A contracepção é uma das maiores preocupações de saúde reprodutiva em todo o mundo, permitindo o controle da fertilidade e planejamento da gravidez de forma segura.
Entre os métodos contraceptivos disponíveis, o dispositivo intrauterino (DIU) se destaca por sua alta eficácia e longa duração, sendo uma escolha popular entre as mulheres que buscam uma opção de controle de natalidade com baixa manutenção.
O DIU é um pequeno dispositivo flexível em formato de T inserido no útero para prevenir a gravidez com um fio fino conectado à base usado para facilitar sua retirada.
Existem dois tipos principais, o DIU hormonal e o DIU de cobre, que funcionam de maneiras diferentes apesar de terem uma ação e eficácia semelhantes, bem como a mesma finalidade de impedir a concepção; não comprometerem a relação sexual ou causarem nenhum tipo de desconforto para mulher e seu parceiro.
Neste texto, abordamos os diferentes tipos de DIU, suas indicações e os percentuais de eficácia. Continue a leitura até o final e confira!
Conheça os tipos de DIU, mecanismos de ação e saiba qual é a eficácia desse método contraceptivo
O DIU libera substâncias que interferem em etapas importantes da gravidez, como a fecundação, evento em que o espermatozoide, gameta masculino, penetra o óvulo, gameta feminino para gerar a primeira célula do embrião, e, sua implantação no endométrio, camada interna uterina na qual se fixa para dar início à gestação.
O DIU hormonal libera diariamente uma pequena quantidade de levonorgestrel, um tipo de progestagênio semelhante à progesterona natural, hormônio que atua no ciclo menstrual, prevenindo a gravidez de diferentes formas:
- promove o espessamento do muco cervical impedindo a passagem dos espermatozoides e, assim, que eles alcancem o óvulo para fecundá-lo;
- interfere no ciclo no endométrio, quando ele se torna mais espesso e vascularizado, condições adequadas para receber o embrião. A ação hormonal inibe o espessamento e o embrião não consegue se implantar;
- interfere na motilidade tubária. As tubas uterinas são os órgãos responsáveis pelo transporte de óvulos e espermatozoides, por abrigar a fecundação e transportar o embrião formado ao útero para se implantar. O hormônio reduz a motilidade das tubas uterinas impedindo o transporte dos gametas e, consequentemente, a fecundação, bem como o do embrião para se implantar;
- inibe a ovulação: em alguns casos, o DIU hormonal pode suprimir a ovulação, embora esse não seja um mecanismo primário de ação. Ovulação é processo em que o folículo maduro, estrutura que contém o óvulo se rompe liberando-o para ser fecundado pelo espermatozoide.
Existem várias marcas de DIU hormonal, sendo o Mirena e o Kyleena as mais indicadas pelos especialistas. Ambos têm a mesma atuação, o que os diferencia são o tamanho, a quantidade de progesterona total e o tempo de duração.
O Mirena é um pouco maior e tem mais hormônio em sua composição, porém dura por 6 anos, enquanto o Kyleena dura 5 anos. Depois disso, caso a mulher não deseje engravidar devem ser substituídos.
O DIU de cobre, por sua vez, é livre de hormônios e utiliza o cobre como agente contraceptivo. O cobre é tóxico para os espermatozoides, alterando o ambiente do útero e das uterinas, o que impede a fecundação e a implantação do embrião, ao mesmo tempo que interfere no espessamento do endométrio. A duração desse tipo, entretanto, é maior, de até 10 anos.
O DIU de cobre também pode ser encontrado na versão com fio de prata, que tem os dois metais em sua composição, liberados diariamente em pequenas doses. A prata estabiliza o cobre quando se misturam, reduzindo as chances de fragmentação.
A ação dos dois é semelhantes, porém o tempo de duração do DIU com fio de prata é menor, cerca de 5 anos.
Eficácia do DIU
Os DIUs são amplamente reconhecidos pela alta eficácia. Ambos os tipos de DIU, hormonal e de cobre, têm taxas inexpressivas de falhas, sendo comparáveis ou superiores à maioria dos métodos contraceptivos disponíveis.
Os percentuais de eficácia são de 99%. Ou seja, de cada 1.000 mulheres que usam o DIU durante um ano apenas 1 pode engravidar. A eficácia é atribuída à liberação contínua e localizada de substâncias que impedem a gravidez.
Além da alta eficácia, o DIU hormonal oferece outros benefícios, como a redução ou suspensão do fluxo menstrual e de cólicas, o que o torna uma boa opção para mulheres que sofrem com menstruação intensa ou dolorosa.
Um dos diferenciais do DIU de cobre, por outro lado, é que ele não depende de hormônios, sendo uma ótima escolha para mulheres que preferem evitar métodos hormonais ou que não podem utilizá-los devido a contraindicações. Também pode ser utilizado como método contraceptivo de emergência se inserido até cinco dias após a relação sexual desprotegida. Contudo, pode aumentar o fluxo menstrual e as cólicas nos primeiros meses de uso.
A eficácia do DIU está igualmente associada à forma correta de inserção, que deve ser feita apenas pelo ginecologista após a realização de exames que confirmem a saúde da mulher. A inserção incorreta pode resultar no deslocamento ou expulsão, o que reduz sua eficácia.
Outro fator importante é a escolha do tipo mais adequado para o perfil da mulher, orientação também feita pelo especialista.
O DIU pode ser removido a qualquer momento que a mulher desejar engravidar, sem nenhum tipo de prejuízo para fertilidade.
Ao escolher o método contraceptivo é importante considerar o estilo de vida, saúde e necessidades individuais. Com a orientação médica adequada, o DIU é uma excelente opção para aquelas que buscam um método de controle de natalidade de longa duração e alta eficácia.
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