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A amamentação representa, para algumas mulheres, um desafio, principalmente quando estão grávidas de seu primeiro filho e não sabem ao certo como será esse momento. As dúvidas muitas vezes fazem a mulher até considerar não amamentar, mas, com orientação, essapode se tornar uma jornada incrível.
A amamentação é um dos momentos mais importantes para o fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê, além de proporcionar inúmeros benefícios para a saúde infantil e materna. No entanto, muitas mães se perguntam até que idade do filho devem ou podem amamentar. Esse questionamento é comum e envolve aspectos nutricionais, emocionais e sociais.
Neste artigo, exploraremos as recomendações sobre a duração da amamentação, os benefícios de prolongá-la e como realizar o desmame de forma respeitosa e saudável.
Benefícios da amamentação e desafios iniciais
O leite materno é um alimento completo, oferecendo todos os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento do bebê. Além disso, contém anticorpos que fortalecem o sistema imunológico e reduzem o risco de infecções respiratórias, gastrointestinais e alérgicas. A amamentação também favorece o desenvolvimento da cavidade oral e a redução do risco de obesidade infantil.
A mãe também tem benefícios com a amamentação, como:
No entanto, o início da amamentação pode ser desafiador para algumas mulheres. Fissuras nos mamilos, dificuldades na pega e dúvidas sobre a produção de leite são queixas comuns. O suporte profissional adequado pode auxiliar a mãe a superar essas dificuldades, permitindo que ela amamente pelo tempo desejado.
Composição do leite materno e sua importância

O leite materno possui uma composição única e dinâmica, ajustando-se às necessidades do bebê em cada fase do seu crescimento. Ele contém proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais essenciais, além de fatores imunológicos e bioativos que promovem o desenvolvimento saudável da criança.
A amamentação prolongada também está associada a benefícios neurológicos e cognitivos, além de favorecer o desenvolvimento emocional do bebê. Para as mães, amamentar reduz o risco de câncer de mama e ovário, além de contribuir para a recuperação pós-parto e a redução do risco de diabetes tipo 2.
Esquema de horário da amamentação: livre demanda ou horários fixos?
A recomendação atual é que a amamentação ocorra em livre demanda, ou seja, sempre que o bebê solicitar. Esse modelo respeita o ritmo natural do bebê e favorece uma produção de leite ajustada às suas necessidades. A frequência das mamadas pode variar, especialmente nos primeiros meses de vida, quando os bebês mamam com maior frequência.
Para algumas mães, estabelecer uma rotina pode ser importante, principalmente após os primeiros meses. No entanto, qualquer esquema rígido deve ser evitado nos primeiros seis meses, pois pode afetar a produção de leite e a nutrição do bebê.
Como a amamentação é um vínculo importante para o bebê, ele pode solicitar a amamentação mesmo que não esteja com fome.
Quando a amamentação não é possível: alternativas e substituição do leite materno
Embora a amamentação seja a melhor opção, algumas mães não podem ou optam por não amamentar. Isso pode ocorrer por razões médicas, psicológicas, sociais ou até pessoais. Nesses casos, há alternativas seguras, como fórmulas infantis devidamente recomendadas por profissionais de saúde. O importante é garantir que o bebê receba uma nutrição adequada e que a mãe não se sinta culpadapor essa decisão/situação.
Além disso, bancos de leite são uma alternativa para bebês prematuros ou aqueles com necessidades específicas. O leite doado passa por um rigoroso processo de controle de qualidade para garantir segurança e benefícios nutricionais semelhantes aos do leite materno.
Até que idade posso amamentar?
Não há uma resposta definitiva e correta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva até os seis meses de idade e complementar até pelo menos dois anos. No entanto, esse período pode se estender conforme a vontade da mãe e da criança. O leite materno continua a ser uma fonte valiosa de nutrientes mesmo após os dois anos, trazendo benefícios imunológicos e emocionais.
Não há uma idade–limite rígida para o fim da amamentação. A decisão deve ser baseada no desejo da mãe e da criança, sem pressões externas. Em algumas culturas, crianças são amamentadas até três ou quatro anos, sem prejuízo ao seu desenvolvimento.
Como realizar o desmame de forma respeitosa
O desmame é um processo gradual que deve respeitar o tempo da mãe e do bebê. Pode ocorrer de forma natural, quando a criança perde o interesse em mamar, ou ser conduzido pela mãe, caso deseje interromper a amamentação. Algumas estratégias incluem:
É essencial que o desmame ocorra de forma amorosa e sem pressões abruptas, para evitar traumas emocionais tanto para a mãe quanto para o bebê.
Conclusão
A amamentação é uma jornada única para cada mãe e bebê. Embora as recomendações médicas sugiram um período mínimo de dois anos, a decisão final deve respeitar as necessidades e desejos de ambos. Independentemente da duração, cada momento de amamentação é valioso para o vínculo e a saúde do bebê.
Se você deseja saber mais sobre os benefícios e desafios da amamentação, leia também o nosso textocompleto sobre o assunto aqui.