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O que é gestação de alto risco?

Toda mulher que deseja ser mãe geralmente espera uma gravidez sem intercorrências e um parto tranquilo. Na maioria das vezes é exatamente isso que acontece. No entanto, algumas podem enfrentar dificuldades e complicações inesperadas.

Por isso, os órgãos de saúde orientam às mulheres grávidas ou em tentativa de engravidar a realização do pré-natal, acompanhamento feito pelo ginecologista-obstetra, que pode iniciar antes da concepção, quando a gravidez é planejada, ou assim que for confirmada, e, deve estender-se até o puerpério, período pós-parto.

O pré-natal é necessário para prevenir ou detectar precocemente qualquer problema que possa comprometer a saúde materna e fetal. Além fazer diferentes exames, a mulher também recebe orientações sobre a gravidez, como sugestões para uma alimentação mais equilibrada, mudanças corporais e emocionais consequentes da variação hormonal ou mesmo sintomas que podem indicar riscos.

Geralmente, a recomendação mínima é de seis consultas durante o período gestacional, uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro.

Em cada um são realizados exames específicos que avaliam a saúde da mãe e do seu futuro bebê. Se forem detectados problemas, ou nos casos de doenças anteriores que podem resultar em complicações, o quadro passa a ser considerado como gestação de alto risco, que exige um acompanhamento mais frequente, com maior atenção.

Acompanhe a leitura do texto até o final para saber o que é gestação de alto risco e a conduta médica que costuma ser adotada nesses casos. Confira!

Gestação de alto risco

Uma gestação de alto risco é aquela em que a mulher e seu feto enfrentam uma probabilidade acima do normal de terem problemas. Muitos fatores, incluindo aqueles que afetam a ambos e os que surgem durante o período, podem tornar a gestação de alto risco.

Um dos principais associados ao quadro é a idade materna. Mulheres com menos de 17 anos ou acima dos 35 anos, por exemplo, têm mais risco de complicações, como distúrbios genéticos que levam ao abortamento.

Entre as condições médicas anteriores à concepção, pode-se citar a hipertensão arterial crônica, que aumenta a possibilidade de pré-eclâmpsia, potencialmente perigosa para a mãe e feto, doenças autoimunes, como o Lúpus, diabetes, ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), incluindo o HIV, vírus da imunodeficiência humana, problemas cardíacos, no pulmões ou rins.

Já as mulheres saudáveis podem ter pré-eclâmpsia como consequência da presença de proteína na urina, liberada pelo feto, e o diabetes gestacional, condição em que os hormônios placentários interferem na capacidade do corpo de regular os níveis de glicose no sangue.

Independentemente da saúde materna podem ainda ocorrer problemas consequentes do próprio processo gestacional que levam à gestação de alto risco.

Exemplos incluem os associados à placenta e ao feto, como os de desenvolvimento fetal, placenta prévia, condição na qual a placenta pode cobrir todo o colo uterino impedindo a passagem do bebê; descolamento prematuro da placenta, quando se descola do endométrio antes do parto e placenta acreta, quando os vasos placentário se enraízam profundamente na parede uterina.

Hábitos de vida estão ainda entre os fatores de risco, incluindo tabagismo e alcoolismo, uso excessivo de drogas recreativas e de alguns medicamentos. Sedentarismo, estresse, transtornos emocionais como ansiedade ou depressão ou exposição a substâncias químicas também podem contribuir.

Pré-natal na gestação de alto risco

Na gestação normal, as consultas do pré-natal devem ser idealmente realizadas mensalmente nas primeira 32 semanas, quinzenalmente até a 37ª e, depois disso, semanalmente até o nascimento. Enquanto na gestação de alto risco devem ser mais frequentes. O número varia de acordo com cada caso.

A periodicidade dos exames que avaliam a saúde materno-fetal é igualmente maior, como os que medem a quantidade de proteína na urina, a pressão arterial, detectam possíveis infecções, bem como as ultrassonografias que avaliam o desenvolvimento da gestação e indicam problemas associados ao futuro bebê.

O ajuste de dosagens de medicamentos de uso contínuo ou prescritos durante a gestação também deve ser criteriosamente observado.

Mulheres com condições prévias, por sua vez, devem consultar um especialista antes de decidir engravidar, o que é chamado consulta pré-concepcional, para realização de exames, ajustes de medicamentos ou adequações necessárias que garantam a saúde materna e fetal durante o processo gestacional e/ou minimizem riscos.

Além disso, é fundamental que o acompanhamento da mulher e do bebê continue no puerpério, especialmente quando a gestação é de alto risco.

Diferentes estudos já comprovaram, que o acompanhamento adequado do pré-natal pode evitar ou prevenir a maioria das complicações na gestação ou puerpério, independentemente da situação. Essa, inclusive, é a maneira mais eficaz para reduzir os percentuais de mortalidade materna e fetal.

Isso significa que mesmo quando há o diagnóstico de gestação de alto risco, o processo gestacional, nascimento e desenvolvimento do bebê no futuro podem ocorrer de forma saudável, sem nenhuma irregularidade. Por outro lado, apenas 10% das gestações são consideradas de alto risco.

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Como calcular meu período fértil para aumentar as chances de engravidar?

O ciclo menstrual ou reprodutivo das mulheres inicia na puberdade, com a primeira menstruação, e se encerra na menopausa, com a última. É um processo em que ocorrem diferentes alterações fisiológicas preparando o corpo da mulher para uma possível gestação.

Dividido em três fases, ocorre continuamente regulado por diferentes hormônios, quando são utilizados os folículos armazenados nos ovários desde o nascimento, estruturas que contêm o óvulo imaturo.

Durante o ciclo menstrual o endométrio, mucosa que reveste o útero internamente, também é preparado para receber um possível embrião formado na fecundação, o que é motivado pelos hormônios estrogênio e progesterona, tornando-o mais espesso e vascularizado, características que permitem que ele se implante, fixando-se para dar início à gestação, bem como a troca de nutrientes com a mãe até a placenta estar estabelecida.

Se não houver fecundação, por outro lado, o endométrio descama originando a menstruação, que marca o começo que um novo ciclo.

Na maioria das mulheres, esse processo acontece em 28 dias, com pequenas variações de mais ou menos dias, porém sempre no mesmo intervalo, o que é clinicamente denominado como ciclo menstrual regular. Já nos ciclos considerados irregulares essa variação ocorre em intervalos diferentes.

Tanto nos ciclos regulares quanto nos irregulares, há um período em que as chances de engravidar são mais altas. Conhecido como período fértil, é possível identificá-lo nas duas situações. No primeiro caso, o cálculo pode ser feito de forma bastante precisa, enquanto no segundo é necessário observar alguns sinais.

Continue a leitura até o final e saiba como calcular o período fértil para aumentar as chances de engravidar, ação fundamental para as tentantes! Confira!

Ovulação e período fértil

Na primeira fase do ciclo menstrual, a folicular, vários folículos são recrutados e crescem pela ação do FSH (hormônio folículo-estimulante); um deles se destaca, folículo dominante, desenvolve e amadurece estimulado pelo LH (hormônio luteinizante). Enquanto se desenvolve, secreta estrogênio, hormônio que inicia o preparo do endométrio.

No momento em que o folículo dominante atinge o auge do desenvolvimento, um pico de LH o induz ao amadurecimento final e rompimento. Isso acontece na segunda fase do ciclo, a ovulatória, quando libera seu óvulo, também maduro, na ovulação.

Após liberar o óvulo, as células do folículo dominante transformam-se em uma glândula endócrina temporária na última fase do ciclo menstrual, a lútea. Chamada corpo-lúteo, sua principal função é secretar progesterona, hormônio que finaliza o preparo endometrial.

Nos ciclos em que não há fecundação o corpo-lúteo se degenera, levando ao rebaixamento dos níveis hormonais, o que provoca a descamação do endométrio e, assim, a menstruação.

Ovulação

Quando ocorre a ovulação, o óvulo liberado é captado pela tubas uterinas, órgãos responsáveis pela fecundação que fazem a ligação entre os ovários e o útero, e, aguarda por 24h o encontro com o espermatozoide.

Os espermatozoides, por sua vez, viajam pela extremidade uterina das tubas. Milhares são lançados no organismo feminino durante a ejaculação, entretanto apenas um deles alcança o óvulo para fecundá-lo, evento em que o penetra gerando a primeira célula do embrião.

Período fértil

Ainda que o tempo de sobrevida do óvulo, 24h, possa sinalizar o momento de maior fertilidade da mulher, o período fértil considera também o tempo que os espermatozoides podem permanecer vivos no organismo feminino, aproximadamente 72h.

Para calcular o período fértil, além do tempo de sobrevida dos gametas é preciso anotar a data do primeiro dia da menstruação, o que permite estimar a data provável da ovulação; em ciclos regulares de 28 dias geralmente acontece no 14º, na metade.

Se o primeiro dia da menstruação for o dia 7, por exemplo, a ovulação provavelmente vai ocorrer no dia 21. Como o espermatozoide sobrevive por 72h e o óvulo por 24h, devem ser subtraídos 3 dias e adicionado 1. O período fértil, nesse caso, está localizado entre os dias 18 e 22 do mês correspondente.

Ciclos irregulares

São considerados ciclos irregulares, aqueles que ocorrem fora dos intervalos considerados regulares por mais de seis meses consecutivos, podem ser mais curtos ou mais longos. Essa variação compromete o cálculo preciso do período fértil, assim, é necessário considerar outros elementos para identificá-lo. Veja abaixo:

  • sinais do corpo: quando a ovulação se aproxima, o muco cervical, substância produzida pelo como uterino para proteger os órgãos reprodutores contra ascensão de microrganismos naturalmente presentes na vagina, torna-se mais elástico, com uma aparência semelhante à da clara de ovo. Sensibilidade e inchaço das mamas, aumento da libido, bem como alterações de humor podem igualmente ser percebidos. Quando o óvulo se rompe, podem ocorrer ainda cólicas mais leves;
  • temperatura corporal basal: a temperatura do corpo geralmente diminui imediatamente antes da ovulação e aumenta logo após.

É possível recorrer ainda aos testes de ovulação encontrados em farmácias. Eles indicam os níveis de LH, ou seja, altos níveis sugerem que o folículo está próximo ao rompimento.

Essas alternativas também devem ser utilizadas por mulheres com ciclos regulares, o que ajuda a tornar ainda mais precisa a identificação do período fértil, permitindo que a relação sexual seja intensificada nessa ocasião, aumentando, dessa forma, as chances de engravidar.

Mulheres que pretendem engravidar, por outro lado, devem ficar atentas à importância da consulta pré-concepcional, feita ao ginecologista-obstetra pelo menos três meses antes de iniciar as tentativas e necessária para garantir uma gravidez saudável para a mãe e seu futuro bebê.

Siga o link e saiba tudo sobre ciclo menstrual, ovulação e período fértil!

DIUs: conheça todos os tipos, as diferenças e os benefícios

Seguro, eficaz e de longa duração, o DIU (dispositivo intrauterino) se destaca entre as opções de métodos contraceptivos disponíveis atualmente quando a intenção é adiar os planos de formar uma família.

Como o nome sugere, é um dispositivo inserido no útero que libera substâncias tornando o ambiente hostil para os espermatozoides, impedindo a fecundação, etapa da gravidez em que a primeira célula do embrião é formada pela fusão dos gametas (óvulo e espermatozoide), ou a implantação do embrião, etapa na qual se fixa ao endométrio, camada interna uterina para dar início à gestação.

A ação proporcionada pelo DIU previne em quase 100% a ocorrência de gestação. Além disso, não interfere na relação sexual, é um método reversível, ou seja, no momento que houver o desejo de ter filhos pode ser removido sem nenhum tipo de risco para a fertilidade. O tempo de duração pode ser de até 10 anos, de acordo com o tipo, no entanto, é facilmente substituído.

O procedimento para colocação do DIU é realizado por um ginecologista em ambiente laboratorial, como clínicas ou consultórios médicos. Na maioria das vezes, não é necessário o uso de anestesias, bem como pode ser colocado em qualquer fase do ciclo menstrual, inclusive durante a menstruação, quando o colo uterino está mais dilatado, o que facilita o processo.

O controle, por sua vez, é feito anualmente por ultrassonografia transvaginal, como parte das consultas de rotina. Continue a leitura até o final para conhecer em detalhes todos os tipos de DIU, funcionamento, tempo de duração e ação proporcionada por cada um. Confira!

Tipos de DIU

Hoje, quatro tipos de DIU são mais indicados pelos especialistas: DIU Mirena, DIU Kyleena, DIU de cobre e DIU com fio de prata. Veja abaixo as principais características de cada um:

DIU Mirena

O DIU Mirena libera diariamente, em pequenas doses, um hormônio semelhante à progesterona, provocando o espessamento do muco cervical, substância produzida pelo colo uterino que protege os órgãos reprodutores contra ascensão de microrganismos presentes na vagina, impedindo, dessa forma, a passagem dos espermatozoides.

Também inibe o espessamento do endométrio, que, estimulado pelo estrogênio e progesterona, principais hormônios femininos, se torna mais espesso e vascularizado durante os ciclos menstruais, características que proporcionam o ambiente adequado para receber um possível embrião formado na fecundação.

Estimula, ainda, a redução da motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação e respondem pelo transporte dos gametas para esse evento acontecer.

O DIU Mirena tem duração de até seis anos; após esse período deve ser substituído. Por outro lado, seu uso não é indicado para mulheres com inflamações pélvicas ativas, se houver suspeita de gravidez, de cânceres de mama ou útero e contraindicação para utilização de hormônios.

DIU Kyleena

O DIU Kyleena, assim como o Mirena, tem com mecanismo de ação a liberação de pequenas doses diárias de progesterona, atuando, portanto, de forma semelhante. No entanto, eles se diferenciam na dosagem: o DIU Kyleena libera aproximadamente 9 microgramas (mcg) e o Mirena cerca de 15 mcg. Apesar dessa diferença, não há nenhuma interferência na ação contraceptiva.

O DIU Kyleena geralmente tem uma duração menor, de 5 anos, depois deve ser substituído.

DIU de cobre

Esse tipo de DIU é revestido com cobre, elemento tóxico para os espermatozoides liberado diariamente em pequenas quantidades, que impede sua sobrevida ou a motilidade, capacidade de movimento no organismo feminino, e, assim, a fecundação.

O DIU de cobre interfere igualmente no preparo endometrial e na motilidade tubária. O tempo de duração, entretanto, é maior, aproximadamente 10 anos, bem como é uma alternativa importante quando há contraindicação ao uso de hormônios.

DIU com fio de prata

DIU com fio de prata é uma versão do DIU de cobre composto pelos dois metais, liberados em pequenas quantidades diariamente; a prata foi acrescentada às hastes e atua estabilizando o cobre quando se misturam, reduzindo as chances de fragmentação.

O ambiente uterino torna-se igualmente tóxico para os espermatozoides, bem como o preparo adequado do endométrio é comprometido. Embora a ação e eficácia do DIU com fio de prata seja semelhante ao de cobre, sua durabilidade é menor, aproximadamente 5 anos.

Porém, como o DIU de cobre é uma alternativa nos casos em que o uso de hormônios é contraindicado.

Normalmente, antes de colocar qualquer tipo de DIU a paciente é submetida a diferentes exames para verificar a possibilidade de condições que podem impedir ou dificultar o processo, incluindo o rastreio para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que resultam em inflamações nos órgãos reprodutores e a presença de pólipos endometriais ou miomas uterinos, doenças femininas comuns que podem causar distorções anatômicas no útero dificultando o posicionamento adequado.

A eficácia do DIU é comprovada por diferentes estudos, contudo a indicação do método contraceptivo deve sempre ser feita por um especialista, que considera diferentes fatores para determinar a melhor opção. Para as mulheres que pretendem engravidar durante um intervalo menor do que 5 anos, por exemplo, podem ser sugeridas outras alternativas.

Siga o link e conheça tudo sobre DIU Mirena!

O que é diabetes gestacional e o que fazer?

As mulheres em tentativa de engravidar já sabem a importância dos cuidados pré-natais para uma gestação saudável. Eles são necessários, por exemplo, para identificar e tratar possíveis complicações, bem como orientar comportamentos que vão garantir a saúde da mãe e de seu futuro bebê.

Complicações estão associadas à mãe e/ou ao feto. São consequência do próprio estado gestacional e de quadros clínicos comuns em mulheres grávidas ou mesmo anteriores, como as doenças crônicas. Entre elas, podem-se citar o abortamento espontâneo, parto pré-termo, ruptura prematura das membranas, nascimento prematuro, feto natimorto, baixo peso ao nascer, macrossomia e malformações congênitas.

Podem acontecer em qualquer etapa da gravidez, durante o trabalho de parto ou no pós-parto, causadas por diferentes condições, incluindo o diabetes gestacional, que, embora seja uma das principais preocupações das mulheres grávidas, pode ser evitado e/ou controlado na maioria dos casos.

Mostramos, neste texto, tudo sobre o diabetes gestacional e o que fazer quando há esse diagnóstico. Continue a leitura até o final e confira!

Diabetes gestacional

O diabetes mellitus é uma doença causada pela produção insuficiente ou absorção inadequada de insulina, hormônio que regula a glicose (açúcar) no sangue transformando-a em energia para manutenção das células do nosso organismo. Existem diferentes tipos: 1, 2 e o diabetes gestacional. No primeiro caso, ocorre a redução ou falta de produção de insulina, enquanto no segundo o organismo desenvolve uma resistência à ação do hormônio.

O diabetes gestacional, por sua vez, ocorre quando os hormônios placentários interferem na capacidade do corpo de regular os níveis de glicose no sangue.

Ou seja, não é provocado pela falta de insulina, como acontece no tipo 1, porém por outros hormônios produzidos durante a gravidez que podem torná-la menos eficaz, levando, como acontece no tipo 2, ao desenvolvimento de uma condição conhecida como resistência à insulina (RI). Assim, a glicose se acumula no sangue em vez de ser absorvida pelas células.

Esse tipo de diabetes afeta entre 2% e 4% de todas as gestantes. Uma das consequências é o risco aumentado, para a mãe e seu bebê, do desenvolvimento posterior do diabetes tipo 2.

Além disso, a exposição do feto a grandes quantidades de glicose durante o crescimento intrauterino aumenta as chances de macrossomia, recém-nascido com peso igual ou superior a 4 kg, independentemente da idade gestacional, o que dificulta a passagem pelo canal vaginal, tornando maior a possibilidade de ocorrerem lesões. Por isso, o parto de mulheres com diabetes gestacional geralmente é feito por cesariana.

O nascimento prematuro está ainda entre os possíveis riscos; bebês prematuros de mães com diabetes gestacional podem desenvolver uma condição denominada síndrome do desconforto respiratório, que dificulta a respiração, ou mesmo hipoglicemia, situação contrária ao diabetes caracterizada por baixos níveis de glicose no sangue que, em quadros graves, pode provocar convulsões no bebê.

Por outro lado, o diabetes gestacional não tratado pode levar à morte do bebê antes ou logo após o nascimento (natimorto) e aumenta o risco de pressão alta, fator de risco para pré-eclâmpsia, uma complicação da gravidez potencialmente perigosa para a mãe e seu filho.

Durante o pré-natal, entretanto, alterações nos níveis de glicose no sangue podem ser detectadas por diferentes testes, que indicam se há tendência ou diagnosticam o diabetes gestacional, permitindo adotar medidas para prevenir ou controlar o quadro, evitando, dessa forma, possíveis complicações.

A glicemia de jejum, por exemplo, teste realizado no primeiro trimestre da gravidez, avalia se há tendência, enquanto o teste de tolerância à glicose, realizado entre a 24ª e a 28ª semana, quando é mais comum surgir o problema, permite a confirmação, bem como é utilizado para acompanhamento.

O que fazer quando o diagnóstico é de diabetes gestacional?

Qualquer conduta terapêutica durante o período gestacional deve ser determinada pelo ginecologista-obstetra responsável pelo acompanhamento da mulher. Uma das medidas que pode ser adotada é a de uma dieta balanceada, essencial, inclusive, para o desenvolvimento saudável da gravidez e do feto, o que significa que deve ser praticada independentemente do risco de diabetes gestacional.

O monitoramento periódico do crescimento do bebê, feito por exames de ultrassonografia realizados durante o pré-natal, é igualmente importante.

Por outro lado, embora os níveis de glicose geralmente normalizem logo após o nascimento na maioria dos casos, isso deve ser confirmado por testes solicitados pelo especialista, que vai orientar a periodicidade e intervalo para serem realizados.

Obesidade, sedentarismo, diabetes gestacional anterior ou pré-diabetes, síndrome dos ovários policísticos (SOP), histórico familiar e bebês de gestações anteriores nascidos com peso superior a 4kg são listado como fatores de risco para o desenvolvimento dessa condição.

Mulheres já diagnosticadas com diabetes tipo 1 ou 2, por sua vez, precisam relatar a doença na primeira consulta do pré-natal ou consulta pré-concepcional, que deve idealmente ser feita quando há intenção de engravidar.

A maioria das mulheres com diabetes gestacional normalmente são assintomáticas, entretanto sede e micção frequente, sintomas comuns quando há possíveis alterações nos níveis de glicose, podem ajudar a identificar o problema.

Porém, a única forma eficaz para evitar ou controlar essas e outras condições que podem surgir durante a gestação é o acompanhamento adequado durante o pré-natal.

Siga o link para aprofundar o conhecimento sobre o diabetes gestacional!

Ginecologia para adolescentes: quando deve ser a primeira consulta?

Cada especialidade médica é voltada para a prevenção e o tratamento de diferentes aspectos da saúde ou de diferentes grupos etários. O pediatra, por exemplo, é responsável por cuidar de crianças, sendo o principal médico a acompanhar os pacientes desde o nascimento até a adolescência. No caso das meninas, também ressaltamos a importância do especialista em ginecologia para adolescentes.

Recomenda-se que mulheres de todas as idades realizem consultas de rotina ao ginecologista. A dúvida que muitas pessoas podem ter é sobre a idade adequada para a primeira visita a esse especialista.

Continue a ler este texto e confira a resposta para essa dúvida!

Qual é o papel do ginecologista no cuidado com a saúde da mulher?

A ginecologia é a especialidade da medicina que cuida de problemas de saúde relacionados ao corpo feminino, sobretudo os que podem se desenvolver no aparelho genital. A palavra é de origem grega e significa estudo da mulher.

Recomenda-se que o acompanhamento ginecológico regular seja feito em todas as fases da vida da mulher, desde a adolescência até a menopausa. É importante realizar consultas periódicas, tanto para cumprir os exames preventivos quanto para obter orientações gerais de saúde.

O ginecologista tem papel fundamental na prevenção e no tratamento de doenças femininas, desde vulvovaginites e candidíase, que são condições mais simples, até problemas mais sérios, como endometriose e câncer de colo do útero.

O médico também orienta a mulher quanto aos métodos de contracepção, atenção aos sinais de alterações ginecológicas e questões relacionadas à sexualidade. Além disso, realiza a avaliação preconcepcional para mulheres que desejam engravidar e acompanha a gestante durante o pré-natal — nesse caso, são profissionais que atuam nas especialidades de ginecologia e obstetrícia.

Em virtude de sua atuação no cuidado com a saúde da mulher, independentemente da idade e da fase em que a paciente esteja, o ginecologista contribui para a melhora na qualidade de vida e o aumento da longevidade feminina.

Quando procurar um profissional de ginecologia para adolescentes?

A idade da primeira consulta é variável, mas recomenda-se que o acompanhamento em ginecologia para adolescentes comece logo após a primeira menstruação ou quando surgirem os primeiros sinais de puberdade. Compreender a importância de consultar esse médico desde cedo pode incentivar as jovens pacientes a cuidarem mais de sua saúde ginecológica nos anos futuros.

Os sinais de puberdade incluem crescimento das mamas, pelos pubianos, ganho de curvas no corpo, presença de acne, entre outros. O primeiro sangramento menstrual (menarca) acontece na faixa dos 10 aos 14 anos, geralmente. Contudo, a puberdade precoce ou tardia também requer avaliação médica.

É interessante que as mães de meninas pré-adolescentes não esperem a indicação do pediatra para marcar a consulta com o ginecologista. Ambos os profissionais são importantes, mas cuidam de aspectos distintos da saúde.

Apesar da importância da ginecologia para adolescentes, o especialista nem sempre é regularmente procurado nessa fase — seja por falta de atenção dos familiares, seja por constrangimento da própria menina.

Quando a procura acontece, os motivos mais comuns que levam as pacientes jovens ao consultório ginecológico são: irregularidades menstruais; sintomas ginecológicos, como cólicas intensas e corrimento vaginal; e preocupação com o início da vida sexual e o risco de gravidez precoce.

O que o médico poderá abordar na consulta?

Vários assuntos podem ser discutidos durante a consulta ginecológica, a começar pela queixa ou o fator que motivou a ida ao médico. Caso se trate de alguma alteração menstrual ou sintoma suspeito, isso será avaliado, mas o ginecologista aproveita a ocasião para coletar outras informações sobre a paciente.

Na primeira consulta de rotina, mesmo que não exista nenhuma queixa, é feita a anamnese (entrevista médica) para obter dados sobre: padrão menstrual, idade da primeira menstruação, presença de cólicas etc.

Falar com a paciente adolescente sobre vida sexual, métodos de contracepção e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) é essencial. Caso a menina não se sinta tão confortável em mencionar o assunto na frente da mãe ou de outro responsável, ela tem o direito de ser atendida sozinha.

Os especialistas em ginecologia para adolescentes têm habilidade e experiência para abordar esse assunto da melhor maneira possível. Ainda que a menina tenha consciência dos riscos de uma infecção ou de uma gravidez, as orientações médicas e o esclarecimento de dúvidas diretamente com o profissional fazem toda diferença.

A incidência de ISTs ainda é preocupante, sendo que os mais afetados são os jovens. Isso pode ocorrer por desconhecimento da gravidade dessas doenças e pela prática habitual de sexo inseguro.

No caso das meninas, também há o risco de gravidez na adolescência. O impacto disso é bem mais significativo na vida da mulher, ainda que seu parceiro assuma a responsabilidade. Sendo assim, é dever da família, da escola, das políticas públicas, da sociedade de modo geral e do profissional de ginecologia conscientizar as adolescentes sobre as repercussões biopsicossociais de uma gestação precoce.

A ginecologia para adolescentes também é necessária para fazer a prevenção de doenças graves, como o câncer de colo do útero, que está associado à infecção por HPV (papilomavírus humano). A vacina contra esse vírus é indicada desde a pré-adolescência.

Aproveite para ler nosso texto institucional sobre a primeira consulta ginecológica na infância e adolescência e saiba mais!

DIU Mirena: saiba tudo sobre o DIU

Muita coisa mudou no contexto do planejamento familiar desde a chegada das pílulas contraceptivas, ainda na década de 1960. A partir de então, as mulheres ganharam cada vez mais autonomia para decidir quando querem se tornar mães. Facilitando as formas de evitar uma gravidez não planejada, surgiram vários métodos depois das pílulas, dentre os quais damos destaque ao DIU Mirena.

DIU é a sigla de dispositivo intrauterino. Existem diferentes tipos de DIU, hormonais e não hormonais, todos com elevada eficácia e praticidade no uso diário, o que os torna até mais vantajosos que as convencionais pílulas. No caso do Mirena, também é definido pela sigla SIU-LNG, pois se trata de um sistema intrauterino de liberação de levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética.

Neste post, vamos abordar muitas informações importantes sobre o DIU Mirena, a fim de esclarecer as dúvidas de mulheres que estejam pensando em utilizar esse método de contracepção.

Leia o texto até o final e entenda o que é, como funciona e quais são as vantagens do DIU Mirena (levonorgestrel)!

Quais são os tipos de DIU?

Os dispositivos intrauterinos disponíveis atualmente são:

  • DIU de cobre;
  • DIU Mirena;
  • DIU Kyleena;
  • DIU com fio de prata.

O dispositivo de cobre é revestido por esse metal e, quando inserido no útero, libera substâncias que deixam o microambiente uterino inóspito para os espermatozoides. A qualidade do óvulo também pode sofrer alterações. O DIU com fio de prata também é feito com cobre, mas leva os dois materiais em sua composição. Sendo assim, os mecanismos de contracepção são basicamente os mesmos.

O Mirena e o Kyleena são sistemas intrauterinos hormonais. Ambos liberam levonorgestrel no organismo feminino, mas em quantidades diferentes. O Kyleena tem carga hormonal reduzida e tamanho reduzido. Ele é menor. Os mecanismos anticonceptivos desses dispositivos estão associados, principalmente, a alterações no muco cervical e na receptividade endometrial.

Como o DIU Mirena (levonorgestrel) funciona?

O DIU Mirena é um pequeno dispositivo na forma da letra “T”. É inserido no útero via vaginal, pelo colo uterino, e posicionado dentro do útero pelo ginecologista. Assim que é colocado na cavidade uterina, o DIU começa a liberar levonorgestrel, hormônio sintético com ação progestagênica.

Naturalmente, o corpo da mulher também produz progesterona nos ovários. As funções desse hormônio incluem o preparo do endométrio (tecido que recobre o útero internamente) para uma possível gravidez, assim como a manutenção da gestação.

No ciclo menstrual, os níveis de progesterona aumentam na fase lútea, que compreende os dias após a ovulação e antes da menstruação. Enquanto essa concentração hormonal está elevada, a secreção dos hormônios hipofisários que estimulam a ovulação (FSH e LH) é inibida. Dessa forma, todas essas substâncias, incluindo ainda o estrogênio, agem de forma alternada no corpo da mulher.

Como o DIU Mirena libera levonorgestrel de forma contínua, sempre há concentração de progesterona no organismo, embora seja baixa. Com isso, ocorrem várias alterações na ação hormonal endógena, tais como:

  • o muco cervical permanece mais espesso, tornando mais difícil a subida dos espermatozoides para as tubas uterinas;
  • as tubas têm sua motilidade reduzida, dificultando a captação e o transporte do óvulo;
  • o endométrio fica inadequado para a implantação de um embrião.

Após a colocação do dispositivo, recomenda-se o retorno ao ginecologista para conferir se o DIU está na posição certa, além de avaliar possíveis alterações no padrão menstrual e outros efeitos colaterais. Posteriormente, realiza-se o acompanhamento periódico, que pode ocorrer anualmente ou a cada 6 meses, conforme a orientação do médico.

Quais são as vantagens e desvantagens do DIU Mirena?

O DIU Mirena é uma opção contraceptiva bastante vantajosa, porque:

  • tem eficácia acima de 99%;
  • oferece praticidade no uso, visto que não necessita de lembrança diária, como a pílula;
  • o efeito anticonceptivo é de longa duração, podendo ser retirado somente após 5 anos de uso;
  • a peça não interfere na relação sexual, assim como não tem risco de sair de sua posição;
  • o retorno à fertilidade é rápido, basta a mulher querer engravidar e solicitar ao médico a retirada do dispositivo que suas chances de gravidez são restauradas;
  • reduz as cólicas e o fluxo menstrual;
  • ajuda também a diminuir sintomas de algumas doenças ginecológicas estrogênio-dependentes, como endometriose e mioma.

Em relação às desvantagens, podemos citar os efeitos colaterais da ação contínua de progesterona, os quais podem incluir: mamas doloridas; variações de humor; ganho moderado de peso; dores de cabeça; escapes de sangramento intermenstrual. Entretanto, esses efeitos são comuns apenas nos primeiros meses de uso do DIU hormonal.

É importante reforçar que a colocação do DIU deve ser feita pelo ginecologista, que tem o conhecimento e habilidade para realizar a inserção com maior precisão. Além disso, com o acompanhamento profissional, os riscos de desenvolver algum problema pós-implantação do dispositivo são mínimos, como infecção pélvica e endometrite (inflamação no endométrio).

A avaliação prévia do ginecologista também é necessária para a indicação apropriada do método de contracepção. O DIU Mirena (levonorgestrel) não é recomendado em casos de contraindicação para uso de hormônios, infecções ativas no trato genital, tumores pélvicos e alguns tipos de malformações.

Leia também nosso texto institucional e saiba mais sobre o DIU Mirena!

O que toda gestante deveria saber sobre o pré-natal?

A gestação é um período delicado na vida da mulher e que necessita de um preparo adequado para manter a saúde materna e favorecer o desenvolvimento do bebê. Para isso, é preciso contar com atenção médica frequente e passar por vários procedimentos que ajudam a monitorar o bem-estar da mãe e do feto. É nesse contexto que surge a importância do pré-natal.

A fisiologia gestacional desencadeia várias alterações no corpo da mulher, aumentando funções em diferentes sistemas. Com a sobrecarga do estado gravídico, a gestante precisa de cuidados especiais, assim como fica mais suscetível a determinados problemas — por exemplo, o aumento da pressão arterial e o desenvolvimento de diabetes gestacional.

O ginecologista obstetra é o médico responsável por acompanhar a gestante, monitorar sua saúde, fornecer orientações gerais sobre gravidez e estilo de vida, além de solicitar exames. Tudo isso é essencial na prevenção de complicações gestacionais.

Siga em frente com sua leitura e saiba mais sobre a realização do pré-natal!

O que é pré-natal e quando deve ser iniciado?

O pré-natal é o acompanhamento recomendado a todas as mulheres durante a gravidez. É um direito da mulher, endossado pelo Ministério da Saúde e demais órgãos reguladores e associações médicas.

O Ministério da Saúde orienta que sejam realizadas, pelo menos, 6 consultas pré-natais no decorrer da gravidez. Quando identificados fatores para uma gestação de alto risco, o ginecologista responsável pode prever um acompanhamento mais frequente e/ou aliado à avaliação de profissionais de outras especialidades.

Recomenda-se que o pré-natal tenha início logo após a confirmação da gravidez. Nesse primeiro encontro, o obstetra colhe informações sobre a data da última menstruação e estabelece uma data provável para o parto. Além disso, a paciente recebe orientações sobre adoção de hábitos saudáveis e indicação para exames.

Outros procedimentos médicos que podem ser realizados na consulta pré-natal incluem exame ginecológico, aferição da pressão arterial, pesagem da gestante e, quando indicada, a ausculta do batimento cardíaco fetal.

Quanto à periodicidade das consultas, o segundo encontro com o obstetra acontece quando a gestante recebe os resultados dos primeiros exames laboratoriais. A partir disso, o acompanhamento é mensal. Após o sétimo mês gestacional, as consultas podem se tornar quinzenais e, no último mês, semanais.

Qual é a importância do acompanhamento pré-natal?

O pré-natal é importante para cuidar da saúde da mulher, visto que a gravidez impõe muitas alterações fisiológicas, bem como para promover o desenvolvimento saudável do bebê que vai nascer.

Com essa atenção médica frequente, além de tornar a gestação um período mais tranquilo, a incidência de intercorrências obstétricas diminui. Por outro lado, a falta do acompanhamento pré-natal está associada a índices mais altos de abortamento, parto prematuro, mortes perinatais e natimortos.

Ao longo do pré-natal, é possível:

  • diagnosticar condições clínicas preexistentes, como hipertensão arterial, diabetes, infecções e disfunções da tireoide;
  • identificar precocemente fatores de risco que possam levar a complicações obstétricas;
  • acompanhar o desenvolvimento morfológico fetal e detectar problemas, como malformações ou restrição do crescimento intrauterino;
  • monitorar com rigor doenças que possam levar a desfechos desfavoráveis na gestação, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e placenta prévia.

O pré-natal é importante não somente para abordar os fatores físicos, mas também para acolher as dúvidas da gestante em todos os aspectos. O estado emocional, por exemplo, passa por alterações significativas durante a gravidez, tanto pelos níveis aumentados de hormônios, que deixam a mulher mais sensível, quanto pela ansiedade e expectativa em relação à nova vida.

Outro ponto relevante do acompanhamento obstétrico é trabalhar o aspecto educativo. Vale a pena aproveitar os encontros para conversar sobre os tipos de parto, a preparação para o nascimento da criança, os benefícios do aleitamento materno etc.

Quais são as principais recomendações médicas feitas no pré-natal?

O ginecologista obstetra solicita exames, avalia os resultados e intervém conforme necessário para melhorar as condições de saúde da gestante. Entre os exames realizados está o ultrassom obstétrico, fundamental para confirmar e datar a gestação e acompanhar o desenvolvimento morfológico do feto e identificar precocemente malformações e até alguns tipos de síndromes. O ultrassom também permite que a mãe veja alguns movimentos de seu bebê.

Entre as principais orientações médicas estão as mudanças no estilo de vida. A nutrição é um dos aspectos que mais necessitam de atenção na gravidez. A mulher não deve “comer por dois”, mas precisa receber nutrientes em quantidade suficiente para suprir os dois organismos. Isso não reflete a quantidade, mas sim a qualidade dos alimentos.

Nem sempre é possível receber níveis adequados de nutrientes somente com uma alimentação balanceada. Sendo assim, o obstetra também avalia o perfil nutricional da paciente e os resultados dos exames laboratoriais e, se necessário, prescreve suplementação vitamínica. O ácido fólico, por exemplo, é comumente recomendado no início da gestação e até no período preconcepcional, para mulheres que procuram o médico antes de engravidar.

Outras recomendações acerca do estilo de vida incluem a prática de atividade física regular, moderada e com baixa impacto. Mulheres tabagistas também são aconselhadas a parar de fumar. Da mesma forma, o consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias químicas não é seguro para a criança e está contraindicado seu uso.

O pré-natal também viabiliza a preparação da gestante para identificar os sinais de parto e saber como proceder nesse momento. Assim, com assistência médica do início ao fim da gestação, os riscos de intercorrências são mínimos. Tanto a mãe quanto o bebê encerram o período gestacional com saúde e segurança.

Confira também nosso texto principal sobre a importância do acompanhamento pré-natal!

A importância das consultas de rotina ao ginecologista

Da mesma forma que existem especialidades médicas voltadas para cada sistema do corpo humano ou para grupos etários específicos, existe o profissional da saúde que cuida especificamente da mulher. O organismo feminino é mais suscetível ao desenvolvimento de algumas doenças que o masculino, por isso a importância de realizar consultas de rotina ao ginecologista.

A mulher pode desenvolver muitas doenças ginecológicas, seja porque passa por muitas variações hormonais, seja pela própria constituição do seu aparelho genital. Isso inclui desde as condições mais simples, como a candidíase, até as mais complexas, como diferentes tipos de câncer.

Leia este texto inteiro e entenda os motivos para realizar consultas de rotina ao ginecologista!

O que é ginecologia?

O termo “ginecologia” é de origem grega e significa estudo/ciência da mulher. Portanto, é a especialidade médica que cuida da saúde feminina em todas as fases da vida, o que inclui puberdade, menacme, gravidez e menopausa.

O ginecologista trabalha com ações de prevenção, investigação, diagnóstico e tratamento de anormalidades que afetam o aparelho reprodutor feminino. O foco está em alterações no trato genital inferior (vulva, vagina e colo do útero) e superior (útero, tubas uterinas e ovários), assim como as mamas. A avaliação hormonal também é importante no rastreio desse conjunto orgânico.

Mais do que um profissional que cuida da saúde do aparelho genital, o ginecologista, muitas vezes, é o principal contato da mulher com os cuidados médicos de forma geral. Esse especialista acaba assumindo o papel de âncora, de certa forma. Isso porque, como acompanha a paciente regularmente ao longo de sua vida, pode identificar sinais de alterações distintas e fazer o encaminhamento para outras especialidades.

Em muitos casos, o próprio ginecologista pode prosseguir com a avaliação de condições específicas de saúde por ser capacitado em subespecialidades. Por exemplo:

  • mastologista, que é especializado em tratar doenças das mamas;
  • profissional de ginecologia oncológica, que cuida da paciente com câncer ginecológico;
  • especialista em reprodução humana, indicado para casais com infertilidade;
  • uroginecologista, que trata problemas do sistema geniturinário.
  • obstetra, responsável por acompanhar a mulher na gravidez e no parto.

Por que é importante fazer consultas de rotina ao ginecologista?

As consultas ginecológicas de rotina são importantes para avaliar a saúde da mulher e agir na prevenção de uma série de doenças que, se não tratadas, interferem no bem-estar, na vida sexual e até na fertilidade. Além disso, o contato com o médico dessa especialidade é útil para esclarecer dúvidas sobre sexualidade, planejamento familiar e métodos de contracepção.

Apesar de todos os pontos que justificam o acompanhamento regular, muitas mulheres não vão ao ginecologista com a frequência recomendada. Isso pode decorrer de desconhecimento acerca da seriedade das doenças ginecológicas, rotina tribulada com pouco tempo para pensar em cuidados com a saúde ou até mesmo vergonha de realizar o exame ginecológico e de falar sobre questões íntimas.

Nas consultas de rotina, o ginecologista pode fazer perguntas sobre padrão menstrual, vida sexual, qual o contraceptivo utilizado, histórico gestacional e clínico, hábitos de vida, entre outras. Também é o momento para a paciente relatar possíveis sintomas de alterações ginecológicas.

Dentre os exames mais importantes, o papanicolau é realizado de forma rotineira, uma vez que é capaz de identificar células precursoras do câncer de colo do útero, uma das doenças com altas taxas de morbimortalidade feminina.

Além do Papanicolau, que é feito periodicamente, nas consultas de rotina ao ginecologista, a mulher passa pelo exame físico ginecológico, de forma que é possível verificar alterações no trato genital inferior sugestivas de infecção ou inflamação. A ultrassonografia transvaginal pode ser solicitada mediante suspeita de anormalidades nos órgãos genitais femininos.

Assim, é possível fazer a prevenção de várias doenças ginecológicas ou identificá-las de forma precoce para iniciar um tratamento efetivo.

Quais são as doenças ginecológicas mais comuns?

Quando as consultas de rotina ao ginecologista acontecem na periodicidade recomendada, é possível detectar precocemente uma série de doenças, a começar por condições de simples tratamento até cânceres.

A lista de doenças ginecológicas inclui:

  • vulvovaginites;
  • candidíase;
  • infecções urinárias;
  • doença inflamatória pélvica (DIP), que abrange inflamações no colo do útero (cervicite), na parte de dentro do útero, chamada endométrio (endometrite) e nas tubas uterinas (salpingite);
  • endometriose;
  • mioma uterino;
  • pólipos endometriais;
  • adenomiose;
  • cistos ovarianos;
  • síndrome dos ovários policísticos (SOP);
  • câncer de mama, de colo do útero, de endométrio e de ovário.

Além da prevenção de doenças, o acompanhamento ginecológico regular é importante para esclarecer dúvidas diversas sobre a saúde da mulher, pedir recomendação sobre contracepção e fazer o planejamento familiar — nesse último caso, tanto a avaliação preconcepcional quanto a orientação sobre o adiamento da gravidez são importantes.

Veja, então, que esse profissional da medicina acompanha a mulher em todas as fases da vida. Dessa forma, as consultas de rotina ao ginecologista contribuem para a saúde, a melhora na qualidade de vida e o aumento da longevidade feminina.

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