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DIU Mirena e DIU Kyleena: os inúmeros benefícios desse método contraceptivo

A única forma de prevenir uma gravidez indesejada é o uso de métodos contraceptivos. Alguns, entretanto, têm um grande percentual de falha, enquanto outros se destacam por sua alta eficácia, quase 100%. O DIU, dispositivo intrauterino, é um dos principais representantes dessa categoria, uma vez que outros benefícios somam-se à essa qualidade.

Embora o DIU já esteja disponível há muitas décadas, sua utilização era limitada por diferentes fatores, o que incluía, nesse caso, as chances de falha, bem como as de ocorrerem infecções, além de ser pouco acessível.

Todos esses fatores foram corrigidos com o tempo e hoje o DIU é considerado é o método de controle de natalidade mais popular no mundo. Entre os tipos disponíveis estão o de cobre, o com fio de prata e o hormonal, que costuma, nesse caso, ser o mais indicado pelos especialistas.

O DIU Mirena e o DIU Kyleena são dispositivos intrauterinos hormonais, ou seja, liberam hormônios para impedir a gravidez. Continue a leitura até o final para conhecer os inúmeros benefícios desse método contraceptivo. Confira!

DIU Mirena e DIU Kyleena

O DIU Mirena e o DIU Kyleena liberam diariamente pequenas doses de levonorgestrel, hormônio sintético semelhante à progesterona, um dos principais hormônios femininos cuja ação durante os ciclos menstruais é essencial para o sucesso e manutenção da gravidez.

Ambos atuam de forma semelhante na prevenção da gravidez. Inibem o espessamento do endométrio, tecido de revestimento interno do útero no qual o embrião formado na fecundação se implanta, processo que marca o início da gestação; provocam o espessamento do muco cervical impedindo, assim, a passagem dos espermatozoides e diminuem a motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação e são responsáveis pelo transporte dos gametas, óvulos e espermatozoides para esse evento acontecer.

Dessa forma, não há fecundação, quando o óvulo e o espermatozoides se fundem gerando a célula primordial do embrião, ou ele não se implanta.

Apesar de atuarem de maneira semelhante, o DIU Mirena e o DIU Kyleena têm alguns diferenciais, mesmo que também tenham em comum benefícios importantes: são de longa duração, reversíveis, a eficácia é de 99% e podem ser usados por mulheres que estão amamentando.

Isso significa que depois da colocação a mulher não precisa mais se preocupar, pois as chances de engravidar são inexpressivas e quando houver o desejo de ter filhos eles podem ser removidos sem nenhum prejuízo para a fertilidade.

Veja abaixo os outros benefícios de cada um:

DIU Mirena

  • tempo de duração: o DIU Mirena dura entre 6 anos e 7 anos. Depois desse intervalo, se ainda não houver o desejo de ter filhos, deve ser substituído. O DIU Kyleena, por sua vez, tem uma duração menor, de 5 anos;
  • suspensão da menstruação: a maioria das mulheres que usam o DIU Mirena experimentam a suspensão da menstruação. Por isso, geralmente é o mais indicado às que têm sintomas mais severos durante o período menstrual, incluindo cólicas intensas e TPM, tensão pré-menstrual, condição caracterizada por alterações de humor, depressão e fadiga extrema;
  • alivia sintomas de endometriose: por promover a suspensão da menstruação, o DIU Mirena proporciona o alívio de sintomas da endometriose como a dor pélvica crônica, o mais marcante dessa doença.

DIU Kyleena

  • tamanho: ainda que ambos tenham o formato de T com um braço de cada lado e um fio na parte inferior que desce até o colo do útero e a vagina, o DIU Kyleena tem dimensões menores, 30 mm de comprimento, 28 mm de largura e 1,9 mm de espessura, o que facilita a colocação, enquanto o DIU Mirena tem 32 mm de comprimento, 32 mm de largura e 1,55 mm de espessura;
  • quantidade e liberação de levonorgestrel: o DIU Kyleena libera aproximadamente 9 mcg de levonorgestrel por dia e o DIU Mirena cerca de 15 mcg. Mesmo que a quantidade não interfira na eficácia, pode ajudar em situações como a amamentação.

Entre os possíveis efeitos colaterais provocados pelo DIU Mirena e o DIU Kaleena o mais comum é o sangramento que acontece fora do período menstrual, no entanto ele dura pouco tempo, no máximo 6 meses. Atualmente, praticamente já não há risco de infecção, bem como outros associados ao uso do DIU hormonal, como a formação de cistos ovarianos e gravidez ectópica, quando o embrião se implanta em uma das tubas uterinas em vez do útero.

Por esses benefícios, o DIU Mirena e o DIU Kyleena se tornaram uma das principais opções das mulheres que pretendem adiar os planos de maternidade, inclusive quando comparados a outros métodos hormonais como as pílulas anticoncepcionais, que apesar da popularidade devem ser tomadas diariamente para prevenir a gravidez.

No entanto, a escolha do método contraceptivo mais adequado para cada paciente, incluindo a opção entre o DIU Mirena e o DIU Kyleena, deve ser feita com auxílio de um especialista, pois considera diferentes fatores, entre eles a ocorrência de possíveis doenças que impeçam o uso de hormônios.

Siga o link e conheça tudo sobre o DIU Mirena!

Como escolher o melhor anticoncepcional para você?

O anticoncepcional, conhecido ainda como contraceptivo, é um método que têm como objetivo evitar uma gravidez indesejada, o que geralmente acontece a partir da inibição de duas etapas importantes do ciclo menstrual:

  • fecundação, encontro entre os gametas, óvulo e espermatozoide para gerar a primeira célula do embrião, estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano;
  • implantação embrionária, processo em que o embrião se implanta na camada interna do útero, o endométrio, para dar início a gravidez.

A pílula anticoncepcional é o mais popular e utilizado no mundo todo. É considerada um dos avanços socialmente mais significativos da medicina nas últimas décadas por ter possibilitado o planejamento da gravidez, característica que a tornou um dos principais símbolos dos movimentos feministas na década de 1960, uma vez que representava uma evolução na liberdade reprodutiva das mulheres.

Atualmente, entretanto, os percentuais de eficácia são bem mais expressivos, quase 100%, assim como uma diversidade de métodos anticoncepcionais está disponível; dos hormonais ou não hormonais aos reversíveis de longa duração ou permanentes e os usados como contracepção de emergência.

Além da pílula anticoncepcional, a lista inclui os dispositivos intrauterinos (DIUs), implantes, adesivos, injetáveis, anéis vaginais, preservativos e a esterilização masculina ou feminina. Apesar de toda essa diversidade, entretanto, é necessário considerar diferentes fatores antes de escolher o anticoncepcional mais adequado.

Mostramos, neste texto, como escolher o melhor anticoncepcional para você. Continue a leitura até o final e confira!

Entenda como é feita a prescrição do melhor anticoncepcional para a paciente

Entre os fatores considerados para escolher o melhor anticoncepcional para a paciente estão o tempo de interrupção da fertilidade, ou seja, quando ela planeja engravidar; questões de saúde que podem impedir o uso de determinadas substâncias, como os hormônios, bem como segurança, eficácia, disponibilidade, acessibilidade e aceitabilidade.

Em certos lugares, por exemplo, apenas alguns tipos estão disponíveis, são mais acessíveis ou distribuídos gratuitamente pelos órgãos de saúde. A aceitabilidade, por outro lado, está relacionada a questões como a opção religiosa, pessoal, do parceiro ou dos familiares.

Antes de fazer a escolha, o ginecologista pode solicitar ainda diferentes exames para verificar a saúde os órgãos reprodutores. Os resultados diagnósticos também interferem na definição do tipo mais adequado.

Conheça, abaixo, os principais métodos anticoncepcionais disponíveis atualmente e as características de cada um:

Anticoncepcional de barreira

O anticoncepcional de barreira, como o nome sugere, tem como objetivo impedir a entrada dos espermatozoides na vagina, que posteriormente nadam até as tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação.

Além disso, são a única forma de impedir a contaminação por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) como a clamídia e gonorreia, que se tornaram novamente disseminadas nas sociedades contemporâneas, tendo seu uso, portanto, recomendado em todas as relações sexuais. Os mais conhecidos são os preservativos masculino e feminino, as famosas camisinhas.

No entanto, são os que apresentam menor eficácia, com percentuais de falha que variam de 13% a 27% de acordo com o tipo, o que sugere que seu uso deve sempre ser associado a outro anticoncepcional.

As mulheres podem contar ainda com o diafragma e com a esponja contraceptiva, embora esse último represente o percentual mais alto de falhas, 27%.

Anticoncepcional hormonal

O anticoncepcional hormonal utiliza os hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona para prevenir a gravidez, isoladamente ou combinados. A pílula anticoncepcional, que lidera o ranking, por exemplo, tem a versão combinada ou só com progesterona.

Os percentuais de falhas desses métodos, por sua vez, são bastante baixos, variam de 0, 1%, como no caso das pílulas, a 7%.

Os outros incluem:

  • implante: um dispositivo inserido sob a pele do braço, que libera durante três anos, diariamente, progesterona no organismo. Os percentuais de falha também são de 0,1%;
  • injeção de progesterona: é aplicada nas nádegas ou no braço a cada três meses. Os percentuais de falhas são de 4%;
  • adesivo: é usado na parte inferior do abdômen, nádegas ou parte superior do corpo e libera progesterona e estrogênio. Deve ser substituído semanalmente e tem até 7% de chances de falhar;
  • anel contraceptivo vaginal: inserido dentro da vagina, libera progesterona e estrogênio. Pode ser usado por três semanas e deve ser substituído logo após a menstruação. Os percentuais de falha são de 7%.

Anticoncepcional reversível de ação prolongada

Os métodos reversíveis de ação prolongada são os dispositivos intrauterinos (DIUs), que por essa qualidade também são amplamente utilizados no mundo todo.

Existem dois tipos de DIU, o hormonal e o de cobre, que são inseridos no útero. O DIU hormonal libera diariamente progesterona, tem duração de até 6 anos e pode ser removido a qualquer momento que a mulher desejar engravidar. Os percentuais de falha variam entre 0,1% e 0,4%.

O DIU de cobre, por sua vez, é revestido por esse elemento, tóxico para os espermatozoides liberado diariamente em pequenas quantidades, impedindo sua sobrevida ou motilidade, capacidade de movimento no organismo feminino. Pode durar aproximadamente 10 anos, com percentuais de falha de 0,8%.

Anticoncepcional de emergência

Esse tipo de anticoncepcional deve ser usado apenas em situações emergenciais, ou seja, não é um método regular de controle de natalidade. O uso é recomendado quando outros métodos falham, como o rompimento dos preservativos, ou em situações que o sexo é praticado à força, sem proteção.

Dois métodos podem ser usados com esse objetivo, a pílula do dia seguinte e o DIU de cobre, que pode ser inserido até cinco dias após a relação sexual desprotegida.

Quando não há mais o desejo de ter filhos, mulheres e homens podem recorrer ainda à contracepção permanente, a esterilização. O procedimento feminino é denominado laqueadura e, o masculino, vasectomia.

Já as mulheres que estão amamentando podem contar com o método anticoncepcional de amenorreia lactacional (LAM) durante os seis meses posteriores ao nascimento, que utiliza a amamentação exclusiva para prevenir nova gravidez.

Nas situações em que não há a possibilidade de utilizar nenhum anticoncepcional, por outro, o método baseado na consciência da fertilidade pode ser aplicado, como a observação de sinais manifestados pelo corpo durante o período fértil, ou sua identificação por cálculos específicos. Porém, os percentuais de falhas são altos, de até 23%, por isso, não é aconselhada a prática sexual durante esse intervalo.

Existem, portanto, diferentes formas de se evitar uma gravidez indesejada e apenas o ginecologista pode orientar sobre o anticoncepcional mais adequado para cada mulher.

Toque aqui e fique ainda mais informada sobre os tipos de anticoncepcional e a ação de cada um!

DIU Mirena e DIU Kyleena: diferenças

O dispositivo intrauterino (DIU) é o método de controle de natalidade reversível mais popular no mundo, com milhões de usuárias. Além da sua eficácia para prevenir a gravidez, pode ser removido a qualquer momento se houver o desejo de ter filhos. 

O método tornou-se mais conhecido na década de 1960, embora o primeiro artigo publicado sobre a inserção de DIUs seja de 1909, pelo médico alemão Richard Richter. O dispositivo que ele inseriu naquela época ainda era bastante rudimentar, um anel feito de tripa de bicho-da-seda com duas extremidades que se projetavam do orifício cervical, permitindo sua verificação e remoção. 

Durante sua evolução o DIU passou por diferentes desafios, incluindo os percentuais de eficácia e a contenção de inflamações. A partir da década de 1960 tornou-se mais seguro e diferentes tipos foram desenvolvidos. Atualmente, dois são utilizados, o de cobre e o hormonal. 

Entre os DIUs hormonais que estão disponíveis o DIU Mirena, desenvolvido em 2001 e o DIU Kyleena, mais recente, de 2016, se destacam por sua eficácia de quase 100%, porém existem algumas diferenças entre eles e, por isso, a dúvida sobre qual escolher ainda é bastante frequente entre as mulheres.

Continue a leitura até o final para saber quais as diferenças entre o DIU Mirena e o DIU Kyleena e as vantagens de cada um. Confira! 

Mirena X Kyleena

O DIU hormonal libera diariamente, em pequenas doses, um hormônio semelhante à progesterona, um dos principais hormônios femininos, o levonorgestrel, prevenindo a gravidez e promovendo a diminuição ou suspensão da menstruação, o que pode ser particularmente importante para as mulheres com períodos dolorosos ou intensos.

O DIU hormonal atua da seguinte forma: 

  • provoca o espessamento do muco cervical, substância produzida pelo colo uterino que protege os órgãos reprodutores contra ascensão de microrganismos presentes na vagina, impedindo, dessa forma, a passagem dos espermatozoides;
  • inibe o espessamento do endométrio, camada interna uterina, que durante os ciclos menstruais torna-se mais espesso e vascularizado para receber um possível embrião formado na fecundação. Nessa camada ele se implanta para dar início à gravidez;
  • diminui a motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação, fusão entre óvulo e espermatozoide que vai gerar a primeira célula do embrião, e respondem pelo transporte dos gametas para esse processo acontecer, bem como pelo do embrião formado ao útero para se implantar. 

Esse mecanismo de ação é semelhante no DIU Mirena e no DIU Kyleena, embora eles se diferenciem em outros pontos. Veja abaixo:

  • tamanho: o DIU Mirena é maior, tem 32mm de comprimento, 32mm de largura e 1,55 mm de espessura. Já as dimensões do DIU Kyleena são 30mm de comprimento, 28mm de largura e 1,9mm de espessura. O tamanho menor facilita a colocação;
  • quantidade e liberação de levonorgestrel: o DIU Mirena tem 52mg de levonorgestrel e libera diariamente cerca de 15mcg (microgramas); o DIU Kyleena, por sua vez, tem 19,5mg e libera aproximadamente 9mcg por dia. A quantidade, entretanto, não interfere na eficácia;
  • suspensão da menstruação: segundo estudos, apenas 1 a cada 100 mulheres que usam o DIU Kaleena podem ter a menstruação suspensa após um ano, enquanto esse feito pode ser percebido por 2 entre 10 mulheres que usam o DIU Mirena, por isso, geralmente é o mais indicado às com períodos menstruais mais intensos e cólicas severas, além de aliviar também a dor pélvica característica da endometriose. 

Tanto o DIU Mirena como o DIU Kyleena têm duração de 5 anos. Depois desse tempo, devem ser substituídos.

Como é possível perceber, existem muitas semelhanças entre o DIU Kyleena e o DIU Mirena, sendo as principais diferenças entre os dois o tamanho, a quantidade de hormônio liberada e o impacto em períodos intensos. Os dois podem prevenir em até 99% uma gravidez indesejada. 

É possível que alguns efeitos colaterais também ocorram nos dois casos. O mais comum é o sangramento de escape ou spotting, um leve sangramento que acontece fora do período menstrual, que pode durar entre 3 meses e 6 meses. Também podem induzir a formação de cistos ovarianos, embora isso ocorra mais raramente.

Hoje, o risco de infecção é bastante baixo, praticamente inexistente, bem como as chances de gravidez ectópica, quando o embrião se implanta em uma das tubas uterinas em vez do útero. 

A colocação é feita pelo colo do útero e o procedimento dura entre 10 e 20 minutos. Ambos têm um formato de T, com um braço de cada lado e um fio na parte inferior que desce até o colo do útero e a vagina.

Ainda que o DIU Mirena e o DIU Kyleena tenham diversas vantagens, como a longa duração e o fato de serem um método de controle de natalidade reversível, é importante procurar um especialista para avaliar o método contraceptivo mais adequado. Os DIUs hormonais, por exemplo, são contraindicados em algumas situações, bem como existem outras opções anticoncepcionais. 

Quer saber mais sobre o DIU Mirena e suas vantagens? Toque aqui!

Como calcular meu período fértil para aumentar as chances de engravidar?

O ciclo menstrual ou reprodutivo das mulheres inicia na puberdade, com a primeira menstruação, e se encerra na menopausa, com a última. É um processo em que ocorrem diferentes alterações fisiológicas preparando o corpo da mulher para uma possível gestação.

Dividido em três fases, ocorre continuamente regulado por diferentes hormônios, quando são utilizados os folículos armazenados nos ovários desde o nascimento, estruturas que contêm o óvulo imaturo.

Durante o ciclo menstrual o endométrio, mucosa que reveste o útero internamente, também é preparado para receber um possível embrião formado na fecundação, o que é motivado pelos hormônios estrogênio e progesterona, tornando-o mais espesso e vascularizado, características que permitem que ele se implante, fixando-se para dar início à gestação, bem como a troca de nutrientes com a mãe até a placenta estar estabelecida.

Se não houver fecundação, por outro lado, o endométrio descama originando a menstruação, que marca o começo que um novo ciclo.

Na maioria das mulheres, esse processo acontece em 28 dias, com pequenas variações de mais ou menos dias, porém sempre no mesmo intervalo, o que é clinicamente denominado como ciclo menstrual regular. Já nos ciclos considerados irregulares essa variação ocorre em intervalos diferentes.

Tanto nos ciclos regulares quanto nos irregulares, há um período em que as chances de engravidar são mais altas. Conhecido como período fértil, é possível identificá-lo nas duas situações. No primeiro caso, o cálculo pode ser feito de forma bastante precisa, enquanto no segundo é necessário observar alguns sinais.

Continue a leitura até o final e saiba como calcular o período fértil para aumentar as chances de engravidar, ação fundamental para as tentantes! Confira!

Ovulação e período fértil

Na primeira fase do ciclo menstrual, a folicular, vários folículos são recrutados e crescem pela ação do FSH (hormônio folículo-estimulante); um deles se destaca, folículo dominante, desenvolve e amadurece estimulado pelo LH (hormônio luteinizante). Enquanto se desenvolve, secreta estrogênio, hormônio que inicia o preparo do endométrio.

No momento em que o folículo dominante atinge o auge do desenvolvimento, um pico de LH o induz ao amadurecimento final e rompimento. Isso acontece na segunda fase do ciclo, a ovulatória, quando libera seu óvulo, também maduro, na ovulação.

Após liberar o óvulo, as células do folículo dominante transformam-se em uma glândula endócrina temporária na última fase do ciclo menstrual, a lútea. Chamada corpo-lúteo, sua principal função é secretar progesterona, hormônio que finaliza o preparo endometrial.

Nos ciclos em que não há fecundação o corpo-lúteo se degenera, levando ao rebaixamento dos níveis hormonais, o que provoca a descamação do endométrio e, assim, a menstruação.

Ovulação

Quando ocorre a ovulação, o óvulo liberado é captado pela tubas uterinas, órgãos responsáveis pela fecundação que fazem a ligação entre os ovários e o útero, e, aguarda por 24h o encontro com o espermatozoide.

Os espermatozoides, por sua vez, viajam pela extremidade uterina das tubas. Milhares são lançados no organismo feminino durante a ejaculação, entretanto apenas um deles alcança o óvulo para fecundá-lo, evento em que o penetra gerando a primeira célula do embrião.

Período fértil

Ainda que o tempo de sobrevida do óvulo, 24h, possa sinalizar o momento de maior fertilidade da mulher, o período fértil considera também o tempo que os espermatozoides podem permanecer vivos no organismo feminino, aproximadamente 72h.

Para calcular o período fértil, além do tempo de sobrevida dos gametas é preciso anotar a data do primeiro dia da menstruação, o que permite estimar a data provável da ovulação; em ciclos regulares de 28 dias geralmente acontece no 14º, na metade.

Se o primeiro dia da menstruação for o dia 7, por exemplo, a ovulação provavelmente vai ocorrer no dia 21. Como o espermatozoide sobrevive por 72h e o óvulo por 24h, devem ser subtraídos 3 dias e adicionado 1. O período fértil, nesse caso, está localizado entre os dias 18 e 22 do mês correspondente.

Ciclos irregulares

São considerados ciclos irregulares, aqueles que ocorrem fora dos intervalos considerados regulares por mais de seis meses consecutivos, podem ser mais curtos ou mais longos. Essa variação compromete o cálculo preciso do período fértil, assim, é necessário considerar outros elementos para identificá-lo. Veja abaixo:

  • sinais do corpo: quando a ovulação se aproxima, o muco cervical, substância produzida pelo como uterino para proteger os órgãos reprodutores contra ascensão de microrganismos naturalmente presentes na vagina, torna-se mais elástico, com uma aparência semelhante à da clara de ovo. Sensibilidade e inchaço das mamas, aumento da libido, bem como alterações de humor podem igualmente ser percebidos. Quando o óvulo se rompe, podem ocorrer ainda cólicas mais leves;
  • temperatura corporal basal: a temperatura do corpo geralmente diminui imediatamente antes da ovulação e aumenta logo após.

É possível recorrer ainda aos testes de ovulação encontrados em farmácias. Eles indicam os níveis de LH, ou seja, altos níveis sugerem que o folículo está próximo ao rompimento.

Essas alternativas também devem ser utilizadas por mulheres com ciclos regulares, o que ajuda a tornar ainda mais precisa a identificação do período fértil, permitindo que a relação sexual seja intensificada nessa ocasião, aumentando, dessa forma, as chances de engravidar.

Mulheres que pretendem engravidar, por outro lado, devem ficar atentas à importância da consulta pré-concepcional, feita ao ginecologista-obstetra pelo menos três meses antes de iniciar as tentativas e necessária para garantir uma gravidez saudável para a mãe e seu futuro bebê.

Siga o link e saiba tudo sobre ciclo menstrual, ovulação e período fértil!

DIUs: conheça todos os tipos, as diferenças e os benefícios

Seguro, eficaz e de longa duração, o DIU (dispositivo intrauterino) se destaca entre as opções de métodos contraceptivos disponíveis atualmente quando a intenção é adiar os planos de formar uma família.

Como o nome sugere, é um dispositivo inserido no útero que libera substâncias tornando o ambiente hostil para os espermatozoides, impedindo a fecundação, etapa da gravidez em que a primeira célula do embrião é formada pela fusão dos gametas (óvulo e espermatozoide), ou a implantação do embrião, etapa na qual se fixa ao endométrio, camada interna uterina para dar início à gestação.

A ação proporcionada pelo DIU previne em quase 100% a ocorrência de gestação. Além disso, não interfere na relação sexual, é um método reversível, ou seja, no momento que houver o desejo de ter filhos pode ser removido sem nenhum tipo de risco para a fertilidade. O tempo de duração pode ser de até 10 anos, de acordo com o tipo, no entanto, é facilmente substituído.

O procedimento para colocação do DIU é realizado por um ginecologista em ambiente laboratorial, como clínicas ou consultórios médicos. Na maioria das vezes, não é necessário o uso de anestesias, bem como pode ser colocado em qualquer fase do ciclo menstrual, inclusive durante a menstruação, quando o colo uterino está mais dilatado, o que facilita o processo.

O controle, por sua vez, é feito anualmente por ultrassonografia transvaginal, como parte das consultas de rotina. Continue a leitura até o final para conhecer em detalhes todos os tipos de DIU, funcionamento, tempo de duração e ação proporcionada por cada um. Confira!

Tipos de DIU

Hoje, quatro tipos de DIU são mais indicados pelos especialistas: DIU Mirena, DIU Kyleena, DIU de cobre e DIU com fio de prata. Veja abaixo as principais características de cada um:

DIU Mirena

O DIU Mirena libera diariamente, em pequenas doses, um hormônio semelhante à progesterona, provocando o espessamento do muco cervical, substância produzida pelo colo uterino que protege os órgãos reprodutores contra ascensão de microrganismos presentes na vagina, impedindo, dessa forma, a passagem dos espermatozoides.

Também inibe o espessamento do endométrio, que, estimulado pelo estrogênio e progesterona, principais hormônios femininos, se torna mais espesso e vascularizado durante os ciclos menstruais, características que proporcionam o ambiente adequado para receber um possível embrião formado na fecundação.

Estimula, ainda, a redução da motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação e respondem pelo transporte dos gametas para esse evento acontecer.

O DIU Mirena tem duração de até seis anos; após esse período deve ser substituído. Por outro lado, seu uso não é indicado para mulheres com inflamações pélvicas ativas, se houver suspeita de gravidez, de cânceres de mama ou útero e contraindicação para utilização de hormônios.

DIU Kyleena

O DIU Kyleena, assim como o Mirena, tem com mecanismo de ação a liberação de pequenas doses diárias de progesterona, atuando, portanto, de forma semelhante. No entanto, eles se diferenciam na dosagem: o DIU Kyleena libera aproximadamente 9 microgramas (mcg) e o Mirena cerca de 15 mcg. Apesar dessa diferença, não há nenhuma interferência na ação contraceptiva.

O DIU Kyleena geralmente tem uma duração menor, de 5 anos, depois deve ser substituído.

DIU de cobre

Esse tipo de DIU é revestido com cobre, elemento tóxico para os espermatozoides liberado diariamente em pequenas quantidades, que impede sua sobrevida ou a motilidade, capacidade de movimento no organismo feminino, e, assim, a fecundação.

O DIU de cobre interfere igualmente no preparo endometrial e na motilidade tubária. O tempo de duração, entretanto, é maior, aproximadamente 10 anos, bem como é uma alternativa importante quando há contraindicação ao uso de hormônios.

DIU com fio de prata

DIU com fio de prata é uma versão do DIU de cobre composto pelos dois metais, liberados em pequenas quantidades diariamente; a prata foi acrescentada às hastes e atua estabilizando o cobre quando se misturam, reduzindo as chances de fragmentação.

O ambiente uterino torna-se igualmente tóxico para os espermatozoides, bem como o preparo adequado do endométrio é comprometido. Embora a ação e eficácia do DIU com fio de prata seja semelhante ao de cobre, sua durabilidade é menor, aproximadamente 5 anos.

Porém, como o DIU de cobre é uma alternativa nos casos em que o uso de hormônios é contraindicado.

Normalmente, antes de colocar qualquer tipo de DIU a paciente é submetida a diferentes exames para verificar a possibilidade de condições que podem impedir ou dificultar o processo, incluindo o rastreio para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que resultam em inflamações nos órgãos reprodutores e a presença de pólipos endometriais ou miomas uterinos, doenças femininas comuns que podem causar distorções anatômicas no útero dificultando o posicionamento adequado.

A eficácia do DIU é comprovada por diferentes estudos, contudo a indicação do método contraceptivo deve sempre ser feita por um especialista, que considera diferentes fatores para determinar a melhor opção. Para as mulheres que pretendem engravidar durante um intervalo menor do que 5 anos, por exemplo, podem ser sugeridas outras alternativas.

Siga o link e conheça tudo sobre DIU Mirena!

Ginecologia para adolescentes: quando deve ser a primeira consulta?

Cada especialidade médica é voltada para a prevenção e o tratamento de diferentes aspectos da saúde ou de diferentes grupos etários. O pediatra, por exemplo, é responsável por cuidar de crianças, sendo o principal médico a acompanhar os pacientes desde o nascimento até a adolescência. No caso das meninas, também ressaltamos a importância do especialista em ginecologia para adolescentes.

Recomenda-se que mulheres de todas as idades realizem consultas de rotina ao ginecologista. A dúvida que muitas pessoas podem ter é sobre a idade adequada para a primeira visita a esse especialista.

Continue a ler este texto e confira a resposta para essa dúvida!

Qual é o papel do ginecologista no cuidado com a saúde da mulher?

A ginecologia é a especialidade da medicina que cuida de problemas de saúde relacionados ao corpo feminino, sobretudo os que podem se desenvolver no aparelho genital. A palavra é de origem grega e significa estudo da mulher.

Recomenda-se que o acompanhamento ginecológico regular seja feito em todas as fases da vida da mulher, desde a adolescência até a menopausa. É importante realizar consultas periódicas, tanto para cumprir os exames preventivos quanto para obter orientações gerais de saúde.

O ginecologista tem papel fundamental na prevenção e no tratamento de doenças femininas, desde vulvovaginites e candidíase, que são condições mais simples, até problemas mais sérios, como endometriose e câncer de colo do útero.

O médico também orienta a mulher quanto aos métodos de contracepção, atenção aos sinais de alterações ginecológicas e questões relacionadas à sexualidade. Além disso, realiza a avaliação preconcepcional para mulheres que desejam engravidar e acompanha a gestante durante o pré-natal — nesse caso, são profissionais que atuam nas especialidades de ginecologia e obstetrícia.

Em virtude de sua atuação no cuidado com a saúde da mulher, independentemente da idade e da fase em que a paciente esteja, o ginecologista contribui para a melhora na qualidade de vida e o aumento da longevidade feminina.

Quando procurar um profissional de ginecologia para adolescentes?

A idade da primeira consulta é variável, mas recomenda-se que o acompanhamento em ginecologia para adolescentes comece logo após a primeira menstruação ou quando surgirem os primeiros sinais de puberdade. Compreender a importância de consultar esse médico desde cedo pode incentivar as jovens pacientes a cuidarem mais de sua saúde ginecológica nos anos futuros.

Os sinais de puberdade incluem crescimento das mamas, pelos pubianos, ganho de curvas no corpo, presença de acne, entre outros. O primeiro sangramento menstrual (menarca) acontece na faixa dos 10 aos 14 anos, geralmente. Contudo, a puberdade precoce ou tardia também requer avaliação médica.

É interessante que as mães de meninas pré-adolescentes não esperem a indicação do pediatra para marcar a consulta com o ginecologista. Ambos os profissionais são importantes, mas cuidam de aspectos distintos da saúde.

Apesar da importância da ginecologia para adolescentes, o especialista nem sempre é regularmente procurado nessa fase — seja por falta de atenção dos familiares, seja por constrangimento da própria menina.

Quando a procura acontece, os motivos mais comuns que levam as pacientes jovens ao consultório ginecológico são: irregularidades menstruais; sintomas ginecológicos, como cólicas intensas e corrimento vaginal; e preocupação com o início da vida sexual e o risco de gravidez precoce.

O que o médico poderá abordar na consulta?

Vários assuntos podem ser discutidos durante a consulta ginecológica, a começar pela queixa ou o fator que motivou a ida ao médico. Caso se trate de alguma alteração menstrual ou sintoma suspeito, isso será avaliado, mas o ginecologista aproveita a ocasião para coletar outras informações sobre a paciente.

Na primeira consulta de rotina, mesmo que não exista nenhuma queixa, é feita a anamnese (entrevista médica) para obter dados sobre: padrão menstrual, idade da primeira menstruação, presença de cólicas etc.

Falar com a paciente adolescente sobre vida sexual, métodos de contracepção e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) é essencial. Caso a menina não se sinta tão confortável em mencionar o assunto na frente da mãe ou de outro responsável, ela tem o direito de ser atendida sozinha.

Os especialistas em ginecologia para adolescentes têm habilidade e experiência para abordar esse assunto da melhor maneira possível. Ainda que a menina tenha consciência dos riscos de uma infecção ou de uma gravidez, as orientações médicas e o esclarecimento de dúvidas diretamente com o profissional fazem toda diferença.

A incidência de ISTs ainda é preocupante, sendo que os mais afetados são os jovens. Isso pode ocorrer por desconhecimento da gravidade dessas doenças e pela prática habitual de sexo inseguro.

No caso das meninas, também há o risco de gravidez na adolescência. O impacto disso é bem mais significativo na vida da mulher, ainda que seu parceiro assuma a responsabilidade. Sendo assim, é dever da família, da escola, das políticas públicas, da sociedade de modo geral e do profissional de ginecologia conscientizar as adolescentes sobre as repercussões biopsicossociais de uma gestação precoce.

A ginecologia para adolescentes também é necessária para fazer a prevenção de doenças graves, como o câncer de colo do útero, que está associado à infecção por HPV (papilomavírus humano). A vacina contra esse vírus é indicada desde a pré-adolescência.

Aproveite para ler nosso texto institucional sobre a primeira consulta ginecológica na infância e adolescência e saiba mais!

DIU Mirena: saiba tudo sobre o DIU

Muita coisa mudou no contexto do planejamento familiar desde a chegada das pílulas contraceptivas, ainda na década de 1960. A partir de então, as mulheres ganharam cada vez mais autonomia para decidir quando querem se tornar mães. Facilitando as formas de evitar uma gravidez não planejada, surgiram vários métodos depois das pílulas, dentre os quais damos destaque ao DIU Mirena.

DIU é a sigla de dispositivo intrauterino. Existem diferentes tipos de DIU, hormonais e não hormonais, todos com elevada eficácia e praticidade no uso diário, o que os torna até mais vantajosos que as convencionais pílulas. No caso do Mirena, também é definido pela sigla SIU-LNG, pois se trata de um sistema intrauterino de liberação de levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética.

Neste post, vamos abordar muitas informações importantes sobre o DIU Mirena, a fim de esclarecer as dúvidas de mulheres que estejam pensando em utilizar esse método de contracepção.

Leia o texto até o final e entenda o que é, como funciona e quais são as vantagens do DIU Mirena (levonorgestrel)!

Quais são os tipos de DIU?

Os dispositivos intrauterinos disponíveis atualmente são:

  • DIU de cobre;
  • DIU Mirena;
  • DIU Kyleena;
  • DIU com fio de prata.

O dispositivo de cobre é revestido por esse metal e, quando inserido no útero, libera substâncias que deixam o microambiente uterino inóspito para os espermatozoides. A qualidade do óvulo também pode sofrer alterações. O DIU com fio de prata também é feito com cobre, mas leva os dois materiais em sua composição. Sendo assim, os mecanismos de contracepção são basicamente os mesmos.

O Mirena e o Kyleena são sistemas intrauterinos hormonais. Ambos liberam levonorgestrel no organismo feminino, mas em quantidades diferentes. O Kyleena tem carga hormonal reduzida e tamanho reduzido. Ele é menor. Os mecanismos anticonceptivos desses dispositivos estão associados, principalmente, a alterações no muco cervical e na receptividade endometrial.

Como o DIU Mirena (levonorgestrel) funciona?

O DIU Mirena é um pequeno dispositivo na forma da letra “T”. É inserido no útero via vaginal, pelo colo uterino, e posicionado dentro do útero pelo ginecologista. Assim que é colocado na cavidade uterina, o DIU começa a liberar levonorgestrel, hormônio sintético com ação progestagênica.

Naturalmente, o corpo da mulher também produz progesterona nos ovários. As funções desse hormônio incluem o preparo do endométrio (tecido que recobre o útero internamente) para uma possível gravidez, assim como a manutenção da gestação.

No ciclo menstrual, os níveis de progesterona aumentam na fase lútea, que compreende os dias após a ovulação e antes da menstruação. Enquanto essa concentração hormonal está elevada, a secreção dos hormônios hipofisários que estimulam a ovulação (FSH e LH) é inibida. Dessa forma, todas essas substâncias, incluindo ainda o estrogênio, agem de forma alternada no corpo da mulher.

Como o DIU Mirena libera levonorgestrel de forma contínua, sempre há concentração de progesterona no organismo, embora seja baixa. Com isso, ocorrem várias alterações na ação hormonal endógena, tais como:

  • o muco cervical permanece mais espesso, tornando mais difícil a subida dos espermatozoides para as tubas uterinas;
  • as tubas têm sua motilidade reduzida, dificultando a captação e o transporte do óvulo;
  • o endométrio fica inadequado para a implantação de um embrião.

Após a colocação do dispositivo, recomenda-se o retorno ao ginecologista para conferir se o DIU está na posição certa, além de avaliar possíveis alterações no padrão menstrual e outros efeitos colaterais. Posteriormente, realiza-se o acompanhamento periódico, que pode ocorrer anualmente ou a cada 6 meses, conforme a orientação do médico.

Quais são as vantagens e desvantagens do DIU Mirena?

O DIU Mirena é uma opção contraceptiva bastante vantajosa, porque:

  • tem eficácia acima de 99%;
  • oferece praticidade no uso, visto que não necessita de lembrança diária, como a pílula;
  • o efeito anticonceptivo é de longa duração, podendo ser retirado somente após 5 anos de uso;
  • a peça não interfere na relação sexual, assim como não tem risco de sair de sua posição;
  • o retorno à fertilidade é rápido, basta a mulher querer engravidar e solicitar ao médico a retirada do dispositivo que suas chances de gravidez são restauradas;
  • reduz as cólicas e o fluxo menstrual;
  • ajuda também a diminuir sintomas de algumas doenças ginecológicas estrogênio-dependentes, como endometriose e mioma.

Em relação às desvantagens, podemos citar os efeitos colaterais da ação contínua de progesterona, os quais podem incluir: mamas doloridas; variações de humor; ganho moderado de peso; dores de cabeça; escapes de sangramento intermenstrual. Entretanto, esses efeitos são comuns apenas nos primeiros meses de uso do DIU hormonal.

É importante reforçar que a colocação do DIU deve ser feita pelo ginecologista, que tem o conhecimento e habilidade para realizar a inserção com maior precisão. Além disso, com o acompanhamento profissional, os riscos de desenvolver algum problema pós-implantação do dispositivo são mínimos, como infecção pélvica e endometrite (inflamação no endométrio).

A avaliação prévia do ginecologista também é necessária para a indicação apropriada do método de contracepção. O DIU Mirena (levonorgestrel) não é recomendado em casos de contraindicação para uso de hormônios, infecções ativas no trato genital, tumores pélvicos e alguns tipos de malformações.

Leia também nosso texto institucional e saiba mais sobre o DIU Mirena!

A importância das consultas de rotina ao ginecologista

Da mesma forma que existem especialidades médicas voltadas para cada sistema do corpo humano ou para grupos etários específicos, existe o profissional da saúde que cuida especificamente da mulher. O organismo feminino é mais suscetível ao desenvolvimento de algumas doenças que o masculino, por isso a importância de realizar consultas de rotina ao ginecologista.

A mulher pode desenvolver muitas doenças ginecológicas, seja porque passa por muitas variações hormonais, seja pela própria constituição do seu aparelho genital. Isso inclui desde as condições mais simples, como a candidíase, até as mais complexas, como diferentes tipos de câncer.

Leia este texto inteiro e entenda os motivos para realizar consultas de rotina ao ginecologista!

O que é ginecologia?

O termo “ginecologia” é de origem grega e significa estudo/ciência da mulher. Portanto, é a especialidade médica que cuida da saúde feminina em todas as fases da vida, o que inclui puberdade, menacme, gravidez e menopausa.

O ginecologista trabalha com ações de prevenção, investigação, diagnóstico e tratamento de anormalidades que afetam o aparelho reprodutor feminino. O foco está em alterações no trato genital inferior (vulva, vagina e colo do útero) e superior (útero, tubas uterinas e ovários), assim como as mamas. A avaliação hormonal também é importante no rastreio desse conjunto orgânico.

Mais do que um profissional que cuida da saúde do aparelho genital, o ginecologista, muitas vezes, é o principal contato da mulher com os cuidados médicos de forma geral. Esse especialista acaba assumindo o papel de âncora, de certa forma. Isso porque, como acompanha a paciente regularmente ao longo de sua vida, pode identificar sinais de alterações distintas e fazer o encaminhamento para outras especialidades.

Em muitos casos, o próprio ginecologista pode prosseguir com a avaliação de condições específicas de saúde por ser capacitado em subespecialidades. Por exemplo:

  • mastologista, que é especializado em tratar doenças das mamas;
  • profissional de ginecologia oncológica, que cuida da paciente com câncer ginecológico;
  • especialista em reprodução humana, indicado para casais com infertilidade;
  • uroginecologista, que trata problemas do sistema geniturinário.
  • obstetra, responsável por acompanhar a mulher na gravidez e no parto.

Por que é importante fazer consultas de rotina ao ginecologista?

As consultas ginecológicas de rotina são importantes para avaliar a saúde da mulher e agir na prevenção de uma série de doenças que, se não tratadas, interferem no bem-estar, na vida sexual e até na fertilidade. Além disso, o contato com o médico dessa especialidade é útil para esclarecer dúvidas sobre sexualidade, planejamento familiar e métodos de contracepção.

Apesar de todos os pontos que justificam o acompanhamento regular, muitas mulheres não vão ao ginecologista com a frequência recomendada. Isso pode decorrer de desconhecimento acerca da seriedade das doenças ginecológicas, rotina tribulada com pouco tempo para pensar em cuidados com a saúde ou até mesmo vergonha de realizar o exame ginecológico e de falar sobre questões íntimas.

Nas consultas de rotina, o ginecologista pode fazer perguntas sobre padrão menstrual, vida sexual, qual o contraceptivo utilizado, histórico gestacional e clínico, hábitos de vida, entre outras. Também é o momento para a paciente relatar possíveis sintomas de alterações ginecológicas.

Dentre os exames mais importantes, o papanicolau é realizado de forma rotineira, uma vez que é capaz de identificar células precursoras do câncer de colo do útero, uma das doenças com altas taxas de morbimortalidade feminina.

Além do Papanicolau, que é feito periodicamente, nas consultas de rotina ao ginecologista, a mulher passa pelo exame físico ginecológico, de forma que é possível verificar alterações no trato genital inferior sugestivas de infecção ou inflamação. A ultrassonografia transvaginal pode ser solicitada mediante suspeita de anormalidades nos órgãos genitais femininos.

Assim, é possível fazer a prevenção de várias doenças ginecológicas ou identificá-las de forma precoce para iniciar um tratamento efetivo.

Quais são as doenças ginecológicas mais comuns?

Quando as consultas de rotina ao ginecologista acontecem na periodicidade recomendada, é possível detectar precocemente uma série de doenças, a começar por condições de simples tratamento até cânceres.

A lista de doenças ginecológicas inclui:

  • vulvovaginites;
  • candidíase;
  • infecções urinárias;
  • doença inflamatória pélvica (DIP), que abrange inflamações no colo do útero (cervicite), na parte de dentro do útero, chamada endométrio (endometrite) e nas tubas uterinas (salpingite);
  • endometriose;
  • mioma uterino;
  • pólipos endometriais;
  • adenomiose;
  • cistos ovarianos;
  • síndrome dos ovários policísticos (SOP);
  • câncer de mama, de colo do útero, de endométrio e de ovário.

Além da prevenção de doenças, o acompanhamento ginecológico regular é importante para esclarecer dúvidas diversas sobre a saúde da mulher, pedir recomendação sobre contracepção e fazer o planejamento familiar — nesse último caso, tanto a avaliação preconcepcional quanto a orientação sobre o adiamento da gravidez são importantes.

Veja, então, que esse profissional da medicina acompanha a mulher em todas as fases da vida. Dessa forma, as consultas de rotina ao ginecologista contribuem para a saúde, a melhora na qualidade de vida e o aumento da longevidade feminina.

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