NOG | WhatsApp

O que é placenta prévia?

A primeira célula do embrião, estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano, é formada na fecundação, quando os gametas, óvulos e espermatozoides se fundem, processo que acontece nas tubas uterinas, órgãos que fazem a ligação entre os ovários e o útero. 

Essa primeira célula, denominada zigoto, sofre sucessivas divisões celulares enquanto o embrião é transportado ao útero para se implantar no endométrio marcando o início do processo gestacional, camada interna uterina que o nutre e protege até a placenta estar estabelecida.

Placenta é um órgão vascularizado temporário que se desenvolve durante a gravidez, constituída por tecido materno e embrionário. Fornece oxigênio e nutrientes ao feto, nomenclatura atribuída ao embrião a partir da 8ª semana, fase em que já está estabelecida. 

A placenta se fixa na parte superior ou lateral do útero na maioria das gestações e se conecta ao feto abrigado no líquido amniótico em seu interior pelo cordão umbilical.

Algumas complicações associadas a esse órgão podem ocorrer durante o processo gestacional, tornando, nesse caso, a gravidez de alto risco. A placenta prévia é uma das mais comuns. Para saber o que é essa condição, o que pode causá-la e quais as condutas adotadas nesse caso é só continuar a leitura até o final. Confira!

O que é placenta prévia?

Placenta prévia é uma complicação da gravidez causada por seu posicionamento inadequado. Tem como característica a fixação na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o colo uterino. 

Sangramento durante o período gestacional e no parto é a principal consequência desse posicionamento inadequado, o que afeta a oxigenação e o fornecimento de nutrientes para o feto. A condição, portanto, oferece riscos para ambos, ainda que raramente seja fatal nos dois casos.

Durante a gravidez, à medida que o feto cresce o útero aumenta de tamanho para acomodá-lo; a placenta também se move, até ficar posicionada na parte superior, dessa forma, o colo do útero fica liberado para permitir a passagem do bebê. 

A placenta prévia pode ser de diferentes tipos, o que interfere na gravidade do quadro. No tipo marginal, por exemplo, está próxima ao colo do útero e não cobre a abertura; no parcial, como o nome sugere, a abertura é parcialmente coberta e, no total, totalmente. 

Nesse último caso, há maior chance de hemorragia e o quadro é considerado mais grave, pode causar contrações resultando na prematuridade do parto, realizado por cesariana, independentemente do tempo de gravidez. 

No entanto, geralmente, o sangramento é indolor, ou seja, não é acompanhado por cólicas típicas de contrações, assim como é mais comum nas últimas semanas da gravidez, embora possa ocorrer antes. 

Até o momento a ciência desconhece a causa exata da placenta prévia, porém estudos sugerem que alguns fatores representam risco e aumentam as chances de a condição ocorrer, entre eles estão placenta prévia em uma gravidez anterior; anormalidades uterinas congênitas ou provocadas por doenças como miomas; aderências consequentes de cirurgias, incluindo a cesariana ou abortamentos e, gravidez múltipla. 

A idade também influencia, mulheres acima dos 36 anos têm mais chances de desenvolver a condição quando compradas às mais jovens, bem como alguns hábitos, incluindo alcoolismo e tabagismo ou uso excessivo de drogas recreativas. 

Como a placenta prévia é identificada?

A placenta prévia normalmente é identificada durante a realização de exames no pré-natal de rotina, na maioria das vezes no terceiro trimestre. Se houver sangramento, a suspeita é confirmada por ultrassonografia transvaginal, em associação ou não com a suprapúbica ou abdominal. 

Na maioria das vezes a placenta prévia se resolve naturalmente, principalmente quando acontece nos primeiros meses de gravidez. Mulheres com o problema, entretanto, devem ter um acompanhamento diferenciado, isso significa que normalmente há um intervalo menor entre as consultas do pré-natal, bem como na realização de exames. 

O sangramento pode ser gerenciado de diversas maneiras, contudo, os especialistas costumam recomendar repouso total; é importante evitar qualquer atividade que possa causar contrações, o que inclui as aeróbicas, levantar pesos, relações sexuais ou mesmo o uso de absorventes internos. 

Por outro lado, nos casos em que o sangramento não pode ser controlado ou se houver risco para a mãe e o feto, a conduta adotada é a cesariana de emergência. 

A cesariana é idealmente planejada para depois da 36ª semana de gravidez, entretanto em algumas situações, como a persistência do sangramento ou se ocorrerem vários episódios, pode ser necessária anteriormente. Além disso, se o quadro for de hemorragia, a mulher pode precisar de uma transfusão sanguínea. 

Apesar de as principais consequências da placenta prévia serem sangramento e parto prematuro, pode mais raramente resultar em mortalidade fetal e/ou materna, por isso, além de manter a regularidades das consultas de pré-natal, necessárias para garantir uma gravidez saudável para a mãe e seu futuro bebê, detectar condições como a placenta prévia ou mesmo controlá-las, é importante a atenção a qualquer tipo de sangramento ou outro sintoma que não seja característico da gravidez. 

No caso da placenta prévia, se o sangramento ocorrer durante o segundo ou terceiro trimestre, for vermelho brilhante e acompanhado por contrações, é fundamental procurar auxílio médico com urgência.

Siga o link, leia outro texto que aborda a placenta prévia e se informe mais sobre o tema!

O que é pré-eclâmpsia?

Os cuidados do pré-natal são essenciais para manter a mãe e seu futuro bebê saudáveis. Por isso, mulheres que suspeitam estar grávidas devem agendar uma consulta com o ginecologista-obstetra para iniciar o processo. 

As consultas geralmente incluem exame físico, verificação de peso, medida da pressão arterial, exames laboratoriais e de imagem, como os de ultrassom. Também são abordados aspectos da saúde materna e fetal, indicadas vitaminas e dietas alimentares adequadas a cada fase, o que vai ajudar no desenvolvimento do feto e do bebê no futuro.

Segundos estudos, os bebês de mães que não recebem cuidados pré-natais têm três vezes mais chances de ter baixo peso ao nascer, bem como é cinco vezes maior a de nascerem mortos, quando comparados aos de mãe que receberam esses cuidados. 

Durante o pré-natal, os especialistas podem detectar problemas de saúde precocemente quando atendem às mães regularmente. Isso permite que o tratamento seja igualmente precoce. Essas ações, além de possibilitarem a cura ou controle de algumas condições, ajudam a prevenir outras. 

A pré-eclâmpsia, por exemplo, é uma condição exclusiva da gravidez e pode complicar até 8% de todos os partos no mundo, sendo, ainda, uma das principais causas de nascimentos prematuros. 

Continue a leitura até o final para saber o que é pré-eclâmpsia, conhecer os fatores de riscos, métodos diagnósticos e tratamento. Confira!

O que é pré-eclâmpsia?

Pré-eclâmpsia é uma das possíveis complicações da gravidez, potencialmente perigosa para  saúde da mãe e do feto. Tem como características o aumento da pressão arterial, presença de proteínas na urina e, muitas vezes, inchaço no rosto, pernas, pés e mãos. Começa após a 20ª semana da gravidez em mulheres cuja pressão arterial era normal e pode ocorrer também no puerpério, logo após o parto.

Como o aumento repentino e inchaço, principalmente do rosto e mãos, também são sintomas típicos da gravidez, muitas vezes a mulher demora a perceber o problema. No entanto, a diminuição da produção de urina está entre os sintomas que podem ajudar na percepção, bem como outros indicam a necessidade de procurar auxílio médico com urgência, incluindo dores de cabeça e abdominais severas, alterações na visão e falta de ar.

Com o acompanhamento adequado a pré-eclâmpsia pode ser controlada, enquanto a falta de controle, por sua vez, pode levar a complicações mais graves. 

Quais são os fatores de risco para pré-eclâmpsia?

Estudos sugerem que a pré-eclâmpsia começa na placenta, órgão vascular temporário que se forma durante a gravidez, cuja função é estabelecer a comunicação entre mãe e o feto, facilitando a troca de nutrientes e oxigênio pela corrente sanguínea e, a eliminação de excrementos. 

Nas mulheres com pré-eclâmpsia esses vasos não se desenvolvem ou funcionam adequadamente, são mais estreitos, limitando a quantidade de sangue que pode fluir por eles. Esse desenvolvimento anormal pode ser provocado por danos causados aos vasos sanguíneos; insuficiência de fluxo sanguíneo para o útero, fatores imunológicos ou genéticos. 

Mulheres que sofrem como hipertensão arterial crônica ou têm histórico pessoal e familiar de pré-eclâmpsia são consideradas o principal grupo de risco. Porém, outros fatores podem ainda aumentar as chances de desenvolver a condição, entre eles:

  • gravidez múltipla;
  • primeira gravidez;
  • intervalo entre as gestações menor do que dois anos ou maior do que dez; 
  • idade, o risco é mais alto em mulheres jovens ou acima dos 36 anos;
  • diferença racial, mulheres de pele negra têm maior risco quando comparadas com às de pele branca;
  • novo parceiro, há mais chances quando há um novo parceiro do que a segunda ou terceira gravidez com o mesmo;
  • condições como obesidade, diabetes tipo 1 ou 2, doenças renais, trombofilia, tendência a desenvolver coágulos sanguíneos e doenças autoimunes, como o lúpus.

Os fetos de mulheres com pré-eclâmpsia geralmente não crescem adequadamente, assim como o bebê pode ter baixo peso ao nascer. Isso acontece porque os vasos sanguíneos são afetados e, dessa forma, a troca de nutrientes e oxigênio é menor. 

Além disso pode haver descolamento da placenta, quando ocorre a separação do órgão da camada interna do útero antes do parto; em casos graves pode provocar hemorragia, quadro perigoso para a mãe e o feto.

No entanto, a principal preocupação é a evolução para eclâmpsia, uma forma grave de pré-eclâmpsia cuja consequência são convulsões que podem provocar confusão e desorientação ou colocar a gestante em coma. Em alguns casos, podem ainda causar acidente vascular cerebral (AVC) ou morte. Embora a eclâmpsia seja considerada uma complicação da pré-eclâmpsia, pode ocorrer sem os sinais iniciais, sendo percebida apenas pelas convulsões.

Contudo, na maioria dos casos, a pré-eclâmpsia é tratada por medicamentos para baixar a pressão arterial antes de evoluir para eclâmpsia. Por isso, é fundamental a realização do pré-natal e o comparecimento a todas as consultas agendadas pelo especialista, periodicidade determinada de acordo com o quadro de cada paciente. Em cada uma, é feita a medida da pressão arterial, o que permite prevenir e/ou controlar o quadro.

Quando ocorre a evolução para a eclâmpsia, por outro lado, o único tratamento é o parto, que normalmente é prematuro. 

Toque aqui e saiba mais sobre a pré-eclâmpsia!

O que é consulta preconcepcional e por que é importante?

Entre os ganhos proporcionados pelo desenvolvimento tecnológico está o avanço de diferentes áreas da medicina. Hoje, técnicas de imagem em alta resolução, cirurgias minimamente invasivas, inclusive com auxílio de robôs e a evolução de procedimentos laboratoriais, permitem detectar e tratar precocemente diferentes condições. 

Na área ginecológica-obstétrica, por exemplo, além da solução de praticamente todos os problemas de infertilidade, houve uma grande redução nos casos de mortalidade materna e/ou fetal, pois os recursos disponíveis atualmente proporcionam uma gravidez com menos risco. 

Em algumas situações, o tratamento pode até mesmo ser feito durante o desenvolvimento intrauterino. É importante, entretanto, manter as consultas de rotina e, se o objetivo for formar uma família, a atenção ao pré-natal é essencial.

Apesar de a maioria das mulheres saber sobre a importância do pré-natal quando há intenção de engravidar, uma consulta igualmente necessária, que ocorre antes mesmo das tentativas ainda é pouco conhecida, a consulta preconcepcional

Continue a leitura até o final para saber o que é consulta preconcepcional, por que é importante e como é feita. Confira!

Consulta preconcepcional e sua importância

Consulta preconcepcional, como o nome sugere, é aquela realizada antes de iniciar as tentativas para engravidar; idealmente, pelo menos nos três meses anteriores. É necessária na preparação para uma gravidez, pois ajuda a evitar possíveis complicações que podem ocorrer durante o período gestacional, garantindo a saúde da mãe e do seu futuro bebê. 

A consulta preconcepcional possibilita avaliar riscos, permite intervenções e otimização médica antes da gravidez para reduzir a possibilidade de resultados obstétricos maternos e fetais desfavoráveis. Ou seja, tem um efeito positivo nas chances de sucesso.

Segundo estudos, eventos que ocorrem antes de a mulher saber que está grávida podem ter um impacto significativo no crescimento fetal e no resultado da gravidez. 

Embora os casos de mortalidade materno-fetal tenham reduzido significativamente no mundo todo, as taxas ainda são consideradas altas. As malformações congênitas e a prematuridade, por exemplo, são responsáveis ​​pela maioria das mortes fetais e nem sempre as intervenções durante os cuidados pré-natais conseguem mitigar os resultados. 

A consulta preconcepcional, por sua vez, oferece a oportunidade de discutir fatores de risco para minimizá-los antes da gravidez, utilizando, para isso, diferentes abordagens baseadas em evidências científicas.

Ainda que todas as mulheres que pretendem engravidar devam realizar a consulta preconcepcional, ela é particularmente necessária às já diagnosticadas com algumas condições, como obesidade, hipertensão, diabetes e outras crónicas, bem como às que tiveram problemas em gestações anteriores ou planejam ter o primeiro filho. 

Entenda como a consulta preconcepcional é feita

Durante a consulta preconcepcional são abordados aspectos como histórico reprodutivo, histórico clínico pessoal, familiar e do parceiro, uso de medicamentos, riscos sociais que podem afetar a fertilidade ou a obtenção da gravidez, saúde emocional ou mesmo estilo de vida. 

No histórico reprodutivo são avaliadas qualquer gravidez anterior, de alto risco ou não, possíveis abortamentos espontâneos, doenças que afetam os órgãos reprodutores, histórico pregresso ou atual de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que podem provocar infertilidade e resultados de exames de Papanicolau anteriores.

Já no clínico pessoal são pesquisadas doenças atuais ou pregressas, principalmente as que representam risco para gravidez e, no familiar, os distúrbios genéticos que podem ser transmitidos aos filhos. Doenças que podem afetar os órgãos reprodutores do parceiro são igualmente avaliadas, assim como a incidência de ISTs. 

O uso de medicamente e/ou suplementos também deve ser relatado ao médico na ocasião, que vai avaliar ainda situações de risco social ou profissional, como a exposição a elementos químicos e estilo de vida, incluindo hábitos como tabagismo, alcoolismo, uso excessivo de drogas recreativas, sedentarismo e alimentação. 

Na consulta preconcepcional a mulher também recebe orientações importantes, entre elas a dieta mais adequada, vitaminas pré-natal, controle do ciclo menstrual, ovulação e período fértil, frequência para realizar os testes de gravidez e exercícios que podem ajudar a preparar para o período gestacional e pós-parto, da mesma forma que o especialista solicita ao casal os exames necessários para confirmar a saúde reprodutiva. 

Os primeiros solicitados geralmente são os que determinam a fertilidade; avaliação da reserva ovariana às mulheres, que indica a quantidade de folículos presentes no momento, estruturas que contêm o óvulo imaturo, dos pequenos aos que podem desenvolver e ovular chamados pré-antrais e antrais. Enquanto aos homens é solicitado o espermograma, que indica a qualidade do sêmen e dos espermatozoides abrigados nas amostras.

Posteriormente, são solicitados exames laboratoriais e de imagem, incluindo os de sangue e urina, que detectam a presença de bactérias sexualmente transmissíveis, ultrassonografia transvaginal e da bolsa testicular ou outros complementares caso seja necessário.

A avaliação dos níveis dos hormônios envolvidos no processo reprodutivo também é solicitada, bem como tipagem sanguínea, imunidade à rubéola, sarampo, varicela, hepatite B e toxoplasmose.

Os resultados orientam a abordagem terapêutica mais adequada em cada caso, se houver necessidade de tratar alguma condição e permitem um planejamento do pré-natal adequado para a paciente, com os cuidados necessários para assegurar uma gravidez saudável para ela e seu futuro bebê. 

A consulta preconcepcional, portanto, proporciona o equilíbrio da saúde desde o início da gravidez, aumentando bastante as chances de não ocorrerem complicações durante o período gestacional e no puerpério, período logo após o parto. 

Diferentes estudos demostram que os cuidados preconcepção contribuem para aumentar as chances de engravidar, reduzem riscos de abortamento espontâneo, defeitos congênitos (de nascimento) no bebê e de efeitos adversos na gravidez, como a pré-eclâmpsia, que pode evoluir para eclâmpsia, condição potencialmente perigosa para a mulher. 

Quer saber mais sobre a consulta preconcepcional? É só seguir o link!

DIU Mirena e DIU Kyleena: diferenças

O dispositivo intrauterino (DIU) é o método de controle de natalidade reversível mais popular no mundo, com milhões de usuárias. Além da sua eficácia para prevenir a gravidez, pode ser removido a qualquer momento se houver o desejo de ter filhos. 

O método tornou-se mais conhecido na década de 1960, embora o primeiro artigo publicado sobre a inserção de DIUs seja de 1909, pelo médico alemão Richard Richter. O dispositivo que ele inseriu naquela época ainda era bastante rudimentar, um anel feito de tripa de bicho-da-seda com duas extremidades que se projetavam do orifício cervical, permitindo sua verificação e remoção. 

Durante sua evolução o DIU passou por diferentes desafios, incluindo os percentuais de eficácia e a contenção de inflamações. A partir da década de 1960 tornou-se mais seguro e diferentes tipos foram desenvolvidos. Atualmente, dois são utilizados, o de cobre e o hormonal. 

Entre os DIUs hormonais que estão disponíveis o DIU Mirena, desenvolvido em 2001 e o DIU Kyleena, mais recente, de 2016, se destacam por sua eficácia de quase 100%, porém existem algumas diferenças entre eles e, por isso, a dúvida sobre qual escolher ainda é bastante frequente entre as mulheres.

Continue a leitura até o final para saber quais as diferenças entre o DIU Mirena e o DIU Kyleena e as vantagens de cada um. Confira! 

Mirena X Kyleena

O DIU hormonal libera diariamente, em pequenas doses, um hormônio semelhante à progesterona, um dos principais hormônios femininos, o levonorgestrel, prevenindo a gravidez e promovendo a diminuição ou suspensão da menstruação, o que pode ser particularmente importante para as mulheres com períodos dolorosos ou intensos.

O DIU hormonal atua da seguinte forma: 

  • provoca o espessamento do muco cervical, substância produzida pelo colo uterino que protege os órgãos reprodutores contra ascensão de microrganismos presentes na vagina, impedindo, dessa forma, a passagem dos espermatozoides;
  • inibe o espessamento do endométrio, camada interna uterina, que durante os ciclos menstruais torna-se mais espesso e vascularizado para receber um possível embrião formado na fecundação. Nessa camada ele se implanta para dar início à gravidez;
  • diminui a motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação, fusão entre óvulo e espermatozoide que vai gerar a primeira célula do embrião, e respondem pelo transporte dos gametas para esse processo acontecer, bem como pelo do embrião formado ao útero para se implantar. 

Esse mecanismo de ação é semelhante no DIU Mirena e no DIU Kyleena, embora eles se diferenciem em outros pontos. Veja abaixo:

  • tamanho: o DIU Mirena é maior, tem 32mm de comprimento, 32mm de largura e 1,55 mm de espessura. Já as dimensões do DIU Kyleena são 30mm de comprimento, 28mm de largura e 1,9mm de espessura. O tamanho menor facilita a colocação;
  • quantidade e liberação de levonorgestrel: o DIU Mirena tem 52mg de levonorgestrel e libera diariamente cerca de 15mcg (microgramas); o DIU Kyleena, por sua vez, tem 19,5mg e libera aproximadamente 9mcg por dia. A quantidade, entretanto, não interfere na eficácia;
  • suspensão da menstruação: segundo estudos, apenas 1 a cada 100 mulheres que usam o DIU Kaleena podem ter a menstruação suspensa após um ano, enquanto esse feito pode ser percebido por 2 entre 10 mulheres que usam o DIU Mirena, por isso, geralmente é o mais indicado às com períodos menstruais mais intensos e cólicas severas, além de aliviar também a dor pélvica característica da endometriose. 

Tanto o DIU Mirena como o DIU Kyleena têm duração de 5 anos. Depois desse tempo, devem ser substituídos.

Como é possível perceber, existem muitas semelhanças entre o DIU Kyleena e o DIU Mirena, sendo as principais diferenças entre os dois o tamanho, a quantidade de hormônio liberada e o impacto em períodos intensos. Os dois podem prevenir em até 99% uma gravidez indesejada. 

É possível que alguns efeitos colaterais também ocorram nos dois casos. O mais comum é o sangramento de escape ou spotting, um leve sangramento que acontece fora do período menstrual, que pode durar entre 3 meses e 6 meses. Também podem induzir a formação de cistos ovarianos, embora isso ocorra mais raramente.

Hoje, o risco de infecção é bastante baixo, praticamente inexistente, bem como as chances de gravidez ectópica, quando o embrião se implanta em uma das tubas uterinas em vez do útero. 

A colocação é feita pelo colo do útero e o procedimento dura entre 10 e 20 minutos. Ambos têm um formato de T, com um braço de cada lado e um fio na parte inferior que desce até o colo do útero e a vagina.

Ainda que o DIU Mirena e o DIU Kyleena tenham diversas vantagens, como a longa duração e o fato de serem um método de controle de natalidade reversível, é importante procurar um especialista para avaliar o método contraceptivo mais adequado. Os DIUs hormonais, por exemplo, são contraindicados em algumas situações, bem como existem outras opções anticoncepcionais. 

Quer saber mais sobre o DIU Mirena e suas vantagens? Toque aqui!

O que é gestação de alto risco?

Toda mulher que deseja ser mãe geralmente espera uma gravidez sem intercorrências e um parto tranquilo. Na maioria das vezes é exatamente isso que acontece. No entanto, algumas podem enfrentar dificuldades e complicações inesperadas.

Por isso, os órgãos de saúde orientam às mulheres grávidas ou em tentativa de engravidar a realização do pré-natal, acompanhamento feito pelo ginecologista-obstetra, que pode iniciar antes da concepção, quando a gravidez é planejada, ou assim que for confirmada, e, deve estender-se até o puerpério, período pós-parto.

O pré-natal é necessário para prevenir ou detectar precocemente qualquer problema que possa comprometer a saúde materna e fetal. Além fazer diferentes exames, a mulher também recebe orientações sobre a gravidez, como sugestões para uma alimentação mais equilibrada, mudanças corporais e emocionais consequentes da variação hormonal ou mesmo sintomas que podem indicar riscos.

Geralmente, a recomendação mínima é de seis consultas durante o período gestacional, uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro.

Em cada um são realizados exames específicos que avaliam a saúde da mãe e do seu futuro bebê. Se forem detectados problemas, ou nos casos de doenças anteriores que podem resultar em complicações, o quadro passa a ser considerado como gestação de alto risco, que exige um acompanhamento mais frequente, com maior atenção.

Acompanhe a leitura do texto até o final para saber o que é gestação de alto risco e a conduta médica que costuma ser adotada nesses casos. Confira!

Gestação de alto risco

Uma gestação de alto risco é aquela em que a mulher e seu feto enfrentam uma probabilidade acima do normal de terem problemas. Muitos fatores, incluindo aqueles que afetam a ambos e os que surgem durante o período, podem tornar a gestação de alto risco.

Um dos principais associados ao quadro é a idade materna. Mulheres com menos de 17 anos ou acima dos 35 anos, por exemplo, têm mais risco de complicações, como distúrbios genéticos que levam ao abortamento.

Entre as condições médicas anteriores à concepção, pode-se citar a hipertensão arterial crônica, que aumenta a possibilidade de pré-eclâmpsia, potencialmente perigosa para a mãe e feto, doenças autoimunes, como o Lúpus, diabetes, ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), incluindo o HIV, vírus da imunodeficiência humana, problemas cardíacos, no pulmões ou rins.

Já as mulheres saudáveis podem ter pré-eclâmpsia como consequência da presença de proteína na urina, liberada pelo feto, e o diabetes gestacional, condição em que os hormônios placentários interferem na capacidade do corpo de regular os níveis de glicose no sangue.

Independentemente da saúde materna podem ainda ocorrer problemas consequentes do próprio processo gestacional que levam à gestação de alto risco.

Exemplos incluem os associados à placenta e ao feto, como os de desenvolvimento fetal, placenta prévia, condição na qual a placenta pode cobrir todo o colo uterino impedindo a passagem do bebê; descolamento prematuro da placenta, quando se descola do endométrio antes do parto e placenta acreta, quando os vasos placentário se enraízam profundamente na parede uterina.

Hábitos de vida estão ainda entre os fatores de risco, incluindo tabagismo e alcoolismo, uso excessivo de drogas recreativas e de alguns medicamentos. Sedentarismo, estresse, transtornos emocionais como ansiedade ou depressão ou exposição a substâncias químicas também podem contribuir.

Pré-natal na gestação de alto risco

Na gestação normal, as consultas do pré-natal devem ser idealmente realizadas mensalmente nas primeira 32 semanas, quinzenalmente até a 37ª e, depois disso, semanalmente até o nascimento. Enquanto na gestação de alto risco devem ser mais frequentes. O número varia de acordo com cada caso.

A periodicidade dos exames que avaliam a saúde materno-fetal é igualmente maior, como os que medem a quantidade de proteína na urina, a pressão arterial, detectam possíveis infecções, bem como as ultrassonografias que avaliam o desenvolvimento da gestação e indicam problemas associados ao futuro bebê.

O ajuste de dosagens de medicamentos de uso contínuo ou prescritos durante a gestação também deve ser criteriosamente observado.

Mulheres com condições prévias, por sua vez, devem consultar um especialista antes de decidir engravidar, o que é chamado consulta pré-concepcional, para realização de exames, ajustes de medicamentos ou adequações necessárias que garantam a saúde materna e fetal durante o processo gestacional e/ou minimizem riscos.

Além disso, é fundamental que o acompanhamento da mulher e do bebê continue no puerpério, especialmente quando a gestação é de alto risco.

Diferentes estudos já comprovaram, que o acompanhamento adequado do pré-natal pode evitar ou prevenir a maioria das complicações na gestação ou puerpério, independentemente da situação. Essa, inclusive, é a maneira mais eficaz para reduzir os percentuais de mortalidade materna e fetal.

Isso significa que mesmo quando há o diagnóstico de gestação de alto risco, o processo gestacional, nascimento e desenvolvimento do bebê no futuro podem ocorrer de forma saudável, sem nenhuma irregularidade. Por outro lado, apenas 10% das gestações são consideradas de alto risco.

Quer saber mais sobre gestação de alto risco e entender tudo sobre o assunto? Toque aqui!