A alimentação balanceada, é fundamental para manutenção da saúde materna, crescimento e desenvolvimento fetal.
A dieta rica em nutrientes ajuda a manter a energia, reduzir a fadiga, apoiar as mudanças fisiológicas que ocorrem no período gestacional, bem como garante ao feto os componentes necessários para formação dos órgãos, tecidos e sistemas vitais; um peso saudável ao nascer e menor risco de problemas de saúde em longo prazo.
Além disso, auxilia a produção de leite materno de maior qualidade, considerado o alimento mais completo e balanceado para os bebês, que contém anticorpos protegendo contra diversas doenças e fortalece o desenvolvimento cognitivo.
As deficiências nutricionais durante a gestação, por outro lado, podem resultar em complicações como anemia, abortamento espontâneo, problemas placentários, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, parto prematuro, bem como aumentam o risco de malformações fetais, defeitos congênitos, morte fetal ou neonatal.
Continue a leitura até o final e saiba o que fazer quando há deficiências nutricionais durante a gestação. Confira!
Deficiências nutricionais ocorrem quando o corpo não obtém nutrientes suficientes para funcionar corretamente. Resultam da ingestão inadequada ou absorção insuficiente de nutrientes essenciais como proteínas, vitaminas ou minerais.
Para sustentar o desenvolvimento do futuro bebê, o corpo feminino passa por diversas alterações fisiológicas que afetam o metabolismo e a absorção. O aumento das necessidades nutricionais do feto também tornam maior a demanda por energia e nutrientes.
Por isso, não é incomum que ocorram deficiências nutricionais durante a gestação, ainda que elas possam ser evitadas com dieta e controle adequados. Entre os fatores que aumentam as chances de isso ocorrer pode-se citar:
Para e ter uma ideia da importância dos nutrientes no processo gestacional e os impactos das deficiências nutricionais, as proteínas, por exemplo, são fundamentais para o crescimento e reparo dos tecidos, bem como para o desenvolvimento adequado do feto.
Já vitaminas como ácido fólico (B9) ou a D, atuam respectivamente na formação do tubo neural do feto, que acontece nas primeiras semanas e na absorção de outros nutrientes, como o cálcio, necessário para o desenvolvimento de ossos e dentes do futuro bebê e manutenção da saúde óssea materna.
Enquanto a vitamina B12 é importante para a formação de glóbulos vermelhos e desenvolvimento do sistema nervoso do feto e a C ajuda na absorção de ferro, necessário para a produção de hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio no sangue e na manutenção do sistema imunológico, prevenindo condições como pré-eclâmpsia, parto prematuro ou danos no sistema cognitivo
Além desses, outros nutrientes atuam de diferentes formas na saúde da mãe e do seu futuro bebê e, embora a maioria possa ser obtida por alimentos, mulheres que apresentam problemas anteriores à gestação, como anemia, podem ter maior dificuldade de suprir suas necessidades.
Por isso, é fundamental ter atenção à alimentação antes mesmo das tentativas para engravidar e, sempre que for possível, consultar um ginecologista-obstetra como parte do planejamento familiar, consulta preconcepcional. Além de avaliar a saúde geral, ele vai orientar a dieta mais adequada para cada mulher.
As deficiência nutricionais durante a gestação são identificadas nas consultas de pré-natal, que acompanham a saúde materna e fetal. Na primeira, durante a anamnese, entrevista inicial com a gestante, o médico avalia o histórico alimentar, incluindo tipos e quantidade de alimentos consumidos, frequência das refeições e padrões alimentares; histórico do peso e de atividade física, determinando possíveis riscos e orientando a dieta.
Solicita, ainda, o hemograma completo, que avalia os níveis de hemoglobina para detectar anemia.
Nas consultas seguintes, se houver suspeita, além de confirmar ou descartar a presença de anemia, frequentemente causada por deficiência de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico, podem ser solicitados outros exames complementares, incluindo:
A suspeita pode ser reforçada pela presença de alguns sintomas clínicos associados a deficiências nutricionais, que podem afetar pele, cabelos, unhas, cavidade oral, olhos e sistema neurológico:
A soma dos achados clínicos e resultados dos exames vai orientar a conduta mais adequada para cada gestante.
Geralmente, o primeiro passo são ajustes na dieta alimentar, no entanto, em muitos casos, isso não é suficiente para corrigir deficiências nutricionais e a suplementação pode ser necessária.
A suplementação de alguns nutrientes costuma ser inclusive indicada para todas as mulheres desde o início da gestação, independentemente de haver quadro de deficiências, como ácido fólico, cálcio, ferro, vitamina A, vitamina D e iodo, necessários para evitar complicações na gravidez e no desenvolvimento físico e mental do futuro bebê.
Outros são suplementados quando os exames indicam baixos níveis ou em situações específicas, como a vitamina B12, particularmente indicada para mulheres veganas, e a K, para as mulheres com propensão para formação de trombos, que deve ser suplementada durante a gravidez e após o parto, no puerpério, período em que o risco de hemorragias é maior.
É importante observar que a suplementação deve ser sempre feita com a orientação do médico-obstetra, uma vez que o excesso de alguns nutriente pode causar efeitos adversos.
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