NOG | WhatsApp

O que é pré-natal e quando começar?

por: Equipe NOG

O planejamento da gravidez é um passo importante para garantir a saúde e o bem-estar tanto da mãe quanto do futuro bebê. Esse processo envolve mais do que apenas a decisão de ter filhos, inclui diferentes preparações e cuidados que podem começar antes mesmo das tentativas de engravidar.

Um acompanhamento preconcepcional adequado ajuda a identificar e corrigir possíveis problemas de saúde criando condições mais favoráveis para a concepção e proporcionando uma gravidez saudável.

Após a confirmação da gravidez, feita geralmente pelo exame de sangue beta hCG e por ultrassonografia transvaginal, os cuidados continuam com as consultas do pré-natal, que acompanham a saúde materna e fetal durante todo o processo gestacional.

Pré-natal se refere a atenção e orientações que a gestante recebe na gravidez e deve começar no momento que a mulher suspeita estar grávida. É fundamental na prevenção de possíveis complicações que podem surgir e para orientar as mães sobre medidas importantes que vão garantir sua saúde, a proteção ou o desenvolvimento adequado do seu filho.

Abordamos, neste texto, da consulta preconcepcional ao pré-natal, destacando sua importância e o que acontece durante as consultas. Acompanhe a leitura até o final e confira!

Consulta preconcepcional

Consulta preconcepcional é o termo usado em referência à visita ao ginecologista-obstetra como parte do planejamento familiar, ou seja, antes das tentativas para engravidar, pelo menos nos três meses anteriores.

É importante para verificar a saúde geral e reprodutiva. Veja abaixo, de forma resumida, o que acontece na consulta preconcepcional:

  • o médico analisa o histórico clínico pessoal e familiar, o uso de medicamentos, situações de risco pessoal ou profissional e solicita exames para detectar doenças que comprometem o desenvolvimento da gravidez ou podem ser transmitidas aos filhos, como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e os distúrbios genéticos;
  • a mulher recebe orientações sobre controle do ciclo menstrual, ovulação e período fértil, o que facilita a concepção, dieta mais adequada em cada caso, suplementação de vitaminas e exercícios que podem ajudar a preparar para gravidez e período pós-parto ou puerpério.

A consulta preconcepcional, além de avaliar a possibilidade de riscos permite realizar intervenções médicas antes de engravidar para minimizar resultados obstétricos desfavoráveis, maternos e fetais.

Assim, sempre que possível, idealmente todas as mulheres que pretendem engravidar devem realizá-la. No entanto, é especialmente importante para aquelas que planejam ter o primeiro filho, para as que têm sobrepeso ou pré-obesidade, tiveram problemas em gestações anteriores ou são portadoras de condições crónicas, como hipertensão e diabetes.

Pré-natal

Na primeira consulta do pré-natal, quando a mulher não fez o acompanhamento preconcepcional, além da avaliação do histórico clínico pessoal e familiar da paciente e orientações sobre dieta alimentar, suplementação de vitaminas ou exercícios físicos, são realizados os exames que determinam se é única ou múltipla, a idade gestacional e o desenvolvimento inicial do embrião.

A saúde materna também começa a ser monitorada com a medida da pressão arterial e do peso, controle de condições médicas crônicas, de medicamentos e vacinação, necessária para a imunização da mãe e do bebê e única proteção que age simultaneamente em ambos até os seis meses de vida da criança.

Na ocasião, são realizados ainda exames importantes, entre eles o hemograma completo para detectar anemia ou outras condições; tipagem sanguínea e fator Rh para prevenir incompatibilidades entre a mãe e seu futuro bebê, glicemia de jejum, que analisa os níveis de glicose no sangue para avaliar o risco de diabetes gestacional e/ou prevenir o problema e exame de urina, que detecta infecções urinárias ou outras anomalias.

Nas consultas seguintes, além de verificar a saúde materna com a medida da pressão arterial e do peso, são repetidos alguns exames e realizadas ultrassonografias específicas a cada trimestre para acompanhar desenvolvimento fetal:

Exames realizados no segundo trimestre da gravidez

  • teste de tolerância à glicose: realizado entre a 24ª e 28ª semanas para detectar diabetes gestacional;
  • hemograma completo: repetição do hemograma para monitorar anemia e outros parâmetros sanguíneos;
  • ultrassonografia morfológica: realizada entre a 18ª e 22ª semanas para avaliar detalhadamente a anatomia fetal e detectar possíveis malformações;
  • triagem pré-natal para anomalias cromossômicas: pode incluir testes como o de translucência nucal (feito no final do primeiro trimestre) e de DNA fetal no sangue materno.

Exames realizados no terceiro trimestre da gravidez

  • hemograma completo: repetição do hemograma completo e solicitação de outros exames de sangue se for necessário;
  • testes hepáticos: avaliação da função hepática e renal, se indicado;
  • exames de urina: para detectar infecções urinárias ou outras anomalias;
  • cultura para estreptococo do grupo B: realizada entre a 35ª e 37ª semanas para detectar a presença de estreptococos no trato genital, que pode ser transmitido ao bebê durante o parto e causam diferentes distúrbios;
  • ultrassonografia obstétrica: realizada entre a 32ª e 36ª semanas para avaliar o crescimento fetal, a posição do bebê e a quantidade de líquido amniótico;
  • cardiotocografia: avalia os batimentos cardíacos do bebê e as contrações uterinas, é um exame geralmente indicado em gestações de alto risco ou se houver suspeita de problemas.

Além desses exames, outros podem ser necessários para gestantes com condições médicas preexistentes ou complicações gestacionais, bem como o rastreio genético pode ser recomendado em qualquer trimestre, dependendo do histórico familiar e dos resultados da triagem inicial.

O acompanhamento pré-natal regular e a realização desses exames permitem identificar e solucionar potenciais complicações desde o início, reduzindo as chances de complicações para a mãe como a pré-eclâmpsia ou o diabetes gestacional, e, para o feto; algumas doenças fetais podem, inclusive, ser tratadas ainda durante o desenvolvimento intrauterino.

Manter a frequência das consultas de pré-natal, portanto, de acordo com determinação do médico-obstetra é essencial para garantir uma gravidez saudável. Siga o link e entenda tudo sobre o assunto!