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DIU Mirena e DIU Kyleena: diferenças

por: Equipe NOG

O dispositivo intrauterino (DIU) é o método de controle de natalidade reversível mais popular no mundo, com milhões de usuárias. Além da sua eficácia para prevenir a gravidez, pode ser removido a qualquer momento se houver o desejo de ter filhos. 

O método tornou-se mais conhecido na década de 1960, embora o primeiro artigo publicado sobre a inserção de DIUs seja de 1909, pelo médico alemão Richard Richter. O dispositivo que ele inseriu naquela época ainda era bastante rudimentar, um anel feito de tripa de bicho-da-seda com duas extremidades que se projetavam do orifício cervical, permitindo sua verificação e remoção. 

Durante sua evolução o DIU passou por diferentes desafios, incluindo os percentuais de eficácia e a contenção de inflamações. A partir da década de 1960 tornou-se mais seguro e diferentes tipos foram desenvolvidos. Atualmente, dois são utilizados, o de cobre e o hormonal. 

Entre os DIUs hormonais que estão disponíveis o DIU Mirena, desenvolvido em 2001 e o DIU Kyleena, mais recente, de 2016, se destacam por sua eficácia de quase 100%, porém existem algumas diferenças entre eles e, por isso, a dúvida sobre qual escolher ainda é bastante frequente entre as mulheres.

Continue a leitura até o final para saber quais as diferenças entre o DIU Mirena e o DIU Kyleena e as vantagens de cada um. Confira! 

Mirena X Kyleena

O DIU hormonal libera diariamente, em pequenas doses, um hormônio semelhante à progesterona, um dos principais hormônios femininos, o levonorgestrel, prevenindo a gravidez e promovendo a diminuição ou suspensão da menstruação, o que pode ser particularmente importante para as mulheres com períodos dolorosos ou intensos.

O DIU hormonal atua da seguinte forma: 

  • provoca o espessamento do muco cervical, substância produzida pelo colo uterino que protege os órgãos reprodutores contra ascensão de microrganismos presentes na vagina, impedindo, dessa forma, a passagem dos espermatozoides;
  • inibe o espessamento do endométrio, camada interna uterina, que durante os ciclos menstruais torna-se mais espesso e vascularizado para receber um possível embrião formado na fecundação. Nessa camada ele se implanta para dar início à gravidez;
  • diminui a motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação, fusão entre óvulo e espermatozoide que vai gerar a primeira célula do embrião, e respondem pelo transporte dos gametas para esse processo acontecer, bem como pelo do embrião formado ao útero para se implantar. 

Esse mecanismo de ação é semelhante no DIU Mirena e no DIU Kyleena, embora eles se diferenciem em outros pontos. Veja abaixo:

  • tamanho: o DIU Mirena é maior, tem 32mm de comprimento, 32mm de largura e 1,55 mm de espessura. Já as dimensões do DIU Kyleena são 30mm de comprimento, 28mm de largura e 1,9mm de espessura. O tamanho menor facilita a colocação;
  • quantidade e liberação de levonorgestrel: o DIU Mirena tem 52mg de levonorgestrel e libera diariamente cerca de 15mcg (microgramas); o DIU Kyleena, por sua vez, tem 19,5mg e libera aproximadamente 9mcg por dia. A quantidade, entretanto, não interfere na eficácia;
  • suspensão da menstruação: segundo estudos, apenas 1 a cada 100 mulheres que usam o DIU Kaleena podem ter a menstruação suspensa após um ano, enquanto esse feito pode ser percebido por 2 entre 10 mulheres que usam o DIU Mirena, por isso, geralmente é o mais indicado às com períodos menstruais mais intensos e cólicas severas, além de aliviar também a dor pélvica característica da endometriose. 

Tanto o DIU Mirena como o DIU Kyleena têm duração de 5 anos. Depois desse tempo, devem ser substituídos.

Como é possível perceber, existem muitas semelhanças entre o DIU Kyleena e o DIU Mirena, sendo as principais diferenças entre os dois o tamanho, a quantidade de hormônio liberada e o impacto em períodos intensos. Os dois podem prevenir em até 99% uma gravidez indesejada. 

É possível que alguns efeitos colaterais também ocorram nos dois casos. O mais comum é o sangramento de escape ou spotting, um leve sangramento que acontece fora do período menstrual, que pode durar entre 3 meses e 6 meses. Também podem induzir a formação de cistos ovarianos, embora isso ocorra mais raramente.

Hoje, o risco de infecção é bastante baixo, praticamente inexistente, bem como as chances de gravidez ectópica, quando o embrião se implanta em uma das tubas uterinas em vez do útero. 

A colocação é feita pelo colo do útero e o procedimento dura entre 10 e 20 minutos. Ambos têm um formato de T, com um braço de cada lado e um fio na parte inferior que desce até o colo do útero e a vagina.

Ainda que o DIU Mirena e o DIU Kyleena tenham diversas vantagens, como a longa duração e o fato de serem um método de controle de natalidade reversível, é importante procurar um especialista para avaliar o método contraceptivo mais adequado. Os DIUs hormonais, por exemplo, são contraindicados em algumas situações, bem como existem outras opções anticoncepcionais. 

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