indicado;
  • exames de urina: para detectar infecções urinárias ou outras anomalias;
  • cultura para estreptococo do grupo B: realizada entre a 35ª e 37ª semanas para detectar a presença de estreptococos no trato genital, que pode ser transmitido ao bebê durante o parto e causam diferentes distúrbios;
  • ultrassonografia obstétrica: realizada entre a 32ª e 36ª semanas para avaliar o crescimento fetal, a posição do bebê e a quantidade de líquido amniótico;
  • cardiotocografia: avalia os batimentos cardíacos do bebê e as contrações uterinas, é um exame geralmente indicado em gestações de alto risco ou se houver suspeita de problemas.

Além desses exames, outros podem ser necessários para gestantes com condições médicas preexistentes ou complicações gestacionais, bem como o rastreio genético pode ser recomendado em qualquer trimestre, dependendo do histórico familiar e dos resultados da triagem inicial.

O acompanhamento pré-natal regular e a realização desses exames permitem identificar e solucionar potenciais complicações desde o início, reduzindo as chances de complicações para a mãe como a pré-eclâmpsia ou o diabetes gestacional, e, para o feto; algumas doenças fetais podem, inclusive, ser tratadas ainda durante o desenvolvimento intrauterino.

Manter a frequência das consultas de pré-natal, portanto, de acordo com determinação do médico-obstetra é essencial para garantir uma gravidez saudável. Siga o link e entenda tudo sobre o assunto!

Deficiências nutricionais durante a gestação: o que fazer?

A alimentação balanceada, é fundamental para manutenção da saúde materna, crescimento e desenvolvimento fetal.

A dieta rica em nutrientes ajuda a manter a energia, reduzir a fadiga, apoiar as mudanças fisiológicas que ocorrem no período gestacional, bem como garante ao feto os componentes necessários para formação dos órgãos, tecidos e sistemas vitais; um peso saudável ao nascer e menor risco de problemas de saúde em longo prazo.

Além disso, auxilia a produção de leite materno de maior qualidade, considerado o alimento mais completo e balanceado para os bebês, que contém anticorpos protegendo contra diversas doenças e fortalece o desenvolvimento cognitivo.

As deficiências nutricionais durante a gestação, por outro lado, podem resultar em complicações como anemia, abortamento espontâneo, problemas placentários, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, parto prematuro, bem como aumentam o risco de malformações fetais, defeitos congênitos, morte fetal ou neonatal.

Continue a leitura até o final e saiba o que fazer quando há deficiências nutricionais durante a gestação. Confira!

O que são deficiências nutricionais e por que a gestação aumenta esse risco?

Deficiências nutricionais ocorrem quando o corpo não obtém nutrientes suficientes para funcionar corretamente. Resultam da ingestão inadequada ou absorção insuficiente de nutrientes essenciais como proteínas, vitaminas ou minerais.

Para sustentar o desenvolvimento do futuro bebê, o corpo feminino passa por diversas alterações fisiológicas que afetam o metabolismo e a absorção. O aumento das necessidades nutricionais do feto também tornam maior a demanda por energia e nutrientes.

Por isso, não é incomum que ocorram deficiências nutricionais durante a gestação, ainda que elas possam ser evitadas com dieta e controle adequados. Entre os fatores que aumentam as chances de isso ocorrer pode-se citar:

  • maior necessidade nutricional: o crescimento e desenvolvimento do feto, a formação da placenta e o aumento do volume sanguíneo exigem mais nutrientes do que o normal. Por exemplo, a necessidade de ferro e ácido fólico é maior, uma vez que eles suportam a produção de hemoglobina adicional e previnem defeitos congênitos;
  • alterações hormonais: alterações hormonais durante a gestação podem afetar a absorção de nutrientes. O aumento dos níveis de progesterona tende a retardar a motilidade gastrointestinal e a digestão, impactando o processo;
  • náuseas e vômitos: sintomas comuns especialmente no primeiro trimestre da gestação, eles podem comprometer a ingestão alimentar e, consequentemente, de nutrientes essenciais;
  • dietas restritivas: algumas gestantes podem ter dietas restritivas por motivos de saúde ou preferências alimentares, aumentando o risco de não obter nutrientes suficientes;
  • consumo de nutrientes pelo feto: o consumo de nutrientes pelo feto, necessário para garantir seu próprio desenvolvimento, pode provocar deficiências nutricionais na mãe se a ingestão ou absorção não forem adequadas.

Para e ter uma ideia da importância dos nutrientes no processo gestacional e os impactos das deficiências nutricionais, as proteínas, por exemplo, são fundamentais para o crescimento e reparo dos tecidos, bem como para o desenvolvimento adequado do feto.

Já vitaminas como ácido fólico (B9) ou a D, atuam respectivamente na formação do tubo neural do feto, que acontece nas primeiras semanas e na absorção de outros nutrientes, como o cálcio, necessário para o desenvolvimento de ossos e dentes do futuro bebê e manutenção da saúde óssea materna.

Enquanto a vitamina B12 é importante para a formação de glóbulos vermelhos e desenvolvimento do sistema nervoso do feto e a C ajuda na absorção de ferro, necessário para a produção de hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio no sangue e na manutenção do sistema imunológico, prevenindo condições como pré-eclâmpsia, parto prematuro ou danos no sistema cognitivo

Além desses, outros nutrientes atuam de diferentes formas na saúde da mãe e do seu futuro bebê e, embora a maioria possa ser obtida por alimentos, mulheres que apresentam problemas anteriores à gestação, como anemia, podem ter maior dificuldade de suprir suas necessidades.

Por isso, é fundamental ter atenção à alimentação antes mesmo das tentativas para engravidar e, sempre que for possível, consultar um ginecologista-obstetra como parte do planejamento familiar, consulta preconcepcional. Além de avaliar a saúde geral, ele vai orientar a dieta mais adequada para cada mulher.

Como as deficiências nutricionais durante a gestação são identificadas?

As deficiência nutricionais durante a gestação são identificadas nas consultas de pré-natal, que acompanham a saúde materna e fetal. Na primeira, durante a anamnese, entrevista inicial com a gestante, o médico avalia o histórico alimentar, incluindo tipos e quantidade de alimentos consumidos, frequência das refeições e padrões alimentares; histórico do peso e de atividade física, determinando possíveis riscos e orientando a dieta.

Solicita, ainda, o hemograma completo, que avalia os níveis de hemoglobina para detectar anemia.

Nas consultas seguintes, se houver suspeita, além de confirmar ou descartar a presença de anemia, frequentemente causada por deficiência de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico, podem ser solicitados outros exames complementares, incluindo:

  • níveis de ferro e ferritina: medem a quantidade de ferro no sangue e as reservas no corpo, respectivamente, para identificar deficiências;
  • níveis de vitaminas: testes específicos para medir níveis de vitaminas no sangue, como o ácido fólico, B12, D, A, E ou K;
  • perfil lipídico: avalia os níveis de colesterol e triglicerídeos, que podem indicar deficiências de ácidos graxos essenciais;
  • exames de urina: podem detectar deficiências de minerais, como cálcio, magnésio e potássio.

A suspeita pode ser reforçada pela presença de alguns sintomas clínicos associados a deficiências nutricionais, que podem afetar pele, cabelos, unhas, cavidade oral, olhos e sistema neurológico:

  • pele, cabelos e unhas: pele seca, escamosa ou pálida pode indicar deficiência de vitaminas A, C ou E; queda de cabelo ou cabelos quebradiços sugerem falta de proteínas, ferro ou zinco e unhas quebradiças ou com manchas de ferro ou vitaminas do complexo B;
  • cavidade oral: gengivas inchadas ou sangrando podem indicar deficiência de vitamina C, enquanto língua lisa ou inchada pode ser falta de vitaminas B2, B3 ou B12;
  • olhos: olhos secos ou visão noturna prejudicada podem ser sintomas de deficiência de vitamina A e olheiras profundas ou palidez ao redor dos olhos sugerir anemia por deficiência de ferro;
  • sistema neurológico: fadiga extrema, fraqueza, formigamento nas extremidades ou confusão mental podem ser sinais de deficiências de vitaminas do complexo B, especialmente a B12.

A soma dos achados clínicos e resultados dos exames vai orientar a conduta mais adequada para cada gestante.

O que fazer quando há deficiências nutricionais durante a gestação?

Geralmente, o primeiro passo são ajustes na dieta alimentar, no entanto, em muitos casos, isso não é suficiente para corrigir deficiências nutricionais e a suplementação pode ser necessária.

A suplementação de alguns nutrientes costuma ser inclusive indicada para todas as mulheres desde o início da gestação, independentemente de haver quadro de deficiências, como ácido fólico, cálcio, ferro, vitamina A, vitamina D e iodo, necessários para evitar complicações na gravidez e no desenvolvimento físico e mental do futuro bebê.

Outros são suplementados quando os exames indicam baixos níveis ou em situações específicas, como a vitamina B12, particularmente indicada para mulheres veganas, e a K, para as mulheres com propensão para formação de trombos, que deve ser suplementada durante a gravidez e após o parto, no puerpério, período em que o risco de hemorragias é maior.

É importante observar que a suplementação deve ser sempre feita com a orientação do médico-obstetra, uma vez que o excesso de alguns nutriente pode causar efeitos adversos.

Toque aqui e saiba tudo sobre a suplementação vitamínica para gestantes. Confira!

Pré-eclâmpsia: conheça as causas

O útero é considerado o principal órgão reprodutor feminino, uma vez que sua função é abrigar, nutrir e proteger o embrião-feto em desenvolvimento até o nascimento.

Durante os ciclos menstruais, o embrião formado na fecundação, evento em que óvulo e espermatozoide se fundem gerando sua primeira célula, é transportado ao útero para se implantar na camada interna e dar início à gravidez.

Denominada endométrio, essa camada é um tecido epitelial altamente vascularizado, característica que vai proporcionar a troca de nutrientes e oxigênio com a mãe até a placenta ser formada e assumir essa função.

A placenta é um órgão vascular temporário, formado para estabelecer essa comunicação com mãe e seu futuro bebê, facilitar sua nutrição, oxigenação e eliminação de dióxido de carbono, processo apoiado pelas artérias e veias uterinas.

Entre as possíveis complicações que podem ocorrer durante a gravidez várias estão associadas a problemas placentários, incluindo a pré-eclâmpsia, condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial e presença de proteína na urina, que geralmente começa na 20ª semana.

A pré-eclâmpsia pode acontecer independentemente de a mulher sofrer com hipertensão antes de engravidar, ou seja, nas que têm pressão arterial normal, e, é uma condição potencialmente perigosa para a mãe e seu filho.

Para conhecer as causas da pré-eclâmpsia acompanhe a leitura do texto até o final e saiba ainda como essa condição é identificada, controlada e quais são os possíveis riscos do controle inadequado. Confira!

Conheça as causas da pré-eclâmpsia

Embora a causa exata da pré-eclâmpsia ainda não tenha sido definida pela ciência, diferentes estudos registrados na literatura médica observaram que o problema começa na placenta, como resultado do desenvolvimento ou funcionamento inadequado dos vasos sanguíneos placentários.

Nas mulheres com pré-eclâmpsia esses vasos são mais estreitos, o que limita o fluxo de sangue e, dessa forma, a nutrição e oxigenação do feto. A vasoconstrição leva consequentemente ao aumento da pressão arterial.

O desenvolvimento anormal, por sua vez, pode ser causado por danos nos vasos sanguíneos, pela insuficiência de fluxo sanguíneo para o útero ou mesmo por fatores genéticos e imunológicos.

Ainda que a causa exata da pré-eclâmpsia não seja conhecida, estudos sugerem diferentes fatores de risco, incluindo:

  • hipertensão arterial crônica;
  • histórico pessoal de pré-eclâmpsia;
  • histórico familiar de pré-eclâmpsia, especialmente parentes de primeiro grau como mães e irmãs;
  • primeira gravidez;
  • gravidez múltipla;
  • idade, mulheres jovens, com menos de 18 anos ou as que estão acima dos 36 anos têm mais risco;
  • intervalo entre as gestações menor do que dois anos ou maior do que dez anos;
  • obesidade antes da gravidez, condição caracterizada por um índice de massa corporal (IMC), igual ou superior a 30 kg/m2;
  • diabetes tipo 1 ou 2;
  • doença renal;
  • trombofilia, condição em que há tendência a desenvolver coágulos sanguíneos;
  • doenças autoimunes, como o lúpus;
  • etnia, mulheres de pele negra têm maior risco quando comparadas com às de pele branca;
  • novo parceiro, as chances são maiores quando há um novo parceiro, pois, a mulher volta a ter risco como se fosse uma primeira gestação, mesmo que não tenha apresentado pré-eclâmpsia.

O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito durante as consultas do pré-natal, fundamentais para acompanhar a saúde materna e fetal durante o período gestacional, estabelecido com base nos níveis elevados da pressão arterial, no histórico clínico, nos resultados de exames laboratoriais de sangue e de urina e nos sintomas da paciente.

Entre os sintomas que podem indicar a condição estão o inchaço excessivo principalmente do rosto e mãos, a diminuição da produção de urina, dores de cabeça severas que não aliviam com analgésicos comuns, dor na parte superior do abdômen, geralmente sob as costelas do lado direito, distúrbios visuais, como visão embaçada, sensibilidade à luz ou perda temporária da visão e falta de ar.

A pré-eclâmpsia é considerada a principal causa de morte materna e tem uma prevalência que varia entre 6% e 9% das gestações, porém, com o acompanhamento adequado pode ser controlada. A falta de controle, por outro lado, pode resultar em complicações mais graves.

Riscos do controle inadequado da pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia provoca diferentes riscos para mãe e seu filho, como por exemplo:

  • restrição do crescimento fetal: o fluxo sanguíneo inadequado pode afetar o crescimento do feto;
  • parto prematuro: a condição pode levar a um parto prematuro, aumentando as chances de complicações neonatais;
  • baixo peso ao nascer: o bebê pode nascer com peso abaixo do ideal;
  • descolamento da placenta, quando ocorre a separação do órgão da camada interna do útero antes do parto. Em quadros graves pode provocar hemorragia, colocando em risco a mãe e o feto;
  • evolução para eclâmpsia: essa é a principal consequência da pré-eclâmpsia. A eclâmpsia, pode causar convulsões que provocam confusão e desorientação, colocam a gestante em coma e, em situações mais graves, pode levar a danos renais permanentes, causar acidente vascular cerebral (AVC), que pode resultar em danos permanentes no cérebro, morte materna e/ou fetal.

O comparecimento regular às consultas de pré-natal, portanto, é a única forma de prevenir e controlar a pré-eclâmpsia e evitar sua evolução para eclâmpsia.

Saiba mais sobre a pré-eclâmpsia tocando aqui!

O que é pré-obesidade? Implicações na gestação

Pré-obesidade, também conhecida como sobrepeso, é uma condição em que a pessoa tem um índice de massa corporal (IMC), padrão internacional utilizado clinicamente para avaliar a composição corpórea, maior do que o considerado normal, porém ainda não atinge os critérios para ser classificada como obesa.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pré-obesidade é definida por um IMC entre 25 kg/m2 e 29,9 kg/m², enquanto a obesidade, considerada um problema de saúde pública mundial, é diagnosticada a partir de 30 kg/m2.

A pré-obesidade é consequência de um desequilíbrio entre a ingestão de calorias e o gasto energético. Diversos fatores contribuem para isso acontecer, incluindo:

  • alimentação inadequada: consumo excessivo de alimentos ricos em calorias, açúcares e gorduras, como fast foods, doces e bebidas açucaradas;
  • sedentarismo: falta de atividade física regular, o que reduz o gasto calórico e favorece o acúmulo de gordura corporal;
  • fatores genéticos: a predisposição genética pode influenciar o metabolismo e a tendência ao ganho de peso;
  • fatores psicológicos: estresse, ansiedade e depressão podem levar ao consumo excessivo de alimentos como forma de conforto emocional;
  • ambiente: estilos de vida que promovem o sedentarismo e o fácil acesso a alimentos pouco saudáveis também contribuem para a pré-obesidade.

Pessoas diagnosticadas com essa condição têm um risco elevado de desenvolver obesidade e outras complicações de saúde associadas, de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 a problemas musculoesqueléticos e distúrbios do sono, por exemplo. Além disso, a condição interfere na fertilidade feminina, bem como é associada a diversas complicações que podem ocorrer durante a gravidez.

Continue a leitura para entender mais sobre a pré-obesidade e conhecer as implicações dessa condição na gestação. Confira!

Pré-obesidade na gestação

Mulheres que entram na gestação em um estado de pré-obesidade enfrentam diferentes desafios, que podem impactar tanto a saúde da mãe quanto a do seu futuro bebê. Isso porque, além das mudanças fisiológicas que ocorrem durante o período gestacional, para suprir as necessidades energéticas de ambos, o consumo de nutrientes é mais alto, levando a um aumento natural do peso e, dessa forma, das chances de o quadro evoluir para obesidade associado a resultados adversos.

Além dos problemas que pode causar durante a gestação e na saúde da mãe e do bebê após o nascimento, a pré-obesidade pode resultar em complicações no puerpério que podem levar à morbidade ou mortalidade materna.

Assim, mulheres diagnosticadas com pré-obesidade que pretendem engravidar devem iniciar o acompanhamento com o ginecologista-obstetra alguns meses antes das tentativas, o que é chamado de consulta preconcepcional.

Conheça as implicações da pré-obesidade na gestação

Os problemas da pré-obesidade na gestação vão de complicações durante o parto ao risco aumentado de o bebê ter defeitos congênitos. Veja a seguir:

  • diabetes gestacional: mulheres com pré-obesidade têm um risco significativamente maior de desenvolver diabetes gestacional, condição caracterizada pelo aumento de glicose no sangue, como consequência da interferência dos hormônios placentários na capacidade de regulação dos níveis. O diabetes gestacional pode levar a complicações como macrossomia, ou seja, bebê com peso elevado ao nascer (acima de 4 kg), parto prematuro e nascimento por cesariana;
  • pré-eclâmpsia: a pré-obesidade aumenta o risco de hipertensão gestacional, elevação da pressão arterial, condição denominada pré-eclâmpsia, potencialmente grave que pode resultar em complicações maternas como danos em órgãos, incluindo o cérebro, rins e fígado, problemas placentários como o descolamento da placenta, que pode provocar hemorragias em quadros mais graves, além de parto prematuro e crescimento fetal inadequado. A pré-eclâmpsia pode ainda evoluir para eclâmpsia, condição fortemente associada à mortalidade materna;
  • complicações no parto: mulheres pré-obesas têm maior probabilidade de necessitar de intervenções obstétricas durante o parto, como indução do trabalho de parto e cesariana. O excesso de peso dificulta o trabalho de parto e aumenta as chances de complicações, incluindo distocia de ombro, quando o ombro do bebê fica preso no momento do nascimento;
  • problemas fetais durante o desenvolvimento intrauterino e de saúde neonatal: bebês nascidos de mães com pré-obesidade têm maior risco de sofrer com condições como hipoglicemia neonatal, icterícia e síndrome do desconforto respiratório. Há ainda um risco aumentado de anomalias durante o desenvolvimento intrauterino, especialmente defeitos do tubo neural, resultando muitas vezes em defeitos congênitos;
  • riscos maternos pós-parto: os impactos do ganho excessivo de peso durante a gestação podem se estender ao puerpério ou pós-parto, como hemorragia ou risco de pré-eclâmpsia e diabetes gestacional tardios;
  • implicações em longo prazo: mulheres que tiveram diabetes gestacional, por exemplo, têm mais chance de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro. Além disso, a retenção de peso pós-parto é mais comum nas pré-obesas, aumentando o risco de obesidade e de complicações na saúde cardiovascular. Já as crianças nascidas de mães com pré-obesidade têm maior probabilidade de desenvolver obesidade e doenças metabólicas na infância e vida adulta.

Assim, gerenciar o ganho de peso durante a gravidez é uma ação necessária para as mulheres com pré-obesidade, o que é feito com a incorporação de uma dieta balanceada e o comparecimento a todas as consultas de pré-natal, quando são monitoradas a saúde materna e a saúde fetal e podem ser detectadas possíveis complicações.

O acompanhamento adequado, portanto, permite evitar praticamente todas as implicações que a pré-obesidade pode ter na gestação. Quer saber mais sobre o assunto? Toque aqui!

Suplementação de vitaminas para gestantes: quais são as mais importantes?

A gestação é um período marcado por intensas transformações, tanto físicas quanto emocionais. Durante os nove meses, o corpo feminino passa por diversas adaptações para sustentar o desenvolvimento de um novo ser humano.

Uma das mais significativas é o aumento da necessidade de nutrientes essenciais. O corpo da mulher precisa fornecer as substâncias para o crescimento e desenvolvimento do feto e para manutenção da sua própria saúde. Por isso, nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais são particularmente importantes durante a gestação.

Embora essas substâncias sejam encontradas nos principais grupos alimentares, as alterações hormonais e fisiológicas que ocorrem durante a gravidez também afetam o metabolismo e a absorção. A progesterona, por exemplo, relaxa os músculos do trato gastrointestinal, o que pode retardar a digestão. Além disso, o aumento do volume sanguíneo e das necessidades nutricionais do feto também aumentam a demanda por energia e nutrientes.

O consumo de nutrientes pelo feto pode, inclusive, levar a deficiências nutricionais da mãe em alguns casos, ainda que ela tenha uma dieta balanceada, resultando em problemas como fadiga, fraqueza e maior susceptibilidade a infecções.

Assim, a suplementação de vitaminas para gestantes é necessária para compensar possíveis deficiências e reforçar a ação dos nutrientes obtidos pelos alimentos. Acompanhe a leitura do texto até o final e saiba quais são as mais importantes. Confira!

Quando começar a suplementação de vitaminas para gestantes?

A alimentação balanceada e a suplementação de vitaminas para gestantes devem idealmente iniciar quando a mulher planeja engravidar, ou seja, antes mesmo das tentativas.

A recomendação é de que entre as ações do planejamento familiar seja priorizada a consulta ao ginecologista-obstetra, conhecida como consulta preconcepcional, que deve acontecer pelo menos três meses antes de iniciarem as tentativas. Ele vai orientar a dieta e a suplementação mais adequada para cada paciente, definidas com base na verificação da saúde feita por exames solicitados na ocasião.

Contudo, se a gestação ocorrer de forma não planejada, a suplementação de vitaminas para gestantes acontece no início do pré-natal, na primeira consulta, geralmente realizada até a 12ª semana gestacional.

A suplementação de vitaminas para gestantes é fundamental para evitar deficiências nutricionais durante a gravidez que possam resultar em complicações, como abortamento espontâneo, problemas placentários, parto prematuro, risco de malformações fetais, baixo peso ao nascer, defeitos congênitos, morte fetal ou neonatal.

Veja quais são as vitaminas mais importantes para gestantes

A suplementação de alguns nutrientes, como ácido fólico, cálcio, ferro, vitamina A, vitamina D e iodo, geralmente é recomendada para todas as gestantes, uma vez que a deficiência pode provocar complicações na gravidez e no desenvolvimento físico e mental do futuro bebê. No entanto, outros podem ser indicados em situações específicas. Veja a seguir.

Suplementação de vitaminas para todas as gestantes

  • ácido fólico: o ácido fólico ou B9 é uma vitamina do complexo B fundamental para a formação do tubo neural do feto, estrutura que origina a medula e o cérebro e que se desenvolve nas primeiras semanas de gestação. A deficiência pode levar a defeitos no tubo neural, quando ocorre o fechamento inadequado, com consequências que vão do déficit de aprendizado do futuro bebê à dificuldade ou impossibilidade de caminhar. A suplementação deve iniciar antes da concepção ou no primeiro mês da gravidez e continuar até o final do primeiro trimestre;
  • vitamina D: ajuda na regulação e manutenção do sistema imunológico materno, evitando que anticorpos reconheçam o embrião como o invasor e provoquem abortamento, bem como é fundamental para facilitar a absorção de cálcio. A suplementação também deve ser feita desde o início da gravidez;
  • ferro: o ferro é necessário para a produção de hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue. Durante a gravidez, a necessidade de ferro é maior devido ao aumento do volume sanguíneo da mãe e ao desenvolvimento do bebê. Esse mineral é essencial para prevenir anemia;
  • iodo: necessário para a produção de hormônios tireoidianos, que atuam no desenvolvimento cerebral do futuro bebê;
  • vitamina A: importante para a visão, sistema imunológico e crescimento celular;
  • cálcio: necessário para o desenvolvimento dos ossos e dentes do bebê e para manter a saúde óssea da mãe.

Suplementação de vitaminas para gestantes em situações específicas

  • vitamina B12: é importante para a formação de glóbulos vermelhos e o desenvolvimento do sistema nervoso do feto. A suplementação é particularmente indicada para mulheres veganas ou nos casos em que a deficiência é apontada por exames;
  • ômega-3: atua no desenvolvimento do cérebro, do sistema nervoso central e na saúde cardíaca do bebê. Indicado às mulheres que não consomem regularmente peixes gordurosos;
  • vitamina C: ajuda na absorção de ferro e manutenção do sistema imunológico, prevenindo condições como pré-eclâmpsia, parto prematuro e danos no sistema cognitivo. A suplementação considera possíveis deficiências apontadas por exames;
  • magnésio: contribui para a formação dos tecidos e ossos do bebê e ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue. A suplementação é igualmente necessária nos casos de deficiência;
  • vitamina K: necessária para o desenvolvimento saudável dos ossos e formação de proteínas no fígado, além de desempenhar um papel na coagulação sanguínea, por isso, é especialmente indicada para as mulheres com propensão para formação de trombos, deve ser suplementada durante a gravidez e após o parto, no puerpério, quando há maior risco de hemorragia. A suplementação deve ser feita ainda se houver deficiência;
  • vitamina E: ajuda a prevenir retardo no crescimento fetal, pré-eclâmpsia e evita que o futuro bebê tenha problemas respiratórios e condições como asma. A suplementação é igualmente indicada quando os exames apontam deficiência.

No entanto, apesar de a suplementação de vitaminas para gestantes ser essencial durante a gestação e no puerpério ou pós-parto, prevenindo complicações para a mãe e feto, ela deve ser sempre feita com a orientação do médico-obstetra, uma vez que o excesso de algumas pode ter efeitos adversos, como acontece com a vitamina A, que pode causar malformações congênitas.

Quer saber mais sobre a suplementação de vitaminas para gestantes? Siga o link!