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Como escolher o melhor anticoncepcional para você?

por: Equipe NOG

O anticoncepcional, conhecido ainda como contraceptivo, é um método que têm como objetivo evitar uma gravidez indesejada, o que geralmente acontece a partir da inibição de duas etapas importantes do ciclo menstrual:

  • fecundação, encontro entre os gametas, óvulo e espermatozoide para gerar a primeira célula do embrião, estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano;
  • implantação embrionária, processo em que o embrião se implanta na camada interna do útero, o endométrio, para dar início a gravidez.

A pílula anticoncepcional é o mais popular e utilizado no mundo todo. É considerada um dos avanços socialmente mais significativos da medicina nas últimas décadas por ter possibilitado o planejamento da gravidez, característica que a tornou um dos principais símbolos dos movimentos feministas na década de 1960, uma vez que representava uma evolução na liberdade reprodutiva das mulheres.

Atualmente, entretanto, os percentuais de eficácia são bem mais expressivos, quase 100%, assim como uma diversidade de métodos anticoncepcionais está disponível; dos hormonais ou não hormonais aos reversíveis de longa duração ou permanentes e os usados como contracepção de emergência.

Além da pílula anticoncepcional, a lista inclui os dispositivos intrauterinos (DIUs), implantes, adesivos, injetáveis, anéis vaginais, preservativos e a esterilização masculina ou feminina. Apesar de toda essa diversidade, entretanto, é necessário considerar diferentes fatores antes de escolher o anticoncepcional mais adequado.

Mostramos, neste texto, como escolher o melhor anticoncepcional para você. Continue a leitura até o final e confira!

Entenda como é feita a prescrição do melhor anticoncepcional para a paciente

Entre os fatores considerados para escolher o melhor anticoncepcional para a paciente estão o tempo de interrupção da fertilidade, ou seja, quando ela planeja engravidar; questões de saúde que podem impedir o uso de determinadas substâncias, como os hormônios, bem como segurança, eficácia, disponibilidade, acessibilidade e aceitabilidade.

Em certos lugares, por exemplo, apenas alguns tipos estão disponíveis, são mais acessíveis ou distribuídos gratuitamente pelos órgãos de saúde. A aceitabilidade, por outro lado, está relacionada a questões como a opção religiosa, pessoal, do parceiro ou dos familiares.

Antes de fazer a escolha, o ginecologista pode solicitar ainda diferentes exames para verificar a saúde os órgãos reprodutores. Os resultados diagnósticos também interferem na definição do tipo mais adequado.

Conheça, abaixo, os principais métodos anticoncepcionais disponíveis atualmente e as características de cada um:

Anticoncepcional de barreira

O anticoncepcional de barreira, como o nome sugere, tem como objetivo impedir a entrada dos espermatozoides na vagina, que posteriormente nadam até as tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação.

Além disso, são a única forma de impedir a contaminação por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) como a clamídia e gonorreia, que se tornaram novamente disseminadas nas sociedades contemporâneas, tendo seu uso, portanto, recomendado em todas as relações sexuais. Os mais conhecidos são os preservativos masculino e feminino, as famosas camisinhas.

No entanto, são os que apresentam menor eficácia, com percentuais de falha que variam de 13% a 27% de acordo com o tipo, o que sugere que seu uso deve sempre ser associado a outro anticoncepcional.

As mulheres podem contar ainda com o diafragma e com a esponja contraceptiva, embora esse último represente o percentual mais alto de falhas, 27%.

Anticoncepcional hormonal

O anticoncepcional hormonal utiliza os hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona para prevenir a gravidez, isoladamente ou combinados. A pílula anticoncepcional, que lidera o ranking, por exemplo, tem a versão combinada ou só com progesterona.

Os percentuais de falhas desses métodos, por sua vez, são bastante baixos, variam de 0, 1%, como no caso das pílulas, a 7%.

Os outros incluem:

  • implante: um dispositivo inserido sob a pele do braço, que libera durante três anos, diariamente, progesterona no organismo. Os percentuais de falha também são de 0,1%;
  • injeção de progesterona: é aplicada nas nádegas ou no braço a cada três meses. Os percentuais de falhas são de 4%;
  • adesivo: é usado na parte inferior do abdômen, nádegas ou parte superior do corpo e libera progesterona e estrogênio. Deve ser substituído semanalmente e tem até 7% de chances de falhar;
  • anel contraceptivo vaginal: inserido dentro da vagina, libera progesterona e estrogênio. Pode ser usado por três semanas e deve ser substituído logo após a menstruação. Os percentuais de falha são de 7%.

Anticoncepcional reversível de ação prolongada

Os métodos reversíveis de ação prolongada são os dispositivos intrauterinos (DIUs), que por essa qualidade também são amplamente utilizados no mundo todo.

Existem dois tipos de DIU, o hormonal e o de cobre, que são inseridos no útero. O DIU hormonal libera diariamente progesterona, tem duração de até 6 anos e pode ser removido a qualquer momento que a mulher desejar engravidar. Os percentuais de falha variam entre 0,1% e 0,4%.

O DIU de cobre, por sua vez, é revestido por esse elemento, tóxico para os espermatozoides liberado diariamente em pequenas quantidades, impedindo sua sobrevida ou motilidade, capacidade de movimento no organismo feminino. Pode durar aproximadamente 10 anos, com percentuais de falha de 0,8%.

Anticoncepcional de emergência

Esse tipo de anticoncepcional deve ser usado apenas em situações emergenciais, ou seja, não é um método regular de controle de natalidade. O uso é recomendado quando outros métodos falham, como o rompimento dos preservativos, ou em situações que o sexo é praticado à força, sem proteção.

Dois métodos podem ser usados com esse objetivo, a pílula do dia seguinte e o DIU de cobre, que pode ser inserido até cinco dias após a relação sexual desprotegida.

Quando não há mais o desejo de ter filhos, mulheres e homens podem recorrer ainda à contracepção permanente, a esterilização. O procedimento feminino é denominado laqueadura e, o masculino, vasectomia.

Já as mulheres que estão amamentando podem contar com o método anticoncepcional de amenorreia lactacional (LAM) durante os seis meses posteriores ao nascimento, que utiliza a amamentação exclusiva para prevenir nova gravidez.

Nas situações em que não há a possibilidade de utilizar nenhum anticoncepcional, por outro, o método baseado na consciência da fertilidade pode ser aplicado, como a observação de sinais manifestados pelo corpo durante o período fértil, ou sua identificação por cálculos específicos. Porém, os percentuais de falhas são altos, de até 23%, por isso, não é aconselhada a prática sexual durante esse intervalo.

Existem, portanto, diferentes formas de se evitar uma gravidez indesejada e apenas o ginecologista pode orientar sobre o anticoncepcional mais adequado para cada mulher.

Toque aqui e fique ainda mais informada sobre os tipos de anticoncepcional e a ação de cada um!