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DIUs: conheça todos os tipos, as diferenças e os benefícios

Seguro, eficaz e de longa duração, o DIU (dispositivo intrauterino) se destaca entre as opções de métodos contraceptivos disponíveis atualmente quando a intenção é adiar os planos de formar uma família.

Como o nome sugere, é um dispositivo inserido no útero que libera substâncias tornando o ambiente hostil para os espermatozoides, impedindo a fecundação, etapa da gravidez em que a primeira célula do embrião é formada pela fusão dos gametas (óvulo e espermatozoide), ou a implantação do embrião, etapa na qual se fixa ao endométrio, camada interna uterina para dar início à gestação.

A ação proporcionada pelo DIU previne em quase 100% a ocorrência de gestação. Além disso, não interfere na relação sexual, é um método reversível, ou seja, no momento que houver o desejo de ter filhos pode ser removido sem nenhum tipo de risco para a fertilidade. O tempo de duração pode ser de até 10 anos, de acordo com o tipo, no entanto, é facilmente substituído.

O procedimento para colocação do DIU é realizado por um ginecologista em ambiente laboratorial, como clínicas ou consultórios médicos. Na maioria das vezes, não é necessário o uso de anestesias, bem como pode ser colocado em qualquer fase do ciclo menstrual, inclusive durante a menstruação, quando o colo uterino está mais dilatado, o que facilita o processo.

O controle, por sua vez, é feito anualmente por ultrassonografia transvaginal, como parte das consultas de rotina. Continue a leitura até o final para conhecer em detalhes todos os tipos de DIU, funcionamento, tempo de duração e ação proporcionada por cada um. Confira!

Tipos de DIU

Hoje, quatro tipos de DIU são mais indicados pelos especialistas: DIU Mirena, DIU Kyleena, DIU de cobre e DIU com fio de prata. Veja abaixo as principais características de cada um:

DIU Mirena

O DIU Mirena libera diariamente, em pequenas doses, um hormônio semelhante à progesterona, provocando o espessamento do muco cervical, substância produzida pelo colo uterino que protege os órgãos reprodutores contra ascensão de microrganismos presentes na vagina, impedindo, dessa forma, a passagem dos espermatozoides.

Também inibe o espessamento do endométrio, que, estimulado pelo estrogênio e progesterona, principais hormônios femininos, se torna mais espesso e vascularizado durante os ciclos menstruais, características que proporcionam o ambiente adequado para receber um possível embrião formado na fecundação.

Estimula, ainda, a redução da motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação e respondem pelo transporte dos gametas para esse evento acontecer.

O DIU Mirena tem duração de até seis anos; após esse período deve ser substituído. Por outro lado, seu uso não é indicado para mulheres com inflamações pélvicas ativas, se houver suspeita de gravidez, de cânceres de mama ou útero e contraindicação para utilização de hormônios.

DIU Kyleena

O DIU Kyleena, assim como o Mirena, tem com mecanismo de ação a liberação de pequenas doses diárias de progesterona, atuando, portanto, de forma semelhante. No entanto, eles se diferenciam na dosagem: o DIU Kyleena libera aproximadamente 9 microgramas (mcg) e o Mirena cerca de 15 mcg. Apesar dessa diferença, não há nenhuma interferência na ação contraceptiva.

O DIU Kyleena geralmente tem uma duração menor, de 5 anos, depois deve ser substituído.

DIU de cobre

Esse tipo de DIU é revestido com cobre, elemento tóxico para os espermatozoides liberado diariamente em pequenas quantidades, que impede sua sobrevida ou a motilidade, capacidade de movimento no organismo feminino, e, assim, a fecundação.

O DIU de cobre interfere igualmente no preparo endometrial e na motilidade tubária. O tempo de duração, entretanto, é maior, aproximadamente 10 anos, bem como é uma alternativa importante quando há contraindicação ao uso de hormônios.

DIU com fio de prata

DIU com fio de prata é uma versão do DIU de cobre composto pelos dois metais, liberados em pequenas quantidades diariamente; a prata foi acrescentada às hastes e atua estabilizando o cobre quando se misturam, reduzindo as chances de fragmentação.

O ambiente uterino torna-se igualmente tóxico para os espermatozoides, bem como o preparo adequado do endométrio é comprometido. Embora a ação e eficácia do DIU com fio de prata seja semelhante ao de cobre, sua durabilidade é menor, aproximadamente 5 anos.

Porém, como o DIU de cobre é uma alternativa nos casos em que o uso de hormônios é contraindicado.

Normalmente, antes de colocar qualquer tipo de DIU a paciente é submetida a diferentes exames para verificar a possibilidade de condições que podem impedir ou dificultar o processo, incluindo o rastreio para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que resultam em inflamações nos órgãos reprodutores e a presença de pólipos endometriais ou miomas uterinos, doenças femininas comuns que podem causar distorções anatômicas no útero dificultando o posicionamento adequado.

A eficácia do DIU é comprovada por diferentes estudos, contudo a indicação do método contraceptivo deve sempre ser feita por um especialista, que considera diferentes fatores para determinar a melhor opção. Para as mulheres que pretendem engravidar durante um intervalo menor do que 5 anos, por exemplo, podem ser sugeridas outras alternativas.

Siga o link e conheça tudo sobre DIU Mirena!

Ginecologia para adolescentes: quando deve ser a primeira consulta?

Cada especialidade médica é voltada para a prevenção e o tratamento de diferentes aspectos da saúde ou de diferentes grupos etários. O pediatra, por exemplo, é responsável por cuidar de crianças, sendo o principal médico a acompanhar os pacientes desde o nascimento até a adolescência. No caso das meninas, também ressaltamos a importância do especialista em ginecologia para adolescentes.

Recomenda-se que mulheres de todas as idades realizem consultas de rotina ao ginecologista. A dúvida que muitas pessoas podem ter é sobre a idade adequada para a primeira visita a esse especialista.

Continue a ler este texto e confira a resposta para essa dúvida!

Qual é o papel do ginecologista no cuidado com a saúde da mulher?

A ginecologia é a especialidade da medicina que cuida de problemas de saúde relacionados ao corpo feminino, sobretudo os que podem se desenvolver no aparelho genital. A palavra é de origem grega e significa estudo da mulher.

Recomenda-se que o acompanhamento ginecológico regular seja feito em todas as fases da vida da mulher, desde a adolescência até a menopausa. É importante realizar consultas periódicas, tanto para cumprir os exames preventivos quanto para obter orientações gerais de saúde.

O ginecologista tem papel fundamental na prevenção e no tratamento de doenças femininas, desde vulvovaginites e candidíase, que são condições mais simples, até problemas mais sérios, como endometriose e câncer de colo do útero.

O médico também orienta a mulher quanto aos métodos de contracepção, atenção aos sinais de alterações ginecológicas e questões relacionadas à sexualidade. Além disso, realiza a avaliação preconcepcional para mulheres que desejam engravidar e acompanha a gestante durante o pré-natal — nesse caso, são profissionais que atuam nas especialidades de ginecologia e obstetrícia.

Em virtude de sua atuação no cuidado com a saúde da mulher, independentemente da idade e da fase em que a paciente esteja, o ginecologista contribui para a melhora na qualidade de vida e o aumento da longevidade feminina.

Quando procurar um profissional de ginecologia para adolescentes?

A idade da primeira consulta é variável, mas recomenda-se que o acompanhamento em ginecologia para adolescentes comece logo após a primeira menstruação ou quando surgirem os primeiros sinais de puberdade. Compreender a importância de consultar esse médico desde cedo pode incentivar as jovens pacientes a cuidarem mais de sua saúde ginecológica nos anos futuros.

Os sinais de puberdade incluem crescimento das mamas, pelos pubianos, ganho de curvas no corpo, presença de acne, entre outros. O primeiro sangramento menstrual (menarca) acontece na faixa dos 10 aos 14 anos, geralmente. Contudo, a puberdade precoce ou tardia também requer avaliação médica.

É interessante que as mães de meninas pré-adolescentes não esperem a indicação do pediatra para marcar a consulta com o ginecologista. Ambos os profissionais são importantes, mas cuidam de aspectos distintos da saúde.

Apesar da importância da ginecologia para adolescentes, o especialista nem sempre é regularmente procurado nessa fase — seja por falta de atenção dos familiares, seja por constrangimento da própria menina.

Quando a procura acontece, os motivos mais comuns que levam as pacientes jovens ao consultório ginecológico são: irregularidades menstruais; sintomas ginecológicos, como cólicas intensas e corrimento vaginal; e preocupação com o início da vida sexual e o risco de gravidez precoce.

O que o médico poderá abordar na consulta?

Vários assuntos podem ser discutidos durante a consulta ginecológica, a começar pela queixa ou o fator que motivou a ida ao médico. Caso se trate de alguma alteração menstrual ou sintoma suspeito, isso será avaliado, mas o ginecologista aproveita a ocasião para coletar outras informações sobre a paciente.

Na primeira consulta de rotina, mesmo que não exista nenhuma queixa, é feita a anamnese (entrevista médica) para obter dados sobre: padrão menstrual, idade da primeira menstruação, presença de cólicas etc.

Falar com a paciente adolescente sobre vida sexual, métodos de contracepção e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) é essencial. Caso a menina não se sinta tão confortável em mencionar o assunto na frente da mãe ou de outro responsável, ela tem o direito de ser atendida sozinha.

Os especialistas em ginecologia para adolescentes têm habilidade e experiência para abordar esse assunto da melhor maneira possível. Ainda que a menina tenha consciência dos riscos de uma infecção ou de uma gravidez, as orientações médicas e o esclarecimento de dúvidas diretamente com o profissional fazem toda diferença.

A incidência de ISTs ainda é preocupante, sendo que os mais afetados são os jovens. Isso pode ocorrer por desconhecimento da gravidade dessas doenças e pela prática habitual de sexo inseguro.

No caso das meninas, também há o risco de gravidez na adolescência. O impacto disso é bem mais significativo na vida da mulher, ainda que seu parceiro assuma a responsabilidade. Sendo assim, é dever da família, da escola, das políticas públicas, da sociedade de modo geral e do profissional de ginecologia conscientizar as adolescentes sobre as repercussões biopsicossociais de uma gestação precoce.

A ginecologia para adolescentes também é necessária para fazer a prevenção de doenças graves, como o câncer de colo do útero, que está associado à infecção por HPV (papilomavírus humano). A vacina contra esse vírus é indicada desde a pré-adolescência.

Aproveite para ler nosso texto institucional sobre a primeira consulta ginecológica na infância e adolescência e saiba mais!

DIU Mirena: saiba tudo sobre o DIU

Muita coisa mudou no contexto do planejamento familiar desde a chegada das pílulas contraceptivas, ainda na década de 1960. A partir de então, as mulheres ganharam cada vez mais autonomia para decidir quando querem se tornar mães. Facilitando as formas de evitar uma gravidez não planejada, surgiram vários métodos depois das pílulas, dentre os quais damos destaque ao DIU Mirena.

DIU é a sigla de dispositivo intrauterino. Existem diferentes tipos de DIU, hormonais e não hormonais, todos com elevada eficácia e praticidade no uso diário, o que os torna até mais vantajosos que as convencionais pílulas. No caso do Mirena, também é definido pela sigla SIU-LNG, pois se trata de um sistema intrauterino de liberação de levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética.

Neste post, vamos abordar muitas informações importantes sobre o DIU Mirena, a fim de esclarecer as dúvidas de mulheres que estejam pensando em utilizar esse método de contracepção.

Leia o texto até o final e entenda o que é, como funciona e quais são as vantagens do DIU Mirena (levonorgestrel)!

Quais são os tipos de DIU?

Os dispositivos intrauterinos disponíveis atualmente são:

  • DIU de cobre;
  • DIU Mirena;
  • DIU Kyleena;
  • DIU com fio de prata.

O dispositivo de cobre é revestido por esse metal e, quando inserido no útero, libera substâncias que deixam o microambiente uterino inóspito para os espermatozoides. A qualidade do óvulo também pode sofrer alterações. O DIU com fio de prata também é feito com cobre, mas leva os dois materiais em sua composição. Sendo assim, os mecanismos de contracepção são basicamente os mesmos.

O Mirena e o Kyleena são sistemas intrauterinos hormonais. Ambos liberam levonorgestrel no organismo feminino, mas em quantidades diferentes. O Kyleena tem carga hormonal reduzida e tamanho reduzido. Ele é menor. Os mecanismos anticonceptivos desses dispositivos estão associados, principalmente, a alterações no muco cervical e na receptividade endometrial.

Como o DIU Mirena (levonorgestrel) funciona?

O DIU Mirena é um pequeno dispositivo na forma da letra “T”. É inserido no útero via vaginal, pelo colo uterino, e posicionado dentro do útero pelo ginecologista. Assim que é colocado na cavidade uterina, o DIU começa a liberar levonorgestrel, hormônio sintético com ação progestagênica.

Naturalmente, o corpo da mulher também produz progesterona nos ovários. As funções desse hormônio incluem o preparo do endométrio (tecido que recobre o útero internamente) para uma possível gravidez, assim como a manutenção da gestação.

No ciclo menstrual, os níveis de progesterona aumentam na fase lútea, que compreende os dias após a ovulação e antes da menstruação. Enquanto essa concentração hormonal está elevada, a secreção dos hormônios hipofisários que estimulam a ovulação (FSH e LH) é inibida. Dessa forma, todas essas substâncias, incluindo ainda o estrogênio, agem de forma alternada no corpo da mulher.

Como o DIU Mirena libera levonorgestrel de forma contínua, sempre há concentração de progesterona no organismo, embora seja baixa. Com isso, ocorrem várias alterações na ação hormonal endógena, tais como:

  • o muco cervical permanece mais espesso, tornando mais difícil a subida dos espermatozoides para as tubas uterinas;
  • as tubas têm sua motilidade reduzida, dificultando a captação e o transporte do óvulo;
  • o endométrio fica inadequado para a implantação de um embrião.

Após a colocação do dispositivo, recomenda-se o retorno ao ginecologista para conferir se o DIU está na posição certa, além de avaliar possíveis alterações no padrão menstrual e outros efeitos colaterais. Posteriormente, realiza-se o acompanhamento periódico, que pode ocorrer anualmente ou a cada 6 meses, conforme a orientação do médico.

Quais são as vantagens e desvantagens do DIU Mirena?

O DIU Mirena é uma opção contraceptiva bastante vantajosa, porque:

  • tem eficácia acima de 99%;
  • oferece praticidade no uso, visto que não necessita de lembrança diária, como a pílula;
  • o efeito anticonceptivo é de longa duração, podendo ser retirado somente após 5 anos de uso;
  • a peça não interfere na relação sexual, assim como não tem risco de sair de sua posição;
  • o retorno à fertilidade é rápido, basta a mulher querer engravidar e solicitar ao médico a retirada do dispositivo que suas chances de gravidez são restauradas;
  • reduz as cólicas e o fluxo menstrual;
  • ajuda também a diminuir sintomas de algumas doenças ginecológicas estrogênio-dependentes, como endometriose e mioma.

Em relação às desvantagens, podemos citar os efeitos colaterais da ação contínua de progesterona, os quais podem incluir: mamas doloridas; variações de humor; ganho moderado de peso; dores de cabeça; escapes de sangramento intermenstrual. Entretanto, esses efeitos são comuns apenas nos primeiros meses de uso do DIU hormonal.

É importante reforçar que a colocação do DIU deve ser feita pelo ginecologista, que tem o conhecimento e habilidade para realizar a inserção com maior precisão. Além disso, com o acompanhamento profissional, os riscos de desenvolver algum problema pós-implantação do dispositivo são mínimos, como infecção pélvica e endometrite (inflamação no endométrio).

A avaliação prévia do ginecologista também é necessária para a indicação apropriada do método de contracepção. O DIU Mirena (levonorgestrel) não é recomendado em casos de contraindicação para uso de hormônios, infecções ativas no trato genital, tumores pélvicos e alguns tipos de malformações.

Leia também nosso texto institucional e saiba mais sobre o DIU Mirena!

A importância das consultas de rotina ao ginecologista

Da mesma forma que existem especialidades médicas voltadas para cada sistema do corpo humano ou para grupos etários específicos, existe o profissional da saúde que cuida especificamente da mulher. O organismo feminino é mais suscetível ao desenvolvimento de algumas doenças que o masculino, por isso a importância de realizar consultas de rotina ao ginecologista.

A mulher pode desenvolver muitas doenças ginecológicas, seja porque passa por muitas variações hormonais, seja pela própria constituição do seu aparelho genital. Isso inclui desde as condições mais simples, como a candidíase, até as mais complexas, como diferentes tipos de câncer.

Leia este texto inteiro e entenda os motivos para realizar consultas de rotina ao ginecologista!

O que é ginecologia?

O termo “ginecologia” é de origem grega e significa estudo/ciência da mulher. Portanto, é a especialidade médica que cuida da saúde feminina em todas as fases da vida, o que inclui puberdade, menacme, gravidez e menopausa.

O ginecologista trabalha com ações de prevenção, investigação, diagnóstico e tratamento de anormalidades que afetam o aparelho reprodutor feminino. O foco está em alterações no trato genital inferior (vulva, vagina e colo do útero) e superior (útero, tubas uterinas e ovários), assim como as mamas. A avaliação hormonal também é importante no rastreio desse conjunto orgânico.

Mais do que um profissional que cuida da saúde do aparelho genital, o ginecologista, muitas vezes, é o principal contato da mulher com os cuidados médicos de forma geral. Esse especialista acaba assumindo o papel de âncora, de certa forma. Isso porque, como acompanha a paciente regularmente ao longo de sua vida, pode identificar sinais de alterações distintas e fazer o encaminhamento para outras especialidades.

Em muitos casos, o próprio ginecologista pode prosseguir com a avaliação de condições específicas de saúde por ser capacitado em subespecialidades. Por exemplo:

  • mastologista, que é especializado em tratar doenças das mamas;
  • profissional de ginecologia oncológica, que cuida da paciente com câncer ginecológico;
  • especialista em reprodução humana, indicado para casais com infertilidade;
  • uroginecologista, que trata problemas do sistema geniturinário.
  • obstetra, responsável por acompanhar a mulher na gravidez e no parto.

Por que é importante fazer consultas de rotina ao ginecologista?

As consultas ginecológicas de rotina são importantes para avaliar a saúde da mulher e agir na prevenção de uma série de doenças que, se não tratadas, interferem no bem-estar, na vida sexual e até na fertilidade. Além disso, o contato com o médico dessa especialidade é útil para esclarecer dúvidas sobre sexualidade, planejamento familiar e métodos de contracepção.

Apesar de todos os pontos que justificam o acompanhamento regular, muitas mulheres não vão ao ginecologista com a frequência recomendada. Isso pode decorrer de desconhecimento acerca da seriedade das doenças ginecológicas, rotina tribulada com pouco tempo para pensar em cuidados com a saúde ou até mesmo vergonha de realizar o exame ginecológico e de falar sobre questões íntimas.

Nas consultas de rotina, o ginecologista pode fazer perguntas sobre padrão menstrual, vida sexual, qual o contraceptivo utilizado, histórico gestacional e clínico, hábitos de vida, entre outras. Também é o momento para a paciente relatar possíveis sintomas de alterações ginecológicas.

Dentre os exames mais importantes, o papanicolau é realizado de forma rotineira, uma vez que é capaz de identificar células precursoras do câncer de colo do útero, uma das doenças com altas taxas de morbimortalidade feminina.

Além do Papanicolau, que é feito periodicamente, nas consultas de rotina ao ginecologista, a mulher passa pelo exame físico ginecológico, de forma que é possível verificar alterações no trato genital inferior sugestivas de infecção ou inflamação. A ultrassonografia transvaginal pode ser solicitada mediante suspeita de anormalidades nos órgãos genitais femininos.

Assim, é possível fazer a prevenção de várias doenças ginecológicas ou identificá-las de forma precoce para iniciar um tratamento efetivo.

Quais são as doenças ginecológicas mais comuns?

Quando as consultas de rotina ao ginecologista acontecem na periodicidade recomendada, é possível detectar precocemente uma série de doenças, a começar por condições de simples tratamento até cânceres.

A lista de doenças ginecológicas inclui:

  • vulvovaginites;
  • candidíase;
  • infecções urinárias;
  • doença inflamatória pélvica (DIP), que abrange inflamações no colo do útero (cervicite), na parte de dentro do útero, chamada endométrio (endometrite) e nas tubas uterinas (salpingite);
  • endometriose;
  • mioma uterino;
  • pólipos endometriais;
  • adenomiose;
  • cistos ovarianos;
  • síndrome dos ovários policísticos (SOP);
  • câncer de mama, de colo do útero, de endométrio e de ovário.

Além da prevenção de doenças, o acompanhamento ginecológico regular é importante para esclarecer dúvidas diversas sobre a saúde da mulher, pedir recomendação sobre contracepção e fazer o planejamento familiar — nesse último caso, tanto a avaliação preconcepcional quanto a orientação sobre o adiamento da gravidez são importantes.

Veja, então, que esse profissional da medicina acompanha a mulher em todas as fases da vida. Dessa forma, as consultas de rotina ao ginecologista contribuem para a saúde, a melhora na qualidade de vida e o aumento da longevidade feminina.

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