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Deficiências nutricionais durante a gestação: o que fazer?

A alimentação balanceada, é fundamental para manutenção da saúde materna, crescimento e desenvolvimento fetal.

A dieta rica em nutrientes ajuda a manter a energia, reduzir a fadiga, apoiar as mudanças fisiológicas que ocorrem no período gestacional, bem como garante ao feto os componentes necessários para formação dos órgãos, tecidos e sistemas vitais; um peso saudável ao nascer e menor risco de problemas de saúde em longo prazo.

Além disso, auxilia a produção de leite materno de maior qualidade, considerado o alimento mais completo e balanceado para os bebês, que contém anticorpos protegendo contra diversas doenças e fortalece o desenvolvimento cognitivo.

As deficiências nutricionais durante a gestação, por outro lado, podem resultar em complicações como anemia, abortamento espontâneo, problemas placentários, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, parto prematuro, bem como aumentam o risco de malformações fetais, defeitos congênitos, morte fetal ou neonatal.

Continue a leitura até o final e saiba o que fazer quando há deficiências nutricionais durante a gestação. Confira!

O que são deficiências nutricionais e por que a gestação aumenta esse risco?

Deficiências nutricionais ocorrem quando o corpo não obtém nutrientes suficientes para funcionar corretamente. Resultam da ingestão inadequada ou absorção insuficiente de nutrientes essenciais como proteínas, vitaminas ou minerais.

Para sustentar o desenvolvimento do futuro bebê, o corpo feminino passa por diversas alterações fisiológicas que afetam o metabolismo e a absorção. O aumento das necessidades nutricionais do feto também tornam maior a demanda por energia e nutrientes.

Por isso, não é incomum que ocorram deficiências nutricionais durante a gestação, ainda que elas possam ser evitadas com dieta e controle adequados. Entre os fatores que aumentam as chances de isso ocorrer pode-se citar:

  • maior necessidade nutricional: o crescimento e desenvolvimento do feto, a formação da placenta e o aumento do volume sanguíneo exigem mais nutrientes do que o normal. Por exemplo, a necessidade de ferro e ácido fólico é maior, uma vez que eles suportam a produção de hemoglobina adicional e previnem defeitos congênitos;
  • alterações hormonais: alterações hormonais durante a gestação podem afetar a absorção de nutrientes. O aumento dos níveis de progesterona tende a retardar a motilidade gastrointestinal e a digestão, impactando o processo;
  • náuseas e vômitos: sintomas comuns especialmente no primeiro trimestre da gestação, eles podem comprometer a ingestão alimentar e, consequentemente, de nutrientes essenciais;
  • dietas restritivas: algumas gestantes podem ter dietas restritivas por motivos de saúde ou preferências alimentares, aumentando o risco de não obter nutrientes suficientes;
  • consumo de nutrientes pelo feto: o consumo de nutrientes pelo feto, necessário para garantir seu próprio desenvolvimento, pode provocar deficiências nutricionais na mãe se a ingestão ou absorção não forem adequadas.

Para e ter uma ideia da importância dos nutrientes no processo gestacional e os impactos das deficiências nutricionais, as proteínas, por exemplo, são fundamentais para o crescimento e reparo dos tecidos, bem como para o desenvolvimento adequado do feto.

Já vitaminas como ácido fólico (B9) ou a D, atuam respectivamente na formação do tubo neural do feto, que acontece nas primeiras semanas e na absorção de outros nutrientes, como o cálcio, necessário para o desenvolvimento de ossos e dentes do futuro bebê e manutenção da saúde óssea materna.

Enquanto a vitamina B12 é importante para a formação de glóbulos vermelhos e desenvolvimento do sistema nervoso do feto e a C ajuda na absorção de ferro, necessário para a produção de hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio no sangue e na manutenção do sistema imunológico, prevenindo condições como pré-eclâmpsia, parto prematuro ou danos no sistema cognitivo

Além desses, outros nutrientes atuam de diferentes formas na saúde da mãe e do seu futuro bebê e, embora a maioria possa ser obtida por alimentos, mulheres que apresentam problemas anteriores à gestação, como anemia, podem ter maior dificuldade de suprir suas necessidades.

Por isso, é fundamental ter atenção à alimentação antes mesmo das tentativas para engravidar e, sempre que for possível, consultar um ginecologista-obstetra como parte do planejamento familiar, consulta preconcepcional. Além de avaliar a saúde geral, ele vai orientar a dieta mais adequada para cada mulher.

Como as deficiências nutricionais durante a gestação são identificadas?

As deficiência nutricionais durante a gestação são identificadas nas consultas de pré-natal, que acompanham a saúde materna e fetal. Na primeira, durante a anamnese, entrevista inicial com a gestante, o médico avalia o histórico alimentar, incluindo tipos e quantidade de alimentos consumidos, frequência das refeições e padrões alimentares; histórico do peso e de atividade física, determinando possíveis riscos e orientando a dieta.

Solicita, ainda, o hemograma completo, que avalia os níveis de hemoglobina para detectar anemia.

Nas consultas seguintes, se houver suspeita, além de confirmar ou descartar a presença de anemia, frequentemente causada por deficiência de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico, podem ser solicitados outros exames complementares, incluindo:

  • níveis de ferro e ferritina: medem a quantidade de ferro no sangue e as reservas no corpo, respectivamente, para identificar deficiências;
  • níveis de vitaminas: testes específicos para medir níveis de vitaminas no sangue, como o ácido fólico, B12, D, A, E ou K;
  • perfil lipídico: avalia os níveis de colesterol e triglicerídeos, que podem indicar deficiências de ácidos graxos essenciais;
  • exames de urina: podem detectar deficiências de minerais, como cálcio, magnésio e potássio.

A suspeita pode ser reforçada pela presença de alguns sintomas clínicos associados a deficiências nutricionais, que podem afetar pele, cabelos, unhas, cavidade oral, olhos e sistema neurológico:

  • pele, cabelos e unhas: pele seca, escamosa ou pálida pode indicar deficiência de vitaminas A, C ou E; queda de cabelo ou cabelos quebradiços sugerem falta de proteínas, ferro ou zinco e unhas quebradiças ou com manchas de ferro ou vitaminas do complexo B;
  • cavidade oral: gengivas inchadas ou sangrando podem indicar deficiência de vitamina C, enquanto língua lisa ou inchada pode ser falta de vitaminas B2, B3 ou B12;
  • olhos: olhos secos ou visão noturna prejudicada podem ser sintomas de deficiência de vitamina A e olheiras profundas ou palidez ao redor dos olhos sugerir anemia por deficiência de ferro;
  • sistema neurológico: fadiga extrema, fraqueza, formigamento nas extremidades ou confusão mental podem ser sinais de deficiências de vitaminas do complexo B, especialmente a B12.

A soma dos achados clínicos e resultados dos exames vai orientar a conduta mais adequada para cada gestante.

O que fazer quando há deficiências nutricionais durante a gestação?

Geralmente, o primeiro passo são ajustes na dieta alimentar, no entanto, em muitos casos, isso não é suficiente para corrigir deficiências nutricionais e a suplementação pode ser necessária.

A suplementação de alguns nutrientes costuma ser inclusive indicada para todas as mulheres desde o início da gestação, independentemente de haver quadro de deficiências, como ácido fólico, cálcio, ferro, vitamina A, vitamina D e iodo, necessários para evitar complicações na gravidez e no desenvolvimento físico e mental do futuro bebê.

Outros são suplementados quando os exames indicam baixos níveis ou em situações específicas, como a vitamina B12, particularmente indicada para mulheres veganas, e a K, para as mulheres com propensão para formação de trombos, que deve ser suplementada durante a gravidez e após o parto, no puerpério, período em que o risco de hemorragias é maior.

É importante observar que a suplementação deve ser sempre feita com a orientação do médico-obstetra, uma vez que o excesso de alguns nutriente pode causar efeitos adversos.

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O que é DIU?

Os contraceptivos, métodos que evitam uma gravidez indesejada, são essenciais para o planejamento familiar e saúde reprodutiva. Ao longo das décadas, vários foram desenvolvidos para atender às diversas necessidades das sociedades atuais. Entre eles, o dispositivo intrauterino (DIU) tem se destacado como um dos mais importantes devido à sua eficácia, segurança e conveniência.

O DIU surgiu na década de 1960, mesma época que a pílula anticoncepcional, que, na ocasião, se tornou símbolo dos movimentos feministas por representar a liberdade sexual das mulheres. Nas décadas seguintes evoluiu e problemas como infecções provocadas pelo uso foram corridos, sendo, atualmente, o método contraceptivo preferencial no mundo todo por características como a longa duração e a reversibilidade, além dos altos percentuais de eficácia.

No entanto, apesar de todos os seu benefícios, o DIU não impede a contaminação por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), por isso é importante usar preservativos de barreira como proteção adicional, as camisinhas masculinas ou femininas.

Acompanhe a leitura do texto até o final, saiba em detalhes o que é DIU, como esse método contraceptivo funciona na prevenção da gravidez e os diferentes tipos disponíveis atualmente. Confira!

Dispositivo intrauterino (DIU)

O DIU é um dispositivo inserido no útero em formato de T com hastes laterais e um fio na parte inferior para facilitar a remoção. De alta eficácia na prevenção da gravidez, quase 100%, é um método contraceptivo reversível de longa duração; depois de inserido dura entre 5 e 10 anos, de acordo com o tipo e pode ser removido a qualquer momento que a mulher desejar engravidar sem nenhum tipo de prejuízo para fertilidade.

Atua impedindo a fecundação, fusão entre óvulo e espermatozoide para gerar a célula primordial do embrião e sua implantação no endométrio, camada interna uterina na qual ele se fixa para dar início à gravidez. Entre os tipos de DIU disponíveis atualmente estão o hormonal, o Mirena e o Kyleena são os mais indicados pelos especialistas, o de cobre e o com fio de prata, uma importante opção para as mulheres que não podem utilizar hormônios. Entenda melhor a seguir:

Tipos de DIU

  • DIU hormonal: O DIU hormonal libera diariamente pequenas doses de um hormônio semelhante à progesterona, que atua no preparo final do endométrio iniciado pelo estrogênio durante o ciclo menstrual, inibindo o espessamento necessário para o embrião se implantar. Torna, ainda, o muco cervical mais espesso, substância produzida pelo colo uterino, impedindo, assim, a passagem dos espermatozoides e reduz a motilidade das tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação e respondem pelo transporte de óvulos e espermatozoides para esse evento acontecer. Dessa forma, a fecundação não acontece. O Mirena e o Kyleena têm a mesma ação, porém se diferem no tempo de duração e na dosagem hormonal liberada, a do Mirena é um pouco maior;
  • DIU de cobre: O DIU de cobre libera diariamente pequenas quantidades desse elemento. Presente nas hastes, é extremamente tóxico para os espermatozoides, comprometendo a sobrevida dos gametas masculinos no organismo das mulheres, bem como sua capacidade de movimento (motilidade) e, consequentemente, a fecundação. Também interfere no espessamento do endométrio e na motilidade das tubas uterinas. A duração desse tipo de DIU é maior, aproximadamente 10 anos;
  • DIU com fio de prata: esse tipo de DIU tem as hastes revestidas por cobre e prata, que estabiliza o cobre quando os dois elementos se misturam. Liberados diariamente em pequenas doses, interferem igualmente na sobrevida e motilidades dos espermatozoides e no preparo adequado do endométrio. Porém, apesar de a ação ser semelhante, o tempo de duração é menor, 5 anos.

Uma vez inserido, o DIU necessita de pouca ou nenhuma manutenção, o controle é feito anualmente durante as consultas de rotina por exames de ultrassonografia transvaginal. Além de aliviar a preocupação diária com a contracepção, como acontece com a pílula anticoncepcional, não interfere na relação sexual e as chances de falhas são praticamente inexpressíveis, inferiores a 1%.

A colocação do DIU, por sua vez, bem como a escolha do tipo mais adequado para cada paciente devem ser feitas apenas pelo ginecologista e é precedida pela realização de diferentes exames para confirmar a saúde. O uso, por exemplo, é contraindicado em algumas situações, incluindo suspeita de gravidez, de cânceres de mama ou útero ou a presença de inflamações pélvicas ativas que podem ser consequência de ISTs comuns, como clamídia ou gonorreia.

O procedimento, entretanto, é bastante simples, realizado em clínicas ou consultórios médicos. Na maioria dos casos a mulher sente apenas um desconforto durante e após a colocação, porém podem ocorrer alguns efeitos colaterais temporários, especialmente nos primeiros meses, incluindo cólicas, sangramento uterino irregular ou flutuações hormonais no caso do DIU hormonal.

Agora que você já sabe o que é DIU e conhece os diferentes tipos disponíveis, toque aqui e entenda mais sobre o DIU Mirena, um dos mais recomendados pelos especialistas!