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O que é DIU hormonal?

O dispositivo intrauterino (DIU) é um método contraceptivo de longa duração, seguro e eficaz, amplamente utilizado por mulheres que desejam evitar uma gravidez sem precisar lembrar diariamente da pílula anticoncepcional. As taxas de sucesso para evitar gravidez superam os 99%. No entanto, há diferentes tipos de DIU, e compreender suas diferenças é essencial para escolher a melhor opção para cada caso.

Dentre as opções disponíveis, o DIU hormonal tem ganhado destaque por seus benefícios adicionais, que vão além da prevenção da gravidez.

É importante lembrar que o DIU não protege a mulher de infecções sexualmente transmissíveis (IST). Para evitar a transmissão, ainda assim é necessário utilizar um contraceptivo de barreira.

Neste artigo, vamos explicar o que é o DIU hormonal, como ele funciona, seus benefícios em comparação com o DIU não hormonal e como ele pode ser uma excelente alternativa para muitas mulheres.

O que é DIU hormonal?

O DIU hormonal é um pequeno dispositivo em formato de “T” que é inserido dentro do útero e libera gradualmente um hormônio chamado levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética. Essa liberação hormonal tem o efeito de tornar o muco cervical mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides e impedindo a fecundação. Além disso, o hormônio também pode tornar o endométrio mais fino, reduzindo o fluxo menstrual e as cólicas.

Os modelos mais conhecidos de DIU hormonal são o Mirena e o Kyleena. Ambos liberam levonorgestrel, mas em quantidades diferentes e oferecem características específicas que podem se adequar melhor a cada perfil de paciente.

Benefícios do DIU hormonal em comparação com o DIU de cobre

O DIU de cobre, diferentemente do DIU hormonal, não libera hormônios. Seu mecanismo de ação se baseia na liberação de íons de cobre no endométrio, que criam um ambiente hostil aos espermatozoides, impedindo a fecundação. Embora também seja um método eficaz e de longa duração, o DIU de cobre pode aumentar o fluxo menstrual e as cólicas, o que pode ser um incômodo para algumas mulheres.

Os principais benefícios do DIU hormonal em relação ao DIU de cobre incluem:

  • Redução do fluxo menstrual, sendo uma opção para mulheres com menstruação intensa;
  • Diminuição das cólicas menstruais;
  • Pode ser indicado para condições como endometriose, ajudando a aliviar os sintomas;
  • Melhora da qualidade de vida, reduzindo desconfortos associados ao ciclo menstrual.

Quanto tempo dura o DIU hormonal?

Tanto o DIU Mirena como o Kyleena, ambos dispositivos hormonais, duram até 5 anos. A respeito dos DIUs não hormonais, o DIU com fio de prata também dura 5 anos e o DIU de cobre pode durar até 10 anos.

A escolha do modelo deve ser feita com orientação médica, levando em consideração diversos fatores.

Possíveis efeitos colaterais do DIU hormonal

Embora o DIU hormonal ofereça diversos benefícios, algumas mulheres podem apresentar efeitos colaterais nos primeiros meses de uso. Entre os mais comuns estão:

  • Dor de cabeça;
  • Dor abdominal/dor pélvica;
  • Acne/seborreia;
  • Alterações no sangramento, incluindo sangramento menstrual aumentado e diminuído, gotejamento, oligomenorreia e amenorreia;
  • Vulvovaginite.

Após a inserção do DIU Kyleena, com o passar do tempo, a frequência de amenorreia e sangramentos infrequentes aumenta e a frequência de sangramentos frequentes, irregulares e prolongados diminui.

Outras reações adversas foram reportadas, mas são menos comuns. É importante ficar atenta às alterações no corpo durante o uso do DIU hormonal.

E se a mulher quiser engravidar?

Há muita desinformação sobre esse assunto. O DIU hormonal não compromete a fertilidade da mulher. Quando a paciente quiser engravidar, basta procurar o médico para remover o dispositivo. Sua capacidade reprodutiva retorna imediatamente, permitindo que a gestação ocorra de maneira natural.

A taxa de gestação após a remoção do DIU hormonal é comparável à de mulheres que nunca utilizaram métodos contraceptivos hormonais, tornando essa uma excelente opção para quem deseja fazer um planejamento familiar flexível.

Como é feita a inserção do DIU hormonal?

A inserção do DIU hormonal é um procedimento simples, realizado em consultório médico. O ginecologista faz uma avaliação prévia para garantir que não há contraindicações e, em seguida, insere o dispositivo no útero. O procedimento pode causar um leve desconforto, mas geralmente é rápido e seguro.

Após a inserção, recomenda-se um retorno ao consultório para verificar se o dispositivo está corretamente posicionado. Além disso, consultas regulares são indicadas para monitorar a adaptação do organismo ao método.

Conclusão

O DIU hormonal é uma excelente opção contraceptiva para mulheres que desejam um método seguro, prático e que ofereça benefícios adicionais para a saúde menstrual. Ao reduzir o fluxo e as cólicas, ele se torna uma alternativa viável para aquelas que buscam mais qualidade de vida no dia a dia.

Se você deseja saber mais sobre as opções de DIU hormonal, recomendamos a leitura do nosso artigo sobre o DIU Kyleena. Para agendar uma consulta e tirar suas dúvidas, entre em contato com a nossa clínica!

Ferro durante a gestação: importância e o que fazer em caso de deficiência

Poucas pessoas sabem quanto o ferro é fundamental para o desenvolvimento humano de forma geral e ainda mais durante o período intrauterino até os dois primeiros anos de vida, por isso, hoje, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a suplementação de ferro para crianças até os dois anos de vida.

O ferro também é fundamental durante a gestação, tanto para a gestante como para o bebê. A gestante precisa de uma nutrição equilibrada para garantir sua saúde e o desenvolvimento adequado do bebê. Entre os nutrientes essenciais, o ferro desempenha um papel fundamental na formação sanguínea e na prevenção de complicações maternas e fetais.

Mas por que a demanda desse mineral é tão alta durante esse período? O que fazer em caso de deficiência? Vamos explorar esses assuntos a seguir!

A importância do ferro para o organismo (e desenvolvimento) humano

O ferro é um mineral essencial para diversas funções vitais do corpo humano. Ele está diretamente envolvido na produção de hemoglobina, a proteína presente nos glóbulos vermelhos responsável pelo transporte de oxigênio para os tecidos. Além disso, o ferro participa de reações enzimáticas, do funcionamento adequado do sistema imunológico e da produção de energia celular.

Os principais alimentos fontes de ferro incluem carnes vermelhas, aves, peixes, vegetais verde-escuros, leguminosas como feijão e lentilha e cereais fortificados. No entanto, a absorção do ferro varia de acordo com a sua origem. 

O ferro heme, presente em alimentos de origem animal, é mais facilmente absorvido pelo organismo (o excesso deve ser evitado porque também pode prejudicar o organismo), enquanto o ferro não heme, encontrado em vegetais, possui uma taxa de absorção menor. A vitamina C pode aumentar a absorção do ferro não heme, enquanto o cálcio (também dificulta a absorção do ferro heme) e alguns compostos presentes em chás e cafés podem dificultá-la.

A deficiência de ferro pode causar anemia ferropriva, caracterizada por fadiga, fraqueza, palidez, tontura e dificuldades de concentração. Para a gestante, a deficiência desse nutriente pode trazer complicações tanto para ela quanto para o bebê.

Por que o ferro é essencial durante a gestação?

Durante a gravidez, a necessidade de ferro aumenta significativamente. Isso ocorre porque o volume sanguíneo materno aumenta em até 50%, exigindo uma maior produção de hemoglobina para garantir o suprimento adequado de oxigênio ao feto e à placenta. Além disso, o ferro é essencial para a formação das células vermelhas do bebê, prevenindo complicações como baixo peso ao nascer e parto prematuro.

Os estoques de ferro do bebê, adquiridos durante a gestação, também são fundamentais para os primeiros meses de vida. A deficiência de ferro em bebês pode afetar o desenvolvimento neurológico e a função cognitiva, sendo um fator determinante para o crescimento infantil até os 2 anos de idade.

Outros fatores também aumentam o risco de deficiência de ferro na gestação, como gestação múltipla, intervalo curto entre gestações e dietas pobres em ferro. Mulheres que têm distúrbios de absorção, como doença celíaca, também podem precisar de um acompanhamento nutricional mais rigoroso.

A suplementação de ferro durante a gestação

Diante do aumento da demanda de ferro, muitas gestantes necessitam de suplementação para evitar a deficiência. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a suplementação de ferro para todas as gestantes, com a dose sendo ajustada de acordo com as necessidades individuais.

Contudo, nem todas as mulheres apresentam os mesmos níveis de ferro e, por isso, a suplementação deve ser acompanhada pelo médico. O pré-natal é essencial para monitorar os níveis do mineral e definir a melhor conduta para cada caso. Além disso, uma alimentação rica em ferro pode ajudar a manter os níveis adequados.

Os suplementos podem causar efeitos colaterais, como constipação e náuseas, por isso a escolha do tipo e da dosagem do suplemento deve ser feita de forma personalizada.

O que fazer em caso de deficiência de ferro durante a gestação?

Mesmo com a suplementação, algumas gestantes ainda podem apresentar deficiência de ferro. Nesses casos, pode-se solicitar exames para avaliar os níveis de ferritina e hemoglobina, ajustando a suplementação ou recomendando outras abordagens, como alterações na dieta. Outra possibilidade é alterar a via de suplementação. Pode ser necessária a aplicação intravenosa.

A deficiência de ferro durante a gestação pode levar a complicações, como aumento do risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer. Por isso, o acompanhamento pré-natal é essencial para garantir que a gestante receba os cuidados necessários para evitar problemas futuros.

Conclusão

O ferro durante a gestação é um nutriente essencial para a saúde materna e o desenvolvimento adequado do bebê. A suplementação, quando indicada, deve ser feita sob orientação médica, e o pré-natal é fundamental para garantir que a gestante receba a quantidade adequada do mineral.

Se você quer saber mais sobre a suplementação vitamínica na gravidez, leia também este texto: suplementação vitamínica para gestantes.

O que é líquido amniótico?

A gestação é um período único na vida da mulher, repleto de descobertas e transformações. Durante esse processo, o corpo se adapta para garantir o desenvolvimento e a segurança do bebê. Entre as muitas mudanças que ocorrem, uma das mais importantes é a formação da bolsa amniótica e do líquido amniótico, que criam o ambiente ideal para o crescimento fetal.

O líquido amniótico desempenha um papel fundamental desde o início da gestação, protegendo o feto e promovendo seu desenvolvimento. Mas você sabe como ele é formado e por que é tão essencial? 

Neste texto, vamos explicar em detalhes o que é líquido amniótico, suas funções, como é avaliado e o que pode indicar problemas. Leia até o final para entender como o pré-natal pode ajudar a monitorar sua saúde e a do seu bebê.

O início da gestação: formação do líquido amniótico

Quando o óvulo e o espermatozoide se unem, processo chamado de fecundação, formam uma estrutura chamada de zigoto, primeira fase do desenvolvimento do embrião. Os núcleos desses gametas então se fundem dentro do zigoto e começam a se dividir (cada divisão é chamada de clivagem), dando início ao desenvolvimento embrionário propriamente dito.

Cerca de cinco dias depois da fecundação, o embrião atinge o estágio de blastocisto e chega ao útero, que é revestido internamente pelo endométrio. É no endométrio que o embrião se implanta para iniciar a gravidez. O processo de implantação dura alguns dias, quando a placenta começa a se formar.

Algumas células da placenta se transformam no âmnio (membrana que envolve o embrião), o qual forma a bolsa amniótica. Essa bolsa é preenchida pelo líquido amniótico, no qual o bebê se desenvolve.

Inicialmente, esse líquido é composto principalmente por água, mas, ao longo da gestação, ele passa a conter elementos importantes, como sais minerais, hormônios e células do próprio bebê.

O líquido amniótico é produzido em parte pelas membranas amnióticas e, posteriormente, pelo próprio feto. Isso ocorre por meio da urina fetal e de outros mecanismos, como a troca de líquidos com o sangue materno. Por volta da 12ª semana de gestação, o líquido amniótico atinge um volume que permite ao bebê se movimentar confortavelmente dentro do útero, contribuindo para seu crescimento e desenvolvimento.

Funções do líquido amniótico

O líquido amniótico desempenha várias funções essenciais para a gestação e para a saúde do bebê:

  1. Proteção contra impactos: ele age como uma almofada que amortece movimentos e protege o bebê de traumas externos;
  2. Manutenção da temperatura: ajuda a manter o ambiente uterino em uma temperatura estável, essencial para o desenvolvimento do feto;
  3. Facilitação do crescimento: permite que o bebê se mova livremente, o que é crucial para o desenvolvimento muscular e esquelético;
  4. Prevenção de aderências: impede que as membranas amnióticas grudem no feto, o que poderia causar complicações;
  5. Troca de substâncias: contribui para a absorção e eliminação de substâncias, como nutrientes e hormônios, essenciais para o desenvolvimento fetal.

Além dessas funções, o líquido amniótico também auxilia na formação dos sistemas respiratório e digestório do bebê, que começa a engolir pequenas quantidades do líquido a partir do segundo trimestre. Esse processo é importante para o fortalecimento desses órgãos e para o aprendizado de funções vitais, como a respiração.

O que acontece com o líquido amniótico durante a gestação?

O volume e a composição do líquido amniótico mudam ao longo da gestação. No início, ele é mais fluido e consiste principalmente de água. Com o tempo, passa a incluir elementos produzidos pelo feto, como urina e células epiteliais descamadas. Durante o segundo trimestre, o volume do líquido chega ao seu pico, alcançando cerca de 1000 ml.

Por volta da 34ª semana, o volume começa a diminuir gradualmente. O monitoramento desse volume é essencial, pois tanto o excesso (polidrâmnio) quanto a falta (oligodrâmnio) de líquido podem indicar complicações e requerem atenção especializada.

Exames para avaliar o líquido amniótico

O acompanhamento do líquido amniótico é feito por meio de exames de imagem, como o ultrassom obstétrico. Esse exame permite medir o índice de líquido amniótico (ILA), que é usado para avaliar se o volume está dentro dos parâmetros normais. Outras análises, como a amniocentese, podem ser realizadas em situações específicas, como suspeitas de infecções ou anomalias genéticas.

O ultrassom é um exame indolor e seguro, sendo realizado rotineiramente durante o pré-natal. Caso o médico detecte anormalidades no volume do líquido amniótico, ele pode solicitar exames complementares ou propor intervenções para garantir o bem-estar do bebê.

Diagnósticos relacionados ao líquido amniótico

  • Oligodrâmnio: ocorre quando há uma quantidade insuficiente de líquido amniótico, o que pode estar associado a problemas como restrição do crescimento fetal, rompimento prematuro das membranas ou insuficiência placentária;
  • Polidrâmnio: é caracterizado pelo excesso de líquido amniótico, que pode ser causado por condições como diabetes gestacional, malformações fetais ou infecções;
  • Líquido meconial: em algumas situações, o líquido amniótico pode apresentar traços de mecônio (as primeiras fezes do bebê). Isso pode indicar sofrimento fetal e requer acompanhamento imediato.

Esses diagnósticos são feitos com base nos resultados dos exames pré-natais e demandam acompanhamento rigoroso.

A importância do pré-natal no monitoramento do líquido amniótico

O acompanhamento pré-natal é fundamental para avaliar a saúde materna e fetal, incluindo o volume e a qualidade do líquido amniótico. Consultas regulares permitem que o obstetra identifique precocemente alterações e tome as medidas necessárias para garantir uma gestação segura.

O líquido amniótico desempenha um papel crucial na gestação, protegendo e promovendo o desenvolvimento do bebê. Entender sua importância e monitorá-lo adequadamente durante o pré-natal é essencial para uma gestação tranquila. Caso você esteja planejando engravidar ou já esteja grávida, não deixe de contar com uma equipe médica de confiança.

Na Clínica NOG, oferecemos um acompanhamento pré-natal completo, com uma equipe dedicada e recursos avançados para monitorar cada etapa da gestação. Você também pode conferir informações sobre nossos serviços de ultrassonografia obstétrica e consultas de pré-natal.

Se você quer saber mais sobre os cuidados essenciais antes de engravidar, convidamos você a ler nosso artigo sobre cuidados antes de engravidar.

DIU com fio de prata ainda é indicado?

Os métodos contraceptivos evoluíram significativamente nas últimas décadas, oferecendo às mulheres uma variedade de opções adaptadas a diferentes necessidades e estilos de vida. Entre eles, o dispositivo intrauterino (DIU) tem se consolidado como uma das escolhas mais populares devido à sua eficácia, longa duração e praticidade.

Dentro desse universo, o DIU com fio de prata é um tema que gera curiosidade e questionamentos. Afinal, ele ainda é indicado? E em que situações ele se destaca entre tantas outras opções disponíveis no mercado?

Neste texto, vamos esclarecer o que é DIU com fio de prata, em quais casos ele é indicado e por que ainda pode ser uma boa escolha para algumas mulheres. Também abordaremos os benefícios gerais dos DIUs, tanto hormonais quanto não hormonais, para ajudar você a tomar uma decisão informada sobre o método contraceptivo mais adequado. Continue a leitura para descobrir tudo sobre o tema!

O que é DIU e quais são os tipos disponíveis?

O DIU é um pequeno dispositivo em forma de “T” ou “Y” inserido no útero por um ginecologista. Ele pode ser classificado em dois tipos principais:

  1. DIU hormonal: libera progesterona gradualmente, que inibe a ovulação e altera o muco cervical, o que dificulta a passagem dos espermatozoides até as tubas uterinas, onde acontece a fecundação. Um exemplo conhecido é o DIU Mirena®.
  2. DIU não hormonal: feito de cobre ou cobre com prata, atua como espermicida, criando um ambiente hostil para os espermatozoides, e altera as propriedades do endométrio, tecido que reveste o útero internamente, dificultando a implantação. Esses DIUs não interferem na ovulação e são livres de hormônios, o que os torna uma opção atraente para mulheres que preferem evitar alterações hormonais no corpo.

O que é DIU com fio de prata?

O DIU com fio de prata é um tipo de DIU não hormonal, composto de cobre e uma liga de prata. Essa combinação tem como objetivo reduzir os efeitos colaterais do cobre, como o aumento do fluxo menstrual e das cólicas, além de prolongar a vida útil do dispositivo.

A prata, por suas propriedades antimicrobianas e de estabilizar o cobre, também ajuda a minimizar o risco de infecções uterinas e a degradação do cobre. Em geral, o DIU com fio de prata é indicado para mulheres que desejam um método contraceptivo eficaz, livre de hormônios e com menores impactos nos padrões menstruais.

O DIU com fio de prata ainda é indicado?

Sim, o DIU com fio de prata ainda é indicado, especialmente em casos específicos. Ele é uma opção válida para mulheres que:

  • Buscam um método contraceptivo eficaz sem uso de hormônios;
  • Desejam minimizar os efeitos colaterais associados ao DIU de cobre puro;
  • Têm contraindicações ao uso de métodos hormonais;
  • Preferem um dispositivo de longa duração (cerca de 5 anos);
  • Querem uma alternativa que afete menos o ciclo menstrual.

Porém, é importante ressaltar que a escolha do método contraceptivo deve ser personalizada e baseada em uma avaliação médica detalhada. O ginecologista é o profissional mais indicado para ajudar na decisão, considerando o histórico de saúde, estilo de vida e preferências da paciente.

Benefícios do DIU com fio de prata

  1. Alta eficácia contraceptiva: os DIUs não hormonais têm uma taxa de eficácia acima de 99%, semelhante aos métodos hormonais;
  2. Longa duração: o DIU com fio de prata dura cerca de 5 anos, oferecendo praticidade e economia a longo prazo;
  3. Ausência de hormônios: ideal para mulheres que não podem utilizar métodos hormonais ou preferem não os utilizar;
  4. Menor impacto no ciclo menstrual: comparado ao DIU de cobre puro, o DIU com fio de prata causa menos aumento do fluxo e das cólicas menstruais;
  5. Manutenção simples: requer apenas consultas periódicas para verificação da posição do dispositivo;
  6. Método reversível: a mulher pode retirar o DIU com fio de prata a qualquer momento e engravidar em pouco tempo.

Quem deve evitar o uso do DIU com fio de prata?

Apesar de seus benefícios, o DIU com fio de prata pode não ser adequado para todas as mulheres. Algumas contraindicações incluem:

  • Presença de infecções uterinas ativas;
  • Anormalidades na anatomia uterina que dificultem a colocação ou a fixação do DIU;
  • Histórico de alergia ao cobre ou prata;
  • Menstruações extremamente abundantes e dolorosas que não melhoram com o uso do dispositivo.

É essencial que a paciente discuta suas condições de saúde com o ginecologista para determinar se este é o melhor método contraceptivo para ela.

Dúvidas comuns sobre o DIU com fio de prata

  1. O DIU com fio de prata interfere em exames de imagem? Não, o DIU é feito de materiais compatíveis com exames como ultrassom, raio-X e ressonância magnética. No entanto, é sempre recomendável informar ao profissional de saúde a presença do dispositivo antes de realizar qualquer procedimento;
  2. Pode ocorrer rejeição do DIU? Sim, embora seja muito raro. Pode haver expulsão espontânea do dispositivo, especialmente nos primeiros meses após a inserção. Por isso, é importante realizar consultas de acompanhamento periódicas;
  3. A retirada do DIU é fácil? A remoção é um procedimento simples, mas deve ser realizada no consultório ginecológico por um médico que tenha experiência com DIU.

Quanto tempo dura e qual é a taxa de sucesso?

O DIU com fio de prata tem uma vida útil de 5 anos. Durante esse período, ele apresenta taxas de eficácia contraceptiva superiores a 99%, que o tornam uma opção tão eficaz quanto a laqueadura tubária, por exemplo, mas com a vantagem de ser reversível.

Considerações finais

O DIU com fio de prata continua sendo uma opção segura e eficaz para muitas mulheres, especialmente aquelas que buscam um método não hormonal de longa duração. No entanto, a escolha do método contraceptivo ideal deve sempre ser feita em conjunto com um profissional de saúde. Na Clínica NOG, estamos prontos para ajudar você a encontrar a melhor solução para suas necessidades.

Se você quer saber mais sobre o DIU com fio de prata, não deixe de conferir nosso artigo detalhado sobre o tema neste link. Agende uma consulta conosco e descubra qual é o melhor método contraceptivo para você!

Pré-natal: exames de 1º trimestre

O pré-natal é um dos momentos mais importantes para a mulher e é fundamental para a saúde do bebê (e da futura mãe). Esse acompanhamento médico permite identificar e prevenir condições que poderiam comprometer a saúde materno-fetal, promovendo uma gestação mais tranquila e segura.

Dividido em três trimestres, o pré-natal tem objetivos bem definidos em cada um deles, com exames específicos que auxiliam na monitorização da gestante e do feto. Aqui, abordaremos os exames mais comuns do primeiro trimestre, explicando sua importância e o que eles podem diagnosticar. Esclareça todas as suas dúvidas.

A importância do pré-natal e a divisão por trimestres

O acompanhamento pré-natal não é apenas uma recomendação, mas uma necessidade para garantir que todas as condições da gestante e do bebê sejam adequadamente avaliadas ao longo de toda a gestação. Ele é dividido em três trimestres, cada um com suas especificidades:

  • Primeiro trimestre: refere-se às primeiras 12 semanas e é o período em que o embrião se forma e começa seu desenvolvimento como feto. Exames nessa etapa são voltados para a confirmação da gravidez, avaliação inicial da saúde materna e identificação de possíveis fatores de risco;
  • Segundo trimestre: entre a 13ª e a 24ª semana, o feto apresenta crescimento acelerado, e novos exames são realizados para avaliar seu desenvolvimento;
  • Terceiro trimestre: da 25ª semana até o parto, o foco é no acompanhamento final do crescimento fetal e na preparação para o nascimento.

Ao longo desses três períodos, exames laboratoriais e de imagem são fundamentais. No primeiro trimestre, os exames iniciais fornecem um panorama geral da saúde da mãe e do bebê.

Exames do primeiro trimestre: quais são e por que são solicitados?

Alguns casais planejam a gravidez, outros não. Embora nem sempre seja possível, o ideal é planejá-la e começar toda a experiência com uma consulta preconcepcional, que pode esclarecer uma série de dúvidas e preparar a mulher (o casal) para a gestação. 

O pré-natal em si começa na primeira consulta após a confirmação da gravidez e tem o objetivo de apresentar para o casal tudo que vai acontecer dali em diante, até o nascimento e depois, no puerpério e por toda a vida. Aqui vamos abordar em mais detalhes o primeiro trimestre.

Durante o primeiro trimestre, a gestante fará uma série de exames laboratoriais e de imagem. Esses testes têm o objetivo de identificar possíveis condições que possam interferir no andamento da gravidez, assim como na saúde do bebê e da mãe. Entre os mais comuns estão:

1. Hemograma completo

O hemograma completo avalia os componentes do sangue da gestante. Ele detecta anemias, infecções e alterações no sistema imunológico, ajudando o médico a planejar cuidados específicos.

2. Tipagem sanguínea e Fator Rh

A tipagem sanguínea é essencial para identificar o grupo sanguíneo e o fator Rh da mãe. Se a gestante for Rh negativo e o bebê for Rh positivo, pode haver incompatibilidade que exige acompanhamento próximo e medidas preventivas.

3. Glicemia de jejum

Esse exame verifica os níveis de glicose no sangue, ajudando no diagnóstico precoce de diabetes gestacional, condição que pode afetar o desenvolvimento do bebê e aumentar os riscos obstétricos.

4. Sorologias para infecções

Sorologias para doenças infecciosas como HIV, sífilis, hepatite B e C e toxoplasmose são importantes para proteger a mãe e o feto. Identificar essas infecções cedo permite tratar ou controlar a doença, minimizando seus efeitos na gravidez.

5. Exame de urina (EAS e urocultura)

A infecção urinária é comum durante a gravidez e, quando não tratada, pode levar a complicações, como abortamento espontâneo, trabalho de parto prematuro, infecção do cordão umbilical, entre outras. O exame de urina identifica a presença de infecções ou outros problemas, como proteinúria.

6. Ultrassonografia obstétrica inicial

A ultrassonografia realizada entre a 6ª e a 8ª semana confirma a presença do embrião no útero, avalia o número de sacos gestacionais e determina a idade gestacional com maior precisão.

7. Translucência nucal

Esse exame de imagem, realizado entre a 11ª e a 13ª semanas, portanto no final do 1º trimestre, avalia a quantidade de líquido na região da nuca do feto. É um exame de rastreamento de alterações cromossômicas. Dependendo dos resultados, pode-se suspeitar de síndrome de Down e de outros problemas cromossômicos.

Diagnósticos possíveis no primeiro trimestre

Os exames do primeiro trimestre permitem identificar várias condições, como:

  • Anemias: baixos níveis de hemoglobina podem ser tratados com suplementação e ajustes na dieta;
  • Infecções: doenças infecciosas diagnosticadas precocemente têm melhor prognóstico;
  • Condições genéticas: alterações identificadas na translucência nucal podem levar a exames complementares, como o teste de DNA fetal ou amniocentese.

A identificação precoce dessas condições possibilita um planejamento mais eficaz e individualizado, aumentando as chances de uma gestão saudável.

A importância da orientação médica

A orientação médica durante o pré-natal é essencial para que as gestantes compreendam a relevância dos exames e sigam todas as recomendações. Cada resultado é avaliado individualmente, considerando o histórico médico da mãe e suas condições atuais.

Um aspecto crucial é que a interpretação dos exames e as orientações dadas pelo médico devem ser claras e didáticas. Isso garante que a gestante se sinta acolhida e bem informada.

Cuide do seu pré-natal na nossa clínica

Aqui na Clínica NOG, nossa missão é oferecer um acompanhamento completo e individualizado, priorizando a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê. Desde os exames do primeiro trimestre até o acompanhamento final, estamos ao seu lado em cada etapa dessa jornada.

Não deixe de conferir também nosso artigo sobre suplementação vitamínica para gestantes, que faz parte do cuidado que precisamos ter durante o pré-natal.

Ovulação e reserva ovariana: conheça a relação

Existem muitas dúvidas sobre a relação entre ovulação e reserva ovariana. Para falar sobre isso, temos que entender o que são e como funcionam os ovários, assim como o que acontece com eles com o tempo e por quê. 

Os ovários desempenham um papel fundamental na capacidade reprodutiva feminina, sendo responsáveis pela reserva ovariana e pela produção de hormônios, como o estrogênio e a progesterona, que exercem muitas funções no corpo da mulher.

Conforme o tempo passa e a mulher vai vivendo seus ciclos menstruais, sua reserva ovariana vai diminuindo. Quando não há mais reserva ovariana, a ovulação cessa, e é assim que a mulher entra na menopausa e perde sua capacidade reprodutiva. Na menopausa, a produção de hormônios também praticamente se interrompe, o que gera outros efeitos em sua vida.

Quando pensamos em fertilidade, dois conceitos frequentemente aparecem: ovulação e reserva ovariana. Embora estejam interligados, cada um tem características específicas. Neste texto, exploraremos como eles estão relacionadas e como afetam a fertilidade ao longo do tempo.

O que é a reserva ovariana?

A reserva ovariana refere-se à quantidade de folículos ovarianos disponíveis em um determinado momento da vida da mulher. Cada mulher nasce com uma quantidade finita de folículos, que pode variar entre 1 e 2 milhões ao nascimento. Esse número, no entanto, diminui progressivamente com o passar do tempo. Na puberdade, restam cerca de 300 mil folículos, dos quais apenas uma pequena fração será utilizada ao longo dos ciclos menstruais.

A diminuição da reserva ovariana é um processo natural e irreversível. Além do envelhecimento, fatores/doenças como endometriose, cirurgias ovarianas, quimio e radioterapia também podem comprometer a quantidade (e a qualidade) dos folículos. Mulheres com histórico familiar de menopausa precoce (insuficiência ovariana prematura) também podem apresentar uma redução acelerada dessa reserva, o que torna relevante considerar isso em algum momento das consultas de rotina.

O que é ovulação e período fértil?

A ovulação é o processo de liberação de um óvulo maduro pelo folículo dominante naquele determinado ciclo menstrual. Ela ocorre, geralmente, na metade do ciclo menstrual em resposta ao aumento do hormônio luteinizante (LH). Esse momento marca o período mais fértil do ciclo, quando uma gestação se torna possível. Se o ciclo menstrual for irregular, é mais difícil determinar quando a ovulação ocorre.

Embora apenas um óvulo seja liberado em cada ciclo, é importante lembrar que muitos folículos são recrutados. A maior parte desses folículos, contudo, não chega à maturidade e é reabsorvida pelo corpo. Esse fenômeno é conhecido como atresia folicular. A cada ciclo menstrual, a mulher perde cerca de 1000 folículos e com isso sua reserva ovariana vai diminuindo.

Já o período fértil, que é um conceito diferente da ovulação, abrange alguns dias antes e depois da ovulação, considerando o tempo de vida do óvulo, que é cerca de 24h, e de vida do espermatozoide dentro do sistema reprodutor feminino, que é cerca de 3 dias. 

O período fértil pode durar até cerca de 5 dias, sendo os três dias anteriores à ovulação, o dia da ovulação e o dia subsequente a ela. Durante esse período, o muco cervical se torna mais fluido e elástico, facilitando o transporte dos espermatozoides em direção ao óvulo.

Qual é a relação entre ovulação e reserva ovariana?

Existem duas relações mais evidentes entre ovulação e reserva ovariana. A primeira está na dinâmica dos folículos ovarianos. A cada ciclo menstrual, um grupo de folículos é recrutado para o crescimento. Apenas um desses folículos se torna dominante e libera o óvulo durante a ovulação. Os demais folículos recrutados não amadurecem e são perdidos. Assim, podemos dizer que a ovulação é a liberação de um óvulo que estava na reserva ovariana.

A segunda relação está na existência da reserva ovariana e da ovulação. Quando a reserva acaba, não há mais ovulação. Embora somente um óvulo seja liberado, muitos se perdem em cada ciclo menstrual. 

Portanto, a diminuição da reserva ovariana ocorre não apenas devido à liberação de um óvulo por ciclo, mas também pela perda dos folículos recrutados que não chegam a ovular. Esse processo é constante e acontece mesmo em fases da vida em que a mulher não menstrua, como na infância, durante a gestação ou quando está utilizando anticoncepcionais.

Com o envelhecimento da mulher, além de uma menor quantidade, a qualidade dos óvulos também é afetada. Isso ocorre devido a alterações no material genético, o que pode reduzir as chances de uma fecundação bem-sucedida e aumentar os riscos de problemas cromossômicos no embrião.

O que acontece com o passar do tempo?

Com o avançar da idade, tanto a quantidade quanto a qualidade dos óvulos diminuem. Essa redução é especialmente significativa após os 35 anos, quando a fertilidade começa a declinar de forma mais acentuada. Além disso, a qualidade dos óvulos também é afetada, o que pode aumentar os riscos de alterações cromossômicas e reduzir as chances de gestação natural.

Na menopausa, que geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos, a reserva ovariana se esgota quase completamente, e os ciclos menstruais cessam. Entretanto, em algumas mulheres, esse processo pode acontecer de forma precoce, antes dos 40 anos, caracterizando a insuficiência ovariana prematura. Esse é um dos motivos pelos quais é importante monitorar a saúde reprodutiva ao longo da vida.

Também há uma relação direta entre o estilo de vida e a saúde ovariana. Fatores como tabagismo, excesso de peso, estresse crônico e exposição a toxinas ambientais podem acelerar a perda da reserva ovariana. Adotar uma alimentação balanceada, praticar atividades físicas regularmente e evitar o consumo de substâncias prejudiciais é essencial para preservar a fertilidade.

Consultas de rotina

Fazer acompanhamento ginecológico é fundamental para antecipar problemas que possam afetar a saúde como um todo, inclusive a reprodutiva. Os exames solicitados têm o objetivo de diagnosticar precocemente qualquer doença ou distúrbio para que o tratamento seja mais efetivo.

Não há uma idade certa para começar a ir ao ginecologista, mas pode ser necessário ainda na infância ou na adolescência.

Entender a relação entre ovulação e reserva ovariana é essencial para planejar a maternidade de forma consciente e informada. Se você deseja saber mais sobre o seu ciclo menstrual e como ele influencia sua fertilidade, não deixe de conferir nosso artigo sobre ciclo menstrual, ovulação e período fértil.

Placenta prévia: sinais e sintomas

A primeira célula do embrião é formada quando ocorre a fecundação, etapa da gravidez em que o óvulo é fecundado pelo espermatozoide. Este organismo unicelular, denominado zigoto, carrega as informações genéticas de ambos os pais e passa por diversas divisões celulares enquanto migra das tubas uterinas até o útero. 

Entre o quinto e o sétimo dia após a fecundação, o blastocisto, estágio mais avançado do embrião, se implanta no endométrio, camada interna uterina iniciando o processo de nidificação. 

No blastocisto, as células já estão formadas e divididas por função. O embrioblasto, grupo celular interno vai formar o embrião propriamente dito, enquanto o trofoblasto, grupo celular externo forma a placenta e outros anexos embrionários. 

A placenta é um órgão temporário exclusivo da gravidez. Desenvolvida a partir de tecidos fetais e maternos, atua como interface funcional entre a mãe e o feto. Suas funções são fundamentais: nutrição, troca de oxigênio, eliminação de resíduos metabólicos, produção hormonal e imunológica. Localizada normalmente no fundo ou na parede lateral do útero, garante o ambiente adequado para o desenvolvimento fetal.

No entanto, em algumas gestações se estabelece em uma posição anormal, cobrindo parcial ou totalmente a abertura interna do colo uterino. Essa condição, conhecida como placenta prévia, é uma complicação obstétrica que pode resultar em riscos significativos para a saúde da mãe e seu futuro bebê. 

Acompanhe a leitura do texto até o final, saiba tudo sobre a placenta prévia e os possíveis sinais e sintomas associados ao problema. Confira!

Conheça os principais riscos da placenta prévia

Ao sobrepor parcialmente ou totalmente o colo do útero, saída natural para o parto vaginal, a placenta prévia pode exigir que o parto ocorra por cesariana, bem como provocar outros riscos. A gravidade da condição, varia de acordo com a classificação, que considera o grau de cobertura da abertura cervical interna:

  • placenta prévia total: a placenta cobre completamente o orifício interno do colo uterino, impossibilitando o parto vaginal;
  • placenta prévia parcial: a placenta cobre apenas uma parte da abertura cervical interna;
  • placenta prévia marginal: a borda da placenta alcança o orifício cervical, mas não o cobre;
  • placenta prévia baixa: a placenta se implanta na parte inferior do útero, porém não atinge o orifício cervical.

Entre os principais riscos associados à placenta prévia estão hemorragia e restrição do crescimento intrauterino (RCIU), quando o feto não atinge o tamanho ideal. Veja a seguir:

  • hemorragia materna: a localização da placenta próxima ao colo do útero pode resultar em perda excessiva de sangue, especialmente no terceiro trimestre;
  • parto prematuro: a necessidade de intervenção precoce como consequência de sangramentos graves pode levar ao nascimento prematuro;
  • restrição de crescimento intrauterino (RCIU): a implantação inadequada da placenta pode comprometer o fornecimento de nutrientes e oxigênio ao feto;
  • acretismo placentário: em casos graves, a placenta pode se fixar profundamente na parede uterina, dificultando sua remoção após o parto.

Observar os possíveis sinais e sintomas característicos dessa condição ajuda bastante a identificá-la, permitindo que o diagnóstico seja feito precocemente. 

Sinais e sintomas da placenta prévia

O principal sintoma da placenta prévia é o sangramento vaginal indolor, que ocorre geralmente no segundo ou terceiro trimestre da gravidez, no início a condição geralmente não causa sintomas.

O sangue tem a coloração vermelho-vivo e, ao contrário de outras condições placentárias, como o descolamento prematuro da placenta, que pode causar dor abdominal intensa, o sangramento associado à placenta prévia é frequentemente assintomático. Além disso, pode cessar espontaneamente e retornar em maior intensidade com o avanço da gestação.

Outros sinais clínicos incluem:

  • altura uterina elevada: a presença de uma placenta na região inferior do útero pode resultar em crescimento uterino desproporcional para idade gestacional;
  • apresentação fetal: a implantação anormal da placenta pode interferir na posição do feto, resultando em apresentações pélvicas ou transversais.

A ausência de sintomas em estágios iniciais torna o diagnóstico precoce altamente dependente de exames de imagem, o que reforça a importância do acompanhamento pré-natal.

Diagnóstico da placenta prévia

O diagnóstico da placenta prévia, em boa parte das vezes acontece durante os exames de rotina do pré-natal no segundo trimestre, geralmente na 20ª semana de gravidez, especialmente quando não há sangramento ou outro sintoma sugestivo dessa condição. 

Para diagnosticar a placenta prévia podem ser realizados diferentes exames de imagem:

  • ultrassonografia abdominal: é o exame inicial de escolha para avaliar a localização placentária. Embora seja menos preciso, é útil para uma triagem preliminar;
  • ultrassonografia transvaginal: considerada o método padrão-ouro, fornece uma visualização mais detalhada da abertura cervical interna e da borda placentária;
  • ressonância magnética (RM): geralmente solicitada em casos mais complexos, como suspeita de acretismo placentário associado, a ressonância magnética pode oferecer informações adicionais sobre a invasão placentária e sua relação com as estruturas uterinas.

É importante observar, que o diagnóstico de placenta prévia no início da gravidez pode ser transitório. Em muitos casos, uma placenta que inicialmente se encontra em posição baixa migra para uma localização superior, resolvendo espontaneamente o problema.

A placenta prévia, portanto, é uma complicação obstétrica séria que exige um acompanhamento pré-natal específico e um manejo especializado. Reconhecer os sinais e sintomas, como o sangramento vaginal indolor no segundo ou terceiro trimestre e comparecimento regular às consultas de pré-natal são ações necessárias para garantir a saúde da mãe e seu futuro bebê.

Para saber mais sobre placenta prévia é só seguir o link!

Primeira consulta com o ginecologista: o que pode ser abordado?

A ginecologia desempenha um papel essencial na vida da mulher, para a promoção da saúde geral, sexual e reprodutiva nas diferentes fases da vida. 

A primeira consulta com o ginecologista é um momento importante, marcado por descobertas, orientações e, muitas vezes, a desconstrução de mitos e tabus. A abordagem precoce desse cuidado médico contribui para desmistificar assuntos relacionados à saúde reprodutiva, sexualidade e desenvolvimento corporal, ajudando a mulher a construir uma relação saudável com seu próprio corpo. 

Assim, a primeira consulta com o ginecologista vai além da avaliação médica; é um momento de acolhimento e orientação. Muitas mulheres carregam sentimentos relacionados ao próprio corpo e à sexualidade e esse encontro com o ginecologista é uma oportunidade para desfazer mitos e criar uma base sólida de conhecimento e confiança.

Entre os mitos mais comuns estão a ideia de que só se deve consultar um ginecologista após o início da vida sexual; a crença de que menstruações dolorosas são normais e não precisam de avaliação e o medo de que o exame preventivo cause dor ou desconforto excessivo.

Contudo, apesar da importância da primeira consulta com o ginecologista, muitas jovens e suas famílias ainda têm dúvidas sobre quando e como ela deve ocorrer. 

Mostramos, neste texto, tudo sobre a primeira consulta com o ginecologista, do momento ideal para procurar um especialista aos possíveis temas abordados na ocasião. Acompanhe a leitura até o final e confira!

Quando a primeira consulta com o ginecologista deve ocorrer?

Normalmente, a recomendação é de que a primeira consulta com o ginecologista ocorra no início da puberdade, momento em que surgem as transformações físicas específicas do corpo feminino. Na maioria das vezes, esse período coincide com a menarca, primeira menstruação que anuncia o começo dos ciclos menstruais ou reprodutivos, quando a mulher se torna apta a engravidar. 

No entanto, a primeira consulta com o ginecologista pode ser antecipada nas situações em que surgem dúvidas ou questões como a presença de dores, secreções ou qualquer alteração percebida no desenvolvimento corporal.

Além disso, é importante que ocorra antes do início da vida sexual, uma vez que o ginecologista pode fornecer informações sobre métodos contraceptivos, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e cuidados gerais com a saúde íntima.

O que pode ser abordado na primeira consulta com o ginecologista?

A primeira consulta com o ginecologista tem como objetivo estabelecer um laço de confiança com a paciente, criando um ambiente acolhedor para que ela se sinta à vontade. Na ocasião, são esclarecidas dúvidas e fornecidas orientações, bem como pode ser realizada a avaliação física inicial. 

Veja abaixo o que geralmente acontece e é abordado na primeira consulta com o ginecologista:

  • anamnese ou entrevista inicial com a paciente: a consulta começa com uma conversa em que o ginecologista busca compreender o histórico clínico e familiar da paciente. São abordadas questões como antecedentes médicos, menstruação, hábitos de vida e possíveis queixas; 
  • orientações e dúvidas: o médico também esclarece possíveis dúvidas e orienta sobre o ciclo menstrual, presença de dores, secreções e outros aspectos relacionados à saúde íntima, como higiene e uso de absorventes, desmitificando, inclusive, a ideia de que os absorventes internos são prejudiciais ou de que determinados alimentos ou atividades físicas podem interferir no ciclo menstrual. São abordados ainda temas como a anatomia do sistema reprodutor, prevenção de ISTs e uso de métodos contraceptivos; 
  • exame físico: nem sempre o exame físico é realizado na primeira consulta com o ginecologista, especialmente em pacientes muito jovens ou que não iniciaram a vida sexual, e, quando ele acontece, costuma se limitar à avaliação geral e ao exame das mamas, sendo o ginecológico propriamente dito reservado apenas para situações específicas. Nos casos em que o exame ginecológico é necessário, por sua vez, ele é feito com bastante delicadeza e cada etapa é explicada à paciente.

Durante a primeira consulta com o ginecologista ele vai determinar, ainda, a periodicidade das seguintes e a realização de exames de rotina.

Periodicidade das consultas ginecológicas e exames de rotina

Após a primeira consulta com o ginecologista, recomenda-se que a paciente mantenha um acompanhamento ginecológico periódico, geralmente anual. Esse intervalo pode variar de acordo com a idade, histórico médico e necessidades individuais.

As consultas de rotina costumam incluir:

  • avaliação clínica geral e ginecológica: verifica-se o estado de saúde da paciente, além de discutir questões como métodos contraceptivos, saúde sexual e possíveis alterações no ciclo menstrual;
  • exames preventivos: para mulheres sexualmente ativas, o exame preventivo do câncer de colo do útero (Papanicolau) é fundamental e deve ser realizado conforme orientação médica. Outros exames, como ultrassonografias, podem ser solicitados de acordo com a necessidade de cada paciente;
  • acompanhamento da saúde reprodutiva: nas consultas ginecológicas, questões como irregularidades menstruais, desejo ou dificuldades de engravidar e sintomas da menopausa podem ser abordados em diferentes fases da vida.

A primeira consulta com o ginecologista, portanto, é um passo importante para o cuidado integral da saúde feminina. Quanto mais cedo essa experiência ocorre, maiores são os benefícios para a saúde física, emocional e reprodutiva da mulher. 

Posteriormente, a periodicidade das consultas e a realização de exames preventivos ajudam a monitorar e preservar a saúde, garantindo maior qualidade de vida em todas as fases.

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Ganho de peso na gravidez: o que é considerado normal?

O ganho de peso na gravidez, é uma das principais preocupações das mulheres. Essa inquietação não se baseia apenas em aspectos estéticos, porém também em fatores de saúde, inclusive a emocional, pois o peso pode influenciar a experiência gestacional e o bem-estar tanto da mãe quanto do seu futuro bebê. 

Por outro lado, ganhar peso no período gestacional é um processo fisiológico, que reflete o desenvolvimento do feto, a adaptação do organismo materno, a preparação para o parto e amamentação. 

Apesar de o ganho de peso na gravidez ser normal e necessário, o peso inadequado, por sua vez, é considerado uma situação de risco e pode resultar em complicações maternas e fetais. 

Acompanhe a leitura do texto até o final para saber quando o ganho de peso na gravidez é considerado normal. Confira! 

Por que é normal ganhar peso durante a gravidez?

O ganho de peso na gravidez não está associado apenas ao crescimento fetal. Diversas adaptações ocorrem no corpo da mulher levando ao aumento ponderal, como a elevação do volume sanguíneo, quase 50%, para suprir as necessidades do feto e da placenta, um órgão temporário responsável pela transferência de nutrientes e oxigênio cujo peso também influencia a medida total.

Além disso, há o líquido amniótico, que envolve e protege o bebê, e, o crescimento do útero. Outro fator importante é o aumento das reservas de gordura materna, essencial para garantir energia suficiente durante a gestação e o período de amamentação. 

O ganho de peso na gravidez, portanto, é resultado dessas alterações e de um mecanismo adaptativo que visa garantir a saúde materna e fetal.

Quando o ganho de peso na gravidez é considerado normal?

A quantidade considerada ideal varia de acordo com o peso da mulher antes da gestação, medida pelo índice de massa corporal (IMC). Além disso, após a concepção outros aspectos são considerados, como por exemplo variações que acontecem em gestações gemelares. 

Segundo os órgãos de saúde, as diretrizes de ganho de peso na gravidez para gestações únicas são as seguintes:

  • mulheres com baixo peso (IMC < 18,5): 12,5 Kg a 18 kg;
  • mulheres com peso normal (IMC 18,5 a 24,9): 11,5 Kg a 16 kg;
  • mulheres com pré-obesidade (IMC 25 a 29,9): 7 kg a 11,5 kg;
  • mulheres com obesidade (IMC ≥ 30): 5 kg a 9 kg.

Em gestações gemelares esses valores tendem a ser mais elevados e o acompanhamento médico personalizado se torna ainda mais fundamental.

O padrão de ganho de peso na gravidez também não é uniforme ao longo dos trimestres; é mais acelerado no segundo e terceiro, com uma média de 0,4 Kg a 0,5 kg por semana.

Tanto o ganho de peso insuficiente quanto o excessivo podem trazer complicações para a mãe e o bebê, tornando essencial o acompanhamento regular durante o pré-natal.

Quando uma gestante não atinge o peso recomendado, há um maior risco de restrição de crescimento intrauterino (RCIU), parto prematuro e baixo peso ao nascer, o que aumenta as chances de o bebê desenvolver doenças ao longo da vida, além de enfrentar dificuldades iniciais, como problemas respiratórios e metabólicos. 

Para a mãe, a insuficiência de ganho ponderal pode estar associada a deficiências nutricionais, anemia e uma recuperação pós-parto mais lenta.

O excesso de peso durante a gravidez, por outro lado, é associado a complicações como pré-eclâmpsia, condição potencialmente perigosa para a mulher, diabetes gestacional, macrossomia fetal (bebê com peso elevado ao nascer), o que pode dificultar o parto normal e está associado a um maior risco de obesidade e doenças metabólicas na infância e vida adulta.

A obesidade gestacional também aumenta a chance de retenção de peso pós-parto, dificultando o retorno ao peso anterior à gestação e torna maior a de obesidade futura. Mulheres com pré-obesidade têm mais risco de isso acontecer.

Durante as consultas de pré-natal o ganho de peso é monitorado para garantir que ele ocorra dentro dos intervalos recomendados. O médico o avalia, orienta sobre uma alimentação balanceada e promove ajustes quando necessário.

Uma alimentação balanceada é aquela que fornece os nutrientes essenciais para a mãe e o futuro bebê, como ferro, cálcio, ácido fólico, proteínas e vitaminas, sem exceder o suporte calórico. A prática de atividades físicas, sempre com orientação médica, é igualmente incentivada, pois além de contribuir para o controle do peso melhora o humor e reduz o risco de complicações como o diabetes gestacional.

Assim, ainda que o ganho de peso na gravidez seja um processo natural e necessário, que reflete as adaptações do corpo feminino para acolher e nutrir o bebê em desenvolvimento, é necessário monitorá-lo para garantir que ocorra dentro dos limites saudáveis, evitando complicações para a mãe e seu filho.

A comunicação entre gestantes e o especialista no pré-natal é importante para esclarecer dúvidas, reduzir angústias e promover escolhas informadas. Ao compreender as mudanças que ocorrem no corpo e adotar hábitos saudáveis a mulher se torna protagonista dessa experiência gestacional.

Siga o link e entenda os riscos associados à pré-obesidade durante a gravidez.