NOG | WhatsApp

Pré-eclâmpsia: conheça as causas

O útero é considerado o principal órgão reprodutor feminino, uma vez que sua função é abrigar, nutrir e proteger o embrião-feto em desenvolvimento até o nascimento.

Durante os ciclos menstruais, o embrião formado na fecundação, evento em que óvulo e espermatozoide se fundem gerando sua primeira célula, é transportado ao útero para se implantar na camada interna e dar início à gravidez.

Denominada endométrio, essa camada é um tecido epitelial altamente vascularizado, característica que vai proporcionar a troca de nutrientes e oxigênio com a mãe até a placenta ser formada e assumir essa função.

A placenta é um órgão vascular temporário, formado para estabelecer essa comunicação com mãe e seu futuro bebê, facilitar sua nutrição, oxigenação e eliminação de dióxido de carbono, processo apoiado pelas artérias e veias uterinas.

Entre as possíveis complicações que podem ocorrer durante a gravidez várias estão associadas a problemas placentários, incluindo a pré-eclâmpsia, condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial e presença de proteína na urina, que geralmente começa na 20ª semana.

A pré-eclâmpsia pode acontecer independentemente de a mulher sofrer com hipertensão antes de engravidar, ou seja, nas que têm pressão arterial normal, e, é uma condição potencialmente perigosa para a mãe e seu filho.

Para conhecer as causas da pré-eclâmpsia acompanhe a leitura do texto até o final e saiba ainda como essa condição é identificada, controlada e quais são os possíveis riscos do controle inadequado. Confira!

Conheça as causas da pré-eclâmpsia

Embora a causa exata da pré-eclâmpsia ainda não tenha sido definida pela ciência, diferentes estudos registrados na literatura médica observaram que o problema começa na placenta, como resultado do desenvolvimento ou funcionamento inadequado dos vasos sanguíneos placentários.

Nas mulheres com pré-eclâmpsia esses vasos são mais estreitos, o que limita o fluxo de sangue e, dessa forma, a nutrição e oxigenação do feto. A vasoconstrição leva consequentemente ao aumento da pressão arterial.

O desenvolvimento anormal, por sua vez, pode ser causado por danos nos vasos sanguíneos, pela insuficiência de fluxo sanguíneo para o útero ou mesmo por fatores genéticos e imunológicos.

Ainda que a causa exata da pré-eclâmpsia não seja conhecida, estudos sugerem diferentes fatores de risco, incluindo:

  • hipertensão arterial crônica;
  • histórico pessoal de pré-eclâmpsia;
  • histórico familiar de pré-eclâmpsia, especialmente parentes de primeiro grau como mães e irmãs;
  • primeira gravidez;
  • gravidez múltipla;
  • idade, mulheres jovens, com menos de 18 anos ou as que estão acima dos 36 anos têm mais risco;
  • intervalo entre as gestações menor do que dois anos ou maior do que dez anos;
  • obesidade antes da gravidez, condição caracterizada por um índice de massa corporal (IMC), igual ou superior a 30 kg/m2;
  • diabetes tipo 1 ou 2;
  • doença renal;
  • trombofilia, condição em que há tendência a desenvolver coágulos sanguíneos;
  • doenças autoimunes, como o lúpus;
  • etnia, mulheres de pele negra têm maior risco quando comparadas com às de pele branca;
  • novo parceiro, as chances são maiores quando há um novo parceiro, pois, a mulher volta a ter risco como se fosse uma primeira gestação, mesmo que não tenha apresentado pré-eclâmpsia.

O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito durante as consultas do pré-natal, fundamentais para acompanhar a saúde materna e fetal durante o período gestacional, estabelecido com base nos níveis elevados da pressão arterial, no histórico clínico, nos resultados de exames laboratoriais de sangue e de urina e nos sintomas da paciente.

Entre os sintomas que podem indicar a condição estão o inchaço excessivo principalmente do rosto e mãos, a diminuição da produção de urina, dores de cabeça severas que não aliviam com analgésicos comuns, dor na parte superior do abdômen, geralmente sob as costelas do lado direito, distúrbios visuais, como visão embaçada, sensibilidade à luz ou perda temporária da visão e falta de ar.

A pré-eclâmpsia é considerada a principal causa de morte materna e tem uma prevalência que varia entre 6% e 9% das gestações, porém, com o acompanhamento adequado pode ser controlada. A falta de controle, por outro lado, pode resultar em complicações mais graves.

Riscos do controle inadequado da pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia provoca diferentes riscos para mãe e seu filho, como por exemplo:

  • restrição do crescimento fetal: o fluxo sanguíneo inadequado pode afetar o crescimento do feto;
  • parto prematuro: a condição pode levar a um parto prematuro, aumentando as chances de complicações neonatais;
  • baixo peso ao nascer: o bebê pode nascer com peso abaixo do ideal;
  • descolamento da placenta, quando ocorre a separação do órgão da camada interna do útero antes do parto. Em quadros graves pode provocar hemorragia, colocando em risco a mãe e o feto;
  • evolução para eclâmpsia: essa é a principal consequência da pré-eclâmpsia. A eclâmpsia, pode causar convulsões que provocam confusão e desorientação, colocam a gestante em coma e, em situações mais graves, pode levar a danos renais permanentes, causar acidente vascular cerebral (AVC), que pode resultar em danos permanentes no cérebro, morte materna e/ou fetal.

O comparecimento regular às consultas de pré-natal, portanto, é a única forma de prevenir e controlar a pré-eclâmpsia e evitar sua evolução para eclâmpsia.

Saiba mais sobre a pré-eclâmpsia tocando aqui!

Parto vaginal: benefícios

Apesar de a gravidez ser um momento especial para as mulheres, normalmente gera bastante ansiedade e alguns fatores costumam ser motivo de preocupação, como o desenvolvimento adequado, sem nenhum tipo de intercorrência e o parto; é bastante comum a dúvida sobre a melhor forma de nascimento.

Durante as consultas de pré-natal, todas as dúvidas são esclarecidas, bem como é feito um acompanhamento criterioso da saúde da mãe e do futuro bebê, o que ajuda a evitar possíveis complicações ou mesmo permite interferências para garantir um desfecho favorável.

O nascimento pode ocorrer de duas maneiras, pelo parto vaginal, que possui diferentes subtipos ou por cesariana, cada um tem seus benefícios. Contudo, só é possível definir o tipo de parto mais adequado para cada gestante a partir do acompanhamento pré-natal. O objetivo, nesse caso, é garantir que a escolha seja a mais benéfica para a mãe e seu filho.

Abordamos, nesse texto, tudo sobre o parto vaginal, destacando os benefícios. Continue a leitura até o final e confira!

Saiba mais sobre o parto vaginal

A vagina compõem o conjunto dos órgãos reprodutores femininos. Sua função é possibilitar a saída do fluxo menstrual, receber o pênis durante a relação sexual e permitir da saída do bebê, que ocorre pelo canal vaginal.

Assim, o parto vaginal é considerado a forma mais natural de nascimento. Também conhecido como parto normal, pode ser realizado com anestesia para aliviar a dor ou sem. Se a opção for por não utilizar anestésicos a dor pode ser controlada por técnicas específicas.

O parto vaginal, além do nascimento de forma tradicional é ainda dividido em subtipos, como por exemplo o de lótus, em que o cordão umbilical não é cortado, separa-se do umbigo naturalmente para o bebê permanecer conectado à placenta até que ocorra a transfusão total de sangue ou o de cócoras, posição que facilita sua expulsão.

Principais etapas do parto vaginal:

  1. rompimento da bolsa amniótica: durante o trabalho de parto, a bolsa amniótica se rompe anunciando o nascimento;
  2. contrações uterinas: as contrações uterinas marcam o início do trabalho de parto. Têm duração de aproximadamente 1 minuto em intervalos que variam de 5 minutos a uma hora e auxiliam o movimento do bebê em direção a abertura do canal vaginal;
  3. dilatação do colo do útero: o colo do útero se dilata para possibilitar a passagem do bebê. A abertura deve ser de aproximadamente 10 cm para que isso aconteça;
  4. corte do cordão umbilical e expulsão da placenta: o cordão umbilical é cortado logo após o nascimento, enquanto a placenta é expelida naturalmente com auxílio das contrações.

A mulher pode escolher entre os tipos de parto vaginal para ter seu filho, se deseja ou não receber anestesia. Porém, o nascimento deve sempre idealmente ocorrer em ambiente hospitalar ou em clínicas especializadas, pois o suporte estrutural e clínico é essencial para garantir a segurança de ambos.

Conheça os principais benefícios do parto vaginal

Diferentes estudos reconhecem os benefícios do parto vaginal para a mãe e seu filho, da recuperação às chances de o bebê desenvolver problemas após o nascimento. Veja abaixo:

  • recuperação mais rápida, com menos dor;
  • menor risco de complicações, como sangramento e infecções;
  • menor risco de o bebê nascer prematuro;
  • menor risco de o bebê desenvolver problemas respiratórios;
  • a amamentação é mais fácil, bem como os cuidados com o bebê podem iniciar mais cedo;
  • as chances de complicações em futuras gestações também são menores.

Além disso, o parto vaginal é considerado mais seguro e, por isso, geralmente é a principal indicação dos obstetras.

No entanto, não é possível prever como o trabalho de parto vai acontecer, isso significa que muitas vezes é feita a opção pela cesariana durante o processo. Em algumas situações pode ser ainda necessária uma intervenção para remoção da placenta ou reparar lesões que podem ocorrer na vagina ou no útero.

Por outro lado, ainda que os benefícios do parto vaginal sejam amplamente reconhecidos por estudos, esse tipo de nascimento pode ser contraindicado em alguns casos. Saiba mais a seguir.

Quando o parto vaginal é contraindicado?

Nem sempre o parto vaginal é a opção mais adequada. Algumas condições podem torná-lo arriscado tanto para a mãe quanto para o bebê e o nascimento por cesariana pode ser necessário para garantir a segurança de ambos. Veja abaixo alguns exemplos:

  • descolamento prematuro da placenta: condição em que a placenta se separa da parede do útero antes do nascimento. Isso pode causar hemorragia e privar o bebê de oxigênio;
  • placenta prévia: quando a placenta cobre total ou parcialmente o colo do útero. O parto vaginal pode provocar hemorragia grave, com risco para a mãe e seu filho;
  • cicatrizes uterinas: de acordo com a extensão e localização aumentam as chances de ruptura uterina durante o parto vaginal;
  • pré-eclâmpsia: condição caracterizada por hipertensão geralmente após a 20ª semana de gestação. Nos quadros graves, pode evoluir para eclâmpsia e o parto vaginal representar risco para mãe e seu bebê;
  • macrossomia fetal: quando o feto pesa 4kg ou mais, dificultando o parto vaginal e aumentando os riscos de complicações;
  • gestação múltipla: a cesariana pode ser a melhor opção para garantir a segurança de todos;
  • sofrimento fetal: quando o bebê não está recebendo oxigênio suficiente. Se a condição não melhorar rapidamente, a cesariana é a forma mais segura para garantir seu bem-estar;
  • apresentação anômala: quando o bebê não está na posição ideal para o parto vaginal;
  • desproporção cefalopélvica (DCP):condição em que a cabeça do bebê ou seu corpo são muito grandes para passar pela pelve da mãe;
  • trabalho de parto prolongado: quando a dilatação do colo do útero é inadequada e não há progressão na descida do bebê; a exaustão materna pode aumentar o risco de complicações.

Portanto, apesar de todos os benefícios do parto vaginal, a definição da melhor forma de nascimento pode ser feita apenas pelo especialista durante o pré-natal.

Siga o link e conheça em detalhes todos os tipos de parto!

Contracepção no pós-parto: por que é importante?

O pós-parto é um período de transição importante na vida das mulheres. Também conhecido como puerpério, inicia imediatamente após o nascimento do bebê e se estende por cerca de seis a oito semanas.

Durante esse intervalo, o corpo passa por diversas mudanças físicas e emocionais enquanto se recupera do parto e se adapta à maternidade. É um período que exige cuidados especiais, tanto para a mãe quanto para o recém-nascido, para garantir uma recuperação saudável e um início positivo da nova fase de vida.

Além das mudanças físicas, como a involução do útero que retorna ao tamanho original e, hormonais, marcadas pela queda drástica de hormônios como estrogênio e progesterona, o que pode afetar o humor e a disposição, as mulheres podem experimentar o que é conhecido como baby blues, uma condição caracterizada por sentimentos de tristeza, ansiedade e irritabilidade que geralmente surgem nos primeiros dias após o parto e podem durar algumas semanas.

A adaptação à nova rotina, as demandas constantes do recém-nascido e a falta de sono contribuem ainda para a exaustão física e emocional. Por isso, são necessários uma série de cuidados específicos para garantir a saúde e o bem-estar da mulher e seu bebê. Entre eles está a contracepção no pós-parto, fundamental para a saúde materna.

Continue a leitura até o final, saiba tudo sobre a contracepção no pós-parto e por que é importante. Confira!

Contracepção

A contracepção, também conhecida como controle de natalidade, é o termo utilizado em referência ao conjunto dos métodos que visam evitar, de modo reversível e temporário, a fecundação de um óvulo por um espermatozoide, ou, quando há fecundação, a implantação do embrião formado.

Esses métodos variam de intervenções comportamentais e dispositivos físicos a medicamentos hormonais, que previnem uma gravidez indesejada. Assim, a contracepção desempenha um papel fundamental na saúde reprodutiva, no planejamento familiar e na igualdade de gênero, com benefícios significativos para indivíduos e sociedades.

Possibilitou, por exemplo, maior liberdade reprodutiva às mulheres, permitindo que escolhessem quando e quantos filhos ter e, dessa forma, maior investimento em educação e carreiras, bem como alguns métodos, como os preservativos de barreira, as camisinhas masculinas ou femininas, são a única forma de prevenir a contaminação por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), que podem causar inúmeros prejuízos para a saúde geral e reprodutiva.

Os benefícios se estendem também ao período pós-parto. A contracepção no pós-parto, entretanto, tem algumas particularidades, incluindo a amamentação enquanto método contraceptivo, o uso dos não hormonais ou hormonais específicos. Entenda melhor a seguir.

Contracepção no pós-parto

Atualmente, uma diversidade de métodos contraceptivos está disponível, entre eles a pílula anticoncepcional, o mais popular, os dispositivos intrauterinos (DIUs), que podem ser hormonais e não hormonais, como o DIU de cobre ou o DIU com fio de prata, implantes, injeções, adesivos, anéis vaginais e os preservativos de barreira.

Contudo, eles se diferem na forma de funcionamento e formulação. A pílula, por exemplo, um anticoncepcional oral hormonal, pode ser combinada com estrogênio e progesterona ou só de progesterona (minipílulas) e deve ser tomada diariamente, enquanto o DIU e os implantes são métodos reversíveis de longa duração, ou seja, agem durante determinado período e depois devem ser substituídos.

Os implantes, métodos hormonais, tem duração de três anos; o DIU hormonal, de 5 a 6 anos de acordo com o tipo; o DIU de cobre dura até 10 anos e o DIU com fio de prata por cerca de 5 anos e podem ser removidos a qualquer momento sem nenhum prejuízo à fertilidade.

A contracepção no pós-parto, por outro lado, deve ser feita apenas por métodos não hormonais ou pelos que utilizam apenas progestagênios em sua composição, que não comprometem a amamentação.

Entre as opções estão a lactação, conhecido como amenorreia lactacional (LAM) e geralmente a primeira indicação dos especialistas, implantes e DIUs hormonais, que liberam diariamente pequenas doses de progesterona, DIU de cobre, que libera diariamente pequenas doses desse elemento, tóxico para os espermatozoides e o DIU com fio de prata, uma versão do de cobre com a prata acrescentada às hastes, que estabiliza o cobre quando os dois se misturam.

A definição do mais adequado em cada caso é feita pelo especialista, que continua o acompanhamento da mulher após o nascimento do bebê e vai considerar diferentes fatores, incluindo a possibilidade de utilizar hormônios, o desejo de ter mais filhos e o tempo determinado para isso.

Embora todos sejam métodos de alta eficácia na prevenção da gravidez, o LAM, por exemplo, depende de fatores como a intensidade e frequência da amamentação, da adição ou não de alimentos complementares à dieta do bebê e da ocorrência de menstruação.

Entenda por que a concepção no pós-parto é importante

O período pós-parto se encerra quando a mulher tem a primeira menstruação, que marca o reinicio dos ciclos menstruais e sugere a possibilidade de engravidar, o que geralmente acontece entre seis e oito semanas após o nascimento do bebê, embora possa variar.

Porém, segundo estudos, o intervalo entre as gestações deve ser de pelo menos dezoito meses, tempo necessário para o restabelecimento total do organismo; uma nova gravidez em um intervalo menor aumenta as chances de complicações.

A contracepção no pós-parto pode evitar resultados adversos, como por exemplo ruptura prematura de membranas (bolsa amniótica), baixo peso ao nascer, parto prematuro, bebês pequenos para a idade gestacional, morte neonatal, que ocorre nos primeiros 7 dias de vida, bem como complicações de saúde materna, como desnutrição, exaustão física, pré-eclâmpsia e aumento do risco de mortalidade.

Os benefícios da contracepção no pós-parto, portanto, vão além da prevenção de uma gravidez indesejada, contudo, é importante reforçar, que em ambos os casos deve ser feita com a orientação do especialista.

Siga o link e entenda tudo sobre o assunto!

Ovulação e período fértil: conheça as diferenças

Os ovários, as tubas uterinas e o útero são os principais órgão reprodutores das mulheres e cada um desempenha um papel fundamental no processo gestacional.

Os ovários, por exemplo, são as gônadas sexuais femininas, órgãos responsáveis pela produção de óvulos e dos hormônios sexuais estrogênio e progesterona. Os óvulos, por sua vez, são as células sexuais ou gametas, que carregam as informações genéticas transmitidas aos filhos.

Todas as mulheres já nascem com uma reserva ovariana, estoque de folículos, estruturas responsáveis por armazenar o óvulo imaturo, utilizados durante a idade fértil nos ciclos menstruais, processo contínuo marcado por alterações fisiológicas que preparam o corpo para uma possível gravidez, que se inicia na puberdade e encerra na menopausa quando há o esgotamento desse estoque.

A ovulação é um uma das principais etapas do ciclo menstrual. Apesar de ser essencial para a gravidez ser um sucesso, é frequentemente confundida com período fértil, intervalo em que há mais chances de isso acontecer.

Para conhecer as diferenças entre ovulação e período fértil é só continuar a leitura até o final. Confira!

O que é ovulação?

Os ovários são duas glândulas em formato de amêndoas, têm aproximadamente 3 cm de comprimento, 1,5 cm de largura e 1 cm de espessura e estão localizados na porção superior da cavidade pélvica, um em cada lado do útero. São ligados a esse órgão pelas tubas uterinas, conjunto que proporciona da geração ao nascimento de uma nova vida.

Os folículos ficam abrigados no córtex ovariano. No nascimento, existem cerca de 2 milhões, quantidade que reduz para mais ou menos 400 mil quando a mulher atinge a puberdade e os ciclos menstruais se iniciam, processo dividido em três fases e coordenado por diferentes hormônios, orientados pelo eixo hipotálamo-hipófise-gônadas (ovários).

A cada ciclo, os ovários liberam um óvulo para ser fecundado pelo espermatozoide, gameta masculino e gerar a primeira célula do embrião, estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano. Esse evento, é clinicamente conhecido como ovulação e ocorre de forma intercalada, ou seja, há uma alternância entre os ovários. Entenda melhor abaixo:

  1. No começo da primeira fase do ciclo, a folicular, o hipotálamo libera o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) estimulando a hipófise a secretar as gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante). O FSH promove o recrutamento e crescimento de vários folículos, enquanto o LH atua no desenvolvimento e amadurecimento do que se destaca entre eles, conhecido como folículo dominante, que produz estrogênio enquanto se desenvolve, hormônio que inicia o preparo do endométrio, camada interna uterina na qual o embrião se implanta, fixando-se para dar início à gestação;
  2. Na segunda fase, a ovulatória, altos níveis de estrogênio estimulam um aumento na concentração de LH, que funciona como um gatilho induzindo o folículo ao amadurecimento final e rompimento para liberação do óvulo durante a ovulação. O óvulo é captado pelas tubas uterinas, órgãos em que a fecundação ou fusão com o espermatozoide acontece;
  3. A última fase é conhecida como lútea, pois as células do folículo rompido se transformam em um glândula endócrina temporária, o corpo lúteo, responsável pela produção de progesterona, hormônio que finaliza o preparo do endométrio e garante a manutenção da gravidez. Se não houver fecundação, o corpo lúteo se degenera levando a um rebaixamento dos níveis hormonais, provocando a descamação do endométrio e a menstruação, que marca o início de um novo ciclo menstrual.

Ainda que a ovulação sinalize o momento de maior fertilidade da mulher, o período fértil compreende um intervalo maior. Veja a seguir.

O que é período fértil?

Período fértil é o termo utilizado para determinar o intervalo do ciclo menstrual em que há mais chances de a mulher engravidar. Considera o tempo de sobrevida do óvulo e do espermatozoide, 24h e 72h respectivamente.

O período fértil pode ser calculado utilizando como referência a provável data da ovulação. Em um ciclo normal, por exemplo, de 28 dias, geralmente acontece na metade, no 14º. Assim, basta anotar a data do primeiro dia da menstruação, diminuir três dias da data estimada para ovulação, tempo de sobrevida dos espermatozoides e acrescentar um, tempo de sobrevida do óvulo.

A ovulação, portanto, é uma etapa necessária para que ocorra a fecundação, evento em que os gametas se fundem gerando a primeira célula do embrião com as informações genéticas dos pais. Denominada zigoto, sofre sucessivas divisões celulares enquanto o embrião é transportado ao útero para se implantar.

O período fértil, por outro lado, aumenta as chances de a fecundação ser bem-sucedida, por isso é importante intensificar a relação sexual nesse intervalo determinado. Além do cálculo, conhecido popularmente como tabelinha, é possível ainda observar alguns sinais do corpo, como o aumento do volume e sensibilidade das mamas e alterações no muco cervical, substância produzida pelo colo do útero, que se torna mais cristalino e elástico, semelhante à clara de ovo, bem como recorrer a testes de ovulação facilmente encontrados em farmácias.

Siga o link e entenda em detalhes tudo sobre ciclo menstrual, ovulação e período fértil!

Quais são os melhores contraceptivos?

O principal benefício dos métodos contraceptivos já é bastante conhecido pela maioria das mulheres em idade reprodutiva. Como o nome sugere, evitam a concepção, uma gravidez muitas vezes não desejada em determinado momento. Assim, permitem o planejamento familiar, ou seja, a definição de quando ter filhos e quantos ter.

Embora a pílula se destaque em popularidade entre os contraceptivos desde a década de 1960, quando se tornou símbolo dos movimentos feministas por representar a expressão de liberdade sexual das mulheres, hoje, uma diversidade de métodos está disponível, entre eles o DIU (dispositivo intrauterino), que também se tornou conhecido na mesma ocasião, ainda que em menor proporção.

Essa diversidade leva naturalmente à pergunta sobre quais os melhores contraceptivos no momento de fazer a escolha, porém não existe uma resposta estabelecida. Isso significa que essa qualidade varia de acordo com as características e desejo de cada mulher, bem como considera critérios como a adaptação.

Por exemplo, alguns métodos contraceptivos são formulados com hormônios, contraindicados em algumas situações, enquanto outros têm um tempo de duração maior e dispensam a necessidade de uso diário como acontece com a pílula.

No entanto, critérios como a eficácia podem ser evidenciados. Entre os contraceptivos disponíveis atualmente alguns registram chances de falhas praticamente inexpressivas, de no máximo 0,1%.

Este texto aborda tudo sobre os contraceptivos, da atuação à eficácia proporcionada por cada um deles, critério que permite classificá-los quando o objetivo for a procura pelos melhores. Continue a leitura até o final e confira!

Conheça os melhores contraceptivos

As principais etapas da gravidez acontecem durante o ciclo menstrual, processo que ocorre continuamente entre a puberdade e a menopausa, idade fértil, quando diferentes alterações fisiológicas preparam o corpo feminino para gerar uma nova vida.

Veja a seguir quais são os melhores contraceptivos e o funcionamento de cada um.

Pílula anticoncepcional

A pílula anticoncepcional está entre os métodos contraceptivos que utilizam hormônios para prevenir a gravidez. Os comprimidos são formulados com estrogênio e progesterona sintéticos semelhantes aos naturais que atuam durante o ciclo menstrual no espessamento do endométrio, camada interna uterina na qual o embrião se implanta para dar início à gravidez.

As pílulas podem ser combinadas com estrogênio e progesterona ou só de progesterona, conhecidas como minipílulas.

Ambas impedem o espessamento do endométrio e promovem alterações no muco cervical, substância produzida pelo colo uterino, inibindo a entrada e o deslocamento dos espermatozoides pelo sistema reprodutor feminino. Contudo, as combinadas evitam ainda que a ovulação aconteça, evento em que os ovários liberam o óvulo para ser fecundado pelo espermatozoide e, assim, a fecundação, quando os gametas se fundem para gerar a primeira célula do embrião.

A eficácia da pílula é de 99,9%, ou seja, as chances de ocorrerem falhas são de 0,1%. No entanto, o uso é diário e as minipílulas devem ser tomadas sempre no mesmo horário para garantir a eficácia.

Dispositivos intrauterinos (DIUs)

Os DIUs são dispositivos inseridos no útero e são os métodos contraceptivos reversíveis de maior duração; duram 5 anos e podem ser removidos a qualquer momento.

Existem diferentes tipos de DIU: os hormonais, o de cobre e o com fio de prata. Dentre os hormonais, dois se destacam: o Mirena e o Kyleena.

Ambos liberam diariamente pequenas doses de progesterona, impedindo o espessamento do endométrio e provendo alterações no muco cervical. No entanto, eles se diferenciam na dosagem hormonal. Enquanto o Kyleena tem 19,5 mg de levonorgestrel, com média de liberação diária de 9 mcg, o Mirena tem 52 mg e média de liberação diária de 15 mcg.

Já o DIU de cobre é um dispositivo intrauterino revestido de cobre, elemento tóxico para os espermatozoides liberado diariamente em pequenas quantidades. O cobre interfere no preparo endometrial e impede a sobrevida dos espermatozoides no organismo feminino ou sua capacidade de movimento (motilidade). Dessa forma, a fecundação não acontece.

DIU com fio de prata, por sua vez, é uma versão do de cobre com a prata acrescentada às hastes, que estabiliza o cobre quando os dois se misturam, diminuindo a possibilidade de fragmentação. Sua atuação e eficácia é semelhante ao formulado só com cobre.

Todos os tipos de DIU têm uma eficácia, como a pílula, de quase 100%. O DIU de cobre e o DIU com fio de prata, entretanto, são uma alternativa importante para as mulheres que não podem utilizar hormônios.

Outros contraceptivos hormonais

Outros contraceptivos também utilizam hormônios em sua composição e têm uma eficácia que varia de 93% a 99,9%:

  • Implante subdérmico: é chamado implante o dispositivo inserido sob a pele do braço. Atua liberando diariamente pequenas doses de progesterona. Tem duração de 3 anos e eficácia de 99,9%;
  • injeção de progesterona: a injeção de progesterona é aplicada a cada três meses e a eficácia é de 96%;
  • anel contraceptivo vaginal: libera progesterona e estrogênio e é inserido dentro da vagina. Pode ser utilizado por três semanas e deve ser substituído logo após a menstruação. A eficácia é de 93%;
  • adesivo: libera progesterona e estrogênio, sendo colocado na parte inferior do abdômen, nádegas ou parte superior do corpo, e deve ser substituído semanalmente e também tem eficácia de 93%.

Embora esses métodos contraceptivos sejam classificados como os melhores considerando o critério eficácia, é sempre importante utilizar preservativos de barreira em todas as relações sexuais.

Apesar de serem métodos de baixa eficácia quando usados isoladamente, com percentuais de falha de até 20%, são a única forma de prevenir a contaminação por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como clamídia e gonorreia.

Por outro lado, a escolha do contraceptivo mais adequado para cada mulher deve ser sempre feita com a orientação de um ginecologista, que considera critérios com a saúde geral, o tempo de interrupção da fertilidade e a adaptação.

Siga o link e conheça em detalhes tudo sobre os métodos contraceptivos!