NOG | WhatsApp

Amamentação: veja como se preparar para esse momento tão especial

por: Equipe NOG

Além da aumentar a conexão entre a mãe e seu bebê, os efeitos da amamentação sobre a saúde já são bem conhecidos. O leite materno é exclusivamente adequado às necessidades nutricionais do recém-nascido; é uma substância viva com propriedades imunológicas e anti-inflamatórias que protegem contra diversas condições.

Fornece toda a energia e nutrientes que o bebê necessita durante os primeiros meses de vida e continua a suprir boa parte das necessidades nutricionais durante a segunda metade do primeiro ano e até um terço do segundo.

As crianças amamentadas têm melhor desempenho cognitivo, pois o leite materno pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento e maturação do cérebro e do sistema nervoso central, têm menos probabilidade de sobrepeso ou obesidade e são menos propensas ao desenvolvimento de condições como o diabetes. As mulheres que amamentam também têm um risco reduzido de câncer de mama e de ovário.

Durante a amamentação, anticorpos e outros fatores de proteção são transmitidos da mãe para o bebê fortalecendo o sistema imunológico. Isso ajuda a diminuir as chances de contrair muitas infecções, incluindo:

A amamentação pode proteger ainda os bebês contra alergias e asma, além da síndrome da morte súbita infantil (SMSL).

Apesar de todos esses benefícios serem amplamente reconhecidos a amamentação não é uma tarefa fácil, principalmente quando é o primeiro filho. Além disso, ainda existem muitas dúvidas e mitos em torno da prática, da posição adequada e tempo necessário à quantidade e qualidade do leite, interferências de aspectos como o tamanho dos seios ou alterações estéticas e, particularmente, sobre a amamentação causar dor.

Continue a leitura até o final, saiba mais sobre a amamentação e veja como se preparar apara esse momento tão especial. Confira!

Amamentação

Os órgãos de saúde orientam a amamentação durante pelo menos os seis meses iniciais de vida do bebê e, idealmente, até um ano, com acréscimo de suplementos depois do primeiro semestre.

A produção do primeiro leite, chamado colostro, ocorre logo após o nascimento. Ele é mais espesso, amarelado e em menor quantidade, contudo possui os nutrientes necessários para o bebê e é essencial para reforçar o sistema imunológico, bem como prepara seu organismo para digestão do leite materno.

Quase todas as mães produzem a quantidade certa de leite para os seus bebês, com qualidade, independentemente do tamanho dos seios ou mamilos. A produção é determinada pela forma como ele segura o seio, suga o leite, pela frequência da amamentação e aumenta à medida que ele amamenta, por isso é importante que esse seja seu único alimento durante o primeiro semestre, uma vez que qualquer suplementação pode reduzir a quantidade.

Além disso, amamentar não causa flacidez nos seios. Geralmente isso acontece como consequência das flutuações hormonais e de peso durante a gravidez; o envelhecimento e a genética também influenciam.

Por outro lado, embora a amamentação não deva ser dolorosa é comum que os seios e mamilos fiquem doloridos e sensíveis por alguns dias enquanto o corpo se ajusta. A amamentação exige prática e os primeiros dias podem ser um desafio, porém é um dos momentos mais importantes para reforçar o laço afetivo entre mãe e filho. Veja a seguir como se preparar para esse momento tão especial.

Como se preparar para amamentação?

Normalmente, o ginecologista-obstetra responsável pelo pré-natal orienta sobre a amamentação no último trimestre da gravidez. Logo após o nascimento o contato pele com pele também é estimulado. Conhecido como cuidado mãe-canguru, vai ajudar a estabelecer a amamentação e é igualmente necessário para criar um vínculo de segurança com o bebê, facilitando o processo no futuro.

Por outro lado, ainda que o reflexo de procurar o seio materno ocorra instintivamente desde o nascimento, muitas mães precisam de orientação e/ou ajuda para posicioná-lo corretamente. A maneira correta garante que ele receba leite suficiente e o processo de amamentação não provoque dores.

Para o bebê conseguir sugar o leite materno, seus lábios devem estar posicionados ao redor do mamilo; no momento em que ele o leva à boca, trava para amamentar. Isso é conhecido como técnica da ‘trava’ e todo o mamilo, bem como a maior parte da aréola, pele ao redor dele devem ficar dentro da boca.

O posicionamento inadequado, por sua vez, é considerado um dos problemas mais comuns da amamentação, assim, sempre que possível é importante contar com essa orientação antes de iniciar o processo.

Também é importante adaptar um ambiente tranquilo em casa para amamentar. Optar pelo uso de móveis como a poltrona, que oferecem maior conforto e permitem manter as costas retas pode ajudar bastante, uma vez que nas primeiras semanas a recomendação é de que o processo ocorra de oito a doze vezes a cada 24 h, o que pode ser cansativo.

A melhor posição para amamentar, entretanto, é a que não exige nenhum tipo de esforço, ou seja, a mais confortável para a mãe e bebê. Entre as possibilidades, a mais comum é apoiar a lateral da cabeça do bebê na dobra do cotovelo e posicionar sua barriga contra o corpo, o que pode ser feito inclusive deitada para alimentação noturna.

Relaxar durante a amamentação é fundamental para o bebê se alimentar com calma e para continuidade da produção de leite. Normalmente, cada mamada dura entre 10 e 20 minutos por mama.

Muitas mães sentem desconforto nos primeiros dias de amamentação, os mamilos podem ficar sensíveis e doloridos. Contudo, intervenções podem ser necessárias se a dor persistir por mais de uma semana e os mamilos estiverem machucados.

Na maioria das vezes a dor é consequência do posicionamento inadequado do bebê, outras causas incluem mamilos curtos, planos ou invertidos, disfunções orais do bebê como sucção não nutritiva prolongada, uso de bombas de extração de leite, interrupção da sucção, uso de cremes, óleos ou protetores que causam reações alérgicas e exposição a ambientes úmidos.

Se a dor for mais intensa e os machucados demorarem a cicatrizar existem técnicas que podem auxiliar. A laserterapia, por exemplo, tem ações anti-inflamatórias, analgésicas e cicatrizantes, que auxiliam no tratamento de traumas mamilares sem comprometer a amamentação ou a qualidade do leite.

Outros problemas também podem surgir durante o processo, como o ingurgitamento mamário, popularmente conhecido como leite empedrado, inflamação da mama ou mastite aguda puerperal e ductos de leite entupidos, que ocorrem quando os seios não são completamente esvaziados de maneira regular.

Nesses casos, é importante consultar o ginecologista-obstetra para definir a melhor conduta de tratamento sem prejudicar a alimentação ou saúde do bebê.

Com os cuidados adequados, além de a amamentação ser um processo prazeroso e um momento especial, queima calorias, contribuindo para perder mais rapidamente o peso extra adquirido durante a gravidez, libera hormônios importantes para o útero retornar ao tamanho pré-gravídico, ajuda a reduzir o sangramento uterino após o nascimento, o risco de câncer de mama, ovários ou de osteoporose e ainda tem um efeito anticoncepcional.

Quanto a parar de amamentar, essa é uma decisão pessoal e varia de acordo com os costumes e escolhas individuais. No entanto, o tempo mínimo recomendado pelos especialistas deve, preferencialmente, ser sempre considerado.

Siga o link e saiba mais sobre a amamentação e sua importância!