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Contracepção no pós-parto: por que é importante?

O pós-parto é um período de transição importante na vida das mulheres. Também conhecido como puerpério, inicia imediatamente após o nascimento do bebê e se estende por cerca de seis a oito semanas.

Durante esse intervalo, o corpo passa por diversas mudanças físicas e emocionais enquanto se recupera do parto e se adapta à maternidade. É um período que exige cuidados especiais, tanto para a mãe quanto para o recém-nascido, para garantir uma recuperação saudável e um início positivo da nova fase de vida.

Além das mudanças físicas, como a involução do útero que retorna ao tamanho original e, hormonais, marcadas pela queda drástica de hormônios como estrogênio e progesterona, o que pode afetar o humor e a disposição, as mulheres podem experimentar o que é conhecido como baby blues, uma condição caracterizada por sentimentos de tristeza, ansiedade e irritabilidade que geralmente surgem nos primeiros dias após o parto e podem durar algumas semanas.

A adaptação à nova rotina, as demandas constantes do recém-nascido e a falta de sono contribuem ainda para a exaustão física e emocional. Por isso, são necessários uma série de cuidados específicos para garantir a saúde e o bem-estar da mulher e seu bebê. Entre eles está a contracepção no pós-parto, fundamental para a saúde materna.

Continue a leitura até o final, saiba tudo sobre a contracepção no pós-parto e por que é importante. Confira!

Contracepção

A contracepção, também conhecida como controle de natalidade, é o termo utilizado em referência ao conjunto dos métodos que visam evitar, de modo reversível e temporário, a fecundação de um óvulo por um espermatozoide, ou, quando há fecundação, a implantação do embrião formado.

Esses métodos variam de intervenções comportamentais e dispositivos físicos a medicamentos hormonais, que previnem uma gravidez indesejada. Assim, a contracepção desempenha um papel fundamental na saúde reprodutiva, no planejamento familiar e na igualdade de gênero, com benefícios significativos para indivíduos e sociedades.

Possibilitou, por exemplo, maior liberdade reprodutiva às mulheres, permitindo que escolhessem quando e quantos filhos ter e, dessa forma, maior investimento em educação e carreiras, bem como alguns métodos, como os preservativos de barreira, as camisinhas masculinas ou femininas, são a única forma de prevenir a contaminação por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), que podem causar inúmeros prejuízos para a saúde geral e reprodutiva.

Os benefícios se estendem também ao período pós-parto. A contracepção no pós-parto, entretanto, tem algumas particularidades, incluindo a amamentação enquanto método contraceptivo, o uso dos não hormonais ou hormonais específicos. Entenda melhor a seguir.

Contracepção no pós-parto

Atualmente, uma diversidade de métodos contraceptivos está disponível, entre eles a pílula anticoncepcional, o mais popular, os dispositivos intrauterinos (DIUs), que podem ser hormonais e não hormonais, como o DIU de cobre ou o DIU com fio de prata, implantes, injeções, adesivos, anéis vaginais e os preservativos de barreira.

Contudo, eles se diferem na forma de funcionamento e formulação. A pílula, por exemplo, um anticoncepcional oral hormonal, pode ser combinada com estrogênio e progesterona ou só de progesterona (minipílulas) e deve ser tomada diariamente, enquanto o DIU e os implantes são métodos reversíveis de longa duração, ou seja, agem durante determinado período e depois devem ser substituídos.

Os implantes, métodos hormonais, tem duração de três anos; o DIU hormonal, de 5 a 6 anos de acordo com o tipo; o DIU de cobre dura até 10 anos e o DIU com fio de prata por cerca de 5 anos e podem ser removidos a qualquer momento sem nenhum prejuízo à fertilidade.

A contracepção no pós-parto, por outro lado, deve ser feita apenas por métodos não hormonais ou pelos que utilizam apenas progestagênios em sua composição, que não comprometem a amamentação.

Entre as opções estão a lactação, conhecido como amenorreia lactacional (LAM) e geralmente a primeira indicação dos especialistas, implantes e DIUs hormonais, que liberam diariamente pequenas doses de progesterona, DIU de cobre, que libera diariamente pequenas doses desse elemento, tóxico para os espermatozoides e o DIU com fio de prata, uma versão do de cobre com a prata acrescentada às hastes, que estabiliza o cobre quando os dois se misturam.

A definição do mais adequado em cada caso é feita pelo especialista, que continua o acompanhamento da mulher após o nascimento do bebê e vai considerar diferentes fatores, incluindo a possibilidade de utilizar hormônios, o desejo de ter mais filhos e o tempo determinado para isso.

Embora todos sejam métodos de alta eficácia na prevenção da gravidez, o LAM, por exemplo, depende de fatores como a intensidade e frequência da amamentação, da adição ou não de alimentos complementares à dieta do bebê e da ocorrência de menstruação.

Entenda por que a concepção no pós-parto é importante

O período pós-parto se encerra quando a mulher tem a primeira menstruação, que marca o reinicio dos ciclos menstruais e sugere a possibilidade de engravidar, o que geralmente acontece entre seis e oito semanas após o nascimento do bebê, embora possa variar.

Porém, segundo estudos, o intervalo entre as gestações deve ser de pelo menos dezoito meses, tempo necessário para o restabelecimento total do organismo; uma nova gravidez em um intervalo menor aumenta as chances de complicações.

A contracepção no pós-parto pode evitar resultados adversos, como por exemplo ruptura prematura de membranas (bolsa amniótica), baixo peso ao nascer, parto prematuro, bebês pequenos para a idade gestacional, morte neonatal, que ocorre nos primeiros 7 dias de vida, bem como complicações de saúde materna, como desnutrição, exaustão física, pré-eclâmpsia e aumento do risco de mortalidade.

Os benefícios da contracepção no pós-parto, portanto, vão além da prevenção de uma gravidez indesejada, contudo, é importante reforçar, que em ambos os casos deve ser feita com a orientação do especialista.

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Ovulação e período fértil: conheça as diferenças

Os ovários, as tubas uterinas e o útero são os principais órgão reprodutores das mulheres e cada um desempenha um papel fundamental no processo gestacional.

Os ovários, por exemplo, são as gônadas sexuais femininas, órgãos responsáveis pela produção de óvulos e dos hormônios sexuais estrogênio e progesterona. Os óvulos, por sua vez, são as células sexuais ou gametas, que carregam as informações genéticas transmitidas aos filhos.

Todas as mulheres já nascem com uma reserva ovariana, estoque de folículos, estruturas responsáveis por armazenar o óvulo imaturo, utilizados durante a idade fértil nos ciclos menstruais, processo contínuo marcado por alterações fisiológicas que preparam o corpo para uma possível gravidez, que se inicia na puberdade e encerra na menopausa quando há o esgotamento desse estoque.

A ovulação é um uma das principais etapas do ciclo menstrual. Apesar de ser essencial para a gravidez ser um sucesso, é frequentemente confundida com período fértil, intervalo em que há mais chances de isso acontecer.

Para conhecer as diferenças entre ovulação e período fértil é só continuar a leitura até o final. Confira!

O que é ovulação?

Os ovários são duas glândulas em formato de amêndoas, têm aproximadamente 3 cm de comprimento, 1,5 cm de largura e 1 cm de espessura e estão localizados na porção superior da cavidade pélvica, um em cada lado do útero. São ligados a esse órgão pelas tubas uterinas, conjunto que proporciona da geração ao nascimento de uma nova vida.

Os folículos ficam abrigados no córtex ovariano. No nascimento, existem cerca de 2 milhões, quantidade que reduz para mais ou menos 400 mil quando a mulher atinge a puberdade e os ciclos menstruais se iniciam, processo dividido em três fases e coordenado por diferentes hormônios, orientados pelo eixo hipotálamo-hipófise-gônadas (ovários).

A cada ciclo, os ovários liberam um óvulo para ser fecundado pelo espermatozoide, gameta masculino e gerar a primeira célula do embrião, estágio inicial de desenvolvimento do futuro ser humano. Esse evento, é clinicamente conhecido como ovulação e ocorre de forma intercalada, ou seja, há uma alternância entre os ovários. Entenda melhor abaixo:

  1. No começo da primeira fase do ciclo, a folicular, o hipotálamo libera o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) estimulando a hipófise a secretar as gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante). O FSH promove o recrutamento e crescimento de vários folículos, enquanto o LH atua no desenvolvimento e amadurecimento do que se destaca entre eles, conhecido como folículo dominante, que produz estrogênio enquanto se desenvolve, hormônio que inicia o preparo do endométrio, camada interna uterina na qual o embrião se implanta, fixando-se para dar início à gestação;
  2. Na segunda fase, a ovulatória, altos níveis de estrogênio estimulam um aumento na concentração de LH, que funciona como um gatilho induzindo o folículo ao amadurecimento final e rompimento para liberação do óvulo durante a ovulação. O óvulo é captado pelas tubas uterinas, órgãos em que a fecundação ou fusão com o espermatozoide acontece;
  3. A última fase é conhecida como lútea, pois as células do folículo rompido se transformam em um glândula endócrina temporária, o corpo lúteo, responsável pela produção de progesterona, hormônio que finaliza o preparo do endométrio e garante a manutenção da gravidez. Se não houver fecundação, o corpo lúteo se degenera levando a um rebaixamento dos níveis hormonais, provocando a descamação do endométrio e a menstruação, que marca o início de um novo ciclo menstrual.

Ainda que a ovulação sinalize o momento de maior fertilidade da mulher, o período fértil compreende um intervalo maior. Veja a seguir.

O que é período fértil?

Período fértil é o termo utilizado para determinar o intervalo do ciclo menstrual em que há mais chances de a mulher engravidar. Considera o tempo de sobrevida do óvulo e do espermatozoide, 24h e 72h respectivamente.

O período fértil pode ser calculado utilizando como referência a provável data da ovulação. Em um ciclo normal, por exemplo, de 28 dias, geralmente acontece na metade, no 14º. Assim, basta anotar a data do primeiro dia da menstruação, diminuir três dias da data estimada para ovulação, tempo de sobrevida dos espermatozoides e acrescentar um, tempo de sobrevida do óvulo.

A ovulação, portanto, é uma etapa necessária para que ocorra a fecundação, evento em que os gametas se fundem gerando a primeira célula do embrião com as informações genéticas dos pais. Denominada zigoto, sofre sucessivas divisões celulares enquanto o embrião é transportado ao útero para se implantar.

O período fértil, por outro lado, aumenta as chances de a fecundação ser bem-sucedida, por isso é importante intensificar a relação sexual nesse intervalo determinado. Além do cálculo, conhecido popularmente como tabelinha, é possível ainda observar alguns sinais do corpo, como o aumento do volume e sensibilidade das mamas e alterações no muco cervical, substância produzida pelo colo do útero, que se torna mais cristalino e elástico, semelhante à clara de ovo, bem como recorrer a testes de ovulação facilmente encontrados em farmácias.

Siga o link e entenda em detalhes tudo sobre ciclo menstrual, ovulação e período fértil!

Quais são os melhores contraceptivos?

O principal benefício dos métodos contraceptivos já é bastante conhecido pela maioria das mulheres em idade reprodutiva. Como o nome sugere, evitam a concepção, uma gravidez muitas vezes não desejada em determinado momento. Assim, permitem o planejamento familiar, ou seja, a definição de quando ter filhos e quantos ter.

Embora a pílula se destaque em popularidade entre os contraceptivos desde a década de 1960, quando se tornou símbolo dos movimentos feministas por representar a expressão de liberdade sexual das mulheres, hoje, uma diversidade de métodos está disponível, entre eles o DIU (dispositivo intrauterino), que também se tornou conhecido na mesma ocasião, ainda que em menor proporção.

Essa diversidade leva naturalmente à pergunta sobre quais os melhores contraceptivos no momento de fazer a escolha, porém não existe uma resposta estabelecida. Isso significa que essa qualidade varia de acordo com as características e desejo de cada mulher, bem como considera critérios como a adaptação.

Por exemplo, alguns métodos contraceptivos são formulados com hormônios, contraindicados em algumas situações, enquanto outros têm um tempo de duração maior e dispensam a necessidade de uso diário como acontece com a pílula.

No entanto, critérios como a eficácia podem ser evidenciados. Entre os contraceptivos disponíveis atualmente alguns registram chances de falhas praticamente inexpressivas, de no máximo 0,1%.

Este texto aborda tudo sobre os contraceptivos, da atuação à eficácia proporcionada por cada um deles, critério que permite classificá-los quando o objetivo for a procura pelos melhores. Continue a leitura até o final e confira!

Conheça os melhores contraceptivos

As principais etapas da gravidez acontecem durante o ciclo menstrual, processo que ocorre continuamente entre a puberdade e a menopausa, idade fértil, quando diferentes alterações fisiológicas preparam o corpo feminino para gerar uma nova vida.

Veja a seguir quais são os melhores contraceptivos e o funcionamento de cada um.

Pílula anticoncepcional

A pílula anticoncepcional está entre os métodos contraceptivos que utilizam hormônios para prevenir a gravidez. Os comprimidos são formulados com estrogênio e progesterona sintéticos semelhantes aos naturais que atuam durante o ciclo menstrual no espessamento do endométrio, camada interna uterina na qual o embrião se implanta para dar início à gravidez.

As pílulas podem ser combinadas com estrogênio e progesterona ou só de progesterona, conhecidas como minipílulas.

Ambas impedem o espessamento do endométrio e promovem alterações no muco cervical, substância produzida pelo colo uterino, inibindo a entrada e o deslocamento dos espermatozoides pelo sistema reprodutor feminino. Contudo, as combinadas evitam ainda que a ovulação aconteça, evento em que os ovários liberam o óvulo para ser fecundado pelo espermatozoide e, assim, a fecundação, quando os gametas se fundem para gerar a primeira célula do embrião.

A eficácia da pílula é de 99,9%, ou seja, as chances de ocorrerem falhas são de 0,1%. No entanto, o uso é diário e as minipílulas devem ser tomadas sempre no mesmo horário para garantir a eficácia.

Dispositivos intrauterinos (DIUs)

Os DIUs são dispositivos inseridos no útero e são os métodos contraceptivos reversíveis de maior duração; duram 5 anos e podem ser removidos a qualquer momento.

Existem diferentes tipos de DIU: os hormonais, o de cobre e o com fio de prata. Dentre os hormonais, dois se destacam: o Mirena e o Kyleena.

Ambos liberam diariamente pequenas doses de progesterona, impedindo o espessamento do endométrio e provendo alterações no muco cervical. No entanto, eles se diferenciam na dosagem hormonal. Enquanto o Kyleena tem 19,5 mg de levonorgestrel, com média de liberação diária de 9 mcg, o Mirena tem 52 mg e média de liberação diária de 15 mcg.

Já o DIU de cobre é um dispositivo intrauterino revestido de cobre, elemento tóxico para os espermatozoides liberado diariamente em pequenas quantidades. O cobre interfere no preparo endometrial e impede a sobrevida dos espermatozoides no organismo feminino ou sua capacidade de movimento (motilidade). Dessa forma, a fecundação não acontece.

DIU com fio de prata, por sua vez, é uma versão do de cobre com a prata acrescentada às hastes, que estabiliza o cobre quando os dois se misturam, diminuindo a possibilidade de fragmentação. Sua atuação e eficácia é semelhante ao formulado só com cobre.

Todos os tipos de DIU têm uma eficácia, como a pílula, de quase 100%. O DIU de cobre e o DIU com fio de prata, entretanto, são uma alternativa importante para as mulheres que não podem utilizar hormônios.

Outros contraceptivos hormonais

Outros contraceptivos também utilizam hormônios em sua composição e têm uma eficácia que varia de 93% a 99,9%:

  • Implante subdérmico: é chamado implante o dispositivo inserido sob a pele do braço. Atua liberando diariamente pequenas doses de progesterona. Tem duração de 3 anos e eficácia de 99,9%;
  • injeção de progesterona: a injeção de progesterona é aplicada a cada três meses e a eficácia é de 96%;
  • anel contraceptivo vaginal: libera progesterona e estrogênio e é inserido dentro da vagina. Pode ser utilizado por três semanas e deve ser substituído logo após a menstruação. A eficácia é de 93%;
  • adesivo: libera progesterona e estrogênio, sendo colocado na parte inferior do abdômen, nádegas ou parte superior do corpo, e deve ser substituído semanalmente e também tem eficácia de 93%.

Embora esses métodos contraceptivos sejam classificados como os melhores considerando o critério eficácia, é sempre importante utilizar preservativos de barreira em todas as relações sexuais.

Apesar de serem métodos de baixa eficácia quando usados isoladamente, com percentuais de falha de até 20%, são a única forma de prevenir a contaminação por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como clamídia e gonorreia.

Por outro lado, a escolha do contraceptivo mais adequado para cada mulher deve ser sempre feita com a orientação de um ginecologista, que considera critérios com a saúde geral, o tempo de interrupção da fertilidade e a adaptação.

Siga o link e conheça em detalhes tudo sobre os métodos contraceptivos!

O que é pré-obesidade? Implicações na gestação

Pré-obesidade, também conhecida como sobrepeso, é uma condição em que a pessoa tem um índice de massa corporal (IMC), padrão internacional utilizado clinicamente para avaliar a composição corpórea, maior do que o considerado normal, porém ainda não atinge os critérios para ser classificada como obesa.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pré-obesidade é definida por um IMC entre 25 kg/m2 e 29,9 kg/m², enquanto a obesidade, considerada um problema de saúde pública mundial, é diagnosticada a partir de 30 kg/m2.

A pré-obesidade é consequência de um desequilíbrio entre a ingestão de calorias e o gasto energético. Diversos fatores contribuem para isso acontecer, incluindo:

  • alimentação inadequada: consumo excessivo de alimentos ricos em calorias, açúcares e gorduras, como fast foods, doces e bebidas açucaradas;
  • sedentarismo: falta de atividade física regular, o que reduz o gasto calórico e favorece o acúmulo de gordura corporal;
  • fatores genéticos: a predisposição genética pode influenciar o metabolismo e a tendência ao ganho de peso;
  • fatores psicológicos: estresse, ansiedade e depressão podem levar ao consumo excessivo de alimentos como forma de conforto emocional;
  • ambiente: estilos de vida que promovem o sedentarismo e o fácil acesso a alimentos pouco saudáveis também contribuem para a pré-obesidade.

Pessoas diagnosticadas com essa condição têm um risco elevado de desenvolver obesidade e outras complicações de saúde associadas, de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 a problemas musculoesqueléticos e distúrbios do sono, por exemplo. Além disso, a condição interfere na fertilidade feminina, bem como é associada a diversas complicações que podem ocorrer durante a gravidez.

Continue a leitura para entender mais sobre a pré-obesidade e conhecer as implicações dessa condição na gestação. Confira!

Pré-obesidade na gestação

Mulheres que entram na gestação em um estado de pré-obesidade enfrentam diferentes desafios, que podem impactar tanto a saúde da mãe quanto a do seu futuro bebê. Isso porque, além das mudanças fisiológicas que ocorrem durante o período gestacional, para suprir as necessidades energéticas de ambos, o consumo de nutrientes é mais alto, levando a um aumento natural do peso e, dessa forma, das chances de o quadro evoluir para obesidade associado a resultados adversos.

Além dos problemas que pode causar durante a gestação e na saúde da mãe e do bebê após o nascimento, a pré-obesidade pode resultar em complicações no puerpério que podem levar à morbidade ou mortalidade materna.

Assim, mulheres diagnosticadas com pré-obesidade que pretendem engravidar devem iniciar o acompanhamento com o ginecologista-obstetra alguns meses antes das tentativas, o que é chamado de consulta preconcepcional.

Conheça as implicações da pré-obesidade na gestação

Os problemas da pré-obesidade na gestação vão de complicações durante o parto ao risco aumentado de o bebê ter defeitos congênitos. Veja a seguir:

  • diabetes gestacional: mulheres com pré-obesidade têm um risco significativamente maior de desenvolver diabetes gestacional, condição caracterizada pelo aumento de glicose no sangue, como consequência da interferência dos hormônios placentários na capacidade de regulação dos níveis. O diabetes gestacional pode levar a complicações como macrossomia, ou seja, bebê com peso elevado ao nascer (acima de 4 kg), parto prematuro e nascimento por cesariana;
  • pré-eclâmpsia: a pré-obesidade aumenta o risco de hipertensão gestacional, elevação da pressão arterial, condição denominada pré-eclâmpsia, potencialmente grave que pode resultar em complicações maternas como danos em órgãos, incluindo o cérebro, rins e fígado, problemas placentários como o descolamento da placenta, que pode provocar hemorragias em quadros mais graves, além de parto prematuro e crescimento fetal inadequado. A pré-eclâmpsia pode ainda evoluir para eclâmpsia, condição fortemente associada à mortalidade materna;
  • complicações no parto: mulheres pré-obesas têm maior probabilidade de necessitar de intervenções obstétricas durante o parto, como indução do trabalho de parto e cesariana. O excesso de peso dificulta o trabalho de parto e aumenta as chances de complicações, incluindo distocia de ombro, quando o ombro do bebê fica preso no momento do nascimento;
  • problemas fetais durante o desenvolvimento intrauterino e de saúde neonatal: bebês nascidos de mães com pré-obesidade têm maior risco de sofrer com condições como hipoglicemia neonatal, icterícia e síndrome do desconforto respiratório. Há ainda um risco aumentado de anomalias durante o desenvolvimento intrauterino, especialmente defeitos do tubo neural, resultando muitas vezes em defeitos congênitos;
  • riscos maternos pós-parto: os impactos do ganho excessivo de peso durante a gestação podem se estender ao puerpério ou pós-parto, como hemorragia ou risco de pré-eclâmpsia e diabetes gestacional tardios;
  • implicações em longo prazo: mulheres que tiveram diabetes gestacional, por exemplo, têm mais chance de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro. Além disso, a retenção de peso pós-parto é mais comum nas pré-obesas, aumentando o risco de obesidade e de complicações na saúde cardiovascular. Já as crianças nascidas de mães com pré-obesidade têm maior probabilidade de desenvolver obesidade e doenças metabólicas na infância e vida adulta.

Assim, gerenciar o ganho de peso durante a gravidez é uma ação necessária para as mulheres com pré-obesidade, o que é feito com a incorporação de uma dieta balanceada e o comparecimento a todas as consultas de pré-natal, quando são monitoradas a saúde materna e a saúde fetal e podem ser detectadas possíveis complicações.

O acompanhamento adequado, portanto, permite evitar praticamente todas as implicações que a pré-obesidade pode ter na gestação. Quer saber mais sobre o assunto? Toque aqui!

Suplementação de vitaminas para gestantes: quais são as mais importantes?

A gestação é um período marcado por intensas transformações, tanto físicas quanto emocionais. Durante os nove meses, o corpo feminino passa por diversas adaptações para sustentar o desenvolvimento de um novo ser humano.

Uma das mais significativas é o aumento da necessidade de nutrientes essenciais. O corpo da mulher precisa fornecer as substâncias para o crescimento e desenvolvimento do feto e para manutenção da sua própria saúde. Por isso, nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais são particularmente importantes durante a gestação.

Embora essas substâncias sejam encontradas nos principais grupos alimentares, as alterações hormonais e fisiológicas que ocorrem durante a gravidez também afetam o metabolismo e a absorção. A progesterona, por exemplo, relaxa os músculos do trato gastrointestinal, o que pode retardar a digestão. Além disso, o aumento do volume sanguíneo e das necessidades nutricionais do feto também aumentam a demanda por energia e nutrientes.

O consumo de nutrientes pelo feto pode, inclusive, levar a deficiências nutricionais da mãe em alguns casos, ainda que ela tenha uma dieta balanceada, resultando em problemas como fadiga, fraqueza e maior susceptibilidade a infecções.

Assim, a suplementação de vitaminas para gestantes é necessária para compensar possíveis deficiências e reforçar a ação dos nutrientes obtidos pelos alimentos. Acompanhe a leitura do texto até o final e saiba quais são as mais importantes. Confira!

Quando começar a suplementação de vitaminas para gestantes?

A alimentação balanceada e a suplementação de vitaminas para gestantes devem idealmente iniciar quando a mulher planeja engravidar, ou seja, antes mesmo das tentativas.

A recomendação é de que entre as ações do planejamento familiar seja priorizada a consulta ao ginecologista-obstetra, conhecida como consulta preconcepcional, que deve acontecer pelo menos três meses antes de iniciarem as tentativas. Ele vai orientar a dieta e a suplementação mais adequada para cada paciente, definidas com base na verificação da saúde feita por exames solicitados na ocasião.

Contudo, se a gestação ocorrer de forma não planejada, a suplementação de vitaminas para gestantes acontece no início do pré-natal, na primeira consulta, geralmente realizada até a 12ª semana gestacional.

A suplementação de vitaminas para gestantes é fundamental para evitar deficiências nutricionais durante a gravidez que possam resultar em complicações, como abortamento espontâneo, problemas placentários, parto prematuro, risco de malformações fetais, baixo peso ao nascer, defeitos congênitos, morte fetal ou neonatal.

Veja quais são as vitaminas mais importantes para gestantes

A suplementação de alguns nutrientes, como ácido fólico, cálcio, ferro, vitamina A, vitamina D e iodo, geralmente é recomendada para todas as gestantes, uma vez que a deficiência pode provocar complicações na gravidez e no desenvolvimento físico e mental do futuro bebê. No entanto, outros podem ser indicados em situações específicas. Veja a seguir.

Suplementação de vitaminas para todas as gestantes

  • ácido fólico: o ácido fólico ou B9 é uma vitamina do complexo B fundamental para a formação do tubo neural do feto, estrutura que origina a medula e o cérebro e que se desenvolve nas primeiras semanas de gestação. A deficiência pode levar a defeitos no tubo neural, quando ocorre o fechamento inadequado, com consequências que vão do déficit de aprendizado do futuro bebê à dificuldade ou impossibilidade de caminhar. A suplementação deve iniciar antes da concepção ou no primeiro mês da gravidez e continuar até o final do primeiro trimestre;
  • vitamina D: ajuda na regulação e manutenção do sistema imunológico materno, evitando que anticorpos reconheçam o embrião como o invasor e provoquem abortamento, bem como é fundamental para facilitar a absorção de cálcio. A suplementação também deve ser feita desde o início da gravidez;
  • ferro: o ferro é necessário para a produção de hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue. Durante a gravidez, a necessidade de ferro é maior devido ao aumento do volume sanguíneo da mãe e ao desenvolvimento do bebê. Esse mineral é essencial para prevenir anemia;
  • iodo: necessário para a produção de hormônios tireoidianos, que atuam no desenvolvimento cerebral do futuro bebê;
  • vitamina A: importante para a visão, sistema imunológico e crescimento celular;
  • cálcio: necessário para o desenvolvimento dos ossos e dentes do bebê e para manter a saúde óssea da mãe.

Suplementação de vitaminas para gestantes em situações específicas

  • vitamina B12: é importante para a formação de glóbulos vermelhos e o desenvolvimento do sistema nervoso do feto. A suplementação é particularmente indicada para mulheres veganas ou nos casos em que a deficiência é apontada por exames;
  • ômega-3: atua no desenvolvimento do cérebro, do sistema nervoso central e na saúde cardíaca do bebê. Indicado às mulheres que não consomem regularmente peixes gordurosos;
  • vitamina C: ajuda na absorção de ferro e manutenção do sistema imunológico, prevenindo condições como pré-eclâmpsia, parto prematuro e danos no sistema cognitivo. A suplementação considera possíveis deficiências apontadas por exames;
  • magnésio: contribui para a formação dos tecidos e ossos do bebê e ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue. A suplementação é igualmente necessária nos casos de deficiência;
  • vitamina K: necessária para o desenvolvimento saudável dos ossos e formação de proteínas no fígado, além de desempenhar um papel na coagulação sanguínea, por isso, é especialmente indicada para as mulheres com propensão para formação de trombos, deve ser suplementada durante a gravidez e após o parto, no puerpério, quando há maior risco de hemorragia. A suplementação deve ser feita ainda se houver deficiência;
  • vitamina E: ajuda a prevenir retardo no crescimento fetal, pré-eclâmpsia e evita que o futuro bebê tenha problemas respiratórios e condições como asma. A suplementação é igualmente indicada quando os exames apontam deficiência.

No entanto, apesar de a suplementação de vitaminas para gestantes ser essencial durante a gestação e no puerpério ou pós-parto, prevenindo complicações para a mãe e feto, ela deve ser sempre feita com a orientação do médico-obstetra, uma vez que o excesso de algumas pode ter efeitos adversos, como acontece com a vitamina A, que pode causar malformações congênitas.

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Consulta preconcepcional: veja quais são os assuntos abordados

A gravidez é um período de grande transformação e adaptação para a mulher, caracterizado por mudanças fisiológicas, hormonais e emocionais. É um processo complexo, que dura cerca de 40 semanas e necessita de diferentes cuidados para garantir a saúde da mãe e do seu futuro bebê, das etapas iniciais necessárias para o sucesso gestacional ao desenvolvimento do embrião-feto até o nascimento.

Alterações podem impedir o sucesso da gravidez e/ou levar a complicações durante o processo gestacional, muitas vezes com riscos para a mãe e feto. Por isso, a atenção médica é essencial e deve começar antes mesmo das tentativas para engravidar, o que é chamado de consulta preconcepcional.

A consulta preconcepcional é tão importante quanto o pré-natal, uma vez que a saúde da mulher deve estar em equilíbrio para aumentar as chances de uma gravidez chegar a termo, ou seja, evitar qualquer problema e possibilitar o nascimento de um bebê saudável.

Continue a leitura até o final, entenda mais sobre a consulta preconcepcional e veja quais são os assuntos abordados. Confira!

Consulta preconcepcional

Entre os efeitos positivos dos cuidados preconcepcionais estão a redução de riscos de abortamento espontâneo, de defeitos congênitos no bebê e da mortalidade materno-fetal.

Assim, é fundamental que tanto a mulher quanto seu parceiro participem da consulta preconcepcional.

A consulta preconcepcional é o momento em que todas as dúvidas são esclarecidas e o casal recebe orientações importantes, como o controle do período fértil, quando as relações sexuais devem ser intensificadas para aumentar as chances de engravidar, a dieta mais adequada para o período gestacional, quando realizar os testes de gravidez e a frequência dos exercícios que podem ajudar a preparar a mulher para a gestação, parto e pós-parto.

Além disso, são solicitados diferentes exames. Normalmente, as mulheres realizam inicialmente a avaliação da reserva ovariana, que determina a quantidade de folículos, estruturas que contêm o óvulo imaturo presentes nos ovários desde o nascimento, e os exames de imagem, que avaliam os órgãos reprodutores.

Já os homens são orientados a procurar um especialista, quando normalmente são solicitados o espermograma, exame que avalia a qualidade do sêmen e dos espermatozoides nas amostras coletadas, e exames de imagem para avaliar os órgãos reprodutores. Apesar de as principais etapas da gravidez acontecerem no organismo feminino, a saúde reprodutiva masculina é igualmente necessária para o sucesso gestacional.

Ambos também geralmente fazem o rastreio para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e doenças genéticas, se houver histórico familiar.

Se os resultados apontarem qualquer alteração, a correção pode ser feita antes de as tentativas iniciarem, da mesma forma que podem ser sugeridas alternativas de tratamento, caso haja alguma alteração de fertilidade.

Veja quais são os assuntos abordados na consulta preconcepcional

Diferentes assuntos são abordados durante a consulta preconcepcional, do histórico médico pessoal da mulher, familiar e idade do casal ao ambiente de trabalho e estilo de vida. Veja a seguir os principais assuntos:

  • idade do casal: a idade é um fator importante para a fertilidade de ambos, uma vez que o envelhecimento pode causar alterações na qualidade dos gametas (óvulos e espermatozoides);
  • histórico médico pessoal e reprodutivo da mulher:o médico aborda qualquer problema de saúde atual que possa representar dificuldades para engravidar ou risco durante a gravidez, incluindo, por exemplo, endometriose, miomas uterinos, síndrome dos ovários policísticos (SOP), diabetes, hipertensão, problemas na tireoide ou mesmo transtornos emocionais, como depressão. Já o histórico reprodutivo envolve possíveis gestações de alto rico anteriores ou quadros de abortamento espontâneo;
  • histórico cirúrgico e uso de medicamentos: o histórico de cirurgias ginecológicas anteriores é igualmente avaliado, bem como o uso de medicamentos, pois são aspectos que podem influenciar a abordagem clínica durante o período gestacional;
  • histórico de saúde familiar:o médico pergunta sobre possíveis doenças genéticas na família de ambos que possam ser transmitidas para parentes de primeiro grau e que possam interferir na gravidez, como trombofilia, que é a propensão para a formação de coágulos sanguíneos;
  • estilo de vida e ambiente de trabalho de ambos: o estilo de vida e o ambiente de trabalho podem representar riscos ao processo gestacional, incluindo hábitos como tabagismo e alcoolismo, uso excessivo de drogas recreativas e exposição a elementos como chumbo e solventes.

Durante a consulta preconcepcional, o médico questiona ainda os hábitos alimentares atuais da mulher e prática de exercícios físicos e orienta sobre a dieta mais adequada para o período gestacional e puerpério, suplementação vitamínica necessária e os exercícios que podem ajudar na preparação para a gestação de forma geral.

As informações coletadas são fundamentais para que o médico possa orientar o casal e ajudá-lo em todo o processo gestacional, aumentando as chances de gravidez e prevenindo possíveis complicações na gravidez e pós-parto. A consulta preconcepcional pode ser feita a qualquer momento antes do início das tentativas de engravidar, mas o ideal é que ocorra três meses antes das tentativas, que é o tempo necessário para as investigações.

Siga o link e saiba tudo sobre a consulta preconcepcional!

Desafios da amamentação: saiba o que pode acontecer durante esse período especial

A amamentação é um dos períodos mais importantes da maternidade, com diferentes benefícios para a mãe e seu bebê.

É um processo natural e prazeroso, fundamental para o desenvolvimento saudável do recém-nascido, proporcionando nutrição adequada, proteção contra doenças e fortalecimento do vínculo entre mãe e filho. Entre os benefícios da amamentação, pode-se citar:

  • nutrição adequada: o leite materno é considerado o alimento mais completo e balanceado para os bebês, fornecendo todos os nutrientes essenciais necessários para seu crescimento e desenvolvimento nos primeiros meses de vida;
  • proteção contra doenças: o leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger o bebê contra diversas doenças, incluindo infecções respiratórias, gastrointestinais e alergias;
  • desenvolvimento cognitivo: estudos sugerem que bebês amamentados têm um melhor desenvolvimento cognitivo em comparação com os alimentados com fórmulas;
  • fortalece os laços afetivos entre a mãe e seu bebê: a amamentação promove um vínculo único; a proximidade física proporciona conforto e segurança ao bebê, o que contribui para seu desenvolvimento emocional saudável;
  • benefícios para a mãe: entre os benefícios maternos associados à amamentação estão a redução do risco de câncer de mama, ovários e osteoporose, aceleração da perda de peso após o parto, liberação de hormônios importantes para o útero retornar ao tamanho pré-gravídico e o efeito contraceptivo.

Os órgãos mundiais de saúde recomendam iniciar a amamentação logo após o nascimento, idealmente dentro da primeira hora de vida do bebê, quando o reflexo de sucção é mais forte e o colostro, primeiro leite produzido, mais rico em nutrientes e anticorpos.

Também dever ser exclusiva até os seis meses de idade, isso significa que o bebê precisa receber apenas leite materno. Depois desse período, pode ser complementada com a introdução gradual de alimentos ou suplementos, embora seja importante manter o leite materno até um ano.

No entanto, ainda que todos esses benefícios estejam associados à amamentação existem muitos desafios, desde dor até infecções.

Continue a leitura do texto para conhecer os desafios da amamentação e saiba o que pode acontecer durante esse período especial. Confira!

 

Quais são os principais desafios da amamentação?

As orientações sobre a amamentação iniciam último trimestre da gravidez, durante o pré-natal e continuam logo após o nascimento do bebê, quando o ginecologista-obstetra ou sua equipe orientam sobre o posicionamento adequado para uma boa sucção, o que ajuda a prevenir problemas como fissuras nos mamilos e ingurgitamento mamário.

Contudo, durante o processo podem surgir de desconfortos menores a problemas mais graves, por isso, é importante que as mães estejam conscientes dos desafios e, assim, saibam gerenciá-los de forma eficaz.

Abaixo, elencamos os principais desafios da amamentação e as possíveis soluções apontadas pelos especialistas:

  • dor nos mamilos: é comum que os seios e mamilos fiquem doloridos durante os primeiros dias de amamentação, especialmente quando a mãe está se adaptando à sucção do bebê. Isso pode levar a fissuras nos mamilos e desconforto ao amamentar. Para solucionar o problema é importante garantir que o ele esteja bem posicionado e consiga sugar o leite corretamente. Compressas geladas ajudam a aliviar o desconforto, porém se a dor persistir por mais de uma semana e os mamilos estiverem machucados intervenções podem ser necessárias;
  • ingurgitamento mamário: o ingurgitamento mamário ou leite empedrado ocorre quando as glândulas mamárias ficam cheias, levando a seios inchados, doloridos e sensíveis, o que pode ser solucionado com o aumento da frequência entre as mamadas e uso a técnica de compressão mamária durante a amamentação, movimento de apertar levemente as mamas para induzir a saída de leite e aumentar o fluxo. A aplicação de compressas mornas antes pode ajudar a aliviar o desconforto;
  • ductos de leite obstruídos: a obstrução dos ductos causa dor e sensibilidade em uma área específica do seio, resultando em um caroço ou nódulo palpável. Entre as soluções sugeridas estão a de amamentar com mais frequência no seio afetado, massagear suavemente a área durante a amamentação, aplicar compressas mornas antes do processo e manter-se hidratada para ajudar na desobstrução do ducto;
  • mastite: a mastite é uma infecção bacteriana das glândulas mamárias que pode causar dor, vermelhidão, inchaço e febre. Nesse caso, o ginecologista deve ser consultado com urgência. Geralmente, o tratamento é feito por antibióticos com orientações específicas sobre como continuar a amamentar;
  • falta de leite: algumas mulheres podem enfrentar dificuldades para produzir leite suficiente para satisfazer as necessidades do bebê. O aumento da frequência entre as mamadas também pode incentivar a produção de leite, bem como uma nutrição e hidratação adequadas, além do uso de técnicas específicas;
  • confusão de bicos: bebês podem ter dificuldade para pegar o seio após serem apresentados a chupetas ou mamadeiras, levando ao que é chamado de confusão de bicos. Nesse caso, é importante evitar o uso;
  • intolerância alimentar: alguns bebês podem ter intolerância ou alergia alimentares transmitidas pelo leite materno, causando desconforto gastrointestinal. É importante identificar e eliminar possíveis alérgenos da dieta da mãe, como laticínios, soja ou glúten, com a orientação do médico ou de um nutricionista e monitorar os sintomas do bebê para determinar quais alimentos podem ter causado os problemas;
  • estresse e ansiedade: o estresse e a ansiedade podem interferir na produção de leite e na capacidade da mãe de amamentar com sucesso. Criar um ambiente adequado para amamentar, recorrer a técnicas de relaxamento e à meditação, além do apoio das parcerias e familiares pode ajudar a resolver o problema.

Ao enfrentar esses desafios, é importante lembrar que existem recursos e suporte disponíveis para ajudar durante a jornada de amamentação, incluindo auxilio médio e de profissionais especializados. Com o apoio adequado e o uso de técnicas específicas eles podem ser superados, permitindo que a mãe e o bebê usufruam dos diversos benefícios proporcionados por esse momento tão especial!

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Ginecologia na infância: saiba mais sobre o assunto

Ginecologia é a área da medicina dedicada ao estudo e tratamento das condições relacionadas aos órgãos reprodutores femininos, incluindo útero, ovários, tubas uterinas e vagina, além dos seios, bem como abrange questões relacionadas à saúde sexual. Desempenha, portanto, um papel importante na prevenção de doenças e tratamento de condições que podem afetar as mulheres em diferentes fases da vida.

Veja abaixo alguns destaques que evidenciam a importância da ginecologia:

  • saúde reprodutiva: a ginecologia proporciona cuidados pré-natais durante a gravidez, acompanhamento no parto e pós-parto, bem como a orientação sobre planejamento familiar, contracepção e saúde sexual;
  • detecção e tratamento precoce de várias doenças: por meio de exames de rotina, como o pélvico, o Papanicolau, a colposcopia, a ultrassonografia e a mamografia, os ginecologistas podem detectar precocemente diferentes condições, de doenças que afetam os órgãos reprodutores, incluindo miomas uterinos, endometriose, pólipos endometriais e síndrome dos ovários policísticos (SOP), por exemplo a cânceres e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que se tornaram novamente disseminadas nas sociedades contemporâneas;
  • suporte emocional: a ginecologia proporciona não apenas cuidados médicos, mas também suporte emocional e psicológico às pacientes, especialmente durante momentos de mudanças hormonais, como a puberdade ou menopausa, na gravidez ou em situações desafiadoras, entre elas problemas de fertilidade e tratamento de condições crônicas.

A ginecologia na infância é igualmente importante, embora seu papel nessa fase da vida ainda seja pouco conhecido. Para saber mais sobre o assunto é só continuar a leitura do texto até o final. Confira!

Fronteiras entre a pediatria e ginecologia

A pediatria é uma especialidade médica que tem como foco a saúde infantil, do nascimento à adolescência.

Os pediatras, são médicos especializados em cuidar de crianças, realizando exames de rotina, diagnósticos e tratamentos de condições pediátricas comuns, como infecções respiratórias, problemas de crescimento e desenvolvimento ou alergias, bem como outras de maior gravidade, como as cardiológicas e cânceres infantis.

Assim, a pediatria abrange uma ampla variedade de subespecialidades, incluindo, por exemplo, neonatologia, cardiologia, oncologia e ginecologia na infância.

Dessa forma, ainda que as fronteiras entre essas duas áreas da medicina pareçam ser claramente estabelecidas há uma sobreposição de cuidados de acordo com necessidades específicas. Essa relação interdisciplinar ajuda a entender melhor a importância da ginecologia na infância.

Entenda a importância da ginecologia na infância

A ginecologia na infância pode causar estranhamento em um primeiro momento, uma vez que tradicionalmente os cuidados ginecológicos são associados à adolescência e idade adulta. No entanto, diferentes motivos justificam o atendimento às meninas, educação sexual, detecção precoce de anormalidades ginecológicas, prevenção e orientação sobre abuso sexual estão entre eles. Veja abaixo alguns exemplos:

  • educação sexual: é fundamental o conhecimento das meninas sobre sua saúde e anatomia desde cedo. A ginecologia na infância pode fornecer informações apropriadas para a idade, sobre higiene íntima, mudanças físicas durante a puberdade, ciclo menstrual, a importância dos cuidados com o corpo e questões relacionadas à saúde reprodutiva e sexual, incluindo prevenção de gravidez precoce, de ISTs, contracepção adequada e comportamento sexual saudável;
  • detecção precoce de anomalias genitais congênitas: algumas malformações congênitas dos órgãos genitais podem ser detectadas logo após o nascimento ou na infância, nas consultas pediátricas de rotina ou ginecologia na infância. São causadas por concentrações anormais de hormônios sexuais durante o desenvolvimento fetal, anormalidades cromossômicas, fatores ambientais e hereditários. Entre os exemplos estão a imperfuração himenal, anomalia em que o orifício vaginal é totalmente ocluído; ambiguidade genital, condição na qual os órgãos genitais não são claramente femininos nem masculinos; anomalias de duplicação como órgãos genitais extras e de fusão como órgãos genitais unidos, além de aderências labiais;
  • tratamento de condições pediátricas específicas: algumas condições ginecológicas pediátricas, como infecções do trato urinário, distúrbios menstruais precoces, vulvovaginites e alterações hormonais podem exigir intervenção médica especializada. A ginecologia na infância proporciona do tratamento adequado a recomendações sobre como gerenciá-las;
  • prevenção e orientação sobre abuso sexual: a ginecologia na infância desempenha um papel fundamental na identificação e prevenção do abuso sexual infantil. Os médicos realizam exames ginecológicos cuidadosos em meninas que são vítimas de abuso para identificar sinais de trauma físico ou emocional, fornecem apoio à essas crianças e asseguram que sejam encaminhadas aos órgãos especializados.

Portanto, a ginecologia na infância desempenha um papel essencial na promoção da saúde e bem-estar das meninas, proporcionando educação sexual, detecção precoce de condições médicas, prevenção de abuso sexual, tratamento de condições específicas, bem como suporte emocional e psicológico.

É essencial que as mulheres tenham acesso a cuidados ginecológicos adequados na infância para garantir um desenvolvimento saudável e uma transição mais branda para adolescência e fase adulta. Estudos sugerem, que a primeira consulta ao ginecologista infantil deve ocorrer entre 8 anos e 9 anos de idade, exceto em casos que necessitem de intervenções anteriores, como os de abuso sexual.

Quer conhecer mais sobre a ginecologia na infância e adolescência? Siga o link e entenda esse assunto em detalhes!

Assistência ao parto e puerpério: o que é?

O parto é um dos momentos mais significativos e emocionantes na vida das mulheres. Após nove meses de expectativas, a chegada do bebê se configura como o apogeu de todo esse processo.

No entanto, apesar dessa sensação única o momento do parto pode ser marcado por experiências dolorosas, incluindo as contrações intensas. Além disso, podem ocorrer complicações em alguns casos que necessitam de intervenções médicas, como o uso do fórceps obstétrico, instrumento que facilita a passagem do bebê pelo canal vaginal, indicado quando há sofrimento fetal ou exaustão extrema da mãe, por exemplo.

Após o nascimento do bebê, a mulher entra no período pós-parto, também conhecido como puerpério. Esse é um período crítico de recuperação marcado por diferentes desafios, da recuperação do corpo e mudanças hormonais que afetam o humor e o bem-estar emocional à adaptação da maternidade.

De acordo com os órgãos de saúde mundiais, a assistência no puerpério é tão importante quanto as consultas do pré-natal, necessárias para acompanhar a saúde materna e fetal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive orienta que o acompanhamento da mulher pelo ginecologista-obstetra deve ser feito desde o início e por pelo menos seis meses após o nascimento para evitar e reduzir qualquer tipo de complicação para mãe e seu bebê.

Continue a leitura até o final e saiba em detalhes o que é assistência ao parto e puerpério. Confira!

Da concepção ao puerpério

Da concepção ao puerpério, o corpo feminino passa por diversas alterações anatômicas e fisiológicas para proporcionar o desenvolvimento saudável do futuro bebê, preparar-se para o parto e se recuperar após o nascimento. Essas mudanças são parte natural do processo gestacional e são influenciadas por hormônios, aumento do volume sanguíneo e adaptações de órgãos e sistemas orgânicos. Veja alguns exemplos:

Mudanças que ocorrem no corpo feminino durante a gravidez

  • aumento do peso: à medida que feto se desenvolve, o útero se expande para acomodá-lo. Isso leva naturalmente ao aumento do tamanho abdômen e do peso corporal, com o ganho de peso geralmente ocorrendo ao longo dos meses de gestação, provocado não somente pela presença do feto, porém também pela retenção de líquidos, aumento do volume sanguíneo e das reservas de gordura;
  • mudanças nos seios: as mamas também aumentam de tamanho e tornam-se mais sensíveis motivadas pela elevação dos níveis hormonais, preparando-se para a produção de leite materno. As aréolas podem escurecer e as veias mamárias se tornarem mais evidentes;
  • alterações hormonais: durante a gravidez, os níveis de hormônios aumentam significativamente para apoiar o desenvolvimento do feto e preparar o corpo para o parto e a lactação. Essas alterações hormonais podem afetar o humor, a pele, com o surgimento de hiperpigmentação, estrias e acne, o cabelo, que pode se tornar mais espesso, bem como outros sistemas corporais;
  • aumento do volume sanguíneo: o volume sanguíneo também aumenta para fornecer os nutrientes e oxigênio necessários ao feto em desenvolvimento. Isso pode levar à elevação da frequência cardíaca e da pressão arterial.

Mudanças que ocorrem no corpo feminino durante o puerpério

  • recuperação do parto: após o parto, o útero começa a se contrair e voltar ao seu tamanho original, processo conhecido como involução uterina. O que pode causar cólicas uterinas e sangramento pós-parto nos primeiros dias após o nascimento;
  • alterações nos seios: depois do nascimento do bebê, os seios começam a produzir leite para alimentá-lo. Assim, alterações na textura e sensibilidade são comuns, bem como o aumento do tamanho;
  • alterações no peso: durante o puerpério, a mulher geralmente experimenta uma perda de peso gradual à medida que seu corpo elimina o excesso de líquidos retidos durante a gravidez. No entanto, algumas vezes pode acontecer o contrário; o peso aumenta como consequência de mais retenção de líquidos, da amamentação e de outros fatores;
  • recuperação muscular e articular: a recuperação muscular e articular pode levar várias semanas e durante esse período a mulher experimentar dor, desconforto e fraqueza muscular;
  • mudanças emocionais: além das mudanças físicas, o puerpério também pode ser um período emocionalmente desafiador para muitas mulheres à medida que elas se ajustam às necessidades da maternidade, lidam com flutuações hormonais e enfrentam preocupações sobre cuidados com o bebê e seu próprio bem-estar.

Todas essas mudanças físicas e emocionais tornam a assistência ao parto e puerpério fundamental para garantir a saúde da mãe e seu bebê, da mesma forma que evita e soluciona possíveis complicações durante o período.

Geralmente, o trabalho de parto, parto e puerpério ocorrem sem nenhuma intercorrência. Problemas graves costumam ser raros e a maioria pode ser prevista e tratada com eficiência. No entanto, às vezes complicações associadas à mãe ou ao feto podem surgir de forma inesperada e só é possível solucioná-las com a assistência adequada.

Entenda o que é o que é assistência ao parto e puerpério e sua importância

Assistência ao parto e puerpério se refere aos cuidados médicos, emocionais e práticos fornecidos às mulheres durante o trabalho de parto, parto e período pós-parto. Essa assistência é essencial para garantir uma experiência segura, saudável e positiva para a mãe e seu bebê, além de promover uma transição suave para a maternidade.

Cada mulher e cada parto são únicos, por isso a assistência ao parto e puerpério é personalizada para atender às necessidades individuais.

Conheça abaixo a importância da assistência ao parto e puerpério:

  • segurança materna e neonatal: a assistência ao parto e puerpério é essencial para segurança e bem-estar tanto da mãe quanto do bebê. Os médicos e sua equipe monitoram ambos durante o trabalho de parto, intervindo quando necessário para prevenir ou solucionar complicações, garantir um parto seguro e evitar qualquer problema que possa ocorrer após o nascimento, como infecções ou outras mais raras e graves;
  • apoio emocional e psicológico: o trabalho de parto, parto e puerpério podem ser momentos emocionalmente intensos para a mulher. A assistência ao parto e puerpério prevê apoio emocional e psicológico para ajudá-la com o estresse, ansiedade ou depressão que podem surgir durante esse período. Isso pode incluir técnicas de relaxamento, orientação e encaminhamento para profissionais especializados;
  • orientação e apoio na amamentação: durante o puerpério oferece orientação sobre técnicas de amamentação, ajudando a superar desafios comuns e estabelecer uma relação mais próxima das mães com seus bebês;
  • contracepção no puerpério: a mulher também é orientada sobre o melhor método contraceptivo no puerpério, quando está ou não amamentando;
  • orientações nutricionais: uma dieta balanceada, com os nutrientes necessários desde o pré-natal, além de assegurar a nutrição adequada para o feto ajuda no trabalho de parto, que pode durar por muitas horas e é essencial para produção de leite materno;
  • orientações de atividades físicas: os benefícios de atividades físicas durante a gravidez são bem conhecidos. Ajudam na diminuição do risco de diabetes gestacional e a controlar a pressão arterial, evitando condições como a pré-eclâmpsia. Já durante o trabalho de parto, auxiliam na diminuição das dores de contrações e, no puerpério, no controle do peso corporal, alívio do estresse e de transtornos emocionais, bem como melhoram o ciclo de sono.

A assistência ao parto e puerpério, portanto, é bastante abrangente e além de garantir a saúde da mãe e seu filho pode tornar todo o processo mais fácil. Siga o link e conheça mais sobre o assunto!

DIU de cobre e DIU com fio de prata: conheça esses métodos contraceptivos

O DIU, dispositivo Intrauterino é um método contraceptivo de longa duração e reversível, que tem sido utilizado por mulheres no mundo todo como uma forma eficaz de prevenir a gravidez.

Existem registros do DIU desde a antiguidade, embora fosse um método ainda bastante rudimentar que causava diferentes complicações e infecções graves, uma vez que ainda não existia um conhecimento aprimorado sobre a biologia reprodutiva.

Para se ter uma ideia, a primeira documentação do DIU é de 1909, quando o médico alemão Richard Richter publicou um estudo sobre a inserção de um anel feito de tripa do bicho-da-seda no útero, com duas extremidades que se projetavam do orifício cervical permitindo sua verificação e remoção.

Durante décadas seguintes vários tipos de DIU foram registrados na literatura médica, com o uso de diferentes materiais e em uma diversidade de formatos. Entre os problemas relatados associados às infecções pélvicas estavam as caudas, o que levou à realização de testes sem esse componente. No entanto, isso tornava mais difícil a remoção.

Por outro lado, as altas chances de falha e menor acessibilidade também limitavam sua utilização. Todos esses fatores, entretanto, foram corrigidos com o tempo e atualmente o DIU se destaca entre os métodos contraceptivos reversíveis de longa duração (LARCs) mais populares, prevenindo quase em 100% a ocorrência de gestação, ou seja, as chances de falhas são mínimas, de no máximo 1%.

Os DIUs atuais têm um formato de T, com uma haste de cada lado e um fio ou cauda na parte inferior, que desce até o colo do útero e vagina facilitando sua remoção. Estão disponíveis os tipos de DIU hormonal, que liberam diariamente, em pequenas doses, um hormônio semelhante à progesterona, um dos principais hormônios femininos, o DIU de cobre e o DIU com fio de prata, uma alternativa importante para mulheres que não podem utilizar hormônio.

Continue a leitura até o final e conheça tudo sobre o DIU de cobre e o DIU com fio de prata, do funcionamento na prevenção da gravidez ao tempo de duração. Confira!

DIU de cobre

O DIU de cobre é feito em polietileno, um tipo de resina de consistência flexível e suas hastes são revestidas com cobre. Assim como outros tipos de DIU não interfere na relação sexual e é um método contraceptivo reversível, isso significa que no momento que a mulher desejar engravidar pode ser removido sem nenhum prejuízo para fertilidade.

Porém, entre os dispositivos intrauterinos disponíveis o DIU de cobre é o que dura por mais tempo, até 10 anos. Depois disso, caso a mulher ainda não pretenda ter filhos deve ser substituído.

Entenda, abaixo, qual a ação proporcionada pelo DIU de cobre na prevenção da gravidez:

  • torna o ambiente uterino tóxico para os espermatozoides: o cobre é liberado diariamente em pequenas quantidades. Esse elemento é tóxico para os espermatozoides, impedindo a sobrevida dos gametas masculinos ou sua motilidade, ou seja, capacidade de movimento no organismo feminino. Assim, a fecundação não acontece, quando o espermatozoide penetra o óvulo, gameta feminino, para formar a primeira célula do embrião, estágio inicial de desenvolvimento do futuro bebê;
  • diminui a motilidade das tubas uterinas, órgãos em que a fecundação acontece responsáveis pelo transporte dos gametas e do embrião formado ao útero para se implantar. Comprometendo, nesse caso, a fecundação e a implantação;
  • interfere no preparo adequado do endométrio, camada interna uterina na qual o embrião se implanta para dar início à gestação, que se torna mais espesso e vascularizado durante os ciclos menstruais, características que permitem a fixação do embrião e sua nutrição até a placenta estar estabelecida;
  • altera a qualidade dos óvulos: apesar de não afetar a ovulação, evento em que os ovários liberam um óvulo para ser fecundado pelo espermatozoide, o DIU de cobre compromete a qualidade do óvulo liberado. Embriões formados com óvulos de má qualidade não conseguem se implantar, resultando em falhas e abortamento.

DIU com fio de prata

DIU com fio de prata é uma versão do DIU de cobre. Contudo, é composto pelos dois metais, que são liberados diariamente em pequenas quantidades. A prata está presente nas hastes e promove a estabilização do cobre quando os dois metais se misturam, evitando, dessa forma, chances de fragmentação.

A ação do DIU com fio de prata na prevenção da gravidez é semelhante à do DIU de cobre; torna o ambiente uterino tóxico impedindo a sobrevida e motilidade dos espermatozoides; compromete a motilidade tubária, o preparo endometrial e afeta a qualidade dos óvulos. A duração, entretanto, é menor, de aproximadamente 5 anos, após esse tempo deve ser substituído.

O DIU de cobre e o DIU com fio de prata também são uma importante opção de contracepção no pós-parto, especialmente durante a amamentação, pois não interferem na qualidade do leite materno.

A colocação, por sua vez, deve sempre ser feita pelo ginecologista depois de a mulher ser submetida a diferentes exames para confirmação da saúde ginecológica e avaliação do melhor método contraceptivo em cada caso.

Geralmente, acontece em ambiente laboratorial, como clínicas e consultórios médicos e não é necessário o uso de anestesias. Pode ser colocado em qualquer fase do ciclo menstrual.

Toque aqui e saiba tudo sobre o DIU de cobre!