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Ganho de peso na gravidez: o que é considerado normal?

por: Equipe NOG

O ganho de peso na gravidez, é uma das principais preocupações das mulheres. Essa inquietação não se baseia apenas em aspectos estéticos, porém também em fatores de saúde, inclusive a emocional, pois o peso pode influenciar a experiência gestacional e o bem-estar tanto da mãe quanto do seu futuro bebê. 

Por outro lado, ganhar peso no período gestacional é um processo fisiológico, que reflete o desenvolvimento do feto, a adaptação do organismo materno, a preparação para o parto e amamentação. 

Apesar de o ganho de peso na gravidez ser normal e necessário, o peso inadequado, por sua vez, é considerado uma situação de risco e pode resultar em complicações maternas e fetais. 

Acompanhe a leitura do texto até o final para saber quando o ganho de peso na gravidez é considerado normal. Confira! 

Por que é normal ganhar peso durante a gravidez?

O ganho de peso na gravidez não está associado apenas ao crescimento fetal. Diversas adaptações ocorrem no corpo da mulher levando ao aumento ponderal, como a elevação do volume sanguíneo, quase 50%, para suprir as necessidades do feto e da placenta, um órgão temporário responsável pela transferência de nutrientes e oxigênio cujo peso também influencia a medida total.

Além disso, há o líquido amniótico, que envolve e protege o bebê, e, o crescimento do útero. Outro fator importante é o aumento das reservas de gordura materna, essencial para garantir energia suficiente durante a gestação e o período de amamentação. 

O ganho de peso na gravidez, portanto, é resultado dessas alterações e de um mecanismo adaptativo que visa garantir a saúde materna e fetal.

Quando o ganho de peso na gravidez é considerado normal?

A quantidade considerada ideal varia de acordo com o peso da mulher antes da gestação, medida pelo índice de massa corporal (IMC). Além disso, após a concepção outros aspectos são considerados, como por exemplo variações que acontecem em gestações gemelares. 

Segundo os órgãos de saúde, as diretrizes de ganho de peso na gravidez para gestações únicas são as seguintes:

  • mulheres com baixo peso (IMC < 18,5): 12,5 Kg a 18 kg;
  • mulheres com peso normal (IMC 18,5 a 24,9): 11,5 Kg a 16 kg;
  • mulheres com pré-obesidade (IMC 25 a 29,9): 7 kg a 11,5 kg;
  • mulheres com obesidade (IMC ≥ 30): 5 kg a 9 kg.

Em gestações gemelares esses valores tendem a ser mais elevados e o acompanhamento médico personalizado se torna ainda mais fundamental.

O padrão de ganho de peso na gravidez também não é uniforme ao longo dos trimestres; é mais acelerado no segundo e terceiro, com uma média de 0,4 Kg a 0,5 kg por semana.

Tanto o ganho de peso insuficiente quanto o excessivo podem trazer complicações para a mãe e o bebê, tornando essencial o acompanhamento regular durante o pré-natal.

Quando uma gestante não atinge o peso recomendado, há um maior risco de restrição de crescimento intrauterino (RCIU), parto prematuro e baixo peso ao nascer, o que aumenta as chances de o bebê desenvolver doenças ao longo da vida, além de enfrentar dificuldades iniciais, como problemas respiratórios e metabólicos. 

Para a mãe, a insuficiência de ganho ponderal pode estar associada a deficiências nutricionais, anemia e uma recuperação pós-parto mais lenta.

O excesso de peso durante a gravidez, por outro lado, é associado a complicações como pré-eclâmpsia, condição potencialmente perigosa para a mulher, diabetes gestacional, macrossomia fetal (bebê com peso elevado ao nascer), o que pode dificultar o parto normal e está associado a um maior risco de obesidade e doenças metabólicas na infância e vida adulta.

A obesidade gestacional também aumenta a chance de retenção de peso pós-parto, dificultando o retorno ao peso anterior à gestação e torna maior a de obesidade futura. Mulheres com pré-obesidade têm mais risco de isso acontecer.

Durante as consultas de pré-natal o ganho de peso é monitorado para garantir que ele ocorra dentro dos intervalos recomendados. O médico o avalia, orienta sobre uma alimentação balanceada e promove ajustes quando necessário.

Uma alimentação balanceada é aquela que fornece os nutrientes essenciais para a mãe e o futuro bebê, como ferro, cálcio, ácido fólico, proteínas e vitaminas, sem exceder o suporte calórico. A prática de atividades físicas, sempre com orientação médica, é igualmente incentivada, pois além de contribuir para o controle do peso melhora o humor e reduz o risco de complicações como o diabetes gestacional.

Assim, ainda que o ganho de peso na gravidez seja um processo natural e necessário, que reflete as adaptações do corpo feminino para acolher e nutrir o bebê em desenvolvimento, é necessário monitorá-lo para garantir que ocorra dentro dos limites saudáveis, evitando complicações para a mãe e seu filho.

A comunicação entre gestantes e o especialista no pré-natal é importante para esclarecer dúvidas, reduzir angústias e promover escolhas informadas. Ao compreender as mudanças que ocorrem no corpo e adotar hábitos saudáveis a mulher se torna protagonista dessa experiência gestacional.

Siga o link e entenda os riscos associados à pré-obesidade durante a gravidez.