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DIU de cobre ainda é indicado?

O Dispositivo Intrauterino (DIU), como o nome sugere, é um pequeno dispositivo em formato de “T” inserido no útero. Está entre os métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres no mundo todo para evitar a gravidez de maneira segura e por longo prazo, sem a necessidade de intervenções diárias.

Por ser um método reversível, o DIU pode ser removido a qualquer momento, com a recuperação da fertilidade ocorrendo imediatamente após a remoção. Atualmente, dois tipos estão disponíveis, o DIU hormonal e o DIU de cobre. A escolha do mais adequado em cada situação deve ser feita junto com o ginecologista, que considera diferentes aspectos, das preferênciaspessoais a questões de saúde.

Entenda melhor sobre o assunto acompanhando a leitura do texto até o final e saiba se o DIU de cobreainda é indicado e em quais situações isso acontece.Confira!

DIU de cobre

O DIU de cobre é feito principalmente de plástico flexível, geralmente polietileno, com as hastes revestidas por cobre. O cobre tem propriedades espermicidas, que ajudam a evitar a gravidez. Ébiocompatível e seguro, garantindo, dessa forma, sua permanência no útero por vários anos.

Para a gravidez acontecer, os gametas (óvulos e espermatozoides) devem ser saudáveis, bem como as etapas iniciais devem ser bem-sucedidas, incluindo a fecundação, quando os gametas se fundem para gerar a primeira célula do embrião e a nidação, quando ele se implanta no endométrio, camada interna uterina para dar início à gestação.

A cada ciclo menstrual, um óvulo é liberado pelos ovários e captado pelas tubas uterinas, órgãos que abrigam a fecundação em que aguarda por 24 horas o encontro com o espermatozoide.

Durante a ejaculação do homem, milhares de espermatozoides são liberados, porém apenas os mais capacitados chegam à extremidade uterina das tubas e somente um alcança o óvulo para fecundá-lo. O embrião formado na fecundação inicia o desenvolvimento ainda nas tubas uterinas enquanto é transportado ao útero para se implantar no endométrio.

O mecanismo de ação principal do DIU de cobre é uma reação inflamatória citotóxica, que compromete a qualidade dos gametas, a mobilidade tubária e o preparo do endométrio. Veja abaixo:

o cobre, liberado diariamente em pequenas doses, é um elemento tóxico para os espermatozoides, impede a sobrevida ou motilidade dos gametas masculinos, capacidade de movimento no organismo feminino e, assim, a fecundação;
o cobre altera igualmente a qualidade do óvulo, comprometendo a saúde do embrião quando há fecundação. Embriões formados com óvulos de má qualidade não conseguem se fixar no endométrio,resultando em falhas na implantação e abortamento;
a inflamação interfere ainda no preparo do endométrio, que se torna mais espesso e vascularizado durante os ciclos menstruais para possibilitar a implantação do embrião;
a inflamação reduz a motilidade das tubas uterinas, afetando o transporte dos gametas e do embrião formado ao útero.

Assim, ao comprometer as principais etapas, o DIU de cobre previne a gravidez com bastante eficácia.

Saiba quando o DIU de cobre ainda é indicado hoje e conheça seus benefícios

O DIU de cobre costuma ser o tipo mais indicado para mulheres que apresentam um ciclo menstrual regular com pouca ou nenhuma cólica e que não tenham um fluxo menstrual muito intenso, pois os principais efeitos colaterais são aumento do fluxo e da severidade das cólicas, embora ambos geralmente diminuam após três meses de uso.

Além disso, é a principal opção contraceptiva para mulheres que não podem utilizar hormônios e, durante o puerpério ou pós-parto, especialmente no período de amamentação, pois não interfere na qualidade do leite materno.

Entre os benefícios do DIU de cobre, por sua vez, pode-se citar:

é um método contraceptivo de alta eficácia, com 99% de eficácia, o que significa que as chances de falha são inexpressivas;
é o método contraceptivo de maior duração, aproximadamente 10 anos. Depois desse tempo, caso a mulher ainda não deseje engravidar deve ser substituído;
também pode ser utilizado como um método de contracepção de emergência, sendo considerado, nesse caso, um dos mais eficazes. Pode ser inserido até cinco dias após a relação sexual desprotegida para evitar uma gravidez indesejada.

Contudo, apesar desses benefícios, mulheres que fazem uso de anticoagulantes ou com distúrbios decoagulação devem evitar o DIU de cobre pelo provável aumento do fluxo menstrual. A contraindicação também se aplica a outras situações, incluindo:

doença inflamatória pélvica (DIP) ativa ou recente: a DIP tem como característica processos inflamatórios em um ou mais órgãos reprodutores. O DIU de cobre não deve ser inserido até que a inflamação seja tratada;
infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): ISTscomo clamídia ou gonorreia, geralmente a principal causa da DIP, devem ser igualmente tratadas antes da inserção do DIU de cobre;
anormalidades uterinas: malformações no útero, congênitas ou provocadas por doenças uterinas comuns, como miomas e pólipos endometriais, podem dificultar a inserção ou o posicionamento adequado do DIU;
sangramento uterino anormal (SUA) não diagnosticado: antes de inserir o DIU de cobre é importante identificar a causa de qualquer sangramento anormal;
alergia ao cobre: mulheres que têm sensibilidade ou alergia ao cobre;
doença de Wilson: uma doença rara que causa acúmulo excessivo de cobre no organismo. Pacientes com essa condição não devem usar o DIU de cobre.

A definição do melhor método contraceptivo, portanto, deve ser feita sempre junto com o especialista após a mulher ser submetida a diferentes exames apara confirmar a saúde ginecológica e geral, bem como a inserção e remoção do DIU de cobre para garantir a segurança e eficácia do método.

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Tipos de parto: quando cada um é indicado?

A escolha do tipo de parto é uma decisão importante para as gestantes e é natural que surjam muitas dúvidas sobre as opções disponíveis. Os tipos de parto mais conhecidos são o parto natural, o parto normal e a cesariana. Cada um tem suas particularidades e, em alguns casos, indicações médicas específicas. 

Compreender as diferenças e as indicações dos tipos de parto é essencial para que as futuras mães e suas famílias tomem decisões informadas. No entanto, o processo de escolha deve ser discutido com clareza e individualizado, respeitando as condições de saúde da mãe e do bebê, assim como suas preferências e expectativas. Isso é feito no pré-natal.

O pré-natal também é importante para acompanhar problemas que podem surgir, como diabetes gestacional, placenta prévia, pré-obesidade, entre outros problemas.

Este texto aborda as características dos principais tipos de parto, destacando as situações em que cada um deles pode ou costuma ser indicado. Continue a leitura até o final e confira!

Saiba tudo sobre os principais tipos de parto

Parto natural

Entre os tipos de parto, o natural, como o nome sugere, é o modo mais primitivo e fisiológico de nascimento. Nele, o processo de trabalho de parto ocorre de maneira espontânea, sem intervenções médicas, como anestesia, medicamentos como ocitocina sintética ou procedimentos cirúrgicos. 

As contrações começam naturalmente, o colo do útero se dilata até possibilitar a passagem do bebê e a mãe realiza o esforço expulsivo no seu tempo, geralmente em um ambiente tranquilo e acolhedor, com suporte de profissionais de saúde. Existem diferentes tipos de parto natural, incluindo o de lótus, na água, de cócoras ou em pé.

A escolha pelo parto natural geralmente ocorre em situações em que a gestante busca uma experiência mais próxima do processo fisiológico, sem intervenções desnecessárias. É comum que aconteça em ambientes mais intimistas, como em casa, clínicas ou centros de parto humanizado onde podem se sentir mais confortáveis. 

Porém, é essencial que seja realizado apenas em casos de gestação de baixo risco e com acompanhamento profissional, pois eventuais complicações precisam ser detectadas e tratadas rapidamente.

Parto normal

No parto normal, apesar de o nascimento também ser vaginal, podem ocorrer intervenções para reduzir o desconforto da mãe ou garantir a segurança do processo. É possível, por exemplo, utilizar anestesia, como a peridural ou a raquidiana, que ajudam a controlar a dor durante o trabalho de parto e expulsão do bebê. 

Além disso, pode ser usada ocitocina sintética para estimular contrações e acelerar o processo, episiotomia, um corte cirúrgico para ampliar o canal de parto, bem como outras que possam facilitar facilitem a saída do bebê.

Dos tipos de parto, é o mais recomendado por ser benéfico tanto para a mãe quanto para o bebê quando as condições são favoráveis. O processo de nascimento vaginal estimula a produção de hormônios importantes, como a ocitocina, que ajuda nas contrações uterinas e reduz o risco de hemorragia pós-parto. O contato imediato com a microbiota vaginal da mãe também tem efeitos positivos sobre o sistema imunológico do recém-nascido.

As indicações do parto normal, surgem principalmente quando a mãe deseja ou necessita de intervenções para alívio da dor, mas ainda é possível manter um parto vaginal. Muitas mulheres optam por esse tipo para ter controle de parte do processo, porém sem enfrentar dores extenuantes ou chances de possíveis complicações associadas ao nascimento fora do ambiente hospitalar. 

Pode-se dizer, que o parto normal representa um meio-termo entre o processo completamente natural e a utilização da cesariana, oferecendo a segurança do ambiente hospitalar e os benefícios de um parto vaginal com o conforto das intervenções.

Para o parto normal ser recomendado, é importante que tanto a mãe quanto o bebê estejam em boas condições de saúde, sem riscos de complicações. 

Parto por cesariana

A cesariana é um procedimento cirúrgico que envolve uma incisão transversal na região do baixo abdômen e na parede do útero. Posteriormente, a bolsa amniótica é cortada, o bebê retirado e a placenta removida enquanto ele é avaliado. 

Entre os tipos de parto, é opção quando o parto vaginal representa risco significativo para a mãe ou para o bebê. Em determinados casos, por exemplo, a cesariana é a única forma segura para evitar complicações graves e garantir a saúde de ambos.

As indicações clássicas da cesariana incluem problemas placentários, sofrimento fetal e posições desfavoráveis do bebê, como a transversa. Geralmente, é ainda a escolha em casos de gestação múltipla e a forma de nascimento mais segura para mulheres com determinadas doenças, como as cardiovasculares.

No entanto, apesar das indicações para cesariana em determinadas situações, atualmente o procedimento tem sido realizado em muitos casos de forma eletiva, ou seja, por escolha da mãe ou da equipe médica, sem uma justificativa clínica. 

O aumento da taxa de cesarianas em alguns países, incluindo o Brasil, tem gerado preocupações quanto à medicalização excessiva do nascimento e os riscos que a cirurgia traz quando realizada sem necessidade.

Existem várias razões pelas quais a cesariana pode ser escolhida sem necessidade médica. Uma delas é o medo da dor do parto, que leva muitas mulheres a optarem pela cirurgia. Além disso, alguns profissionais de saúde preferem a cesariana por questões de conveniência, já que o trabalho de parto normal é imprevisível e pode durar muitas horas, enquanto a cesariana é programada e dura menos tempo. 

Outros fatores incluem a percepção de que a cesariana pode ser mais segura, ainda que em casos de baixo risco o parto vaginal geralmente apresente menos complicações do que a cirurgia.

É importante mencionar que, embora a cesariana seja um procedimento seguro, ela envolve os riscos típicos de qualquer cirurgia, como infecções, hemorragia, e complicações anestésicas. A recuperação também tende a ser mais lenta em comparação ao parto vaginal, pois a mãe passa por uma incisão abdominal que precisa de cuidados especiais. 

Por outro lado, os bebês nascidos por cesariana podem ter um maior risco de problemas respiratórios logo após o nascimento, já que não passam pelo canal de parto onde ocorre a compressão que ajuda a eliminar líquidos pulmonares.

Por esse motivo, a recomendação da cesariana deve ser preferencialmente baseada em critérios médicos bem estabelecidos, sempre que os riscos do parto vaginal superem os benefícios. O objetivo deve ser garantir a saúde da mãe e do bebê evitando intervenções desnecessárias e promovendo o bem-estar de ambos.

A escolha do tipo de parto, portanto, é uma decisão que envolve muitos fatores, como a saúde da mãe e do bebê, as preferências pessoais ou a presença de problemas que possam interferir no trabalho de parto. 

Siga o link e saiba mais sobre todos os tipos de parto!

Assistência ao parto e puerpério: saiba mais sobre a importância

A gestação e o nascimento de um bebê são momentos intensos e transformadores na vida das mulheres. O parto e o puerpério, particularmente, são fases que apresentam grandes desafios; quando enfrentados com o suporte adequado podem ser menos desgastantes e mais saudáveis para a mulher e seu bebê. 

Assistência ao parto e puerpério é o termo utilizado em referência aos cuidados médicos, emocionais e práticos fornecidos às mulheres durante o trabalho de parto, parto e após o nascimento do bebê. É essencial para garantir uma experiência segura e saudável e promover uma transição suave para a maternidade.

Acompanhe a leitura do texto até o final e saiba mais sobre a importância da assistência ao parto e puerpério. Confira!

Desafios do Parto

O parto é um evento marcante e pode ser um dos maiores desafios na jornada da maternidade. Cada mulher o vivencia de maneira única, com diferentes emoções. 

A dor intensa durante as contrações quando o parto é normal e o esforço necessário para o nascimento do bebê, por exemplo, representam um grande desafio físico, bem como o momento pode ser emocionalmente intenso. O medo de complicações, a incerteza sobre a duração do trabalho de parto e as expectativas em relação à maternidade podem gerar ansiedade e estresse na mulher. 

Os profissionais que acompanham o parto, médicos obstetras e sua equipe, têm um papel fundamental nesse processo. Fornecem orientações, ajudam a aliviar a dor com medicamentos ou técnicas de relaxamento e oferecem apoio emocional.

 A mulher e o bebê são monitorados durante todo o trabalho de parto, assim, é possível intervir quando necessário para prevenir ou solucionar complicações, reduzindo, dessa forma, o estresse e a ansiedade, que geralmente estão presentes independentemente do tipo de parto, normal ou cesariana. 

Desafios do Puerpério

O puerpério, também conhecido como período pós-parto é a fase que se inicia logo após o nascimento do bebê e expulsão da placenta, estendendo-se algumas semanas ou meses. 

Esse é um momento de grandes mudanças físicas e emocionais para a mãe, que precisa lidar tanto com a recuperação do parto quanto com a adaptação à nova rotina de cuidados com o bebê. 

Chamado ainda popularmente de resguardo ou quarentena, durante esse período o corpo feminino passa por várias mudanças físicas à medida que volta ao estado não gravídico, além de alterações hormonais intensas, o que pode levar a variações de humor, cansaço extremo, baixa libido e surgimento ou exacerbação de distúrbios emocionais, como ansiedade ou depressão pós-parto.

Fisicamente, pode haver problemas como hemorragia pós-parto, pré-eclâmpsia tardia e incontinência urinária, por isso o acompanhamento médico é necessário. A recuperação envolve ainda da cicatrização de possíveis lacerações ou incisões do parto, cujo cuidado adequado é fundamental para evitar infecções, ao mecanismo de involução do útero e estabelecimento da amamentação

A amamentação, por si só já é um grande desafio, especialmente nos primeiros dias, quando pode haver dor, dificuldade na pega correta do bebê e cansaço. Por isso, privação de sono e fadiga, comum nas primeiras semanas soma-se aos principais desafios do puerpério.

O puerpério também é um período de adaptação emocional. O surgimento de novas responsabilidades e a preocupação com o bem-estar do bebê podem sobrecarregar a mulher, que muitas vezes se sente insegura e sozinha. 

Ainda que esses desafios sejam naturais, falta de apoio pode resultar em problemas como cansaço extremo, dificuldades na vinculação com o bebê e agravamento dos quadros de distúrbios emocionais. 

Além do especialista, outros profissionais podem estar envolvidos, incluindo psicólogos e assistentes sociais. 

Importância da assistência à mulher no parto e puerpério

A assistência ao parto e puerpério, portanto, vai muito além do cuidado médico tradicional. Abrange aspectos físicos, emocionais e sociais para garantir que a mulher se sinta amparada e preparada para os desafios da maternidade. 

Uma experiência de parto assistida e humanizada contribui para a recuperação física e emocional mais tranquila no puerpério, beneficiando a mãe, o bebê e o estabelecimento do vínculo entre eles.

O acompanhamento pelo especialista durante todo esse processo é necessário não apenas para evitar ou identificar e tratar precocemente possíveis complicações, envolve orientação para que a mãe reconheça sinais de que algo não está bem, como os sintomas de depressão pós-parto, garantindo um acompanhamento especializado quando necessário; sobre dieta e exercícios adequados ao puerpério e técnicas de amamentação. 

Outro aspecto relevante da assistência ao parto e puerpério é o suporte ao planejamento familiar e à saúde reprodutiva da mulher. Durante as consultas pós-parto, por exemplo, é possível discutir métodos contraceptivos, planos para as futuras gestações e cuidados com a saúde sexual, garantindo que a mulher tenha o conhecimento necessário para tomar decisões informadas sobre seu corpo e sua vida reprodutiva.

Quer saber mais sobre assistência ao parto e puerpério? Toque aqui e leia outro texto que aborda o assunto em detalhes!